quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Marcel Proust - No Caminho de Swann (IV - nomes de terras: o nome, Dizia enfim - d)

em busca do tempo perdido


volume I
No Caminho de Swann

ao senhor gaston calmette
como um testemunho de profundo e afetuoso reconhecimento
— marcel proust

nomes de terras: o nome

IV(d) 

continuando...

     Dizia enfim, a ordem nova traçada pela invisível obreira, que se podemos desejar que as ações de uma pessoa que até agora nos penalizou tenham sido sinceras, há na sua sequência uma clareza contra a qual nada pode o nosso desejo e à qual devemos indagar, antes que a este último, quais serão as suas ações de amanhã.
     Essas palavras novas, o meu amor as ouvia; persuadiam-no de que o dia seguinte não seria diferente do que tinham sido todos os outros dias; que o sentimento que tinha Gilberte por mim, já muito antigo para que pudesse mudar, era tão só indiferença; que na minha amizade com Gilberte, era só eu quem amava. “É verdade”, respondia o meu amor, “não há nada que fazer dessa amizade, ela não mudará.” E então no dia seguinte (ou aguardando um dia de festa, quando havia um próximo, um aniversário, o Ano-Novo talvez, um desses dias que não são iguais aos outros, em que o tempo inteiramente recomeça, rejeitando a herança do passado, desdenhando o legado das suas tristezas) eu pedia a Gilberte que renunciássemos à nossa amizade antiga, lançando as bases de uma nova amizade.
     Tinha eu sempre à mão um mapa de Paris que, como ali se podia distinguir a rua onde morava a família Swann, me parecia conter um tesouro. E por prazer, por uma espécie de cavalheiresca fidelidade também, a propósito de qualquer coisa eu dizia o nome dessa rua, tanto assim que meu pai, que não estava a par de meu amor, como minha mãe e minha avó, acabava dizendo:

— Mas por que levas todo o tempo a falar dessa rua? Ela não tem nada de extraordinário, é muito agradável de morar porque fica a dois passos do Bois, mas há uma dúzia de outras no mesmo caso.

     Na conversa sempre achava um meio de fazer com que meus pais pronunciassem o nome de Swann: era verdade que o repetia mentalmente sem cessar: mas tinha necessidade também de ouvir a sua deliciosa sonoridade e de fazer-me executar aquela música cuja muda leitura não me bastava. Aliás esse nome de Swann, que de há tanto eu conhecia, era agora para mim um nome novo, como acontece com certos afásicos em relação às palavras mais usuais. Estava sempre presente ao meu pensamento, e todavia este não podia habituar-se a ele. Decompunha-o, soletrava-o, sua ortografia era para mim uma surpresa. E ao mesmo tempo que deixara de me ser familiar, deixara de parecer-me inocente. Tão culpáveis julgara as alegrias que sentia ao ouvi-lo que me parecia que adivinhavam o meu pensamento e mudavam a conversação quando eu procurava trazê-lo à baila. Insistia nos assuntos que ainda se referiam a Gilberte, moía sem fim as mesmas palavras, e embora soubesse que não eram mais que palavras — palavras pronunciadas longe dela, que ela não ouvia, palavras sem virtude que repetiam o que era, mas não podiam modificá-lo —, parecia-me no entanto que à força de manejar, de carrear, assim, tudo que se aproximava de Gilberte, talvez conseguisse tirar dali alguma chispa de felicidade. Redizia a meus pais que Gilberte estimava muito a governanta, como se essa proposição, enunciada pela centésima vez, fosse causar enfim o súbito aparecimento de Gilberte, que viria morar para sempre conosco. Retomava o elogio da velha dama que lia os Débats (insinuara a meus pais que era uma embaixatriz ou talvez uma alteza) e continuei a celebrar-lhe a beleza, a magnificência, a fidalguia, até o dia em que disse que, segundo o nome pronunciado por Gilberte, devia chamar-se sra. Blatin.

