terça-feira, 5 de agosto de 2025

Émile Zola - Germinal: Primeira Parte - (III.b) No vestiário, Maheu, agachado em frente à sua caixa

Germinal

Émile Zola

Tradução de Francisco Bittencourt

Primeira Parte

III
continuando...

     No vestiário, Maheu, agachado em frente à sua caixa, retirava os tamancos e as grossas meias de lã. Com a chegada de Etienne tudo foi combinado em quatro palavras: trinta soldos por dia, trabalho cansativo, mas ele aprenderia logo. O britador aconselhou-o a ir de sapatos e emprestou-lhe um chapéu velho de couro, destinado a proteger o crânio, precaução que pai e filhos não tomavam. As ferramentas foram tiradas da caixa, onde, precisamente, encontrava-se a pá de Fleurance. Maheu, tendo guardado os tamancos, as meias e o embrulho de Etienne, impacientou-se bruscamente:

— E por onde andará essa besta do Chaval? Na certa com alguma mulher num monte de pedras! Já estamos com atraso de meia hora... 

     Zacharie e Levaque assavam tranquilamente as costas. O primeiro acabou por dizer:

— Se é Chaval que esperas, ele chegou antes de nós e desceu logo...
— E tu sabias disso e não disseste nada?! Vamos, vamos depressa. Catherine, que aquecia as mãos, teve de seguir o grupo. Etienne deixou-a passar e subiu atrás dela. Viajava outra vez num dédalo de escadas e corredores escuros, onde os pés descalços faziam um ruído macio de chinelos velhos. De repente, o depósito de lampiões resplandeceu: um compartimento envidraçado, cheio de fileiras de cabides de onde pendiam centenas de lâmpadas Davy, inspecionadas e lavadas de véspera, acesas como círios ao fundo de uma câmara-ardente. No guichê, cada operário recebia a sua, em que estavam gravadas as suas iniciais; depois de examiná-la, ele mesmo a fechava. Enquanto isso, um marcador, sentado numa mesa, escrevia no registro a hora da descida. Maheu teve de intervir para conseguir uma lâmpada para seu novo operador de vagonetes. Como última precaução, os operários tinham que desfilar diante de um verificador que examinava todas as lâmpadas para ver se estavam bem fechadas. 
 — Cruzes! Como faz frio aqui... — murmurou Catherine, batendo o queixo.

     Etienne limitou-se a acenar com a cabeça. Encontrava-se novamente diante do poço, no centro da vasta peça varrida por correntes de ar. Apesar de se acreditar destemido, uma sensação desagradável o sufocava, resultante do trovejar dos vagonetes, das pancadas surdas dos sinais, dos berros abafados do megafone e pela visão do voo contínuo dos cabos desenrolados e enrolados a todo vapor pela bobina da máquina. Os elevadores subiam e desciam com seu deslizar de animal noturno, tragando homens que a goela do buraco parecia beber. Chegara a sua vez: tinha muito frio e guardava um silêncio nervoso que fazia Zacharie e Levaque darem boas gargalhadas, já que ambos desaprovavam o engajamento desse desconhecido, sobretudo Levaque, que se sentia ofendido por não ter sido consultado. Por isso Catherine ficou feliz ao ver o pai explicar ao rapaz como as coisas funcionavam.

— Olhe, por cima do elevador há um paraquedas, uns ganchos de ferro que se engatam nas corrediças, mas isso sempre funciona. O poço é dividido em três Compartimentos revestidos de alto a baixo por pranchas: no meio ficam os elevadores, à esquerda, as escadas.  

      Interrompeu-se para resmungar, mas sem ousar falar muito alto:

— Mas o que é que a gente está fazendo aqui, com todos os diabos! Deixarem-nos gelando dessa maneira!

     O contramestre Richomme, que também ia descer, com a sua lâmpada de fogo livre segura por um prego no couro do chapéu, ouviu-o queixando-se.

