terça-feira, 11 de abril de 2023

Stendhal - O Vermelho e o Negro: O Ministério da Virtude (XXV)

Livro II 


Ela não é galante,
não usa ruge algum.

Sainte-Beuve



Capítulo XXV

O MINISTÉRIO DA VIRTUDE



Mas, se sinto esse prazer com tanta prudência e circunspecção, não será 
mais um prazer para mim.

LOPE DE VEGA



ASSIM QUE VOLTOU A PARIS, e ao sair do gabinete do marquês de La Mole, que pareceu muito desconcertado com as notícias que lhe enviavam, nosso herói correu até o conde Altamira. Além da vantagem de ser um condenado à morte, esse belo estrangeiro dispunha de muita gravidade e da felicidade de ser devoto; esses dois méritos e, acima de tudo, o alto nascimento do conde, convinham perfeitamente à sra. de Fervaques, que o via seguidamente.
Julien confessou-lhe gravemente que estava muito apaixonado por ela.
– É a virtude mais pura e mais elevada, respondeu Altamira, mas de um modo um tanto jesuítico e enfático. Há dias em que compreendo cada uma das palavras que ela emprega, mas não compreendo a frase inteira. Com frequência faz-me pensar que não conheço o francês tão bem quanto o dizem. O fato de você conhecê-lo fará pronunciar seu nome com autoridade na sociedade. Mas vamos à casa de Bustos, disse o conde Altamira, que era um homem metódico; ele fez a corte à sra. marechala.

Don Diego Bustos ouviu longamente a explicação do caso, sem dizer nada, como um advogado em seu escritório. Tinha uma cara de monge, com bigode preto, e uma gravidade incomum; de resto, um bom carbonário.

– Compreendo, disse finalmente a Julien. A marechala de Fervaques teve amantes, não teve? Assim, há alguma esperança de êxito? Eis a questão. Devo dizer que, da minha parte, fracassei. Agora que não estou mais sentido, faço-me este raciocínio: com frequência ela se irrita e, como lhe contarei em seguida, não é incapaz de vingança.

Não vejo nela aquele temperamento bilioso do gênio, e que põe em todos os seus atos como um verniz de paixão. Ao contrário, é ao modo de ser flegmático e tranquilo dos holandeses que ela deve sua rara beleza e suas cores tão vivas.
Julien impacientava-se com a lentidão e a flegma inabalável do espanhol; de quando em quando, contra sua vontade, alguns monossílabos escapavam-lhe.

– O senhor quer me escutar?, disse-lhe gravemente don Diego Bustos.

– Perdoe-me a furia francese; sou todo ouvidos, disse Julien.

– A marechala de Fervaques, portanto, é muito propensa ao ódio; ela persegue impiedosamente pessoas que jamais viu, advogados, pobres homens de letras que fizeram canções como Collé, conhece?

J’ai la marotte
D’aimer Marote etc
[1]

E Julien teve de aguentar a citação inteira. O espanhol sentia-se muito à vontade de cantar em francês.
Essa divina canção jamais foi escutada com tanta impaciência. Quando terminou, don Diego Bustos disse: – A marechala mandou destituir o autor desta canção:

Um jour l´amant au cabaret... [2]

Julien temeu que ele quisesse cantá-la, mas don Diego contentou-se em analisá-la. Realmente, era ímpia e pouco decente.

– Quando a marechala se enfureceu contra essa canção, ele disse, observei-lhe que uma mulher da sua condição não devia ler as tolices que se publicam. Por mais que a gravidade e a piedade façam progressos, haverá sempre na França uma literatura de cabaré. Quando a sra. de Fervaques mandou que tirassem do autor, um pobre-diabo a meio soldo, um emprego de 1.800 francos, eu disse a ela: cuidado, a senhora atacou esse versejador com suas armas, ele pode responder-lhe com suas rimas: fará uma canção sobre a virtude. Os salões dourados estarão a seu favor, mas as pessoas que gostam de rir repetirão os epigramas dele. Sabe o que a marechala respondeu, senhor? – Pelo interesse do Senhor, Paris inteira me veria marchar ao martírio; seria um espetáculo novo na França. O povo aprenderia a respeitar a qualidade. Seria o mais belo dia de minha vida.