— Oh!, mas já sei quem é! — exclamou minha mãe, enquanto eu me sentia enrubescer de vergonha. — Alerta! Alerta!, como diria o teu pobre avô. E é ela que tu achas bonita?! Mas é horrível e sempre o foi. É viúva de um chefe de portaria. Não te lembras, quando eras criança, das manobras que eu fazia para livrar-me dela na lição de ginástica, quando ela queria falar comigo sem me conhecer, sob o pretexto de dizer-me que tu eras “muito bonito para um menino”. Sempre teve a mania de travar relações, e deve ser mesmo uma espécie de louca, como eu sempre pensei, se conhece verdadeiramente a senhora Swann. Pois se vem de um meio muito medíocre, pelo menos nunca houve nada a dizer contra ela, que eu saiba. Ah!, mas sempre tem de fazer relações. É horrível, terrivelmente vulgar e sempre a causar embaraços.

     Quanto a Swann, procurando parecer-me com ele, passava eu todo o tempo em que estava à mesa a puxar o nariz e a esfregar os olhos. Dizia meu pai: “Mas é idiota, esse menino. Vai ficar horrendo”. Desejaria, principalmente, ser tão calvo como Swann. Parecia-me um ser tão extraordinário que achava maravilhoso que pessoas que eu frequentava também o conhecessem e que nos acasos de um dia qualquer pudéssemos ser levados a encontrá-lo. E uma noite em que mamãe nos contava ao jantar, como de costume, o que fizera de tarde ao sair, bastou-lhe dizer: “A propósito, adivinhem a quem encontrei no Trois Quartiers, na seção dos guarda-chuvas: Swann”,[1] para que brotasse no meio da sua narrativa, muito árida para mim, uma flor misteriosa. Que melancólica volúpia saber que naquela tarde, delineando na multidão a sua forma sobrenatural, fora Swann comprar um guarda-chuva! Em meio dos acontecimentos grandes e mínimos, igualmente indiferentes, esse despertava em mim essas vibrações particulares de que era perpetuamente agitado o meu amor por Gilberte. Dizia meu pai que eu não me interessava por coisa alguma porque não escutava quando falavam das consequências políticas que poderia ter a visita do rei Teodósio, naquele momento hóspede da França e, dizia-se, seu aliado. Mas, em compensação, que vontade tinha eu de saber se Swann havia saído com a sua pelerina!

— E não se cumprimentaram? — perguntei. 
— Mas naturalmente — respondeu minha mãe, que sempre parecia temer que, se confessasse a frieza de nossas relações com Swann, haviam de querer aproximá-los mais do que ela desejava, isso por causa da sra. Swann, a quem não queria conhecer. — Foi ele quem veio cumprimentar-me, eu não o tinha visto. 
— Quer dizer que não estão brigados? 
— Brigados? Mas por que queres tu que estejamos brigados? — respondeu ela vivamente, como se eu houvesse descoberto a ficção de suas boas relações com Swann e procurasse uma “aproximação”. 
— Ele poderia ficar sentido por não o convidares mais. 
— Não se é obrigado a convidar todo mundo. Acaso ele me convida? Eu não conheço a sua mulher. 
— Mas em Combray ele ia à nossa casa. 
— Isso mesmo! Em Combray! Mas em Paris ele tem outras coisas que fazer, eu também. Mas asseguro-te que não parecíamos absolutamente duas pessoas brigadas. Ficamos um momento juntos porque não lhe traziam o pacote. Pediu-me notícias tuas, disse-me que brincavas com a filha dele — acrescentou minha mãe, maravilhando-me com o prodígio de que eu existisse no espírito de Swann e, o que era mais, de modo tão completo que, quando eu tremia de amor diante dele nos Campos Elísios, soubesse ele o meu nome, quem era a minha mãe, e pudesse amalgamar em torno de minha qualidade de camarada da sua filha alguns dados sobre meus avós, sua família, o lugar que habitávamos, certas particularidades de nossa vida de outrora, talvez até desconhecidas de mim. Mas minha mãe não parecia ter achado um particular encanto naquela seção do Trois Quartiers, onde representara para Swann, no momento em que a vira, uma pessoa definida com quem ele tinha recordações em comum que lhe haviam inspirado o impulso de aproximar-se dela e o gesto de saudá-la.