— Cuidado! As paredes têm ouvidos... — murmurou ele paternalmente, como velho mineiro que permaneceu sempre bem com seus companheiros. — As manobras têm que ser feitas... Pronto! Aí está ele. Embarca com a tua gente.

     Realmente, o elevador chegara, todo guarnecido de faixas de ferro fundido e de uma rede de arame de malhas pequenas, e esperava-os descansando sobre os trabalhos. Maheu, Zacharie, Levaque e Catherine escorregaram para um vagonete que estava no fundo. Como nele cabiam cinco pessoas, Etienne também entrou. Os melhores lugares já estavam tomados, teve de espremer-se ao lado da jovem, que, com um cotovelo, tocava-lhe a barriga. A lâmpada incomodava-o; aconselharam-lhe que a prendesse a uma casa de sua jaqueta. Não tendo ouvido, continuou a segurá-la desajeitadamente na mão.
     O embarque continuava em cima e embaixo, um atropelo confuso de gado. Ainda não se podia partir; que estaria acontecendo? Sua impaciência parecia estar durando longos minutos. Enfim, um solavanco sacudiu-o e tudo afundou; os objetos a seu redor voavam e ele começou a sentir a vertigem ansiosa da queda, como que arrancando-lhe as entranhas. Isso durou enquanto havia luz, ao passar pelos dois andares de recepção do produto extraído, entre a fuga estonteante do vigamento. Depois, caído no escuro da galeria, permaneceu aturdido, perdida a percepção nítida de suas sensações.

— Agora, sim, estamos indo — disse placidamente Maheu. Todos estavam à vontade. Quanto a ele, às vezes, não sabia se estava descendo ou subindo. Quando o elevador corria reto, sem tocar nas guias, era como se estivesse imóvel; mas em seguida produziam-se umas trepidações repentinas, uma espécie de deslocamento de todas as pranchas, que lhe faziam temer o pior. Ademais, ele não conseguia distinguir as paredes do poço por trás da rede onde colara o rosto. As lâmpadas mal iluminavam os corpos empilhados a seus pés. Somente a lâmpada do contramestre, no vagonete vizinho, brilhava como um farol, — Este tem quatro metros de diâmetro — continuou Maheu a instruí-lo. — O madeiramento está precisando ser mudado, a água filtra por todos os lados. Veja! chegamos ao nível, está ouvindo?

      Etienne justamente estava intrigado com o ruído de água caindo que ouvia. A princípio, algumas enormes gotas tinham batido no teto do elevador, como uma pancada de chuva; agora ela aumentava, fluía, transformava-se num verdadeiro dilúvio. Sim, havia uma goteira, um fio de água que, caindo no seu ombro, molhava-o até os ossos. O frio tornara-se glacial; afundavam numa umidade negra quando, de repente, atravessaram por um rápido deslumbramento, a visão de uma caverna onde homens se agitavam à luz de um relâmpago. Em seguida caíram novamente no nada.
     Maheu disse:

— Esta é a primeira embocadura de galerias. Estamos a trezentos e vinte metros. Repare na velocidade.

     Levantando a lâmpada, ele iluminou uma viga das guias que fugia como um trilho por baixo de um trem correndo a todo vapor. Além disso, não se via mais nada. Mais três embocaduras de galerias passaram numa revoada de luzes. A chuva ensurdecedora fustigava as trevas.

— Como é profundo! — murmurou Etienne.

     Esta queda devia estar durando horas... Sofria com a posição incômoda que tomara, torturado sobretudo pelo cotovelo de Catherine, mas não ousava mexer-se. Ela não dizia palavra, sentia-a, apenas, contra si, aquecendo-o. Quando finalmente o elevador parou no fundo, a quinhentos e cinquenta e quatro metros, ficou admirado de saber que a descida durara apenas um minuto. Mas o barulho dos pinos fixando-se, a sensação daquela solidez por baixo dos pés, deu-lhe uma repentina euforia, e foi gracejando que ele tratou Catherine por tu. 

