No se puede hacer la revolucion sin las mujeres
Livro Um
baitasar
Memórias
o José qualquer retornou
não quis ou não pode
esquecer los encantamientos de la Montaña y la leporina Blanca, suas
umidades da virilha, o cheiro dos murmúrios das águas em las peidras, as
súplicas geniosas dos ventos nas copas das árvores, sus gemidos mágicos
memórias chamavam el
hombre para aliviar las cicatrices de la nostalgia
chegou de mansinho e foi
direto se meter embaixo dos panos de Blanca, não houve anúncios nem
alaridos de los perros, cúmplices bem-agradecidos, no mesmo instante
acordei com a quietude da tristeza
o toco de vela voltou
acender, iluminava as sombras da penumbra, É aqui que quero viver, ¿Por cuanto tiempo?
Não sei, talvez
tu não me queiras pela manhã.
Callado, por
ahora, tu me basta.
a lembrança da saudade
faz do reencontro um encantamento sem medidas, e foi assim, não havia comedimentos
para o que ofereciam um ao outro nem o que tomavam do outro para si, achei um
exagero, creio que não existem vestígios para guardar tanto em tão pouco tempo,
mas enfim, lo no vivido es más fuerte que lo cotidiano
o cansaço só os
percebeu na exaustão do toco de vela
fundidos hasta
la desaparición
fechei os olhos,
sabia que me sorria
decidi que não
sentiria saudade de mim mesma, tan pequeña y ya com tantos recuerdos
passei a contar
histórias para meus ouvidos
no início eram relatos que me fazia registrando o visto y escuchado: uma, duas, três, tantas quantas fosse preciso para lembrar, mas com o tempo da prática fui ajuntando meu feitio de imaginar, perdi aos poucos a preocupação com as certezas, me encantava dar vida às fantasias de fantasmas
eles não existem,
mas as bruxas...
e foi assim que
tudo o mais continua
um
desentendimento entre o dono do milho que crescia em la Montaña e o cabo
embosqueiro qualquer
o José qualquer
passou a ser um Zé qualquer, até que virou mais um qualquer, queriam embaraçar
as memórias enquanto caçavam o encrenqueiro vagabundo que arrebatou o touro do Coronel
um sujeito de
vontades que usou seu treinamento de soldado para tomar emprestado o touro e
fugir, nunca estava onde os homens da vigilância tinham certeza de o encontrar
um hombre de
talentos sorprendentes
os inimigos o
desenharam com ojos duros y secos qual piedras, um homem gigante que
precisava ser caçado e guardado longe dos mestiços, ele embelezava de rebeldia
as ideias de los hombres y mujeres del maíz
Leia também:
Livro Um:
Memórias - 01: a lua cheia
Memórias - 02: a servidão natural
Memórias - 03: um negócio inesgotável
Memórias - 04: la sina de papá
Memórias - 05: ervas e flores do campo
Memórias - 06: el regazo de Blanca
Memórias - 07: lleno de deseo
Memórias - 08: mi ojos fingidos de dormidos
Memórias - 09: ¡vaya hombre, no me dejes!
Memórias - 10: la soledad de la espera
Memórias - 11: a caverna dos espíritos amorosos
Memórias - 12: as memórias nos empurram
Memórias - 13: a Virgem do Rosário
Memórias - 14: palpites
Memórias - 15: ordeña
Memórias - 16: o leite espumante
Memórias - 17: Cuando llueve, diluvia...
Memórias - 18: ¡Estamos haciendo historia!
Memórias - 19: ¿Emparejar con quien?
Memórias - 20: la vaca, el toro
Memórias - 21: a solidão
Memórias - 22: ¿el fin ya está en camino?
Memórias - 23: en la naturalidad de la vejez
Memórias - 24: los perros insatisfeitos
Memórias - 25: um lugar de trabalho e mortes
Memórias - 26: no hay maldición, no hay brujas
Memórias - 27: soy una anciana
Memórias - 28: um Zé qualquer
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