Gabriel García Márquez
continuando... Em agosto desse ano, uma nova guerra civil das tantas que assolavam o país há
mais de meio século ameaçou generalizar-se, e o governo impôs a lei marcial e o
toque de recolher às seis da tarde nos estados do litoral caribe. Embora já
houvessem ocorrido alguns distúrbios e a tropa cometesse toda espécie de abusos a
título de escarmento, Florentino Ariza continuava tão confuso que não se inteirava
da condição do mundo, e uma patrulha militar o surpreendeu certa madrugada
perturbando a castidade dos mortos com suas provocações de amor. Escapou por
milagre de uma exclusão sumária acusado de ser um espião que mandava
mensagem em clave de sol aos navios liberais que esquadrinhavam as águas
vizinhas.
— Que espião porra nenhuma — disse Florentino Ariza — eu não passo de um
pobre apaixonado.
Dormiu três noites acorrentado pelos tornozelos nos calabouços da guarnição
local. Mas quando o soltaram se sentiu lesado pela brevidade do cativeiro, e mesmo
nos tempos da sua velhice, quando outras tantas guerras se embaralhavam em sua
memória, continuava achando que era o único homem da cidade, talvez do país, que
arrastara grilhões de cinco libras por uma causa de amor.
Iam completar-se dois anos de correios frenéticos quando Florentino Ariza, em
carta de um só parágrafo, fez a Fermina Daza a proposta formal de casamento. Nos
seis meses anteriores lhe havia enviado várias vezes uma camélia branca, mas ela a
devolvia na carta seguinte, para que ele não duvidasse de que estava disposta a
continuar escrevendo mas sem a gravidade de um compromisso. A verdade é que
sempre encarara as idas e vindas da camélia como uma travessura de amor, e nunca
pensara em encará-las como uma encruzilhada do destino. Mas quando chegou a
proposta formal se sentiu lanhada pelo primeiro arranhão da morte. Num medo
pânico, desabafou com tia Escolástica, que enfrentou a confidencia com a valentia e
a lucidez que não tivera aos vinte anos quando se viu forçada a decidir sua própria
sorte.
— Responda a ele que sim — disse. — Ainda que você esteja morrendo de medo,
ainda que depois se arrependa, porque seja como for você se arrependerá a vida
inteira se disser a ele que não.
Mesmo assim, Fermina Daza se sentia tão confusa que pediu um prazo para
pensar. Pediu primeiro um mês, depois outro e outro, e quando se completou o
quarto mês sem resposta voltou a receber a camélia branca, mas não sozinha no
envelope como das outras vezes, e sim com a notificação peremptória de que era a
última: ou agora ou nunca. Então foi Florentino Ariza quem viu a cara da morte,
nessa mesma tarde, quando recebeu um envelope com uma tira de papel arrancada
da margem de um caderno de escola, com uma resposta escrita a lápis numa linha
só: Está bem, me caso com o senhor se me promete que não me fará comer
berinjela.
Florentino Ariza não estava preparado para essa resposta, mas sua mãe estava.