 — Estás tão quente que parece que tens febre... O teu cotovelo continua fincado na minha barriga.

     Ela começou a rir também; esse tolo ainda não sabia que ela era uma moça. Estava com os olhos tapados ou o quê?

 — Estou com o cotovelo nos teus olhos, isso sim...

     A resposta da moça foi recebida com uma tempestade de gargalhadas que o rapaz, surpreso, não compreendeu.
     O elevador se esvaziava; os operários atravessaram a embocadura da galeria, uma sala talhada na rocha, com abóbada de alvenaria iluminada por três grandes lâmpadas de fogo livre. Sobre as chapas de ferro fundido os carregadores rolavam com estrondo vagonetes cheios. Um cheiro úmido de subterrâneo ressudava dos muros, um frescor salitroso perpassado de sopros quentes vindos da cavalariça vizinha. Nesses muros, quatro galerias tinham suas bocas abertas.

 — Por aqui — disse Maheu a Etienne. — Ainda não chegou; temos dois bons quilômetros pela frente.

     Os operários se separavam, perdiam-se em grupos no fundo desses buracos negros. Uns quinze deles acabavam de entrar no da esquerda. Etienne marchava na retaguarda, atrás de Maheu, que era precedido por Catherine, Zacharie e Levaque.
     Era uma bela galeria de tração, cavada numa rocha tão sólida que apenas em parte teve necessidade de ser murada. Avançavam em fila, avançavam sempre, em silêncio à luz escassa das lâmpadas. O rapaz tropeçava a cada passo, os trilhos o atrapalhavam. Havia um instante que um ruído surdo o preocupava; era um reboar longínquo de tempestade que parecia estar crescendo e vir das entranhas da terra. Seria o estampido de um desabamento esmagando sobre suas cabeças a massa enorme que os separava da luz do dia? De repente, uma claridade furou as trevas e ele sentiu que a rocha tremia; quando se encostou-se ao muro, como faziam os outros, viu passar à sua frente um grande cavalo branco atrelado a um comboio de vagonetes. No primeiro, segurando as rédeas, estava sentado Bébert, enquanto Jeanlin, agarrado ao último, corria descalço.
     Recomeçaram a caminhar. Mais adiante havia uma encruzilhada onde se abriam duas novas galerias; o grupo dividiu-se outra vez; os operários repartiam-se pouco a pouco por todas as seções da mina. Neste ponto, a galeria de tração estava revestida de madeira; toros de carvalho sustentavam o teto, cobrindo a rocha desmoronadiça com uma proteção de vigas, para trás das quais se podiam ver as lascas de xisto cintilante de mica, e a massa grosseira de arenito, baça e rugosa.
     Comboios de vagonetes, cheios ou vazios, passavam e cruzavam-se continuamente, com seu estrondo que animais de formas vagas, num trote fantasmagórico, levavam para as sombras. Numa linha de desvio, dormia uma longa serpente negra: era um comboio de vagonetes parado, atrelado a um cavalo que rinchava; estava tão engolfado na noite, que sua garupa confusa mais parecia um bloco caído da abóbada. Portas de ventilação batiam, fechando-se lentamente. E, à medida que avançavam, a galeria ficava mais baixa, com o teto cheio de saliências, forçando as espinhas dorsais a dobrarem-se constantemente.
     Etienne bateu violentamente com a cabeça. Se não fosse o chapéu de couro, teria quebrado a cabeça. E, contudo, seguia com atenção os mínimos gestos de Maheu, cuja silhueta sombria se destacava à claridade das lâmpadas. Nenhum dos outros operários esbarrava; deviam conhecer cada saliência, nó de madeira e protuberância da rocha. O rapaz tinha ainda problemas com o solo escorregadio, cada vez mais alagado. Em certos trechos atravessava verdadeiros charcos que só o chapinhar lamacento dos pés revelava. Mas o maior motivo do espanto eram, sobretudo, as bruscas mudanças de temperatura. No fundo do poço estava muito fresco e na galeria de tração, por onde passava todo o ar da mina, soprava um vento gelado, cuja violência parecia de tempestade, entre os muros apertados. A seguir, à medida que se penetrava nas outras galerias, que recebiam somente seu quinhão muito racionado de ventilação, o vento diminuía e era substituído por um calor sufocante, pesado como chumbo.
     Maheu não voltara a abrir a boca. Entrou à direita, numa nova galeria, dizendo simplesmente a Etienne, sem se voltar:

 — O veio Guillaume.

