segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

O Segundo Sexo - 39. Fatos e Mitos: A Mãe

Simone de Beauvoir



39. Fatos e Mitos


Terceira Parte
Os Mitos

CAPITULO I


V




"A Mãe"




É como Mãe que a mulher é temível; é na maternidade que é preciso transfigurá-la e escravizá-la. A virgindade de Maria tem principalmente um valor negativo. Não é carnal aquela por quem a carne foi resgatada; não foi tocada nem possuída. A Grande Mãe asiática, não se lhe reconhecia tampouco um esposo: ela engendrara o mundo e sobre ele reinava solitariamente; podia ser lúbrica por capricho, mas nela a grandeza da Mãe não era diminuída pelas servidões impostas à esposa. Maria também não conheceu a mácula que a sexualidade implica. Aparentada à Minerva guerreira, ela é torre de marfim, cidadela, torreão inexpugnável. As sacerdotisas antigas, como a maioria das santas cristãs, eram igualmente virgens. A mulher votada ao bem deve sê-lo no esplendor de suas forças intatas; cumpre que ela conserve em sua integridade indomada o princípio de sua feminilidade. Se se recusa a Maria o caráter de esposa é para lhe exaltar mais puramente a Mulher-Mãe. Mas é somente aceitando o papel subordinado que lhe é designado que será glorificada. "Eu sou a serva do Senhor," Pela primeira vez na história da humanidade, a mãe ajoelha-se diante do filho; reconhece livremente a própria inferioridade. É a suprema vitória masculina que se consuma no culto de Maria: é a reabilitação da mulher pela realização de sua derrota. Ichtar, Astarté e Cibele eram cruéis, caprichosas, luxuriosas; eram poderosas, fonte da morte como da vida, engendrando os homens, transformavam-nos em escravos. No cristianismo, a vida e a morte só dependem de Deus, o homem originário do seio materno dele se evadiu para sempre, a terra só está à espera de seus ossos; o destino de sua alma decide-se em regiões onde os poderes da mãe se acham abolidos; o sacramento do batismo torna irrisórias as cerimônias em que se queimava ou afogava a placenta. Não há mais lugar na terra para a magia: Deus é o único rei. A Natureza é originalmente má, porém diante da graça é impotente. A maternidade, como fenômeno natural, não confere nenhum poder. Só resta, portanto, à mulher, se quiser superar em si mesma a tara original, inclinar-se diante de Deus cuja vontade a escraviza ao homem. E mediante essa submissão ela pode assumir novo papel na mitologia masculina. Combatida, espezinhada, quando aspirava a ser dominadora e enquanto ainda não abdicara explicitamente, pode a partir de então ser honrada como vassala. Não perde nenhum de seus atributos primitivos, mas estes mudam de sinal: de nefastos tornam-se fastos, a magia negra torna-se magia branca. Conquanto serva, a mulher tem direito às mais esplêndidas apoteoses. 

Desde que foi escravizada como Mãe, é primeiramente como mãe que será querida e respeitada. Das duas faces da maternidade, o homem não quer mais conhecer senão a sorridente. Limitado no tempo e no espaço, possuindo apenas um corpo e uma vida finita, o homem não passa de um indivíduo no seio de uma Natureza e de uma História estranhas. Limitada como ele, semelhante a ele porque é também habitada pelo espírito, a mulher pertence à Natureza, é atravessada pela corrente infinita da Vida; ela se apresenta, portanto, como a mediadora entre o indivíduo e o cosmo. Compreende-se que o homem se volte com amor para a mãe quando a imagem dela se faz tranquilizadora e santa. Mergulhado na Natureza, ele procura evadir-se, mas, separado dessa Natureza, aspira a unir-se a ela. Solidamente assentada na família, na sociedade, de acordo com as leis e os costumes, a Mãe é a própria encarnação do Bem: a Natureza de que ela participa torna-se boa, ela não é mais inimiga do espírito e, se permanece misteriosa, seu mistério é sorridente como o das madonas de Leonardo da Vinci. O homem não quer ser mulher, mas sonha com envolver em si tudo o que existe e também, portanto, essa mulher que ele não é. No culto que rende à mãe tenta apropriar-se de suas riquezas estranhas. Reconhecer-se filho é reconhecer a mãe em si, é integrar a feminilidade enquanto ligação com a terra, a vida, o passado. Em Conversações na Sicília, de Vittorini, é o que o herói vai buscar junto de sua mãe: o solo natal, seus odores e frutos, a infância, a lembrança dos antepassados, as tradições, as raízes de que a existência individual o separou. E esse enraizamento mesmo que exalta no homem o orgulho da superação; agrada-lhe admirar-se arrancando-se dos braços maternos a fim de partir para a aventura, o futuro, a guerra; a partida seria menos comovente se não houvesse ninguém para tentar retê-lo: apresentar-se-ia como um acidente, não como uma vitória duramente alcançada. E agrada-lhe também saber que esses braços continuam prontos para acolhê-lo. Após a tensão da ação, o herói gosta de gozar novamente, junto de sua mãe, o repouso da imanência: ela é o refúgio, o sono; pela carícia de suas mãos ele mergulha novamente no seio da Natureza, deixa-se levar pela grande corrente da vida, tão tranquilamente como na matriz, como no túmulo. E, se a tradição insiste em que morra chamando a mãe, é porque sob o olhar materno a própria morte é domesticada, simétrica do nascimento, indissoluvelmente ligada a toda vida carnal. A mãe permanece associada à morte como no antigo mito das Parcas; cabe à mãe enterrar os mortos e chorá-los. Mas seu papel é principalmente integrar a morte na vida, na sociedade, no bem. Por isso, o culto das "mães heroicas" é sistematicamente encorajado: se a sociedade obtém das mães que entreguem seus filhos à morte é porque pensa que tenham direito de assassiná-los. É vantajoso para a sociedade anexá-las em virtude do domínio que exercem sobre os filhos. Eis por que a mãe é cercada de tantas manifestações de respeito, por que lhe atribuem todas as virtudes e criaram para ela uma região a que é proibido obviar sob pena de sacrilégio e blasfêmia. Fazem-na a guardiã da moral; serva do homem, serva dos poderes, conduz docemente seus filhos pelos caminhos traçados. Quanto mais uma coletividade é resolutamente otimista, mais documente aceita essa terna autoridade, mais a mãe é nela transfigurada. A Mom norte-americana tornou-se o ídolo descrito por Philipp Wyllie em Generation of Vipers, porque a ideologia oficial dos Estados Unidos é o mais obstinado dos otimismos. Glorificar a mãe é aceitar o nascimento, a vida e a morte em sua forma animal e social, é proclamar a harmonia da Natureza e da sociedade. É por sonhar com a realização dessa síntese que Auguste Comte faz da mulher a divindade da futura Humanidade. Mas é por isso também que todos os revoltados obstinam-se contra a figura da mãe; achincalhando-a, recusam o dado que lhe pretendem impor através da guardiã dos costumes e das leis (1).


(1) Cumpriria citar aqui todo o poema de Michel Leiris intitulado La Mère. Eis alguns trechos característicos:

A mãe de preto, roxo, violeta — ladra das noites — é a feiticeira cuja indústria secreta vos põe no mundo, vos embala, vos acarinha, vos deita no esquife, quando não abandona — último brinquedo — a vossas mãos, que o colocam gentilmente no ataúde, o corpo encarquilhado (...)

A mãe — estátua cega, fatalidade erguida no centro do santuário inviolado — é a Natureza que vos acaricia, o vento que vos incensa, o mundo que por inteiro vos penetra, vos eleva ao céu (transportado sobre múltiplas espiras) e vos apodrece (...)

A mãe — jovem ou velha, bela ou feia, misericordiosa ou obstinada — é a caricatura, o ciumento monstro mulher, o Protótipo decaído — se é que a Ideia (pítia fanada, encarapitada no tripé de sua austera maiúscula) não é senão a paródia dos pensamentos vivos, leves, furta-cores. . .

A mãe — de anca avantajada ou seca, de seio flâcido ou duro — é o declínio destinado, desde a origem, a toda mulher, o esfarelamento progressivo da rocha faiscante sob o fluxo dos mênstruos, o lento sepultamento — na areia do deserto idoso — da caravana luxuriante e carregada de beleza.

