Origens do Totalitarismo
4. O Imperialismo Continental: Os Movimentos de Unificação
Hannah Arendt
Parte II
IMPERIALISMO
Se eu pudesse, anexaria os planetas.
Cecil Rhodes
O nazismo e o bolchevismo devem mais ao pangermanismo e ao pan-eslavismo
(respectivamente) do que a qualquer outra ideologia ou movimento político. Isso se torna mais
evidente na política externa, onde as estratégias da Alemanha nazista e da Rússia soviética
seguiram tão de perto os programas de conquistas traçados, antes e durante a Primeira Guerra
Mundial, por esses dois movimentos unificadores que certos objetivos totalitários são muitas
vezes erradamente interpretados como interesses permanentes alemães ou russos. Embora nem
Hitler nem Stálin jamais reconhecessem o que deviam ao imperialismo quando elaboraram os
seus métodos de domínio, ambos confessaram sem hesitação o quanto deviam à ideologia dos
movimentos de unificação e até que ponto imitavam os seus slogans.[1]
O nascimento dos movimentos de unificação não coincidiu com o nascimento do imperialismo;
por volta de 1870, o pan-eslavismo já se havia libertado das vagas e confusas teorias dos
eslavófilos,[2] e já em meados do século XIX o sentimento pangermânico era corrente na Áustria.
Contudo, somente após a triunfal expansão imperialista das nações ocidentais nos anos 80
cristalizaram-se em movimentos, seduzindo a imaginação de camadas mais amplas. As nações
da Europa central e oriental, que não tinham possessões coloniais e mal podiam almejar a uma presença no ultramar, decidiram então que "tinham o mesmo direito à
expansão que os outros grandes povos e que, se não [lhes] fosse concedida essa possibilidade no
além-mar, [seriam] forçadas a fazê-lo na Europa".[3] Pangermanistas e pan-eslavistas
concordavam em que, vivendo em "Estados continentais" e sendo "povos continentais", tinham
de procurar colônias no continente4 e expandir-se de modo geograficamente contínuo a partir de
um determinado centro de poder;[5] que contra "a ideia da Inglaterra — expressa nas palavras:
Dominarei o mar — está a ideia da Rússia expressa nas palavras: Dominarei a terra";[6] e que,
mais cedo ou mais tarde, a "tremenda superioridade da terra sobre o mar (...) e o significado
maior do poder terrestre em relação ao poder marítimo" se tornariam evidentes.[7]
O imperialismo continental é mais importante quando comparado com o imperialismo de
ultramar, porque o seu conceito de expansão é amalgamador, eliminando qualquer distância
geográfica entre os métodos e instituições do colonizador e os do colonizado, de modo que não
foi preciso haver efeito de bumerangue para que as suas consequências fossem sentidas em toda
a Europa. O imperialismo continental de fato começa em casa.[8] Se compartilhava com o
imperialismo ultramarino o desprezo pela estreiteza do Estado-nação, combatia-o não tanto com
argumentos econômicos, que, afinal de contas, frequentemente expressavam autênticas necessidades nacionais, mas com a formulação da "ampliada
consciência tribal",[9] a qual, segundo julgavam, devia unir todos os povos de origem étnica
semelhante, independentemente da história ou do lugar em que residissem.[10] Destarte, o
imperialismo continental partiu de uma afinidade muito mais íntima com os conceitos raciais e
absorveu com entusiasmo a tradição de ideologia racial.[11] Seus conceitos de raça eram
exclusivamente ideológicos e se tornaram armas políticas muito mais rapidamente que teorias
afins expressas por imperialistas ultramarinos com base na experiência autêntica.
