sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Honoré de Balzac - A Comédia Humana / Cenas da Vida Privada: Memórias de duas jovens esposas (24)

Honoré de Balzac - A Comédia Humana / Vol 1


1
Estudos de Costumes
- Cenas da Vida Privada




Memórias de duas jovens esposas





PRIMEIRA PARTE



XXIV – LUÍSA DE CHAULIEU À SRA. DE L’ESTORADE 


Outubro de 1825

Tu, querida amiga, que te casaste em dois meses com um pobre adoentado do qual te fizeste mãe, nada sabes das espantosas peripécias desse drama que se desenrola no fundo dos corações, drama que denominam amor, onde tudo, num momento, se torna trágico, onde a morte está num olhar, numa resposta dada levianamente. Como última prova reservei para Felipe uma que fosse terrível, mas decisiva. Quis saber se era amada “quand même!”,[1] a grande e sublime expressão dos monarquistas, e por que não dos católicos? Durante toda uma noite ele passeou comigo sob as tílias do fundo do jardim, sem ter tido na alma sequer a sombra de uma dúvida. No dia seguinte, eu era mais amada, e para ele tão casta, tão grande, tão pura como na véspera; não tirara do passeio nenhuma vantagem. Oh! Ele é bem espanhol, bem abencerragem. Subiu ao muro para vir beijar-me a mão que eu lhe estendia do alto da sacada; quase caiu; quantos moços fariam o mesmo? Tudo isso nada é, os cristãos sofrem martírios pavorosos a fim de ir para o céu. Anteontem, à noite, chamei à parte o futuro embaixador do rei na Corte de Espanha, meu muito honrado pai, e disse-lhe sorrindo:

— Excelência, para um pequeno número de amigos, ides casar nossa querida Armanda com o sobrinho de um embaixador, o qual, desejoso de tal aliança, que mendigou por muito tempo, assegura à supradita Armanda, por contrato de casamento, sua imensa fortuna e seus títulos, depois de sua morte, dando desde já aos dois esposos cem mil libras de renda e estipulando para a noiva um dote de oitocentos mil francos. Vossa filha lamenta-se, mas se curva sob o ascendente irresistível de vossa majestosa autoridade paterna. Alguns maldizentes murmuram que vossa filha oculta sob seus ,prantos uma alma interessada e ambiciosa. Vamos logo, à noite, à Ópera, no camarote dos gentis-homens, e o senhor barão de Macumer lá irá.

— Quer dizer que ele não vai? — perguntou meu pai, sorrindo e tratando-me como se eu fosse uma embaixatriz.

— O senhor está tomando Clarissa Harlowe por Fígaro! — disse, dirigindo-lhe um olhar cheio de desdém e de sarcasmo. — Quando me vir com a mão direita sem luva, o senhor desmentirá esse falatório impertinente e se mostrará ofendido.

— Posso ficar tranquilo quanto ao teu futuro: tens tanto a cabeça de uma rapariga quanto Joana d’Arc o coração de uma mulher. Serás feliz, não amarás ninguém e te deixarás amar.

Dessa vez soltei uma gargalhada.

— Que tens tu, minha pequena faceira? — disse ele.

— Tremo pelos interesses do meu país...

E, vendo que ele não me compreendera, acrescentei:

— Em Madri.

— Não pode imaginar como, ao cabo de um ano, essa religiosa zomba do pai — disse ele à duquesa.

— Armanda zomba de tudo — replicou minha mãe, olhando-me.

— Que quer dizer a senhora? — perguntei-lhe.

— Que você não tem medo de nada, nem mesmo da umidade da noite, que lhe pode causar reumatismo — disse ela, dirigindo-me um outro olhar.

— As manhãs são tão quentes — objetei.

A duquesa baixou os olhos.

— Já é tempo de casá-la — disse meu pai —, e tenho a esperança de que seja antes de minha partida.

— Sim, se o senhor quiser — respondi-lhe simplesmente.