     Aliás, nem ela nem meu pai pareciam achar um prazer que ultrapassasse aos demais em falar dos avós de Swann e do título de corretor honorário. Minha imaginação isolara e consagrara na Paris social certa família, como fizera na Paris de pedra com certa casa, cuja porta de entrada esculpira e a que ornamentara as janelas. Mas esses adornos, era eu o único que os via. Da mesma forma que meus pais achavam a casa de Swann igual às outras construídas ao mesmo tempo no quarteirão do Bois, a família de Swann lhes parecia do mesmo gênero que muitas outras famílias de corretores. Julgavam-na mais ou menos favoravelmente segundo o grau em que participava dos méritos comuns ao resto do universo e não lhe achavam nada de único. Ao contrário, o que nela apreciavam, encontravam-no alhures, em grau idêntico ou superior. Assim, depois de achar a casa bem situada, falavam de outra que tinha melhor localização, mas que nada tinha a ver com Gilberte, ou de financistas de mais categoria que seu avô; e se por um momento pareciam compartilhar da minha opinião, era por um mal-entendido que não tardava a dissipar-se. É que, para perceber em tudo quanto cercava Gilberte, uma qualidade desconhecida, análoga do mundo das emoções ao que pode ser no das cores o infravermelho, meus pais eram desprovidos daquele sentido suplementar e momentâneo de que me dotara o amor.
     Nos dias em que Gilberte me anunciava que não iria aos Campos Elísios, tratava de dar passeios que dela me aproximassem um pouco. Às vezes levava Françoise em peregrinação até a frente da casa onde moravam os Swann. Fazia-a repetir sem fim o que soubera da governanta a respeito da sra. Swann. “Parece que tem muita fé em medalhas. Nunca viaja quando ouve piar uma coruja, ou quando lhe parece que ouviu assim como um tique-taque de relógio na parede, ou quando vê um gato à meia-noite, ou quando estala um móvel. Ah!, é uma pessoa muito crente!” Estava tão enamorado de Gilberte que, se avistava no caminho o seu velho mordomo levando a passear um cachorro, a emoção me obrigava a parar e eu lançava às suas suíças brancas olhares cheios de paixão. Françoise me dizia:

— Que tem você? 