Geralmente, quando se debate o imperialismo, presta-se pouca atenção aos movimentos de
unificação pangermânica e pan-eslava. Os sonhos de impérios continentais foram eclipsados
pelos resultados mais tangíveis da expansão no além-mar, enquanto o desinteresse desses
movimentos pela economia[12] contrastava ridiculamente com os tremendos lucros conseguidos
inicialmente pelo imperialismo ultramarino. Ademais, numa época em que quase todos
acreditavam que política e economia eram mais ou menos a mesma coisa, era fácil perder de
vista as semelhanças entre os dois tipos de imperialismo — um ultramarino, de características
aparentemente apenas econômicas, outro continental, de aspectos políticos. Contudo, os
protagonistas dos movimentos de unificação compartilhavam com os imperialistas ocidentais o
conhecimento das questões de política externa que haviam sido esquecidas pelos grupos
dominantes mais antigos do Estado-nação.[13]
Foi ainda mais pronunciada a influência dos movimentos unificadoras sobre os intelectuais — a
intelligentsia russa, com apenas algumas exceções, era pan-eslava, e o pangermanismo começou
na Áustria praticamente como um movimento estudantil.[14] A principal diferença entre esses dois
movimentos continentais e o imperialismo mais respeitável das nações ocidentais estava na falta
de apoio capitalista; suas tentativas de expansão não foram nem podiam ser precedidas pela
exportação de dinheiro supérfluo e homens supérfluos, porque a Europa centro-oriental onde
agiam não oferecia oportunidades coloniais. Assim, não se encontram entre os seus líderes
quase nenhum comerciante e somente poucos aventureiros. Por outro lado, há muitos membros
das profissões liberais, professores e servidores públicos.[15]
Enquanto o imperialismo ultramarino, não obstante suas tendências anti-nacionais, conseguiu
dar vida nova às antiquadas instituições do Estado-nação, o imperialismo continental era e
permaneceu inequivocamente hostil a todas as estruturas políticas existentes. Assim, a sua
atitude era muito mais rebelde e os seus líderes muito mais adeptos da retórica revolucionária. O
imperialismo de ultramar havia oferecido panacéias bastante reais aos resíduos de todas as
classes, mas o imperialismo continental nada tinha a oferecer além de uma ideologia e de um
movimento. Isso, porém, era bastante numa época que preferia uma chave da história à ação
política, quando os homens, em meio à desintegração da comunidade e à atomização social,
precisavam ater-se a alguma coisa a qualquer preço. De modo análogo, a visível diferença da
pele branca, cujas vantagens num país negro ou pardo são facilmente compreendidas, podia ser
perfeitamente igualada por uma diferença puramente imaginária entre uma alma oriental e
ocidental, ou ariana e não-ariana. O fato é que uma ideologia bastante complicada e uma
organização que não servia a nenhum interesse imediato demonstraram ser mais atraentes do
que certas vantagens tangíveis e convicções comuns.
A despeito de sua falta de sucesso, com o seu proverbial apelo à ralé, os movimentos de
unificação étnica exerceram desde o início uma atração muito mais forte do que o imperialismo
ultramarino. Essa atração popular, que suportou sensíveis fracassos e constantes mudanças de
programa, prenunciava futuros grupos totalitários igualmente vagos quanto a objetivos reais, e
sujeitos a mudanças constantes em sua linha política. O que mantinha coesos os membros dos movimentos de unificação étnica era muito mais um estado de espírito geral do que um
objetivo claramente definido. É verdade que o imperialismo ultramarino também colocava a
expansão em si acima de qualquer programa de conquista e, portanto, se apossava de qualquer
território que se oferecesse como presa fácil. No entanto, enquanto a exportação de dinheiro
supérfluo serviu para delimitar a expansão dela resultante, aos objetivos dos movimentos de
unificação étnica faltava até mesmo esse elemento, que, por anárquico que fosse, levava ao
planejamento humano e à limitação geográfica. Mas, mesmo sem um programa específico de
conquista mundial, esses movimentos assumiram um ar de total predomínio, de inclusão
universal de todas as questões humanas de' 'pan-humanismo", como disse Dostoiévski certa
vez.[16]
Na aliança imperialista entre a ralé e o capital, a iniciativa ficava principalmente com os
representantes do comércio — exceto na África do Sul, onde muito cedo se desenvolveu uma
política definida da ralé. O contrário ocorria com os movimentos de unificação étnica, nos quais
a iniciativa pertencia exclusivamente à ralé, guiada, então como hoje, por certo tipo de
intelectuais, que ainda não tinham a ambição de dominar o globo nem sonhavam com as
possibilidades da hegemonia total, mas já sabiam como organizar a ralé e conheciam os usos
organizacionais e não meramente ideológicos e propagandísticos dos conceitos raciais. Percebe
se a sua importância de modo apenas superficial nas teorias relativamente modestas de política externa, quando preconizavam uma Europa central germanizada ou uma Europa meridional e
oriental russificada, mas foram essas ideias que serviram de pontos de partida para os programas
de conquista mundial do nazismo e do bolchevismo.[17] Os "povos germânicos" fora do Reich e
"nossos irmãos menores eslavos" fora da Rússia Sagrada criavam uma conveniente cortina de
fumaça de direitos nacionais de autodeterminação, que abria acesso para maior expansão.