Duas horas depois, minha mãe e eu, a duquesa de Maufrigneuse e a sra. d’Espard, estávamos, como quatro rosas, na frente do camarote. Eu me colocara de lado, apresentando somente um ombro para o público e podendo ver tudo sem ser vista naquele camarote espaçoso que ocupa um dos lados, separados pela colunas, no fundo da sala. Macumer chegou, firmou-se nas pernas, de pé, e pôs o binóculo nos olhos para poder contemplar-me à vontade. No primeiro intervalo entrou o sujeito que eu apelidei de “rei dos malandros”, um rapaz de uma beleza feminina. O conde Henrique de Marsay penetrou no camarote com um epigrama no olhos, um sorriso nos lábios, uma expressão alegre em todo o rosto. Dirigiu os primeiros cumprimentos à minha mãe, à sra. d’Espard, à duquesa de Maufrigneuse, ao conde d’Esprignon e ao sr. de Canalis; depois disse-me:

— Não sei se serei o primeiro a felicitá-la por um acontecimento que vai torná-la objeto de inveja.

— Ah! Um casamento! — disse eu. — Será uma jovem recém-saída do convento que lhe ensinará que os casamentos falados nunca se realizam?

O sr. de Marsay inclinou-se para o ouvido de Macumer, e só pelo movimento dos lábios compreendi perfeitamente que lhe dizia:

— Barão, o senhor ama talvez a essa pequena coquete que se serviu do senhor; mas, como se trata de casamento e não de uma paixão, é bom sempre saber o que se passa.

Macumer dirigiu ao oficioso maldizente um desses olhares que a meu ver são um poema e replicou-lhe algo assim como: “Não amo nenhuma pequena coquete”, e isso com uma expressão que me encantou tanto que tirei a luva ao ver meu pai. Felipe não tivera o menor temor, nem a mínima suspeita. Fez exatamente tudo o que eu esperava de seu caráter: só crê em mim, o mundo e suas mentiras não o atingem. O abencerragem não pestanejou, o rubor de seu sangue azul não tingiu suas faces azeitonadas. Os dois jovens condes saíram. Rindo, disse eu então a Macumer:

— O sr. de Marsay fez-lhe um epigrama a meu respeito.

— Muito mais do que um epigrama — respondeu ele —, um epitalâmio.

— Está a falar-me grego — disse-lhe, sorrindo e recompensando-o com um certo olhar que sempre o deixa fora de si.

— Como não! — exclamou meu pai, dirigindo-se à sra. de Maufrigneuse.

— Correm diz que diz que infames. Apenas uma moça é apresentada em sociedade, querem por força casá-la e inventam absurdos! Jamais casarei Armanda contra a vontade dela. Vou dar uma volta pelo foyer, pois poderiam acreditar que eu deixo esses boatos se propalarem a fim de lembrar a coisa ao embaixador; e a filha de César deve ser menos suspeitada ainda do que a sua mulher, que o não deve ser absolutamente.

A duquesa de Maufrigneuse e a sra. d’Espard olharam para minha mãe, depois para o barão, com um ar espevitado, zombeteiro, cheio de manhas e de interrogações refreadas. Aquelas espertas serpentes acabaram por entrever algo. De todas as coisas secretas, o amor é a mais pública, e as mulheres, penso eu, o exalam. Por isso, para bem escondê-lo, é preciso que a mulher seja um monstro! Nossos olhos são mais indiscretos ainda do que nossa língua. Depois de ter gozado o prazer de ver Felipe tão grande quanto eu desejava, quis mais, naturalmente. Fiz, então, o sinal convencionado para lhe dizer que fosse à minha janela pelo perigoso caminho que conheces. Poucas horas depois, achei-o ereto como uma estátua, colado contra o muro, com a mão apoiada na sacada de minha janela, estudando os reflexos da luz no meu apartamento.

— Meu caro Felipe — disse-lhe —, portou-se muito bem esta noite: seu procedimento foi exatamente o que eu teria tido se me avisassem de que você ia casar-se.

— Pensei que, a ser verdade, ter-me-ia avisado antes que aos demais.

— E qual é seu direito a esse privilégio?

— O de um servo dedicado.

— E o é?

— Sim — disse ele —, e jamais mudarei.

— Pois bem, se esse casamento fosse necessário, se eu me resignasse...

O suave clarão da lua foi como que iluminado pelo dois olhares que ele dirigiu, primeiro a mim, e a seguir à espécie de abismo aberto pelo muro. Pareceu perguntar a si mesmo se podíamos morrer juntos; mas, depois de ter brilhado como um relâmpago em seu rosto e fuzilado em seus olhos, esse sentimento foi comprimido por uma força superior à da paixão.

— O árabe só tem uma palavra — disse com a voz estrangulada.