     Depois prosseguíamos até a porta de entrada onde um porteiro diferente de qualquer outro porteiro, e penetrando até os galões da libré do mesmo encanto doloroso que eu sentira no nome de Gilberte, tinha o ar de saber que eu era daqueles a quem uma indignidade original proibiria para sempre penetrar na vida misteriosa que ele estava encarregado de guardar e sobre a qual as janelas do entressolo pareciam conscientes de estar fechadas, assemelhando-se, entre a nobre queda de suas cortinas de musselina, muito menos a quaisquer outras janelas do que aos olhares de Gilberte. Outras vezes íamos aos bulevares, e eu me postava à entrada da rua Duphot; tinham-me dito que muitas vezes ali se podia ver Swann passar a caminho do dentista; e minha imaginação de tal modo diferenciava o pai de Gilberte do resto da humanidade, tal maravilha introduzia a sua presença no meio do mundo real que, antes mesmo de chegar à Madeleine, emocionava-me ao pensamento de me aproximar de uma rua onde poderia dar-se de súbito a sobrenatural aparição.
     Mas com mais frequência — quando não devia ver Gilberte — como soubera que a sra. Swann costumava passar diariamente pela alameda das Acácias, em torno do grande lago, e pela alameda da Rainha Margarida — eu encaminhava Françoise para o Bois de Boulogne.[2] Era para mim como um desses jardins zoológicos onde se veem reunidas floras diversas e paisagens opostas; onde, após uma colina encontra-se uma gruta, um prado, rochedos, um arroio, um fosso, uma colina, um charco, mas que se sabe que ali só estão para fornecer à atividade do hipopótamo, das zebras, dos crocodilos, dos coelhos russos, dos ursos e da garça real um meio apropriado ou um quadro pitoresco; o Bois, igualmente complexo, reunindo pequenos mundos diversos e fechados — fazendo suceder alguma granja plantada de árvores vermelhas, de carvalhos da América, como um estabelecimento agrícola na Virgínia, a um pinheiral à beira do lago, ou a um maciço de onde assoma de súbito, em suas finas peles, com uns belos olhos de animal, alguma passeante rápida —, o Bois era o jardim das mulheres; e — como a alameda dos Mirtos da Eneida[3] — plantada para elas de árvores de uma só essência, a alameda das Acácias era frequentada pelas Belezas célebres. Como, de longe, o alto de um rochedo de onde ela se lança à água, transporta de alegria as crianças que sabem que vão ver a otária, muito antes de chegar à alameda das Acácias, o seu perfume, irradiando-se, fazia sentir de longe a vizinhança e a singularidade de uma possante e branda individualidade vegetal; depois, ao aproximar-me, o cimo entrevisto da sua fronde leve e travessa, de uma elegância fácil, de corte coquete e de um fino tecido, sobre a qual se haviam abatido centenas de flores como colônias aladas e vibráteis de preciosos parasitas; enfim, até o seu nome feminino, ocioso e suave, me fazia bater o coração, mas de um desejo mundano, como essas valsas que apenas nos evocam o nome das belas convidadas que o porteiro anuncia à entrada de um baile. Haviam-me dito que eu veria na alameda certas elegantes que, embora não tivessem todas casado, eram de ordinário nomeadas junto com a sra. Swann, mas em geral sob o seu nome de guerra: o novo nome, quando havia, não era mais que uma espécie de incógnito que aqueles que queriam referir-se a elas tinham o cuidado de desvelar para fazer-se compreender. Pensando que o Belo — na ordem das elegâncias femininas — regia-se por leis ocultas em cujo conhecimento elas haviam sido iniciadas e que tinham o poder de realizar, eu aceitava previamente, como uma revelação, o aparecimento de suas toaletes, de suas carruagens, de mil detalhes, em cujo seio punha toda a minha fé, como uma alma interior que dava àquele móvel e efêmero conjunto a coesão de uma obra-prima. Mas era a sra. Swann que eu queria ver, e esperava a sua passagem, emocionado como se se tratasse de Gilberte, cujos pais, impregnados, como tudo o que a cercava, do seu encanto, provocavam em mim tanto amor quanto ela, e até uma excitação mais dolorosa (pois seu ponto de contato era aquela parte secreta de sua vida que me era interdita), enfim (pois logo soube, como se verá, que não gostavam que eu brincasse com ela), esse sentimento de veneração que sempre votamos àqueles que exercem sem freio o poder de fazer-nos mal.