Contudo, foi muito mais importante o fato de que os governos totalitários herdaram uma auréola
de santidade: bastava-lhes invocar o passado da "Rússia Sagrada" ou do "Santo Império
Romano" para atiçar toda espécie de superstição nos intelectuais russos ou alemães.[18] Tolices
pseudomísticas, enriquecidas por inúmeras e arbitrárias "memórias" históricas, forneciam um
apelo emocional que parecia transcender, em profundidade e amplitude, as limitações do
nacionalismo. De qualquer forma, foi desse apelo que surgiu um novo tipo de sentimento
nacionalista, cuja violência movimentava as massas e podia substituir o antigo patriotismo nacional como centro de
emoções.
Esse novo tipo de nacionalismo tribal, característico das nações e nacionalidades da Europa
central e oriental, era diferente em conteúdo e importância — embora não em violência — dos
excessos nacionalistas do Ocidente. O chauvinismo — geralmente concebido hoje em conexão
com o nationalisme integral de Maurras e Barres do fim do século XIX, com a sua romântica
glorificação do passado e o seu mórbido culto dos mortos — mesmo em suas manifestações
mais loucamente fantásticas nunca afirmou que homens de origem francesa, nascidos e criados
em outro país, sem qualquer conhecimento da língua ou da cultura francesa, eram "franceses
natos" em virtude de certas intrínsecas e misteriosas qualidades do corpo ou da alma. Só com a
"consciência tribal ampliada" é que surgiu essa peculiar identificação da nacionalidade do
indivíduo com a sua "alma" ou origem, esse orgulho introvertido que já não se relaciona apenas
com os negócios públicos, mas permeia cada etapa da vida privada até que, como se dizia na
Polônia do século XIX: "A vida privada de cada verdadeiro polonês (...) [correspondia] à vida
pública da polonidade".[19]
Em termos psicológicos, a principal diferença entre o mais violento chauvinismo e esse
nacionalismo tribal era esta: o primeiro é extrovertido, interessado nas evidentes realizações
espirituais e materiais da nação; o segundo, mesmo em suas formas mais benignas (por
exemplo, o movimento da juventude alemã), é introvertido, concentrado na própria alma do
indivíduo, que é tida como a encarnação intrínseca de qualidades nacionais. A mística
chauvinista ainda aponta algo que de fato existiu no passado (como no caso do nationalisme
integral) e busca elevá-lo a um plano fora do controle humano; o tribalismo, por outro lado,
parte de elementos pseudomísticos inexistentes, que se propõe realizar inteiramente no futuro.
Reconhece-se esse tribalismo facilmente por uma tremenda arrogância que ousa avaliar um
povo, seu passado e seu presente, em termos de exaltadas qualidades interiores inatas, enquanto
rejeita sua existência, tradição, instituições e cultura visíveis.
Do ponto de vista político, o nacionalismo tribal insiste sempre em que o povo está rodeado por
"um mundo de inimigos", "um contra todos", e que há uma diferença fundamental entre esse
povo e todos os outros. Afirma que o povo é único, individual, incompatível com todos os
outros, e nega teoricamente a própria possibilidade de uma humanidade comum, muito antes de
ser usado para destruir a humanidade do homem.
continua página 242...
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Parte II Imperialismo (4 - Os Movimentos de Unificação)
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[1] Hitler escreveu em Mein Kampf [Minha luta]: em Viena, "lancei as bases de um conceito do mundo em geral, e
um modo de pensamento político em particular, que mais tarde tive apenas de completar em detalhe, mas que depois
nunca me abandonaram" (p. 129). Stálin voltou aos slogans pan-eslavos durante a Segunda Guerra Mundial. O
Congresso Pan-Eslavo de Sofia, convocado pelos russos vitoriosos, adotou uma resolução declarando ser "não apenas
uma necessidade política internacional mas uma necessidade moral declarar o russo a língua de comunicação geral e
a língua oficial de todos os países eslavos". Ver Aufbau, Nova York, 6 de abril de 1945.) Pouco depois, a rádio da
Bulgária transmitiu uma mensagem do metropolita Stefan, vigário do Santo Sínodo búlgaro, na qual ele exortava o
povo russo "a lembrar a sua missão messiânica" e profetizava a próxima "unidade dos povos eslavos". (Em Politics,
janeiro de 1945.)
[2] Para uma apresentação e discussão completa dos eslavófilos, ver Alexandre Koyré, La philosophie et le problème
national en Russie au début du 19e siècle (Institut Français de Lenin-grad, vol. X, Paris, 1929).
