Émile Zola
Tradução de Francisco Bittencourt
Tradução de Francisco Bittencourt
Primeira Parte
III
continuando...
No vestiário, Maheu, agachado em frente à sua caixa, retirava os tamancos e as grossas meias de lã. Com a chegada de Etienne tudo foi combinado em quatro palavras: trinta soldos por dia, trabalho cansativo, mas ele aprenderia logo. O britador aconselhou-o a ir de sapatos e emprestou-lhe um chapéu velho de couro, destinado a proteger o crânio, precaução que pai e filhos não tomavam. As ferramentas foram tiradas da caixa, onde, precisamente, encontrava-se a pá de Fleurance. Maheu, tendo guardado os tamancos, as meias e o embrulho de Etienne, impacientou-se bruscamente:
— E por onde andará essa besta do Chaval? Na certa com alguma
mulher num monte de pedras! Já estamos com atraso de meia hora...
Zacharie e Levaque assavam tranquilamente as costas. O primeiro
acabou por dizer:
— Se é Chaval que esperas, ele chegou antes de nós e desceu logo...
— E tu sabias disso e não disseste nada?! Vamos, vamos depressa.
Catherine, que aquecia as mãos, teve de seguir o grupo. Etienne deixou-a
passar e subiu atrás dela. Viajava outra vez num dédalo de escadas e
corredores escuros, onde os pés descalços faziam um ruído macio de
chinelos velhos. De repente, o depósito de lampiões resplandeceu: um
compartimento envidraçado, cheio de fileiras de cabides de onde pendiam
centenas de lâmpadas Davy, inspecionadas e lavadas de véspera, acesas
como círios ao fundo de uma câmara-ardente. No guichê, cada operário
recebia a sua, em que estavam gravadas as suas iniciais; depois de examiná-la, ele mesmo a fechava. Enquanto isso, um marcador, sentado numa mesa,
escrevia no registro a hora da descida. Maheu teve de intervir para
conseguir uma lâmpada para seu novo operador de vagonetes. Como última
precaução, os operários tinham que desfilar diante de um verificador que
examinava todas as lâmpadas para ver se estavam bem fechadas.
— Cruzes! Como faz frio aqui... — murmurou Catherine, batendo o
queixo.
Etienne limitou-se a acenar com a cabeça. Encontrava-se
novamente diante do poço, no centro da vasta peça varrida por correntes de
ar. Apesar de se acreditar destemido, uma sensação desagradável o
sufocava, resultante do trovejar dos vagonetes, das pancadas surdas dos
sinais, dos berros abafados do megafone e pela visão do voo contínuo dos
cabos desenrolados e enrolados a todo vapor pela bobina da máquina. Os
elevadores subiam e desciam com seu deslizar de animal noturno, tragando
homens que a goela do buraco parecia beber. Chegara a sua vez: tinha
muito frio e guardava um silêncio nervoso que fazia Zacharie e Levaque
darem boas gargalhadas, já que ambos desaprovavam o engajamento desse
desconhecido, sobretudo Levaque, que se sentia ofendido por não ter sido
consultado. Por isso Catherine ficou feliz ao ver o pai explicar ao rapaz
como as coisas funcionavam.
— Olhe, por cima do elevador há um paraquedas, uns ganchos de
ferro que se engatam nas corrediças, mas isso sempre funciona. O poço é
dividido em três Compartimentos revestidos de alto a baixo por pranchas:
no meio ficam os elevadores, à esquerda, as escadas.
Interrompeu-se para resmungar, mas sem ousar falar muito alto:
— Mas o que é que a gente está fazendo aqui, com todos os diabos!
Deixarem-nos gelando dessa maneira!
O contramestre Richomme, que também ia descer, com a sua
lâmpada de fogo livre segura por um prego no couro do chapéu, ouviu-o
queixando-se.
— Cuidado! As paredes têm ouvidos... — murmurou ele
paternalmente, como velho mineiro que permaneceu sempre bem com seus
companheiros. — As manobras têm que ser feitas... Pronto! Aí está ele.