A mãe — anjo da morte que espia, do universo que enlaça, do amor que a vaga do tempo rejeita — é a concha de insensato desenho (sinal de veneno certo) a ser jogada nos tanques profundos, geradora de círculos para as águas esquecidas.

A mãe — poça sombria, eternamente enlutada de tudo e de nós mesmo — é a pestilência vaporosa que se irisa e estoura, inchando bolha por bolha sua grande sombra bestial (vergonha de carne e leite), duro véu que um raio ainda por nascer deveria rasgar.

Pensará porventura algum dia, uma dessas inocentes porcalhonas, em se arrastar descalça através dos séculos para perdão deste crime: ter-nos engendrado?


O respeito de que se aureola a Mãe, as proibições que a cercam recalcam o nojo hostil que espontaneamente se mistura à ternura carnal que inspira. Entretanto, sob formas larvadas, o horror à maternidade sobrevive. É interessante observar, em particular, que na França, desde a Idade Média, criou-se um mito secundário que permite a livre expressão dessas repugnâncias: o da Sogra. Desde os fabulários até os vaudevilles é a maternidade em geral que o homem escarnece através da mãe da esposa, não defendida por nenhum tabu. Ele detesta que a mulher amada tenha sido engendrada: a sogra é evidentemente a imagem da decrepitude a que votou a filha ao dá-la à luz; sua obesidade, suas rugas, anunciam a obesidade, as rugas da jovem esposa cujo futuro assim tristemente se prefigura; ao lado da mãe, essa jovem esposa não se apresenta mais como um indivíduo e sim como o momento de uma espécie; não é mais a presa desejada, a companheira querida, porque sua existência singular se dissolve na vida universal. Sua particularidade é irrisoriamente contestada pela generalidade, a autonomia do espirito pelo seu enraizamento no passado e na carne: é essa irrisão que o homem objetiva num personagem grotesco; mas se há tanto rancor em seu riso, é porque ele sabe muito bem que o destino de sua mulher é o de todo ser humano: é o seu. Em todos os países, as lendas e os contos encarnaram também na esposa de segundas núpcias o aspecto cruel da maternidade. E uma madrasta que tenta fazer com que Branca de Neve morra. Na madrasta — Mme Fichíni, que chicoteia Sophie nos livros de Mme de Ségur — sobrevive a antiga Cali do colar de cabeças decepadas. 

Entretanto, por trás da Mãe santificada aglomera-se a coorte das feiticeiras da magia branca que põem a serviço do homem os sucos das ervas e irradiações astrais: avós, velhas mulheres de olhos cheios de bondade, criadas carinhosas, irmãs de caridade, enfermeira de mãos maravilhosas, amantes como aquela com que sonha Verlaine:


Doce, pensativa e morena e nunca espantada,
E que por vezes vos beija a fronte como uma criança (2);


(2) Douce, pensive et brune et jamais étonnée,
Et qui parfois vous baise au front comme un enfant; 


atribuem-lhe o claro mistério das cepas nodosas, da água fresca; elas pensam e curam; sua sabedoria é a sabedoria silenciosa da vida, compreendem sem que lhes falem. Junto delas o homem esquece todo orgulho; conhece a doçura de se abandonar e de tornar a ser uma criança porque não há entre ele e elas nenhuma luta de prestígio. Ele não poderia invejar as virtudes inumanas da Natureza, e, em seu devotamento, as sábias iniciadas que dele tratam' reconhecem-se como suas servas; ele submete-se à força benfazeja delas porque sabe que nessa submissão permanece senhor. As irmãs, as amigas de infância, as moças puras, todas as futuras mães fazem parte da legião abençoada. E a própria esposa, quando sua magia erótica se dissipa, apresenta-se a muitos homens menos como amante do que como mãe dos filhos. A partir do dia em que a mãe é santificada e escravizada pode-se sem medo reencontrá-la na companheira, ela também santificada e submissa. Resgatar a mãe é resgatar a carne e, portanto, a união carnal e a esposa. 

