acordei com uma vontade danada
de escutar
as coisas da minha terra
na voz e autoria do
Leonardo
"Uma chamarra
uma fogueira
uma chinoca
uma chaleira
uma saudade
um mate amargo"
Uma chamarra, uma fogueira
Uma chinoca, uma chaleira
Uma saudade, um mate amargo
E a peonada repassando o trago
Noite cheirando a querência
Nas tertúlias do meu pago.
Tertúlia é o eco das vozes perdidas no campo afora
Cantiga brotando livre novo prenúncio de aurora
É rima sem compromisso, julgamento ou castração
Onde se marca o compasso no bater do coração.
É o batismo dos sem nome rodeio dos desgarrados
Grito de alerta do pampa tribuna de injustiçados
Tertúlia é o campo sonoro sem fronteira ou aramados
Onde o violão e o poeta podem chorar abraçados.
Letra e Música: Leonardo
Ritmo: Chimarrita
Gaita e Voz: Edson Dutra, Luis
Bombo Leguero e Voz: Tadeu Paim "Iti"
Violão e Voz: Ênio Rodrigues
Violão Base e Voz: Everton "Toco" Dutra
Amigo, chegue pra perto do rancho
Desculpe se eu me desmancho em bordoneios de pinho
Amigo, não tenho frases de efeito
Só tenho um fogo no peito me queimando de mansinho
Amigo desculpe o mate lavado
É que eu passei acordado com uma dor no coração
Amigo, eu estou desesperado
E todo o pranto chorado caiu no meu chimarrão.
Não procure dizer nada, amigo,
Só escute o que eu falar
Quem tem o peito em ferida,
Quem perde a razão da vida precisa desabafar;
Não repare quando eu choro, amigo,
É que o meu mate secou
E a minha alma fervente
Vai servir mate quente na cuia que ela deixou.
Amigo, você que vive deserto
Com quem ama sempre perto há de me dar seu perdão
Desculpe, se eu choro quando converso
É que nada é mais perverso que a morte de uma ilusão.
Amigo, meu coração caborteiro
Se embretou num potreiro com aramados de espinhos;
Amigo, mesmo com mate lavado
Fique um pouco do meu lado pra que eu chore sozinho.
*Acordeon - REGIS
Baixo -NIVALDO
Ritmo -CARLOS ADENIR
Violão -DILSON
Violão -BONITINHO
Letra e Música: Leonardo
*Ritmo: Milonga
Música de autoria de Leonardo.
Músicos Participantes:
Cristiano Teixeira: Bateria e percussão
Régis Marques: Acordeom
Oscar Soares: Violões, cavaquinho, baixo e orquestração
Marli, Mirian, Cristiano, Oscar e Leonardo: Vocais
A história do cantor gaúcho Leonardo
- Linha Campeira
Nasceu em 30 de novembro de 1938, na Vila de Santa Tereza, em Bagé. Filho de Lídia Teixeira e pai desconhecido. Pela dificuldade em criar, acabou vivendo em lar adotivo.
Teve que trabalhar, desde cedo na lavoura e no campo, com gado e plantações. Mas sempre a veia artística pulsava forte. Tanto que chegou a vencer um concurso infantil de calouros nos anos 40.
Depois lá por 1957 se muda pra Porto Alegre em busca da sua mãe (que só muito mais tarde, acabaria encontrando). E na capital, passa a viver de changa, dormia e comia onde pudesse, chegando a dormir em bancos de praça.
Certa feita estava passando na frente de um circo, onde tinha uma placa: “Precisa-se de um palhaço”. Não perde a oportunidade e assume o papel de “Palhaço Sabugo” por um tempo. Neste mesmo circo foi onde aprendeu a tocar violão e cantar.
É no ano de 1959 que Jader vira Leonardo. Pois ele forma uma dupla com Leopoldo Lino dos Santos: a dupla de musica sertaneja “Leopoldo e Leonardo”. Em São Paulo gravam três discos voltados para o mercado nacional. Depois em 62, troca de parceiro e faz a dupla Leonardo e Lenoir, só que nunca chegaram a gravar nada juntos.
Em 1964, de volta ao Rio Grande, percebeu a grande força da música regional gaúcha que se estruturava e que buscava mercado próprio.
Aí conhece os irmãos Elmo e Bruno Neher e integra o grupo “Os Três Xirus”. E já de vereda atingem o sucesso com a música “Baile da Coceira”. E o sucesso foi internacional, por que foram, em 1965, para Portugal em uma feira e a música foi a mais tocada naquele ano lá.
Em 1971, com o grupo “Os Três Xirus”, faz o show de abertura da I Califórnia da Canção de Uruguaiana, sendo, portanto, o primeiro músico a cantar no palco principal.