Embarca com a tua gente.
Realmente, o elevador chegara, todo guarnecido de faixas de ferro
fundido e de uma rede de arame de malhas pequenas, e esperava-os
descansando sobre os trabalhos. Maheu, Zacharie, Levaque e Catherine
escorregaram para um vagonete que estava no fundo. Como nele cabiam
cinco pessoas, Etienne também entrou. Os melhores lugares já estavam
tomados, teve de espremer-se ao lado da jovem, que, com um cotovelo,
tocava-lhe a barriga. A lâmpada incomodava-o; aconselharam-lhe que a
prendesse a uma casa de sua jaqueta. Não tendo ouvido, continuou a
segurá-la desajeitadamente na mão.
O embarque continuava em cima e embaixo, um atropelo confuso
de gado. Ainda não se podia partir; que estaria acontecendo? Sua
impaciência parecia estar durando longos minutos. Enfim, um solavanco
sacudiu-o e tudo afundou; os objetos a seu redor voavam e ele começou a
sentir a vertigem ansiosa da queda, como que arrancando-lhe as entranhas.
Isso durou enquanto havia luz, ao passar pelos dois andares de recepção do
produto extraído, entre a fuga estonteante do vigamento. Depois, caído no
escuro da galeria, permaneceu aturdido, perdida a percepção nítida de suas
sensações.
— Agora, sim, estamos indo — disse placidamente Maheu. Todos
estavam à vontade. Quanto a ele, às vezes, não sabia se estava descendo ou
subindo. Quando o elevador corria reto, sem tocar nas guias, era como se
estivesse imóvel; mas em seguida produziam-se umas trepidações
repentinas, uma espécie de deslocamento de todas as pranchas, que lhe
faziam temer o pior. Ademais, ele não conseguia distinguir as paredes do
poço por trás da rede onde colara o rosto. As lâmpadas mal iluminavam os
corpos empilhados a seus pés. Somente a lâmpada do contramestre, no
vagonete vizinho, brilhava como um farol, — Este tem quatro metros de
diâmetro — continuou Maheu a instruí-lo. — O madeiramento está
precisando ser mudado, a água filtra por todos os lados. Veja! chegamos ao
nível, está ouvindo?
Etienne justamente estava intrigado com o ruído de água caindo que
ouvia. A princípio, algumas enormes gotas tinham batido no teto do
elevador, como uma pancada de chuva; agora ela aumentava, fluía,
transformava-se num verdadeiro dilúvio. Sim, havia uma goteira, um fio de
água que, caindo no seu ombro, molhava-o até os ossos. O frio tornara-se
glacial; afundavam numa umidade negra quando, de repente, atravessaram
por um rápido deslumbramento, a visão de uma caverna onde homens se
agitavam à luz de um relâmpago. Em seguida caíram novamente no nada.
Maheu disse:
— Esta é a primeira embocadura de galerias. Estamos a trezentos e
vinte metros. Repare na velocidade.
Levantando a lâmpada, ele iluminou uma viga das guias que fugia
como um trilho por baixo de um trem correndo a todo vapor. Além disso,
não se via mais nada. Mais três embocaduras de galerias passaram numa
revoada de luzes. A chuva ensurdecedora fustigava as trevas.
— Como é profundo! — murmurou Etienne.
Esta queda devia estar durando horas... Sofria com a posição
incômoda que tomara, torturado sobretudo pelo cotovelo de Catherine, mas
não ousava mexer-se. Ela não dizia palavra, sentia-a, apenas, contra si,
aquecendo-o. Quando finalmente o elevador parou no fundo, a quinhentos e
cinquenta e quatro metros, ficou admirado de saber que a descida durara
apenas um minuto. Mas o barulho dos pinos fixando-se, a sensação daquela
solidez por baixo dos pés, deu-lhe uma repentina euforia, e foi gracejando
que ele tratou Catherine por tu.