Nunca os olhos dela pareceram mais lindos.

– E ela os têm soberbos, exclamou Julien.

– Vejo que está apaixonado... Eu dizia então, retomou don Diego gravemente, que ela não tem a constituição biliosa que leva à vingança. Se gosta de prejudicar, é porque se sente infeliz, suspeito que seja infelicidade interior. Não seria uma virtuosa cansada de seu ofício?

O espanhol olhou-o em silêncio durante um longo minuto

– Eis toda a questão, acrescentou gravemente, e é disso que o senhor pode tirar alguma esperança. Pensei muito a esse respeito durante os dois anos em que fui seu humilde servidor. Todo o seu futuro, senhor, que está apaixonado, depende deste grande problema: seria ela uma virtuosa cansada de seu ofício, e malvada porque infeliz?

– Ou então, disse Altamira, saindo enfim de seu profundo silêncio, não seria o que já te disse vinte vezes? Simplesmente a vaidade francesa; é a lembrança do pai, o famoso negociante de tecidos, que faz a infelicidade desse caráter naturalmente tristonho e seco. Haveria uma única felicidade para ela, a de morar em Toledo e ser atormentada por um confessor que diariamente lhe mostrasse o inferno escancarado.

Quando Julien saía, don Diego lhe disse, num tom ainda mais grave: Altamira contou-me que o senhor é dos nossos. Um dia o senhor nos ajudará a reconquistar nossa liberdade, assim quero lhe ajudar nesse pequeno entretenimento. Convém que conheça o estilo da marechala; eis aqui quatro cartas redigidas por ela.

– Vou copiá-las, disse Julien, e trazê-las de volta.

– E jamais alguém saberá pelo senhor uma só palavra do que dissemos?

– Jamais, palavra de honra!, exclamou Julien.

Essa cena divertiu um pouco nosso herói; ele esteve a ponto de sorrir. Eis que o devoto Altamira, pensou, ajuda-me num caso de adultério.
Durante a grave explanação de don Diego Bustos, Julien estivera atento às horas marcadas pelo relógio da mansão de Aligre.
A do jantar se aproximava, em breve ia rever Mathilde! Voltou para casa e vestiu-se com muito esmero.
Primeira tolice, pensou, quando descia a escada; é preciso seguir ao pé da letra as instruções do príncipe.
Voltou ao quarto e vestiu-se com uma roupa de viagem a mais simples possível.
Agora, pensou, a questão são os olhares. São cinco horas e meia, e o jantar é às seis. Ele teve a ideia de ir até o salão, que encontrou vazio. Ao ver o canapé azul, emocionou-se quase até as lágrimas; logo suas faces ficaram ardentes. Preciso acabar coim essa sensibilidade tola, pensou com cólera; ela me trairia. Pegou um jornal para fingir que lia e passou três ou quatro vezes do salão ao jardim.
Foi tremendo, e bem escondido por um grande carvalho, que ousou erguer os olhos até a janela da srta. de La Mole. Estava hermeticamente fechada; por pouco ele não caiu, e durante algum tempo permaneceu apoiado contra o carvalho; depois, com um passo vacilante, foi rever a escada do jardineiro.
A corrente, que há algumas semanas ele forçara em circunstâncias tão diferentes, não fora consertada. Movido por um gesto de loucura, Julien comprimiu-a contra os lábios.
Tendo vagado um longo tempo entre o salão e o jardim, Julien sentiu-se horrivelmente fatigado; foi um primeiro êxito que ele notou. Meus olhos estarão sem brilho e não me trairão! Aos poucos, os comensais chegaram ao salão; sempre que a porta se abria, uma perturbação mortal apossava-se do coração de Julien.
As pessoas sentaram-se à mesa. A srta. de La Mole por fim apareceu, fiel a seu hábito de fazer-se esperar. Ela corou muito ao ver Julien; ninguém lhe comunicara sua chegada. De acordo com a recomendação do príncipe Korasoff, Julien observou as mãos dela: tremiam. Agitado para além de toda expressão por essa descoberta, ele sentiu-se muito feliz de aparentar apenas cansaço.
O sr. de La Mole o elogiou. A marquesa dirigiu-lhe a palavra um instante depois, e ele fez um cumprimento com seu ar de fadiga. Julien dizia-se a todo instante: não devo olhar demais a srta. de La Mole, mas meus olhos também não devem evitá-la. Devo aparentar o que eu era exatamente oito dias antes de minha infelicidade... Ele achou que obteve algum sucesso e permaneceu no salão. Atento pela primeira vez em relação à dona da casa, esforçou-se por dirigir a palavra aos convivas e manter a conversação animada.
Sua polidez foi recompensada: por volta das oito horas, anunciaram a sra. marechala de Fervaques. Julien retirou-se e reapareceu em seguida, vestido com o maior esmero. A sra. de La Mole ficou muito contente com esse sinal de respeito e quis demonstrar-lhe satisfação falando da viagem dele à sra. de Fervaques. Julien instalou-se junto à marechala, de modo a que seus olhos não fossem vistos por Mathilde. Assim colocado, seguindo todas as regras da arte, a sra. de Fervaques foi para ele o objeto da maior admiração. É por uma frase sobre esse sentimento que começava a primeira das cinquenta e três cartas que o príncipe Korasoff lhe presenteara.
A marechala anunciou que ia à ópera bufa. Julien correu para lá; encontrou o cavaleiro de Beauvoisis, que o levou a um camarote de fidalgos justamente ao lado do da sra. de Fervaques. Julien olhou a todo instante para ela. Preciso manter um diário do assédio, ele pensou ao voltar à mansão; caso contrário, esquecerei meus ataques. Forçou-se a escrever duas ou três páginas sobre esse assunto enfadonho, e assim conseguiu, coisa admirável, quase não pensar na srta. de La Mole.
