quarta-feira, 9 de setembro de 2020

histórias davóinha: Josino (I3j - fada ruim)

 Josino: I - a aparição da vida



fada ruim
Ensaio 3j – 2ª edição 1ª reimpressão


baitasar



na sua frente, milagres vê o seu amô rasgado e chora, só a escuridão estrelada vê o choro qui lhe sai dusóio, Quem bateu em ocê assim, pruguntô com o gosto salgado da estrada das água descida inté a boca, Os mesmo branco de sempre, eles num perde o gosto da ruindade e usóio dódio, lhe respondeu josino  

As costa do meu pretu tem falta de fatia da carne, retrucô a muié qui vê pra frente e pra tráis, É os pedaço qui os branco arranca todo dia e toda noite. Eles não cansa, eu não desisto e num paro de sangrá, respondeu o hôme, E ninguém vê tanta maldade, Tudo vê tudo, minha preta... usqui num pega na chibata e num consegue vê faz cara de retrato, vira pru lado sem dizê nada, é gente costumada num dizê e num se metê, num tem nada com isso, num é preta, Vô limpá suas costa desse sangue ressequido.

pede pra josino virá de lado, sente qui qué tê uma radiosa vingança, qué e num qué esquecê aquela dô, tá decidida, Se tivé qui sê fada ruim, vô sê. Vô resistí. Vô sê a baobá desta terra, enraizada muié com voz e eco, é o alarido da criação, num vai se calá, num vai sê calada, vai sê escutada




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