Privada de suas armas mágicas pelos ritos nupciais, econômica e socialmente subordinada ao marido, a "boa esposa" é para o homem o mais precioso dos tesouros. Pertence-lhe tão profundamente que participa da mesma essência: ubi tu Gaius, ego Gaia; usa o nome dele, tem os mesmos deuses, ele é responsável por ela: chama-a sua metade. Ele orgulha-se de sua mulher como de sua casa, suas terras, seus rebanhos, suas riquezas, e por vezes mais ainda; é através dela que manifesta sua força aos olhos do mundo; ela é sua medida e sua parte na terra. Entre os orientais, a mulher deve ser gorda: vê-se assim que é bem alimentada e honra seu senhor (3). Um muçulmano é tanto mais considerado quanto maior número de mulheres florescentes possui. Na sociedade burguesa, um dos papéis reservados à mulher é representai'; sua beleza, seu encanto, sua inteligência, sua elegância são os sinais exteriores da fortuna do marido, ao mesmo título que a carroceria de seu automóvel. Rico, ele a cobre de peles e jóias. Mais pobre, elogia-lhe as qualidades morais e os talentos de dona de casa; o mais deserdado, se tem apego à mulher que o serve, imagina possuir alguma coisa na terra. O herói de Mêgère apprivoisée convoca todos os vizinhos para lhes mostrar com que autoridade soube dominar a mulher. Todo homem ressuscita mais ou menos o Rei Candaule: exibe a mulher porque pensa mostrar os próprios méritos.

(3) "Os hotentotes, entre os quais a esteatopígia não esta tão desenvolvida nem é tão comum como entre as mulheres boximanes, consideram estética essa deformação, malaxam as nádegas de suas filhas desde a infância para desenvolvê-las. A engorda artificial das mulheres, verdadeira "ceva" cujos processos essenciais são a imobilidade e a ingestão abundante de alimentos apropriados, do leite em particular, também se pratica em diversas regiões da África. É igualmente praticada pelos citadinos abastados árabes e israelitas da Argélia, da Tunísia e do Marrocos". (Luquet, Journal de Psychologie, 1934. "Les Vênus des cavernes").

Mas a mulher não lisonjeia apenas a vaidade social do homem; ela lhe dá também um orgulho mais íntimo; ele se encanta com o domínio que tem sobre ela; às imagens naturalistas do arado entalhando a terra superpõem-se símbolos mais espirituais, quando a mulher se torna uma pessoa; não é apenas eroticamente, é também moral e intelectualmente que o marido "forma" a esposa; ele a educa, marca-a, impõe-lhe sua personalidade. Um dos devaneios em que o homem se compraz é o da impregnação das coisas pela sua vontade, da moldagem das formas, da penetração da subsistência delas. A mulher é por excelência a argila que se deixa passivamente malaxar e moldar; mas, cedendo, ela resiste, o que permite à ação masculina perpetuar-se. A matéria demasiado plástica anula-se pela sua docilidade; o que há de precioso na mulher é que algo nela escapa indefinidamente a qualquer posse; desse modo, o homem é senhor de uma realidade tanto mais digna de ser dominada quando o sobrexcede. Ela desperta nele um ser ignorado que ele reconhece, orgulhosamente, como si mesmo; nas comedidas orgias conjugais ele descobre o esplendor de sua animalidade: ele é o Macho; correlativamente, a mulher é fêmea, mas esta palavra assume então os mais lisonjeiros sentidos; a fêmea que acarinha, amamenta, lambe os filhotes, defende-os arriscando a vida, é um exemplo para a humanidade; com emoção, o homem reclama, de sua companheira, essa paciência, esse devotamento; ela é ainda a Natureza, mas com todas as virtudes úteis à sociedade, à família, ao chefe da família e que este entende encerrar em seu lar. Um dos desejos comuns à criança e ao homem é desvendar o segredo escondido no interior das coisas. Desse ponto de vista, a matéria é decepcionante; uma boneca estripada com o ventre à mostra não tem mais interioridade; a intimidade viva é mais impenetrável; o ventre feminino é símbolo da imanência, da profundidade; ele revela em parte seus segredos, particularmente quando o prazer se inscreve no rosto feminino; mas retém-nos igualmente. O homem capta, em domicílio, as obscuras palpitações da vida sem que a posse lhes destrua o mistério. No mundo humano, a mulher transpõe as funções de fêmea animal: ela alimenta a vida, reina sobre as regiões da imanência; o calor e a intimidade da matriz, ela os transporta para o lar; ela é quem guarda e anima a casa em que se deteve o passado, em que se prefigura o futuro; ela engendra a geração futura e alimenta os filhos já nascidos; graças a ela, a existência, que o homem depende pelo mundo no trabalho e na ação, concentra-se retornando à sua imanência: quando à noite ele volta para casa, ei-lo ancorado à terra; pela mulher, a continuidade dos dias é assegurada; quaisquer que sejam os acasos que enfrente no mundo exterior, ela garante a repetição das refeições, do sono; ela conserta tudo o que a atividade destrói ou desgasta: ela prepara os alimentos do trabalhador cansado, dele trata se está doente, cerze, lava. E no universo conjugai que constitui e perpetua, ela introduz todo um vasto mundo: acende o fogo, enche a casa de flores, domestica os eflúvios do sol, da água, da terra. Um escritor burguês citado por Bebei assim resume com seriedade esse ideal: "O homem deseja não somente alguém cujo coração bata por ele, mas ainda cuja mão lhe enxugue a fronte, que faça reinar a paz, a ordem, a tranqüilidade, uma silenciosa autoridade sobre si próprio e sobre as coisas que encontra diariamente ao voltar para o lar; ele quer alguém que espalhe sobre todas as coisas esse inexprimível perfume de mulher que é o valor vivificante da vida e da casa".