Mathilde quase o esquecera durante sua viagem. Afinal, ele não passa de uma criatura comum, ela pensava, seu nome sempre me lembrará o maior erro de minha vida. Convém voltar de boa-fé às ideias vulgares de sensatez e de honra; esquecendo-as, uma mulher só tem a perder. Mostrou-se disposta a permitir enfim a conclusão do acordo com o marquês de Croisenois, preparado de longa data. Ele ficou muito alegre; mas teria ficado muito surpreso se lhe dissessem que nessa maneira de sentir de Mathilde, que o deixava tão orgulhoso, havia apenas resignação.
As ideias da srta. de La Mole mudaram ao ver Julien. Na verdade, esse é meu marido, ela pensou; se volto de boa-fé às ideias de sensatez, é ele evidentemente que devo desposar.
Ela esperava importunidades, ares de infelicidade da parte de Julien; preparava suas respostas, pois com certeza, depois do jantar, ele tentaria dirigir-lhe algumas palavras. Em vez disso, ele permaneceu firme no salão, seus olhares nem sequer voltaram-se para o jardim. Sabe Deus com que dificuldade! É melhor ter logo essa explicação, pensou a srta. de La Mole; foi sozinha até o jardim, mas Julien não apareceu. Mathilde foi até as portas e janelas do salão, viu-o muito ocupado em descrever à sra. de Fervaques os velhos castelos em ruínas que coroam os outeiros às margens do Reno e lhes dão um aspecto tão peculiar. Ele começava a sair-se bem no discurso sentimental e pitoresco que chamam espírito em certos salões.
O príncipe Korasoff teria ficado orgulhoso, se estivesse em Paris: essa noitada era exatamente o que ele previra.
Teria aprovado a conduta de Julien nos dias seguintes.
Uma intriga entre os membros do governo oculto ia tornar disponíveis algumas fitas azuis; a sra. marechala de Fervaques exigia que seu tio-avô fosse cavaleiro da ordem. O marquês de La Mole tinha a mesma pretensão para seu sogro; eles reuniram seus esforços e a marechala compareceu quase diariamente à mansão de La Mole. Foi por ela que Julien ficou sabendo que o marquês ia ser ministro: ele oferecia à Camarilla dirigente um plano muito engenhoso para acabar com a Constituição, sem comoções, dentro de três anos.
Julien podia contar com um bispado, se o sr. de La Mole chegasse ao ministério; mas, a seus olhos, todos esses grandes interesses estavam como que cobertos por um véu. Sua imaginação só os percebia vagamente e, por assim dizer, ao longe. A terrível desgraça que fazia dele um maníaco mostrava-lhe todos os interesses da vida em sua maneira de ser com a srta. de La Mole. Ele calculava que, depois de cinco ou seis anos de cuidados, conseguiria fazer-se amar por ela de novo.
Essa cabeça tão fria havia caído, como se vê, num estado de desrazão completa. De todas as qualidades que outrora o distinguiram, restava-lhe apenas um pouco de firmeza. Materialmente fiel ao plano de conduta ditado pelo príncipe Korasoff, toda noite ele se instalava bem próximo à poltrona da sra. de Fervaques, mas era-lhe impossível encontrar algo a dizer.
O esforço que se impunha para parecer curado aos olhos de Mathilde absorvia todas as forças de sua alma, ele ficava junto à marechala como uma criatura que apenas vive; seus olhos mesmos, como num extremo sofrimento físico, haviam perdido todo o brilho.
Como a maneira de ver da sra. de La Mole nunca era senão uma contraprova das opiniões do marido que podia torná-la duquesa, há alguns dias ela vinha elevando às nuvens os méritos de Julien.