— Estás tão quente que parece que tens febre... O teu cotovelo
continua fincado na minha barriga.
Ela começou a rir também; esse tolo ainda não sabia que ela era
uma moça. Estava com os olhos tapados ou o quê?
— Estou com o cotovelo nos teus olhos, isso sim...
A resposta da moça foi recebida com uma tempestade de
gargalhadas que o rapaz, surpreso, não compreendeu.
O elevador se esvaziava; os operários atravessaram a embocadura
da galeria, uma sala talhada na rocha, com abóbada de alvenaria iluminada
por três grandes lâmpadas de fogo livre. Sobre as chapas de ferro fundido
os carregadores rolavam com estrondo vagonetes cheios. Um cheiro úmido
de subterrâneo ressudava dos muros, um frescor salitroso perpassado de
sopros quentes vindos da cavalariça vizinha. Nesses muros, quatro galerias
tinham suas bocas abertas.
— Por aqui — disse Maheu a Etienne. — Ainda não chegou; temos
dois bons quilômetros pela frente.
Os operários se separavam, perdiam-se em grupos no fundo desses
buracos negros. Uns quinze deles acabavam de entrar no da esquerda.
Etienne marchava na retaguarda, atrás de Maheu, que era precedido por
Catherine, Zacharie e Levaque.
Era uma bela galeria de tração, cavada numa rocha tão sólida que
apenas em parte teve necessidade de ser murada. Avançavam em fila,
avançavam sempre, em silêncio à luz escassa das lâmpadas. O rapaz
tropeçava a cada passo, os trilhos o atrapalhavam. Havia um instante que
um ruído surdo o preocupava; era um reboar longínquo de tempestade que
parecia estar crescendo e vir das entranhas da terra. Seria o estampido de
um desabamento esmagando sobre suas cabeças a massa enorme que os
separava da luz do dia? De repente, uma claridade furou as trevas e ele
sentiu que a rocha tremia; quando se encostou-se ao muro, como faziam os
outros, viu passar à sua frente um grande cavalo branco atrelado a um
comboio de vagonetes. No primeiro, segurando as rédeas, estava sentado
Bébert, enquanto Jeanlin, agarrado ao último, corria descalço.
Recomeçaram a caminhar. Mais adiante havia uma encruzilhada
onde se abriam duas novas galerias; o grupo dividiu-se outra vez; os
operários repartiam-se pouco a pouco por todas as seções da mina. Neste
ponto, a galeria de tração estava revestida de madeira; toros de carvalho
sustentavam o teto, cobrindo a rocha desmoronadiça com uma proteção de
vigas, para trás das quais se podiam ver as lascas de xisto cintilante de
mica, e a massa grosseira de arenito, baça e rugosa.
Comboios de vagonetes, cheios ou vazios, passavam e cruzavam-se
continuamente, com seu estrondo que animais de formas vagas, num trote
fantasmagórico, levavam para as sombras. Numa linha de desvio, dormia
uma longa serpente negra: era um comboio de vagonetes parado, atrelado a
um cavalo que rinchava; estava tão engolfado na noite, que sua garupa
confusa mais parecia um bloco caído da abóbada. Portas de ventilação
batiam, fechando-se lentamente. E, à medida que avançavam, a galeria
ficava mais baixa, com o teto cheio de saliências, forçando as espinhas
dorsais a dobrarem-se constantemente.
Etienne bateu violentamente com a cabeça. Se não fosse o chapéu
de couro, teria quebrado a cabeça. E, contudo, seguia com atenção os
mínimos gestos de Maheu, cuja silhueta sombria se destacava à claridade
das lâmpadas. Nenhum dos outros operários esbarrava; deviam conhecer
cada saliência, nó de madeira e protuberância da rocha. O rapaz tinha ainda
problemas com o solo escorregadio, cada vez mais alagado. Em certos
trechos atravessava verdadeiros charcos que só o chapinhar lamacento dos
pés revelava. Mas o maior motivo do espanto eram, sobretudo, as bruscas
mudanças de temperatura. No fundo do poço estava muito fresco e na
galeria de tração, por onde passava todo o ar da mina, soprava um vento
gelado, cuja violência parecia de tempestade, entre os muros apertados. A
seguir, à medida que se penetrava nas outras galerias, que recebiam somente
seu quinhão muito racionado de ventilação, o vento diminuía e era
substituído por um calor sufocante, pesado como chumbo.