— Sou seu servo e lhe pertenço; viverei toda a vida para você.

A mão pousada sobre a sacada pareceu-me fraquejar; coloquei sobre ela a minha, dizendo:

— Felipe, meu amigo, sou por minha livre e espontânea vontade sua mulher desde este momento. Vá de manhã pedir minha mão a meu pai. Ele quer ficar com a minha fortuna, mas você assumirá o compromisso de por contrato reconhecer tê-la recebido e, sem a menor dúvida, será aceito. Não sou mais Armanda de Chaulieu; desça depressa, Luísa de Macumer não deve cometer a menor imprudência.

Ele empalideceu, afrouxaram-se-lhe as pernas, deu um salto de cerca de dez pés para o chão, sem se machucar por pouco que fosse; mas, depois de ter-me causado a mais horrível emoção, saudou-me com a mão e desapareceu. “Sou pois amada, como jamais uma mulher o foi!”, disse a mim mesma. E adormeci com uma satisfação infantil; minha sorte ficara fixada para sempre. Cerca das duas horas, meu pai mandou chamar-me para o seu gabinete, onde encontrei a duquesa e Macumer. Trocaram-se graciosamente os compromissos. Eu respondi simplesmente que, se o sr. Henarez tinha entrado em entendimento com meu pai, não tinha nenhum motivo para me opor aos desejos de ambos.

Dito isso, a duquesa reteve Macumer para jantar, após o que fomos os quatro dar um passeio pelo Bois de Boulogne. Olhei zombeteiramente para o sr. de Marsay quando ele passou a cavalo, pois notou que Macumer e meu pai iam no banco da frente da caleça.

O meu adorável Felipe mandou assim modificar os seus cartões:


HENAREZ dos duques de Sória,
barão de Macumer.


Todas as manhãs ele me traz pessoalmente um ramalhete de uma deliciosa magnificência, no meio do qual encontro sempre uma carta que contém um soneto espanhol, em meu louvor, escrito por ele durante a noite.

Para não aumentar este pacote, mando-te como amostra o primeiro e o último desses sonetos que te traduzi palavra por palavra e verso por verso.




PRIMEIRO SONETO

Mais de uma vez, sob fina veste de seda – espada em guarda sem que o coração tivesse uma pulsação a mais – esperei o assalto do touro furioso – e o seu corno mais agudo que o crescente de Febo.
Subi cantarolando uma seguidilha andaluza – a rampa de um reduto sob uma chuva de ferro; – joguei a vida no tapete verde do acaso – sem me preocupar dela mais do que com um dobrão de ouro.
Seguraria com a mão a bala na boca de um canhão; – creio, porém, que estou ficando mais tímido do que uma lebre alertada; – do que uma criança que vê um espectro no vão de uma janela.
Pois, quando me olhas com tuas suaves pupilas – cobre-me a fronte um suor gelado, e se me afrouxam os joelhos – tremo, recuo, perco a coragem.

 

SEGUNDO SONETO

Esta noite, quis dormir para sonhar contigo; – mas o sono invejoso fugiu das minhas pálpebras; – cheguei junto à sacada e contemplei o céu: – quando penso em ti, meus olhos se erguem para o alto.
Fenômeno estranho, que só o amor explica – o firmamento perdera a sua cor de safira; – as estrelas, diamantes extintos no seu engaste de ouro – tinham só olhares mortos, raios esfriados.
A lua limpa de sua maquilagem de lírio e prata – rolava tristemente no monótono horizonte – pois roubaste ao céu todos os seus esplendores.
A brancura da lua brilha sobre tua fronte encantadora – nas tuas pupilas concentrou-se todo o azul do céu – e teus cílios são formados pelos raios das estrelas.


É possível demonstrar mais graciosamente a uma moça que só pensa nela? Que dizes desse amor que se exprime prodigalizando as flores da inteligência e as flores da terra? Faz dez dias que conheço o que é a galantaria espanhola, tão famosa outrora.