Em 1975, depois de vários anos de sucesso, com dez discos gravados, sendo três em alemão para a colônia gaúcha, deixa “Os Três Xirus”, passando a integrar o conjunto “Os Vacarianos”. No final desse ano, resolve retomar a carreia solo.
Em 1978, compõe “Céu, Sol, Sul, Terra e Cor” e vence a III Ciranda Teuto Rio-Grandense de Taquara, acompanhando pelo conjunto “Os Mirins”.
Em 1979, começa a série de gravações individuais com o disco “Leonardo”, pela K-Tell. No ano de 1981 lança o LP “O Fumo”.
Em 1982, vence a Califórnia da Canção de Uruguaiana, com “Tertúlia”, acompanhado pelo conjunto “Os Serranos”.
Lança o LP “Bagual de Chácara”, pela Discos Chororó. Prossegue em intensa série de show e lança o LP “Viva a Bombacha”, pela Chanteler.
Em 1984 sai pela Gravações Elétricas, o LP “Morocha Não”, cuja canção título era uma resposta à humorística “Morocha”, surgida em festivais.
Em 1986 vence a Ciranda das Cirandas, festival que fazia um balanço de dez anos, onde concorriam as vencedoras de cada ano. Leonardo havia vencido com “Céu, Sol, Sul, Terra e Cor”, em 1978. Lança o LP “Carta à Uruguaiana”, pela Chanteler.
Em 1987, recebe o título de “Compositor do Ano”, do Sindicato dos Compositores. Sai pela ACIT, o disco comemorativo “Leonardo – 25 Anos”.
Em 1989 lança o LP “Passo Fundo, Tchê”, pela ACIT. Um ano após, lança o disco “21 Grande Sucessos”, pela ACIT.
Em 1991 Lança o disco “Aos desgarrados do pago”, pela ACIT.
Dois anos após, lança o disco “O analista bem perto de Bagé”, mais uma vez pela ACIT. Em 1994 lança o disco “Vivências” pela ACIT. Três anos após, vence o Festival Ronco dos Roncos, em São Francisco de Paula.
Em 1997 Lança o CD “Exageros de Gaúcho”, pela USA Discos.
Em 1998, de volta à ACIT, lança “O Homem do Pala Branco”. Um ano após, recebe o troféu “Guri”, da RBS, como destaque do ano. Lança o CD “As Mais Premiadas”, pela ACIT.
Em 2000 a canção “Céu, Sol, Sul, Terra e Cor” é escolhida em enquete popular realizada pelo jornal Zero Hora como a “Música Símbolo do Rio Grande do Sul”, entre as principais músicas do século XX. Retornando à USA Discos, lança o CD “Dança do Maribondo”.
Em 2001 lança o CD “Só Sucessos”, pela USA Discos. Dois anos após, lança o CD “Os 16 Grandes Sucessos”, pela ACIT.
Em 2004 lança o CD “Pátria Azul”, pela Agevê Music.
Em 2008 lança o CD “Só Sucessos - Acústico”, pela USA Discos.
Dois anos após, em 2010, lança o CD “35 Mega Sucessos”, pela Mega Tchê.
Foi casado duas vezes e teve um filho: Jader Moreci Teixeira Filho. E ele partiu pra querencia eterna em 7 de março de 2010, de Viamão, devido a complicações decorrentes de um sério problema renal que ele tinha.
Fontes de pesquisa:
http://cassioglopes.blogspot.com/2019...
https://www.letras.com.br/leonardo-%2...
Nasceu em 30 de novembro de 1938, na Vila de Santa Tereza, em Bagé. Filho de Lídia Teixeira e pai desconhecido. Pela dificuldade em criar, acabou vivendo em lar adotivo.
Teve que trabalhar, desde cedo na lavoura e no campo, com gado e plantações. Mas sempre a veia artística pulsava forte. Tanto que chegou a vencer um concurso infantil de calouros nos anos 40.
Depois lá por 1957 se muda pra Porto Alegre em busca da sua mãe (que só muito mais tarde, acabaria encontrando). E na capital, passa a viver de changa, dormia e comia onde pudesse, chegando a dormir em bancos de praça.
Certa feita estava passando na frente de um circo, onde tinha uma placa: “Precisa-se de um palhaço”. Não perde a oportunidade e assume o papel de “Palhaço Sabugo” por um tempo. Neste mesmo circo foi onde aprendeu a tocar violão e cantar.
É no ano de 1959 que Jader vira Leonardo. Pois ele forma uma dupla com Leopoldo Lino dos Santos: a dupla de musica sertaneja “Leopoldo e Leonardo”. Em São Paulo gravam três discos voltados para o mercado nacional. Depois em 62, troca de parceiro e faz a dupla Leonardo e Lenoir, só que nunca chegaram a gravar nada juntos.
Em 1964, de volta ao Rio Grande, percebeu a grande força da música regional gaúcha que se estruturava e que buscava mercado próprio.