Maheu não voltara a abrir a boca. Entrou à direita, numa nova
galeria, dizendo simplesmente a Etienne, sem se voltar:
— O veio Guillaume.
Era nesse veio que se encontrava sua zona de corte. Desde as
primeiras passadas Etienne machucou a cabeça e os cotovelos. O teto, em
declive, descia tanto que, por extensões de vinte a trinta metros, tinha de
caminhar dobrado em dois. A água chegava aos tornozelos. Caminharam
assim duzentos metros e, de repente, viu desaparecer Levaque, Zacharie e
Catherine, como se tivessem voado por uma fenda estreita aberta diante
dele.
— É preciso subir — disse Maheu. — Prenda sua lâmpada numa
casa da jaqueta e agarre-se no madeirame. — E desapareceu também.
Etienne teve de segui-lo. Essa fenda aberta no veio era destinada à
passagem dos mineiros e servia a todas as vias secundárias. Tinha a
espessura da camada de carvão, apenas sessenta centímetros. Felizmente o
rapaz era magro, já que, ainda desajeitado, içava-se a custo, com um
dispêndio inútil de forças, achatando ombros e quadris, avançando com as
mãos, agarrado às vigas. Quinze metros acima encontrou a primeira via
secundária, mas continuou para frente; a zona de corte de Maheu e
parceiros era na sexta via, "no inferno", como eles diziam. E a cada quinze
metros havia uma outra via, a subida não terminava mais nessa fenda que
esfolava o peito e as costas. Etienne estertorava, como se o peso das rochas
lhe tivesse triturado os membros, mãos dilaceradas, pernas arranhadas,
principalmente com falta de ar, a ponto de sentir que o sangue ia jorrar pela
pele. Percebeu ao longe, numa das vias, duas formas indistintas e curvadas,
uma pequena e outra grande, que empurravam vagonetes: eram Lydie e a
filha de Mouque, já trabalhando. Ainda lhe faltava galgar a altura de duas
zonas de corte! O suor o cegava, lutava desesperadamente para alcançar os
outros, cujos membros ágeis ele ouvia roçar a rocha, como um farfalhar
prolongado.
— Coragem, já chegamos! — disse a voz de Catherine.
No momento em que ele efetivamente chegava, outra voz gritou do
fundo da caverna:
— Então, que brincadeira é essa? Eu, que tenho dois quilômetros
para percorrer de Montsou, sou o primeiro a chegar...
Era Chaval, um magricela, alto, de vinte e cinco anos, ossudo, de
feições duras, que estava furioso por ter esperado. Ao ver Etienne,
perguntou, com uma surpresa cheia de desprezo:
— Quem é esse aí?
Tendo Maheu contado o que se passara, acrescentou entre dentes:
— Agora, então, os homens vão comer o pão das moças.
Os dois homens trocaram um olhar iluminado por um desses ódios
cegos que se ateiam subitamente. Etienne sentira o insulto, sem
compreendê-lo ainda. Em silêncio, todos começaram a trabalhar.
Pouco a pouco, os veios enchiam-se de gente, o corte começava em
todos os andares, no extremo de cada caverna. O poço devorador tinha
engolido sua ração diária de homens, cerca de setecentos operários que
trabalhavam neste horário no formigueiro gigante, furando a terra em todos
os sentidos, esburacando-a como a uma madeira velha atingida pelo
caruncho. E, no meio do silêncio pesado, do esmagamento das camadas
profundas, poder-se-ia ouvir, colando o ouvido à rocha, o laborar desses
insetos humanos em marcha, desde o voo do cabo a subir e a descer o
elevador de extração, até a mordida das ferramentas cortando a hulha no
fundo dos canteiros de desmonte.