Ora essa! Querida, que se está passando na Crampade, onde tantas vezes passeio, examinando os progressos da nossa agricultura? Nada tens a dizer-me das nossas amoreiras, das nossas plantações do inverno passado? Está saindo tudo segundo os teus desejos? Desabrocharam as flores no teu coração de esposa ao mesmo tempo que as dos nossos maciços? Não ouso dizer das nossas platibandas? Luís continua no seu sistema de madrigais? Vocês se dão bem? O suave murmúrio de teu filete de ternura conjugal vale mais do que a turbulência das torrentes do meu amor? Meu gentil doutor de saias zangou-se? Não o posso crer e mandarei Felipe como mensageiro ajoelhar-se a teu pés e trazer-me tua cabeça ou o meu perdão, se o concederes. Passo aqui uma bela vida, querido amor, e quisera saber como vai a da Provença. Acabamos de aumentar nossa família com um espanhol escuro como um charuto de Havana, e ainda estou à espera de tuas felicitações.

Realmente, minha bela Renata, estou inquieta, receio que estejas tragando algum sofrimento para não entristecer minhas alegrias, malvada! Escreve-me breve algumas páginas nas quais me pintes tua vida nos seus infinitamente pequenos detalhes, e dize-me se continuas resistindo, se teu livre-arbítrio está de pé ou de joelhos, ou senão sentado, o que seria grave. Julgas que não me preocupam as peripécias de teu casamento? Tudo o que me escreveste faz-me por vezes cismar. Muitas vezes, quando eu parecia, na Ópera, estar olhando para as piruetas dos dançarinos, a mim mesma dizia: “São nove e meia, ela talvez se esteja deitando. — Que estará fazendo? É feliz? Estará só, com o seu livre-arbítrio? Ou seu livre-arbítrio está aonde vão os livres-arbítrios de que não fazemos mais caso?...”


Mil carinhos.





continua pág 295...

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[1] Quand même: “apesar de tudo”.

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Honoré de Balzac (Tours, 20 de maio de 1799 — Paris, 18 de agosto de 1850) foi um produtivo escritor francês, notável por suas agudas observações psicológicas. É considerado o fundador do Realismo na literatura moderna.[1][2] Sua magnum opus, A Comédia Humana, consiste de 95 romances, novelas e contos que procuram retratar todos os níveis da sociedade francesa da época, em particular a florescente burguesia após a queda de Napoleão Bonaparte em 1815.

Entre seus romances mais famosos destacam-se A Mulher de Trinta Anos (1831-32), Eugènie Grandet (1833), O Pai Goriot (1834), O Lírio do Vale (1835), As Ilusões Perdidas (1839), A Prima Bette (1846) e O Primo Pons (1847). Desde Le Dernier Chouan (1829), que depois se transformaria em Les Chouans (1829, na tradução brasileira A Bretanha), Balzac denunciou ou abordou os problemas do dinheiro, da usura, da hipocrisia familiar, da constituição dos verdadeiros poderes na França liberal burguesa e, ainda que o meio operário não apareça diretamente em suas obras, discorreu sobre fenômenos sociais a partir da pintura dos ambientes rurais, como em Os Camponeses, de 1844.[1] Além de romances, escreveu também "estudos filosóficos" (como A Procura do Absoluto, 1834) e estudos analíticos (como a Fisiologia do Casamento, que causou escândalo ao ser publicado em 1829).

Balzac tinha uma enorme capacidade de trabalho, usada sobretudo para cobrir as dívidas que acumulava.[1] De certo modo, suas despesas foram a razão pela qual, desde 1832 até sua morte, se dedicou incansavelmente à literatura. Sua extensa obra influenciou nomes como Proust, Zola, Dickens, Dostoyevsky, Flaubert, Henry James, Machado de Assis, Castelo Branco e Ítalo Calvino, e é constantemente adaptada para o cinema. Participante da vida mundana parisiense, teve vários relacionamentos, entre eles um célebre caso amoroso, desde 1832, com a polonesa Ewelina Hańska, com quem veio a se casar pouco antes de morrer.


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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cip)
(Câmara Brasileira do Livro, sp, Brasil)

Balzac, Honoré de, 1799-1850. 
          A comédia humana: estudos de costumes: cenas da vida privada / Honoré de Balzac;                            orientação, introduções e notas de Paulo Rónai; tradução de Vidal de Oliveira; 3. ed. – São                  Paulo: Globo, 2012. 

          (A comédia humana; v. 1) Título original: La comédie humaine ISBN 978-85-250-5333-1                    0.000 kb; ePUB 

1. Romance francês i. Rónai, Paulo. ii. Título. iii. Série. 

12-13086                                                                               cdd-843 

Índices para catálogo sistemático: 
1. Romances: Literatura francesa 843

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