continua...
221

_________________



O SEGUNDO SEXO
SIMONE DE BEAUVOIR

Entendendo o eterno feminino como um homólogo da alma negra, epítetos que representam o desejo da casta dominadora de manter em "seu lugar", isto é, no lugar de vassalagem que escolheu para eles, mulher e negro, Simone de Beauvoir, despojada de qualquer preconceito, elaborou um dos mais lúcidos e interessantes estudos sobre a condição feminina. Para ela a opressão se expressa nos elogios às virtudes do bom negro, de alma inconsciente, infantil e alegre, do negro resignado, como na louvação da mulher realmente mulher, isto é, frívola, pueril, irresponsável, submetida ao homem.

Todavia, não esquece Simone de Beauvoir que a mulher é escrava de sua própria situação: não tem passado, não tem história, nem religião própria. Um negro fanático pode desejar uma humanidade inteiramente negra, destruindo o resto com uma explosão atômica. Mas a mulher mesmo em sonho não pode exterminar os homens. O laço que a une a seus opressores não é comparável a nenhum outro. A divisão dos sexos é, com efeito, um dado biológico e não um momento da história humana.

Assim, à luz da moral existencialista, da luta pela liberdade individual, Simone de Beauvoir, em O Segundo Sexo, agora em 4.a edição no Brasil, considera os meios de um ser humano se realizar dentro da condição feminina. Revela os caminhos que lhe são abertos, a independência, a superação das circunstâncias que restringem a sua liberdade.


4.a EDIÇÃO - 1970
Tradução
SÉRGIO MILLIET
Capa
FERNANDO LEMOS
DIFUSÃO EUROPÉIA DO LIVRO
Título do original:
LE DEUXIÊME SEXE
LES FAITS ET LES MYTHES



______________________




Segundo Sexo é um livro escrito por Simone de Beauvoir, publicado em 1949 e uma das obras mais celebradas e importantes para o movimento feminista. O pensamento de Beauvoir analisa a situação da mulher na sociedade.

No Brasil, foi publicado em dois volumes. “Fatos e mitos” é o volume 1, e faz uma reflexão sobre mitos e fatos que condicionam a situação da mulher na sociedade. “A experiência vivida” é o volume 2, e analisa a condição feminina nas esferas sexual, psicológica, social e política.



________________________


Leia também:







O Segundo Sexo - 35. Fatos e Mitos: A hesitação do macho entre o medo e o desejo

O Segundo Sexo - 36. Fatos e Mitos: "Está cheio de teia de aranha lá dentro..."

O Segundo Sexo - 37. Fatos e Mitos: a masturbação é considerada um perigo e um pecado

O Segundo Sexo - 38. Fatos e Mitos: Mulher! És a porta do diabo

O Segundo Sexo - 40. Fatos e Mitos: A Alma e a Ideia

Nenhum comentário:

Postar um comentário