Fernando Pessoa
XVII - No meu Prato
No meu prato que mistura de Natureza!
As minhas irmãs as plantas, As
XVII - No meu Prato
No meu prato que mistura de Natureza!
As minhas irmãs as plantas, As
companheiras das fontes, as santas A
quem ninguém reza...
E cortam-as e vêm à nossa mesa
E nos hotéis os hóspedes ruidosos,
Que chegam com correias tendo mantas
Pedem "Salada", descuidosos...,
Sem pensar que exigem à Terra-Mãe
A sua frescura e os seus filhos primeiros,
As primeiras verdes palavras que ela tem,
As primeiras cousas vivas e irisantes
Que Noé viu
Quando as águas desceram e o cimo dos montes
Verde e alagado surgiu
E no ar por onde a pomba apareceu
E cortam-as e vêm à nossa mesa
E nos hotéis os hóspedes ruidosos,
Que chegam com correias tendo mantas
Pedem "Salada", descuidosos...,
Sem pensar que exigem à Terra-Mãe
A sua frescura e os seus filhos primeiros,
As primeiras verdes palavras que ela tem,
As primeiras cousas vivas e irisantes
Que Noé viu
Quando as águas desceram e o cimo dos montes
Verde e alagado surgiu
E no ar por onde a pomba apareceu
O arco-íris se esbateu...
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O Guardador de Rebanhos
Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa)
(Fonte: http://www.cfh.ufsc.br/~magno/guardador.htm)
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Leia também:
15. O Guardador de Rebanhos - XV - As Quatro Canções - Alberto Caeiro
18. O Guardador de Rebanhos - XVIII - Quem me Dera que eu Fosse o Pó da Estrada - Alberto Caeiro
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O Guardador de Rebanhos
Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa)
(Fonte: http://www.cfh.ufsc.br/~magno/guardador.htm)
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Leia também:
15. O Guardador de Rebanhos - XV - As Quatro Canções - Alberto Caeiro
18. O Guardador de Rebanhos - XVIII - Quem me Dera que eu Fosse o Pó da Estrada - Alberto Caeiro
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