quarta-feira, 2 de setembro de 2020

histórias davóinha: Josino (I2j - a belezura na escuridão estrelada)

Josino: I - a aparição da vida



a belezura na escuridão estrelada
Ensaio 2j – 2ª edição 1ª reimpressão


baitasar




A minha preta deu um susto e tanto, josino reclamô do encanto com aquela amargura qui qué ficá, mais logo tem qui voltá

ele inda tava com as costa no chão das fôia deitada, Num podia esperá mais, respondeu a muié enfeitiçada pelo amô, pela saudade, pela vontade ditá com seu hôme, pedí pra Oiá me fazê vento, quis encurtá os caminho, contentá minha cobiça qui reclama a vida dumeu hôme encantado. Quero me esfregá em tudo quié tu.

ela parecia qui num tocava uspé no chão, Meu pretu... quanta sudade, quanta cobiça guardada, quanta tristeza sem sentido. Vem lavá esse suó afogado. Quero tá com ocê em toda parte, morando nas estrada, fazendo amô com cobiça, protegendo ocê, fazendo duamô meu apego na vida em toda parte, indo orgulhosa no mercado vendê as erva prus chá. Oxum... eu amo esse hôme!

ele levantô e caminhô inté a pedra do banho, Senta, a muié num mandô nem pediu, parecia qui rezava, quando ocê reza num pedi nem manda, ocê se oferece pela vontade e firmeza das palavra com harmonia, amô e perdão

josino sentô na pedra do banho

na escuridão perfumada do mato ela se exibia toda animada e embriagada pruseu hôme vivo, colorido e forte, dançava e se mostrava toda sem medo nem embaraço, queria sê oiada e tocada pelo hôme encantado

ele podia vê e tocá a belezura ditá desamarrado e vivo




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é bão lê tumbém...

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