Ao voltar-se, Etienne se encontrou novamente apertado contra
Catherine, mas desta vez descobriu as saliências nascentes dos seios e
compreendeu o porquê daquele calor que se apossara dele.
— Mas tu és uma moça! — murmurou ele, estupefato. Ela
respondeu, alegre, sem ruborizar-se:
— Claro! Custaste a perceber.
continua na página 34...
____________________
Primeira Parte - (III.b) No vestiário, Maheu, agachado em frente à sua caixa
____________________
O pai de Zola tinha 44 anos quando conheceu Émilie-Aurélie Aubert, numa de suas viagens a Paris. Apesar da grande diferença de idade — a moça não chegara aos vinte anos —, acabaram casando — se. O resultado dessa união foi Émile Zola, nascido em 12 de abril de 1840, durante uma estada do casal em Paris. O menino mal conheceu o pai: em 1847, François faleceu.
As coisas ficaram difíceis. Sozinha e com grandes esforços, a mãe procurou equilibrar o orçamento doméstico e fazer que o filho estudasse. De certa forma, ela teve sucesso: Zola foi aluno do Colégio Notre-Dame e do Colégio de Aix. Quando o rapaz atingiu a maioridade, partiu com Émilie para Paris e, graças a um amigo da família, conseguiu um emprego na Alfândega.
Em dezembro de 1859, concluía sua primeira obra em prosa, Les Grisettes de Provence (As Costureirinhas de Provença). Continuava, porém, desconhecido e insatisfeito. Ele mesmo costumava dizer: "Ser sempre desconhecido é chegar a duvidar de si; nada engrandece os pensamentos de um autor como o sucesso".
Assim, no início de 1866, deixou o emprego para dedicar-se à literatura.
Abandonou o romantismo de seus anos de adolescência e passou a admirar outros autores: Balzac (1799-1850), Stendhal (1783-1842), Flaubert (1821-1880). Essa guinada para o realismo devia-se principalmente às suas últimas leituras: das teorias evolucionistas de Darwin (1809-1882) até o Tratado da Hereditariedade Natural do Dr. Lucas, passando pela Filosofia da Arte de Taine (1328-1893). No entanto, o que parece tê-lo feito decidir-se pelo realismo foi a Introdução ao Estudo da Medicina Experimental (1865), de Claude Bernard (1813-1878). Essa obra foi importante para o rumo que Zola imprimiria a toda a sua obra: o rigor científico no romance, cujo objetivo, diria ele, é o mesmo das experiências de laboratório, isto é, o conhecimento da realidade. O que Claude Bernard havia feito com o corpo humano Zola faria com as paixões e os meios sociais.
Para fazer Germinal, Zola não se satisfez com a simples busca de documentos. Foi passar alguns meses numa região mineira. Morou em cortiços, bebeu cerveja e genebra nos botequins e desceu ao fundo dos poços para observar de perto o trabalho dos operários. Aos poucos foi se familiarizando com o meio onde viviam aqueles homens. Descobriu quais as principais doenças causadas pela mineração. Sentiu o problema dos baixos salários, os sacrifícios dos mineiros, a gota que cai com uma regularidade incrível sobre seus rostos, a dificuldade de empurrar um vagonete por um corredor estreito, o drama do salto na escuridão que eles têm de dar para poderem sobreviver. Numa passagem admirável, descreve a emoção de uma greve de operários. Mostra seu ódio animal. Um ódio que destrói tudo à sua passagem. Uma violência viva nos corpos que querem libertar-se, mesmo à custa da total destruição. Mostra também o amor feito sobre o carvão, os pequenos dramas das dívidas, as brigas no cortiço, a promiscuidade de pais e filhos em casas muito pequenas. A obra obteve enorme repercussão.
Em 29 de setembro de 1901, em Paris, Émile Zola morre asfixiado pelo gás do aquecedor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário