terça-feira, 22 de setembro de 2020

Edgar Allan Poe - Contos: Aventuras de Arthur Gordon Pym: 18 — Outros Homens

Edgar Allan Poe - Contos



Aventuras de Arthur Gordon Pym 
Título original: Narrative of A. G. Pym 
Publicado em 1837





18 — Outros Homens




18 de janeiro. — Esta manhã continuámos a nossa rota para Sul com um tempo tão bom como nos dias precedentes. O mar estava completamente calmo, o vento soprava de Nordeste e a temperatura do ar era suficientemente quente e a da água marcava 53° F. Recomeçámos com as sondagens e, com uma corda de 150 braças, encontrámos uma corrente em direção ao Polo a uma velocidade de uma milha por hora. Esta tendência constante do vento e da corrente para Sul provocaram reflexões e até alarme entre a tripulação, e vi perfeitamente que causara forte impressão no espírito do capitão Guy. Felizmente, tinha muito receio do ridículo e consegui que se risse das suas próprias apreensões. A variação era agora quase insignificante. Durante o dia vimos algumas baleias e numerosos bandos de albatrozes sobrevoaram o navio. Apanhámos também uma espécie de arbusto com bagas vermelhas como as do espinheiro e o corpo de um animal terrestre, de aspecto muito estranho. Tinha três pés de comprimento por seis polegadas de altura, quatro pernas muito curtas, os pés com longas garras de um vermelho brilhante e semelhantes ao coral. A cauda era afilada como a de um rato e com cerca de um pé e meio de comprimento. A cabeça lembrava a de um gato, exceto nas orelhas que eram reviradas e pendentes como as de um cão. Os dentes eram do mesmo vermelho vivo das garras. O corpo estava revestido por um pelo sedoso e compacto, perfeitamente branco.

19 de janeiro. — Encontrando-nos a 83° 20’ de latitude e a 43° 5’ de longitude Oeste (o mar tinha um tom escuro extraordinário), o vigia avistou terra de novo e, depois de um exame atento, descobrimos que se tratava de uma ilha pertencente a um grupo de ilhas mais extensas. A costa era a pique e o interior parecia bastante arborizado, circunstância que nos causou grande alegria. Cerca de quatro horas depois de ter avistado terra, lançámos a âncora a dez braças de profundidade, com um fundo de areia, a uma légua da costa, porque uma forte ressaca, com remoinhos em várias direções, tornava a aproximação perigosa. Recebemos ordem para levar duas das embarcações maiores, e um destacamento bem armado, de que eu e Peters fazíamos parte, foi encarregado de encontrar uma abertura no recife que parecia circundar a ilha. Depois de termos procurado durante algum tempo, descobrimos uma passagem, por onde íamos entrar, quando avistámos quatro grandes canoas que largavam da margem, cheias de homens que pareciam bem armados. Deixámo-los aproximar e, como navegavam com grande velocidade, em breve estavam ao alcance da voz. O capitão Guy içou então um lenço branco na ponta de um remo. Os selvagens pararam e de repente começaram a tagarelar numa algaraviada muito alta e a gritar estranhas palavras, entre as quais distinguimos: Anamoo-moo! e Lama-Lama! Continuaram com aquela algazarra durante uma boa meia hora, em que pudemos observar, à vontade, as suas fisionomias.

Nas quatro canoas, que deviam ter cinquenta pés de comprimento e cinco de largura, havia ao todo cento e dez selvagens. Tinham uma estatura semelhante à dos europeus, mas mais musculosa e carnuda. A sua pele era de um negro de jade e os cabelos longos espessos e encarapinhados. Estavam vestidos com a pele de um animal negro desconhecido que tinha longos e sedosos pelos. A pele era ajustada ao corpo, com o pelo voltado para dentro, exceto à volta do pescoço, nos punhos e nos tornozelos. As suas armas consistiam principalmente em paus de madeira preta, de aparência muito dura. No entanto, também distinguimos algumas lanças de ponta de sílex e algumas fundas. O fundo das canoas estava coberto de pedras negras do tamanho de um ovo grande.

Quando terminaram aquela discursata (pois era evidente que aquela algaraviada se dirigia a nós), um deles, que parecia o chefe, pôs-se de pé na proa da sua canoa e fez-nos repetidos sinais para que nos aproximássemos. Fingimos que não percebíamos o que ele queria, pensando que era mais sensato manter, tanto quanto possível, um espaço razoável entre nós, porque eles eram quatro vezes mais do que nós. Adivinhando o nosso pensamento, o chefe pediu às outras três canoas para o seguirem enquanto ele avançava com a sua. Assim que nos alcançou, saltou para bordo do bote maior e sentou-se ao lado do capitão Guy, ao mesmo tempo que apontava para a escuna repetindo as palavras: Anamoo-moo! Lama-Lama! Regressámos ao navio, seguidos a alguma distância pelas quatro canoas.

Ao chegar junto do costado, o chefe mostrou sinais de uma surpresa e prazer extremos, batendo palmas, batendo nas coxas e no peito e soltando gargalhadas ensurdecedoras. Todos os seus súbditos, que o seguiam, uniram a sua alegria à do chefe, fazendo uma tremenda algazarra. Feliz por regressar ao seu navio, o capitão Guy ordenou que içassem as embarcações como medida de precaução e deu a entender ao chefe, cujo nome em breve descobrimos que era Too-wit, que só podia receber a bordo vinte homens de cada vez. Este pareceu aceitar perfeitamente esta sugestão e transmitiu algumas ordens para as canoas, uma das quais se aproximou, enquanto as outras permaneciam a cerca de cinquenta jardas de distância. Subiram a bordo vinte selvagens que começaram a bisbilhotar por toda a parte, a trepar pelos mastros, como se estivessem em casa, e examinando todos os objetas com a maior curiosidade.

Era mais que evidente que nunca tinham visto um indivíduo de raça branca. Aliás a nossa cor parecia inspirar-lhes grande repugnância. Julgavam que a Jane era um ser vivo e dir-se-ia que receavam atingi-la com as pontas das lanças que levantavam cuidadosamente. Houve um momento em que toda a tripulação se divertiu bastante com a conduta de Too-wit. O cozinheiro estava a partir lenha perto da cozinha, quando, por acidente, cravou o machado na coberta, onde fez um entalhe bastante fundo. O chefe ocorreu imediatamente e, empurrando o cozinheiro com força, soltou um gemido, quase um grito, que demonstrava bem quanto sofria com as dores da escuna; depois, começou a acariciar e a esfregar a ferida com a mão e lavá-la com um pouco de água do mar que estava perto. Demonstrava tamanha ignorância, para a qual não estávamos preparados, que eu não pude deixar de pensar que ali havia um pouco de fingimento.

Quando os nossos visitantes satisfizeram completamente a sua curiosidade em relação à coberta, foram conduzidos ao interior, onde a sua admiração ultrapassou todos os limites. A sua estupefação parecia demasiado forte para se exprimir por palavras, pois observavam tudo em silêncio, emitindo apenas algumas exclamações. As armas devem-lhes ter dado que pensar e permitimos lhes que as examinassem à vontade. Penso que não tinham a mínima suspeita da sua utilidade, tomando-as por ídolos, vendo o cuidado que tínhamos e a atenção com que os olhávamos enquanto eles lhes mexiam. O seu espanto redobrou ao verem os canhões. Aproximaram-se fazendo as maiores demonstrações de veneração e de terror, mas não quiseram examiná-los minuciosamente. Havia no camarote dois grandes espelhos e isso foi o cúmulo do seu espanto. Too-wit foi o primeiro a aproximar-se e já se encontrava no meio do camarote de frente para um e de costas para o outro, mas ainda não os tinha notado. Quando o selvagem levantou os olhos e se viu refletido no espelho, julguei que ia enlouquecer; mas ao voltar-se para fugir, voltou a ver-se no espelho oposto e então julguei que ia morrer. Nada o levou a olhar-se de novo, pois todos os meios de persuasão foram inúteis. Atirou-se para o chão, escondeu a cabeça entre as mãos e permaneceu imóvel, até que resolvemos levá-lo para a coberta.