Aí conhece os irmãos Elmo e Bruno Neher e integra o grupo “Os Três Xirus”. E já de vereda atingem o sucesso com a música “Baile da Coceira”. E o sucesso foi internacional, por que foram, em 1965, para Portugal em uma feira e a música foi a mais tocada naquele ano lá.
Em 1971, com o grupo “Os Três Xirus”, faz o show de abertura da I Califórnia da Canção de Uruguaiana, sendo, portanto, o primeiro músico a cantar no palco principal.
Em 1975, depois de vários anos de sucesso, com dez discos gravados, sendo três em alemão para a colônia gaúcha, deixa “Os Três Xirus”, passando a integrar o conjunto “Os Vacarianos”. No final desse ano, resolve retomar a carreia solo.
Em 1978, compõe “Céu, Sol, Sul, Terra e Cor” e vence a III Ciranda Teuto Rio-Grandense de Taquara, acompanhando pelo conjunto “Os Mirins”.
Em 1979, começa a série de gravações individuais com o disco “Leonardo”, pela K-Tell. No ano de 1981 lança o LP “O Fumo”.
Em 1982, vence a Califórnia da Canção de Uruguaiana, com “Tertúlia”, acompanhado pelo conjunto “Os Serranos”.
Lança o LP “Bagual de Chácara”, pela Discos Chororó. Prossegue em intensa série de show e lança o LP “Viva a Bombacha”, pela Chanteler.
Em 1984 sai pela Gravações Elétricas, o LP “Morocha Não”, cuja canção título era uma resposta à humorística “Morocha”, surgida em festivais.
Em 1986 vence a Ciranda das Cirandas, festival que fazia um balanço de dez anos, onde concorriam as vencedoras de cada ano. Leonardo havia vencido com “Céu, Sol, Sul, Terra e Cor”, em 1978. Lança o LP “Carta à Uruguaiana”, pela Chanteler.
Em 1987, recebe o título de “Compositor do Ano”, do Sindicato dos Compositores. Sai pela ACIT, o disco comemorativo “Leonardo – 25 Anos”.
Em 1989 lança o LP “Passo Fundo, Tchê”, pela ACIT. Um ano após, lança o disco “21 Grande Sucessos”, pela ACIT.
Em 1991 Lança o disco “Aos desgarrados do pago”, pela ACIT.
Dois anos após, lança o disco “O analista bem perto de Bagé”, mais uma vez pela ACIT. Em 1994 lança o disco “Vivências” pela ACIT. Três anos após, vence o Festival Ronco dos Roncos, em São Francisco de Paula.
Em 1997 Lança o CD “Exageros de Gaúcho”, pela USA Discos.
Em 1998, de volta à ACIT, lança “O Homem do Pala Branco”. Um ano após, recebe o troféu “Guri”, da RBS, como destaque do ano. Lança o CD “As Mais Premiadas”, pela ACIT.
Em 2000 a canção “Céu, Sol, Sul, Terra e Cor” é escolhida em enquete popular realizada pelo jornal Zero Hora como a “Música Símbolo do Rio Grande do Sul”, entre as principais músicas do século XX. Retornando à USA Discos, lança o CD “Dança do Maribondo”.
Em 2001 lança o CD “Só Sucessos”, pela USA Discos. Dois anos após, lança o CD “Os 16 Grandes Sucessos”, pela ACIT.
Em 2004 lança o CD “Pátria Azul”, pela Agevê Music.
Em 2008 lança o CD “Só Sucessos - Acústico”, pela USA Discos.
Dois anos após, em 2010, lança o CD “35 Mega Sucessos”, pela Mega Tchê.
Foi casado duas vezes e teve um filho: Jader Moreci Teixeira Filho. E ele partiu pra querencia eterna em 7 de março de 2010, de Viamão, devido a complicações decorrentes de um sério problema renal que ele tinha.
Fontes de pesquisa:
http://cassioglopes.blogspot.com/2019...
https://www.letras.com.br/leonardo-%2...
Baile da Coceira
agora um mate amargo neste céu sol sul terra e cor
Eu quero andar nas coxilhas
Sentindo as flenchilhas das ervas do chão
Ter os pés roseteados de campo
Ficar mais trigueiro com o Sol de verão
Fazer versos
Cantando as belezas desta natureza sem par
E mostrar para que quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar!
É o meu Rio Grande do Sul
Céu, Sol, sul, terra e cor
Onde tudo que se planta cresce
E o que mais floresce é o amor
Eu quero me banhar nas fontes
E olhar horizontes com Deus
E sentir que as cantigas nativas
Continuam vivas para os filhos meus
Ver os campos florindo
E crianças sorrindo, felizes a cantar
E mostrar para quem quiser ver
Um lugar pra viver sem chorar
É o meu Rio Grande do Sul
Céu, Sol, sul, terra e cor
Onde tudo que se planta cresce
Onde mais floresce é o amor
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