     Na ordem dos méritos estéticos e das grandezas mundanas, dava eu o primeiro lugar à simplicidade quando avistava a sra. Swann a pé, com uma polonesa de lã, um gorro adornado de uma asa de lofóforo, um ramo de violeta no seio, atravessando apressada a alameda das Acácias, como se fosse apenas o caminho mais curto para regressar a casa, respondendo com um olhar aos senhores de carruagem que, ao reconhecer de longe o seu vulto, a saudavam, dizendo que ninguém era tão chique. Mas, em vez da simplicidade, era o fausto que eu colocava no lugar mais alto, se, depois de forçar Françoise, que não podia mais e se queixava de que suas pernas “entravam para dentro”, a andar de um lado para outro durante uma hora, afinal avistava, emergindo da alameda que vem da ponte Dauphine — imagem para mim de um prestígio real, de uma chegada de rainha, como nenhuma rainha de verdade me deu depois a impressão, porque eu tinha de seu poder uma imagem menos vaga e mais experimental — arrebatada pelo voo de dois fogosos cavalos, delgados e de um acentuado perfil como os que se veem nos desenhos de Constantin Guys,[4] e levando à boleia um enorme cocheiro abrigado como um cossaco, ao lado de um minúsculo groom que lembrava o “tigre” do “falecido Baudenord”,[5] eu avistava — ou antes, sentia sua forma imprimir-se em meu coração numa incisiva e esgotante ferida — uma incomparável vitória, propositadamente um pouco alta e deixando transparecer as formas antigas através do seu luxo dernier cri, em cujo fundo reclinava-se languidamente a sra. Swann, os cabelos agora loiros com uma única mecha cinzenta, cingidos de uma fina guirlanda de flores, de onde pendiam longos véus, na mão uma sombrinha malva, nos lábios um sorriso ambíguo em que eu não via mais que a benevolência de uma Majestade e em que sobretudo havia a provocação da cocote e que ela inclinava docemente para as pessoas que a saudavam. Aquele sorriso, na realidade, dizia a uns: “Bem me lembro, foi delicioso!”; “Eu teria gostado… foi má sorte!”; a outros: “Como queira! Vou seguir por um momento a fila e, logo que puder, cortarei”. Quando passavam desconhecidos, deixava errar nos lábios um sorriso ocioso, como que voltado para a espera ou a recordação de um amigo e que fazia dizer: “Como é linda!”. E somente para certos homens tinha um sorriso azedo, constrangido, tímido e frio e que significava: “Sim, animal, sei que tens uma língua de víbora, que não podes deixar de falar!”. Passava Coquelin, discorrendo no meio de amigos atentos, e fazia com a mão, para as pessoas de carro, uma larga saudação de teatro. Mas eu só pensava na sra. Swann e fingia não tê-la visto, pois sabia que, chegando à altura do Tiro aos Pombos, mandaria o cocheiro cortar a fila e parar para que ela descesse a alameda a pé.[6] E nos dias em que me sentia com coragem de passar a seu lado, arrastava Françoise para aquela direção. Em dado momento, com efeito, era na alameda dos pedestres, marchando ao nosso encontro, que eu avistava a sra. Swann, ostentando a longa cauda de seu vestido malva, trajada, como o povo imagina as rainhas, de tecidos e ricos atavios que as outras mulheres não usavam, às vezes baixando o olhar para o cabo da sombrinha, desatenta às pessoas que passavam, como se a sua ocupação capital e seu fim fosse fazer exercício, sem pensar que era vista e que todas as cabeças estavam voltadas para ela. Às vezes, no entanto, quando se voltava para chamar o seu galgo, lançava imperceptivelmente um olhar circular em torno de si.

continua na página 269...
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Leia também:

Volume 1
No Caminho de Swann (IV - nomes de terras: o nome, Dizia enfim - d)
Volume 2
Volume 3
Volume 4
Volume 5
Volume 6
Volume 7
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[1] Trois Quartiers, loja fundada em 1829 na esquina da rua Duphot com o bulevar da Madeleine. [n. e.]
[2] A alameda das Acácias (atual alameda de Longchamp) e a alameda da Rainha Margarida eram locais de passeio elegante no início do século. [n. e.]
[3] Alameda do Inferno, em que Eneida encontra toda uma série de mulheres vítimas do amor (livro v da Eneida, de Virgílio). [n. e.] 
[4] Característica da pintura de Guys descrita antes por Baudelaire no capítulo “Carros” (“Voitures”) de seu célebre texto sobre “O pintor da vida moderna”. [n. e.]
[5] Alusão ao termo empregado por Balzac em dois de seus romances, La maison de Nucingen e Les secrets et les misères de la princesse de Cadignan, que evocam a história de Baudenord e de seu “tigre”. [n. e.]
[6] O Tiro aos Pombos era um clube esportivo situado entre a alameda das Acácias e a Porta de Madri. [n. e.]

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