Todos os selvagens foram recebidos a bordo em grupos de vinte, mas Toowit permaneceu todo o tempo no navio. Não descobrimos neles nenhuma propensão para o roubo e depois da sua partida não demos pela falta de nada. Enquanto durou a visita, mostraram-se sempre muito cordiais. No entanto, havia alguns traços na sua conduta que nos foi impossível compreender, como por exemplo nunca conseguimos que se aproximassem de alguns objetas inofensivos, tais como as velas da escuna, um ovo, um livro aberto ou uma chávena de farinha. Tentámos saber se possuíam alguns artigos para comerciar ou trocar, mas tivemos grande dificuldade em nos fazer compreender. No entanto, soubemos, com grande surpresa, que nas ilhas abundavam as grandes tartarugas da espécie Galápagos, e vimos uma na canoa de Too-wit. Vimos também um escombro de mar nas mãos de um selvagem que o devorava cru com a maior avidez.

Estas anomalias, ou pelo menos aquilo que considerámos anomalias relativamente à latitude, levaram o capitão Guy a tentar uma exploração completa da região, na esperança de encontrar algo lucrativo. Pela minha parte, desejoso como estava de levar mais longe a descoberta, só tinha um objetivo, só pensava em prosseguir viagem em direção ao sul, sem mais demoras. O tempo estava bom, mas ninguém sabia quanto iria durar e, uma vez que já estávamos no paralelo 84, com um mar completamente livre à nossa frente, uma corrente forte arrastando para Sul e bom tempo, não podia estar de acordo com nenhuma proposta de permanência naquelas paragens mais tempo do que o necessário para refazer a saúde da tripulação e reabastecermos o navio em provisões e combustível. Fiz ver ao capitão que nos seria fácil aportar àquelas ilhas no nosso regresso e que até lá podíamos, passar o inverno, no caso de os gelos nos barrarem a passagem. Acabou por seguir o meu conselho (porque, não sei como, tinha adquirido grande influência sobre ele) e, por fim, foi decidido que, mesmo que encontrássemos escombros do mar em abundância, apenas ali ficaríamos uma semana, para nos restabelecermos, e que seguiríamos para Sul assim que fosse possível.

Assim, fizemos todos os preparativos necessários e, depois de conduzirmos com êxito, seguindo as indicações de Too-wit, a escuna através dos recifes, lançamos a âncora a cerca de uma milha da costa, numa excelente baía, muito fechada, na costa Sudeste da ilha principal, sobre dez braças de água, num fundo de areia negra. Disseram-nos que, na extremidade da baía, desaguavam três riachos de água excelente e verificámos que as redondezas eram muito arborizadas. As quatro canoas seguiam-nos, mas sempre a uma distância respeitosa. Quanto a Too-wit, ficou a bordo e depois de lançarmos a âncora, convidou-nos a acompanhá-lo a terra e a visitarmos a sua aldeia no interior. O capitão Guy aceitou e, tendo ficado a bordo com dez selvagens como reféns, doze homens da nossa tripulação prepararam-se para seguir o chefe. Tivemos o cuidado de irmos bem armados, mas sem deixar transparecer a mínima desconfiança. Na escuna tinham sido tomadas todas as precauções para evitar qualquer surpresa, colocando os canhões nas portinholas e içando as redes de filarete. Foi especialmente recomendado ao imediato que não recebesse ninguém a bordo durante a nossa ausência e que, no caso de não estarmos de volta daí a doze horas, enviasse a chalupa, armada com um canhão pedreiro, à nossa procura em volta da ilha.