     Era nesse veio que se encontrava sua zona de corte. Desde as primeiras passadas Etienne machucou a cabeça e os cotovelos. O teto, em declive, descia tanto que, por extensões de vinte a trinta metros, tinha de caminhar dobrado em dois. A água chegava aos tornozelos. Caminharam assim duzentos metros e, de repente, viu desaparecer Levaque, Zacharie e Catherine, como se tivessem voado por uma fenda estreita aberta diante dele.

 — É preciso subir — disse Maheu. — Prenda sua lâmpada numa casa da jaqueta e agarre-se no madeirame. — E desapareceu também.

     Etienne teve de segui-lo. Essa fenda aberta no veio era destinada à passagem dos mineiros e servia a todas as vias secundárias. Tinha a espessura da camada de carvão, apenas sessenta centímetros. Felizmente o rapaz era magro, já que, ainda desajeitado, içava-se a custo, com um dispêndio inútil de forças, achatando ombros e quadris, avançando com as mãos, agarrado às vigas. Quinze metros acima encontrou a primeira via secundária, mas continuou para frente; a zona de corte de Maheu e parceiros era na sexta via, "no inferno", como eles diziam. E a cada quinze metros havia uma outra via, a subida não terminava mais nessa fenda que esfolava o peito e as costas. Etienne estertorava, como se o peso das rochas lhe tivesse triturado os membros, mãos dilaceradas, pernas arranhadas, principalmente com falta de ar, a ponto de sentir que o sangue ia jorrar pela pele. Percebeu ao longe, numa das vias, duas formas indistintas e curvadas, uma pequena e outra grande, que empurravam vagonetes: eram Lydie e a filha de Mouque, já trabalhando. Ainda lhe faltava galgar a altura de duas zonas de corte! O suor o cegava, lutava desesperadamente para alcançar os outros, cujos membros ágeis ele ouvia roçar a rocha, como um farfalhar prolongado.

 — Coragem, já chegamos! — disse a voz de Catherine.

     No momento em que ele efetivamente chegava, outra voz gritou do fundo da caverna:

 — Então, que brincadeira é essa? Eu, que tenho dois quilômetros para percorrer de Montsou, sou o primeiro a chegar...

     Era Chaval, um magricela, alto, de vinte e cinco anos, ossudo, de feições duras, que estava furioso por ter esperado. Ao ver Etienne, perguntou, com uma surpresa cheia de desprezo:

 — Quem é esse aí?

      Tendo Maheu contado o que se passara, acrescentou entre dentes:

 — Agora, então, os homens vão comer o pão das moças.

     Os dois homens trocaram um olhar iluminado por um desses ódios cegos que se ateiam subitamente. Etienne sentira o insulto, sem compreendê-lo ainda. Em silêncio, todos começaram a trabalhar.
     Pouco a pouco, os veios enchiam-se de gente, o corte começava em todos os andares, no extremo de cada caverna. O poço devorador tinha engolido sua ração diária de homens, cerca de setecentos operários que trabalhavam neste horário no formigueiro gigante, furando a terra em todos os sentidos, esburacando-a como a uma madeira velha atingida pelo caruncho. E, no meio do silêncio pesado, do esmagamento das camadas profundas, poder-se-ia ouvir, colando o ouvido à rocha, o laborar desses insetos humanos em marcha, desde o voo do cabo a subir e a descer o elevador de extração, até a mordida das ferramentas cortando a hulha no fundo dos canteiros de desmonte.
     Ao voltar-se, Etienne se encontrou novamente apertado contra Catherine, mas desta vez descobriu as saliências nascentes dos seios e compreendeu o porquê daquele calor que se apossara dele.