Desde que ele falara pela primeira vez na intenção de se casar, seis meses antes,
Trânsito Ariza iniciara gestões para alugar toda a casa, que até então compartilhava
com duas famílias mais. Era uma construção civil do século XVII, de dois blocos,
onde funcionava o Monopólio do Tabaco sob o domínio espanhol, e cujos
proprietários arruinados tinham tido que alugar aos pedaços por falta de recursos
para mantê-la. Tinha uma seção que dava para a rua, onde se faziam as vendas do
tabaco, outra no fundo de um pátio de pedras onde estivera a fábrica, e uma
cavalariça muito grande que os inquilinos atuais usavam em comum para lavar
roupa e estendê-la na corda. Trânsito Ariza ocupava a primeira parte, que era a mais
útil e mais conservada, embora fosse também a menor. Na antiga sala de vendas
ficava o armarinho, com um portão para a rua, e ao lado o antigo depósito, onde
dormia Trânsito Ariza e cuja única ventilação era uma clara bóia. O cômodo de trás
da loja era a metade da sala, dividida com um biombo de madeira. Havia ali uma
mesa e quatro cadeiras que serviam ao mesmo tempo para se comer e escrever, e ali
Florentino Ariza dependurava a rede quando o despontar do dia não o surpreendia
escrevendo. Era um espaço bom para os dois, mas insuficiente para qualquer pessoa
mais, menos ainda para uma senhorita do Colégio da Apresentação da Santíssima
Virgem, cujo pai restaurara até deixá-la como nova uma casa em escombros,
enquanto famílias de sete títulos iam para a cama com o pavor de que o teto de suas
mansões lhes desabasse na cabeça enquanto dormiam. De maneira que Trânsito
Ariza conseguira que o proprietário lhe permitisse ocupar também a galeria do
pátio, com a condição de que ela mantivesse a casa em bom estado por cinco anos.
Tinha recursos para isso. Além da renda real do armarinho e das fiações
hemostáticas, que lhe teriam bastado para a vida modesta, multiplicara as
poupanças emprestando-as a uma clientela de novos pobres envergonhados que
aceitavam seus juros excessivos em troca de sua discrição. Senhoras com ares de
rainha desciam das carruagens no portão do armarinho, sem governantas nem
criados incômodos, e fingindo comprar rendas da Holanda e debruns de
passamanaria empenhavam entre dois soluços os últimos ouropéis de seu paraíso
perdido. Trânsito Ariza as tirava de apuros com tanta consideração por sua estirpe
que muitas iam embora mais gratas pelos cumprimentos que pelos proventos. Em
menos de dez anos conhecia como suas as joias tantas vezes resgatadas e de novo
empenhadas com lágrimas, e os ganhos convertidos em ouro de lei estavam
enterrados numa botija debaixo da cama quando o filho tomou a decisão de se
casar. Então fez as contas e descobriu que não só podia fazer o negócio de manter
de pé a casa alheia durante cinco anos como ainda que, com igual astúcia e um
pouco mais de sorte, podia talvez comprá-la antes de morrer para os doze netos que
desejava ter. Florentino Ariza, por sua parte, fora nomeado primeiro ajudante do
telégrafo, em caráter interino, e Lotário Thugut queria deixá-lo como chefe do
escritório quando partisse para dirigir a Escola de Telegrafia e Magnetismo, prevista
para o ano seguinte.
Desta forma, o lado prático do casamento estava resolvido, mas Trânsito Ariza
achou prudentes duas condições finais. A primeira, averiguar quem era na realidade
Lorenzo Daza, cujo sotaque não deixava nenhuma dúvida sobre sua origem, mas de
cuja identidade e de cujos meios de vida ninguém tinha informação certa. A
segunda, que o noivado fosse longo, para que os noivos se conhecessem a fundo
pelo trato pessoal, e que se mantivesse a mais estrita reserva até que ambos se
sentissem muito seguros de seus afetos. Sugeriu que esperassem até o final da
guerra. Florentino Ariza concordou com o segredo absoluto, tanto pelas razões de
sua mãe como pelo hermetismo próprio de seu caráter. Concordou também com a
demora do noivado, mas o término da guerra lhe pareceu irreal, pois em mais de
meio século de vida independente não tivera o país nem um dia de paz civil.
— Vamos ficar velhos esperando — disse.
Seu padrinho o homeopata, que participava por casualidade da conversação, não
achava que as guerras fossem um inconveniente. Achava que não passavam de
pendências de pobres jungidos como bois pelos senhores da terra, contra soldados
descalços jungidos pelo governo.
— A guerra está na montanha —disse — Desde que eu sou eu, nas cidades não
nos matam com tiros, e sim com decretos.