A cada passo que dávamos naquela terra, cada vez mais nos convencíamos que estávamos numa região completamente diferente das que até hoje foram visitadas por homens civilizados. Nada do que víamos nos era familiar. As árvores não se pareciam com as existentes nas zonas tórridas, nas zonas temperadas ou nas zonas frias do Norte, e diferiam essencialmente das existentes nas latitudes meridionais que acabávamos de atravessar. As próprias rochas nos eram desconhecidas, no volume, na cor e na contextura; e os cursos de água, por mais estranho que possa parecer, assemelhavam-se tão pouco aos de outros climas, que hesitámos em beber dessa água e tivemos grande dificuldade em nos convencermos que as suas qualidades eram puramente naturais. No primeiro riacho que apareceu no caminho, Too-wit e a sua comitiva pararam para beber. Devido ao aspecto estranho daquela água, recusámo-nos a beber, supondo que era insalubre, e só mais tarde compreendemos que todos os cursos de água do arquipélago eram assim. Realmente não sei como vos dar uma ideia clara da natureza daquele líquido e não sou capaz de o fazer, sem utilizar muitas palavras. Embora esta água rolasse com rapidez por todas as encostas como qualquer outra água, só nas quedas e cascatas adquiria a habitual aparência de limpidez. Porém, devo dizer que era tão límpida como qualquer água calcária e a diferença que existia era apenas aparente. À primeira vista, e especialmente nos casos em que o declive era pouco acentuado, parecia um pouco, quanto a consistência, uma espessa dissolução de goma-arábica em água vulgar. Mas esta era apenas uma das suas extravagantes qualidades. Não era incolor, mas não tinha uma cor uniforme, e ao deslizar apresentava à vista todas as tonalidades possíveis da púrpura, como reflexos e cambiantes de seda furta-cores. Para dizer a verdade, esta variação da tonalidade efetuava-se de uma maneira que produzia nos nossos espíritos uma surpresa tão profunda como a dos espelhos no espírito de Too-wit. Enchendo uma bacia com esta água e deixando-a assentar, verificámos que toda a massa de líquido era constituída por um certo número de veios distintos de uma cor especial, que estes veios não se misturavam e que a sua coesão era perfeita, relativamente às moléculas que os formavam, e imperfeita quanto aos veios próximos. Fazendo passar a ponta de uma faca através dos veios, a água fechava-se imediatamente atrás da ponta e, quando a retirávamos, todos os vestígios da passagem da faca desapareciam por completo. Mas, se a faca interceptava cuidadosamente dois veios, operava-se uma separação completa, que o poder de coesão não reconstituía logo. Os fenómenos desta água formaram o primeiro elo definido de uma vasta cadeia de milagres aparentes, que me foram envolvendo.


continua na página 241...

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Edgar Allan Poe (nascido Edgar Poe; Boston, Massachusetts, Estados Unidos, 19 de Janeiro de 1809 — Baltimore, Maryland, Estados Unidos, 7 de Outubro de 1849) foi um autor, poeta, editor e crítico literário estadunidense, integrante do movimento romântico estadunidense. Conhecido por suas histórias que envolvem o mistério e o macabro, Poe foi um dos primeiros escritores americanos de contos e é geralmente considerado o inventor do gênero ficção policial, também recebendo crédito por sua contribuição ao emergente gênero de ficção científica. Ele foi o primeiro escritor americano conhecido por tentar ganhar a vida através da escrita por si só, resultando em uma vida e carreira financeiramente difíceis.

Ele nasceu como Edgar Poe, em Boston, Massachusetts; quando jovem, ficou órfão de mãe, que morreu pouco depois de seu pai abandonar a família. Poe foi acolhido por Francis Allan e o seu marido John Allan, de Richmond, Virginia, mas nunca foi formalmente adotado. Ele frequentou a Universidade da Virgínia por um semestre, passando a maior parte do tempo entre bebidas e mulheres. Nesse período, teve uma séria discussão com seu pai adotivo e fugiu de casa para se alistar nas forças armadas, onde serviu durante dois anos antes de ser dispensado. Depois de falhar como cadete em West Point, deixou a sua família adotiva. Sua carreira começou humildemente com a publicação de uma coleção anônima de poemas, Tamerlane and Other Poems (1827).

Poe mudou seu foco para a prosa e passou os próximos anos trabalhando para revistas e jornais, tornando-se conhecido por seu próprio estilo de crítica literária. Seu trabalho o obrigou a se mudar para diversas cidades, incluindo Baltimore, Filadélfia e Nova Iorque. Em Baltimore, casou-se com Virginia Clemm, sua prima de 13 anos de idade. Em 1845, Poe publicou seu poema The Raven, foi um sucesso instantâneo. Sua esposa morreu de tuberculose dois anos após a publicação. Ele começou a planejar a criação de seu próprio jornal, The Penn (posteriormente renomeado para The Stylus), porém, em 7 de outubro de 1849, aos 40 anos, morreu antes que pudesse ser produzido. A causa de sua morte é desconhecida e foi por diversas vezes atribuída ao álcool, congestão cerebral, cólera, drogas, doenças cardiovasculares, raiva, suicídio, tuberculose entre outros agentes.

Poe e suas obras influenciaram a literatura nos Estados Unidos e ao redor do mundo, bem como em campos especializados, tais como a cosmologia e a criptografia. Poe e seu trabalho aparecem ao longo da cultura popular na literatura, música, filmes e televisão. Várias de suas casas são dedicadas como museus atualmente.


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Edgar Allan Poe

CONTOS

Originalmente publicados entre 1831 e 1849 



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