— Mas tu és uma moça! — murmurou ele, estupefato. Ela respondeu, alegre, sem ruborizar-se:
— Claro! Custaste a perceber.

continua na página 34...
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Primeira Parte - (III.b) No vestiário, Maheu, agachado em frente à sua caixa
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O pai de Zola tinha 44 anos quando conheceu Émilie-Aurélie Aubert, numa de suas viagens a Paris. Apesar da grande diferença de idade — a moça não chegara aos vinte anos —, acabaram casando — se. O resultado dessa união foi Émile Zola, nascido em 12 de abril de 1840, durante uma estada do casal em Paris. O menino mal conheceu o pai: em 1847, François faleceu. 
As coisas ficaram difíceis. Sozinha e com grandes esforços, a mãe procurou equilibrar o orçamento doméstico e fazer que o filho estudasse. De certa forma, ela teve sucesso: Zola foi aluno do Colégio Notre-Dame e do Colégio de Aix. Quando o rapaz atingiu a maioridade, partiu com Émilie para Paris e, graças a um amigo da família, conseguiu um emprego na Alfândega.
Em dezembro de 1859, concluía sua primeira obra em prosa, Les Grisettes de Provence (As Costureirinhas de Provença). Continuava, porém, desconhecido e insatisfeito. Ele mesmo costumava dizer: "Ser sempre desconhecido é chegar a duvidar de si; nada engrandece os pensamentos de um autor como o sucesso".
Assim, no início de 1866, deixou o emprego para dedicar-se à literatura. 
Abandonou o romantismo de seus anos de adolescência e passou a admirar outros autores: Balzac (1799-1850), Stendhal (1783-1842), Flaubert (1821-1880). Essa guinada para o realismo devia-se principalmente às suas últimas leituras: das teorias evolucionistas de Darwin (1809-1882) até o Tratado da Hereditariedade Natural do Dr. Lucas, passando pela Filosofia da Arte de Taine (1328-1893). No entanto, o que parece tê-lo feito decidir-se pelo realismo foi a Introdução ao Estudo da Medicina Experimental (1865), de Claude Bernard (1813-1878). Essa obra foi importante para o rumo que Zola imprimiria a toda a sua obra: o rigor científico no romance, cujo objetivo, diria ele, é o mesmo das experiências de laboratório, isto é, o conhecimento da realidade. O que Claude Bernard havia feito com o corpo humano Zola faria com as paixões e os meios sociais.
Para fazer Germinal, Zola não se satisfez com a simples busca de documentos. Foi passar alguns meses numa região mineira. Morou em cortiços, bebeu cerveja e genebra nos botequins e desceu ao fundo dos poços para observar de perto o trabalho dos operários. Aos poucos foi se familiarizando com o meio onde viviam aqueles homens. Descobriu quais as principais doenças causadas pela mineração. Sentiu o problema dos baixos salários, os sacrifícios dos mineiros, a gota que cai com uma regularidade incrível sobre seus rostos, a dificuldade de empurrar um vagonete por um corredor estreito, o drama do salto na escuridão que eles têm de dar para poderem sobreviver. Numa passagem admirável, descreve a emoção de uma greve de operários. Mostra seu ódio animal. Um ódio que destrói tudo à sua passagem. Uma violência viva nos corpos que querem libertar-se, mesmo à custa da total destruição. Mostra também o amor feito sobre o carvão, os pequenos dramas das dívidas, as brigas no cortiço, a promiscuidade de pais e filhos em casas muito pequenas. A obra obteve enorme repercussão.
Em 29 de setembro de 1901, em Paris, Émile Zola morre asfixiado pelo gás do aquecedor.

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