De qualquer maneira, os pormenores do noivado se resolveram nas cartas da
semana seguinte. Fermina Daza, aconselhada pela tia Escolástica, aceitou o prazo
de dois anos e a reserva absoluta, e sugeriu que Florentino Ariza lhe pedisse a mão
quando ela terminasse a escola secundária nas férias de Natal. No momento próprio
se poriam de acordo sobre o modo de formalizar o compromisso segundo o grau de
aceitação que ela houvesse conseguido do pai. Enquanto isso, continuaram a se
escrever com o mesmo ardor e a mesma frequência, mas sem os sobressaltos de
antes, e as cartas foram derivando para um tom familiar que já parecia de esposos.
Nada lhes perturbava os sonhos.
A vida de Florentino Ariza tinha mudado. O amor correspondido lhe havia dado
uma segurança e uma força que não conhecera antes, e foi tão eficiente no trabalho
que Lotário Thugut conseguiu sem esforços que o nomeassem seu substituto
oficial. Nessas alturas, o projeto da Escola de Telegrafia e Magnetismo tinha
malogrado, e o alemão consagrava seu tempo livre à única coisa que na realidade
lhe agradava, que era ir ao porto tocar acordeão e tomar cerveja com os
marinheiros, e tudo acabava no hotel suspeito. Transcorreu muito tempo até que
Florentino Ariza percebesse que a influência de Lotário Thugut naquele lugar de
prazer se devia ao fato de que ele terminara dono do estabelecimento, além de
empresário das pássaras do porto. Fizera a compra pouco a pouco, com as
economias de muitos anos, mas seu testa-de-ferro era um homenzinho magro e
torto, de cabelo aparado rente e de coração tão manso que ninguém compreendia
como podia ser tão bom gerente. Mas era. Pelo menos, assim pareceu a Florentino
Ariza quando o gerente lhe disse, sem que ele tivesse pedido, que podia dispor de
um quarto permanente no hotel, não só para resolver os problemas do baixo-ventre,
quando se decidisse a tê-los, como também para contar com um lugar mais
tranquilo para suas leituras e suas cartas de amor. Por isso, enquanto transcorriam
os longos meses que faltavam para a formalização do compromisso, passou mais
tempo ali do que no escritório ou em casa, e houve épocas em que Trânsito Ariza só
o via quando ia trocar de roupa.
A leitura se tornou para ele um vício insaciável. Desde que o ensinara a ler, sua
mãe lhe comprava os livros ilustrados dos autores nórdicos, vendidos como
histórias infantis mas que na realidade eram os contos mais cruéis e perversos que
alguém pudesse ler em qualquer idade. Florentino Ariza os recitava de cor aos cinco
anos, tanto nas aulas como nas festas da escola, mas a familiaridade com eles não
aliviava o terror que lhe infundiam. Ao contrário, tornava-o mais aguçado. Passar
dali para a poesia foi um repouso. Já na puberdade consumira por ordem de
publicação todos os volumes da Biblioteca Popular que Trânsito Ariza comprava nos
livreiros de ocasião do Portal dos Escrivães, e nos quais havia de tudo, de Homero
ao menos meritório dos poetas locais. Mas ele não fazia distinção: lia o volume que
chegasse, como uma ordem da fatalidade, e todos os seus anos de leitura não foram
suficientes para que soubesse o que era bom e o que não prestava no muito que
tinha lido. A única coisa que sabia com clareza era que entre a prosa e os versos
preferia os versos, e entre estes preferia os de amor, que decorava mesmo sem
querer a partir da segunda leitura, o que lhe era ainda mais fácil quanto mais se
tratasse de versos bem rimados, bem medidos, bem desesperados.
Esta foi a fonte original das primeiras cartas a Fermina Daza, nas quais
apareciam montões de parágrafos tomados sem qualquer cozimento aos românticos
espanhóis, e continuou sendo até que a vida real o obrigou a se ocupar de assuntos
mais terrenos do que as penas do coração. Nessas alturas dera um passo adiante
rumo aos folhetins chorosos e outras prosas ainda mais profanas do seu tempo.