continua página 279...

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[1] Tenho a mania de amar Marote (N.T.)
[2]  Um dia o amante no cabaré... (N.T.)
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ADVERTÊNCIA DO EDITOR

Esta obra estava prestes a ser publicada quando os grandes acontecimentos de julho [de 1830] vieram dar a todos os espíritos uma direção pouco favorável aos jogos da imaginação. Temos motivos para acreditar que as páginas seguintes foram escritas em 1827.

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Henri-Marie Beylemais conhecido como Stendhal (Grenoble, 23 de janeiro de 1783 — Paris, 23 de março de 1842) foi um escritor francês reputado pela fineza na análise dos sentimentos de seus personagens e por seu estilo deliberadamente seco.
Órfão de mãe desde 1789, criou-se entre seu pai e sua tia. Rejeitou as virtudes monárquicas e religiosas que lhe inculcaram e expressou cedo a vontade de fugir de sua cidade natal. Abertamente republicano, acolheu com entusiasmo a execução do rei e celebrou inclusive a breve detenção de seu pai. A partir de 1796 foi aluno da Escola central de Grenoble e em 1799 conseguiu o primeiro prêmio de matemática. Viajou a Paris para ingressar na Escola Politécnica, mas adoeceu e não pôde se apresentar à prova de acesso. Graças a Pierre Daru, um parente longínquo que se converteria em seu protetor, começou a trabalhar no ministério de Guerra.
Enviado pelo exército como ajudante do general Michaud, em 1800 descobriu a Itália, país que tomou como sua pátria de escolha. Desenganado da vida militar, abandonou o exército em 1801. Entre os salões e teatros parisienses, sempre apaixonado de uma mulher diferente, começou (sem sucesso) a cultivar ambições literárias. Em precária situação econômica, Daru lhe conseguiu um novo posto como intendente militar em Brunswick, destino em que permaneceu entre 1806 e 1808. Admirador incondicional de Napoleão, exerceu diversos cargos oficiais e participou nas campanhas imperiais. Em 1814, após queda do corso, se exilou na Itália, fixou sua residência em Milão e efetuou várias viagens pela península italiana. Publicou seus primeiros livros de crítica de arte sob o pseudônimo de L. A. C. Bombet, e em 1817 apareceu Roma, Nápoles e Florença, um ensaio mais original, onde mistura a crítica com recordações pessoais, no que utilizou por primeira vez o pseudônimo de Stendhal. O governo austríaco lhe acusou de apoiar o movimento independentista italiano, pelo que abandonou Milão em 1821, passou por Londres e se instalou de novo em Paris, quando terminou a perseguição aos aliados de Napoleão.
"Dandy" afamado, frequentava os salões de maneira assídua, enquanto sobrevivia com os rendimentos obtidos com as suas colaborações em algumas revistas literárias inglesas. Em 1822 publicou Sobre o amor, ensaio baseado em boa parte nas suas próprias experiências e no qual exprimia ideias bastante avançadas; destaca a sua teoria da cristalização, processo pelo que o espírito, adaptando a realidade aos seus desejos, cobre de perfeições o objeto do desejo.
Estabeleceu o seu renome de escritor graças à Vida de Rossini e às duas partes de seu Racine e Shakespeare, autêntico manifesto do romantismo. Depois de uma relação sentimental com a atriz Clémentine Curial, que durou até 1826, empreendeu novas viagens ao Reino Unido e Itália e redigiu a sua primeira novela, Armance. Em 1828, sem dinheiro nem sucesso literário, solicitou um posto na Biblioteca Real, que não lhe foi concedido; afundado numa péssima situação económica, a morte do conde de Daru, no ano seguinte, afetou-o particularmente. Superou este período difícil graças aos cargos de cônsul que obteve primeiro em Trieste e mais tarde em Civitavecchia, enquanto se entregava sem reservas à literatura.
Em 1830 aparece sua primeira obra-prima: O Vermelho e o Negro, uma crónica analítica da sociedade francesa na época da Restauração, na qual Stendhal representou as ambições da sua época e as contradições da emergente sociedade de classes, destacando sobretudo a análise psicológica das personagens e o estilo direto e objetivo da narração. Em 1839 publicou A Cartuxa de Parma, muito mais novelesca do que a sua obra anterior, que escreveu em apenas dois meses e que por sua espontaneidade constitui uma confissão poética extraordinariamente sincera, ainda que só tivesse recebido o elogio de Honoré de Balzac.
Ambas são novelas de aprendizagem e partilham rasgos românticos e realistas; nelas aparece um novo tipo de herói, tipicamente moderno, caracterizado pelo seu isolamento da sociedade e o seu confronto com as suas convenções e ideais, no que muito possivelmente se reflete em parte a personalidade do próprio Stendhal.
Outra importante obra de Stendhal é Napoleão, na qual o escritor narra momentos importantes da vida do grande general Bonaparte. Como o próprio Stendhal descreve no início deste livro, havia na época (1837) uma carência de registos referentes ao período da carreira militar de Napoleão, sobretudo a sua atuação nas várias batalhas na Itália. Dessa forma, e também porque Stendhal era um admirador incondicional do corso, a obra prioriza a emergência de Bonaparte no cenário militar, entre os anos de 1796 e 1797 nas batalhas italianas. Declarou, certa vez, que não considerava morrer na rua algo indigno e, curiosamente, faleceu de um ataque de apoplexia, na rua, sem concluir a sua última obra, Lamiel, que foi publicada muito depois da sua morte.
O reconhecimento da obra de Stendhal, como ele mesmo previu, só se iniciou cerca de cinquenta anos após sua morte, ocorrida em 1842, na cidade de Paris.

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Leia também:

O Vermelho e o Negro: Uma Hora da Madrugada (XVI)
O Vermelho e o Negro: Uma Velha Espada (XVII)
O Vermelho e o Negro: O Ministério da Virtude (XXV)
O Vermelho e o Negro: O Amor Moral (XXVI)

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