Aprendera a chorar com a mãe lendo os poetas locais que se vendiam em praças e
portas de loja em folhetos de dois centavos. Mas ao mesmo tempo era capaz de
recitar de cor a poesia castelhana mais seleta do Século de Ouro. Em geral lia tudo
que lhe caísse nas mãos, e na ordem em que caía, até o extremo de que mesmo
depois daqueles duros anos do seu primeiro amor, quando já não era moço, punha
se a ler da primeira à última página os vinte volumes do Tesouro da Juventude, o
catálogo completo de clássicos dos irmãos Garnier, traduzidos, e as obras mais
fáceis que publicava Vicente Blasco Ibánez, na coleção Prometeu.
Em todo caso, seus jovens anos no hotel suspeito não se reduziram à leitura e à
redação de cartas febris, pois também o iniciaram nos segredos do amor sem amor.
A vida da casa começava depois do meio-dia, quando suas amigas as pássaras se
levantavam como suas mães as pariram, de modo que quando Florentino Ariza
chegava do emprego se encontrava num palácio povoado de ninfas em pêlo, que
comentavam aos gritos os segredos da cidade, conhecidos pelas indiscrições dos
próprios protagonistas. Muitas exibiam em suas nudezas as pegadas do passado:
cicatrizes de punhaladas no ventre, estrelas de balaços, sulcos de facadas de amor,
costuras de cesarianas de açougueiros. Algumas recebiam durante o dia os filhos
menores, frutos desventurados de desenganos ou descuidos juvenis, e tratavam de
despi-los logo que chegavam para que não se sentissem diferentes no paraíso da
nudez. Cada uma cozinhava o que comia, e ninguém comia melhor do que
Florentino Ariza quando o convidavam, porque escolhia o melhor de cada uma. Era
uma festa diária que durava até o entardecer, quando as desnudas desfilavam
cantando para os banheiros, pedindo uma a outra o sabonete emprestado, a escova
de dentes, a tesoura, cortavam-se o cabelo umas às outras, se vestiam permutando
roupas, se besuntavam de pintura como palhaças lúgubres, e saíam a caçar as
primeiras presas da noite. A partir daí a vida da casa se tornava impessoal,
desumanizada, e era impossível compartilhar dela sem pagar.
Em nenhum outro lugar Florentino Ariza se sentia melhor desde que conhecera
Fermina Daza, porque era o único onde não se sentia só. E mais: acabou por ser o
único onde se sentia com ela. Era talvez pelos mesmos motivos que vivia ali uma
mulher mais velha, elegante, de formosa cabeça prateada, que não participava da
vida natural das desnudas, e por quem estas professavam um respeito sacramentai.
Um noivo prematuro a havia levado lá quando jovem, e depois de desfrutá-la um
tempo a abandonou à sua sorte. Contudo, apesar do seu estigma, conseguiu bom
casamento. Já bem mais velha, quando ficou só, dois filhos e três filhas disputaram
entre si o prazer de levá-la a viver com eles, mas a ela não ocorreu lugar mais digno
para viver do que aquele hotel de ternas perdulárias. Seu quarto permanente era
sua única casa, e isto a identificou de pronto com Florentino Ariza, de quem dizia
que chegaria a ser um sábio conhecido no mundo inteiro, por ser capaz de
enriquecer a alma com a leitura no paraíso da salacidade. Florentino Ariza, de sua
parte, chegou a nutrir por ela tanta afeição que a ajudava nas compras do mercado,
e costumava passar tardes conversando com ela. Achava que era uma mulher sábia
no amor, pois lhe deu muitas luzes sobre o seu, sem que ele precisasse revelar-lhe
seu segredo.
Se antes de conhecer o amor de Fermina Daza não caíra em tantas tentações ao
alcance da mão, muito menos o faria quando já tinha sua prometida oficial. Por isso
Florentino Ariza convivia com as moças, compartilhava seus gozos e suas misérias,
mas nem a ele nem a elas ocorreria ir mais longe. Um fato imprevisto demonstrou a
severidade de sua determinação. Certo dia às seis da tarde, quando as moças se
vestiam para receber os clientes da noite, entrou no seu quarto a encarregada da
limpeza no andar: uma mulher jovem mas envelhecida e macilenta, como uma
penitente vestida em meio à glória das desnudas. Ele a via todos os dias sem se
sentir visto: andava pelos quartos com as vassouras, um balde para o lixo e um
trapo especial para recolher do chão os preservativos usados. Entrou no cubículo
em que Florentino Ariza lia, como sempre, e como sempre varreu com um cuidado
extremo, para não perturbá-lo. De repente chegou perto da cama, e ele sentiu a mão
quente e macia na cruz do seu ventre, a buscá-lo, sentiu que o achava, sentiu-a que
ia desabotoando os botões e que a respiração dela ia ocupando o quarto inteiro. Ele
fingiu ler até que não aguentou mais, e teve que esquivar o corpo.
Ela se assustou, pois a primeira advertência que lhe haviam feito para que
obtivesse o emprego de varredora foi o de não tentar ir para a cama com os clientes.
Não precisavam dizê-lo, pois ela era das que achavam que prostituição não era
entregar-se por dinheiro e sim entregar-se a desconhecidos. Tinha dois filhos, cada
um de um marido diferente, e não porque fossem aventuras casuais e sim porque
não conseguira amar ninguém que voltasse depois da terceira vez. Tinha sido até
então uma mulher sem ardores, preparada pela natureza para esperar sem
desesperar, mas a vida daquela casa era mais forte que suas virtudes. Chegava para
trabalhar às seis da tarde, e passava a noite inteira de quarto em quarto, varrendo
os com quatro vassouradas, recolhendo os preservativos, mudando os lençóis. Não
era fácil imaginar a quantidade de coisas que os homens deixavam depois do amor.
Deixavam vômitos e lágrimas, o que parecia compreensível, mas deixavam também
muitos enigmas da intimidade: poças de sangue, panos com excremento, olhos de
vidro, relógios de ouro, dentaduras postiças, relicários com cabelo louro, cartas de
amor, de negócios, de pêsames: cartas de tudo. Alguns vinham buscar suas coisas
perdidas, mas a maioria delas ali ficava, e Lotário Thugut as guardava debaixo de
chave, pensando que mais cedo ou mais tarde aquele palácio caído em desgraça,
com os milhares de objetos pessoais esquecidos, seria um museu do amor.
O trabalho era duro e mal pago, mas ela o fazia bem. O que não conseguia
suportar eram os soluços, os lamentos, o ranger das molas das camas que iam se
depositando em seu sangue com tanto ardor e dor que ao amanhecer não aguentava
a necessidade de se entregar ao primeiro mendigo que encontrasse na rua, ou a
algum bêbado sem rumo que lhe fizesse o favor sem luxos nem perguntas. A
aparição de um homem sem mulher como Florentino Ariza, moço e limpo, foi para
ela um presente do céu, porque a partir do primeiro momento percebeu que era
igual a ela: um carente de amor. Mas ele foi insensível ao seu cerco. Mantivera-se
virgem para Fermina Daza, e não havia força nem razão neste mundo que pudesse
desviá-lo do caminho.
continua na página 062...
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Leia também:
O Amor nos Tempos de Cólera: Em agosto desse ano
O Amor nos Tempos de Cólera: Essa era sua vida
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O AMOR NOS TEMPOS DO CÓLERA. Gabriel García Márquez
Tradução Antônio Callado
Título original El amor en los tiempos del cólera. Record Rio de Janeiro. 1985.
"Quando o mundo estiver unido na busca do conhecimento, e não mais lutando por dinheiro e poder, então nossa sociedade poderá enfim evoluir a um novo nível."
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