[3] Ernst Hasse, Deutsche Politik [A
política alemã], vol. 4: Die Zukunft des deutschen Volkstums [O futuro do povo alemão], 1907, p. 132.
[4] Ibid., vol. 3, Deutsche Grenzpolitik [A política fronteiriça da Alemanha], pp. 167-8. As teorias geopolíticas dessa natureza
eram correntes entre os membros da Liga Pangermânica. Comparavam sempre as necessidades geopolíticas da Alemanha
com as da Rússia. Caracteristicamente, os pangermanistas austríacos nunca fizeram tal paralelo.
[5] O escritor eslavófilo russo Danilewski, cujo Rússia e Europa (1871) se tornou a obra padrão do pan-eslavismo, louvava a
"capacidade política" dos russos devido ao seu "extraordinário Estado milenar, que continua a crescer e cujo poder não se
expande, como o poder europeu, de maneira colonial, mas permanece sempre concentrado em torno do seu núcleo que é
Moscou". Ver K. Staehlin, Geschichte Russlands von den Anfàngen bis zur Gegenwart [A história da Rússia desde os
primórdios até o presente], 1923-39, 5 vol., IV/1, 274.
[6] A citação é de Juliusz Slowacki, publicista polonês que escrevia nos meados do século XIX. Ver N. O. Lossky, Three
chapters from the history ofPolish Messianism, Praga, 1936, International Philosophical Library, II, 9.
O pan-eslavismo, o primeiro dos pan-ismos (ver Hoetzsch, Russland, Berlim, 1913, p. 349), expressou essas teorias
geopolíticas quase quarenta anos antes que o pangermanismo começasse a "pensar em continentes". O contraste entre o
poder naval inglês e o poder terrestre continental era tão conspícuo que seria desnecessário procurar por influências.
[7] Reismann-Grone, Ueberseepolitik oder Festlandspolitik? [Política ultramarina ou territorial?], 1905, Alldeutsche
Flugschriften, n? 22, p. 17.
[8] Ernst Hasse, da Liga Pangermânica, propôs que, na Europa, certas nacionalidades (poloneses, tchecos, judeus, italianos
etc.) fossem tratadas do mesmo modo como o imperialismo de ultramar tratava os nativos em continentes não-europeus. Ver
Deutsche Politik, vol. 1: Das Deutsche Reich ais Nationalstaat [O Reich alemão como Estado nacional], 1905, p. 62. Essa é a
principal diferença entre a Liga Pangermânica fundada em 1886 e as sociedades coloniais anteriores, como a Central-Verein
fur Handelsgeographie [Associação Central para a Geografia Comercial] (fundada em 1863). Uma descrição muito fiel das
atividades da Liga Pangermânica é feita por Mildred S. Wertheimer, The Pan-German League, 1890-1914,1924.
[9] Emil Deckert, Panlatinismus, Panslavismus und Panteutonismus in ihrer Bedeutung fiir die politische Weltage
[Panlatinismo, pan-eslavismo e pangermanismo e sua importância para a situação política do mundo], Frankfurt a. M.,
1914, p. 4.
[10] Já antes da Primeira Guerra Mundial, os pangermanistas falavam da diferença entre Staatsfrem.de
, pessoas de origem
germânica que viviam sob a autoridade de um outro Estado, e Volksfremde, pessoas de origem não-germânica que viviam na
Alemanha. Ver Daniel Frymann (pseudônimo de Henrich Class), Wenn ich der Kaiser wàr. Politische Wahrheiten und
Notwen-digkeiten [Se eu fosse Kaiser. Verdades e necessidades políticas], 1912.
Quando a Áustria foi incorporada ao Terceiro Reich, Hitler se dirigiu ao povo alemão da Áustria com slogans tipicamente
pangermanistas: "Onde quer que tenhamos nascido, somos todos filhos do povo alemão". Hitler's speeches, editados por N.
H. Baynes, 1942, II, 1408.
[11] T. G. Masaryk, [futuro primeiro presidente da Tchecoslováquia independente, 1918], em Zur russischen Geschichtes-
und Religions-philosophie [Da história e filosofia religiosa russa] (1913), descreve o "nacionalismo zoológico" dos eslavófilos
desde Danilewski. Otto Bonhard, o historiador oficial da Liga Pangermânica, deixou clara a íntima relação entre a sua
ideologia e o racismo de Gobineau de H. S. Chamberlain. (Geschichte des alldeutschen Verbandes [História da Liga
Pangermânica], 1920, p. 95).
[12] Uma exceção é Friedrich Naumann, Central Europe (Londres, 1916), que queria substituir as numerosas nacionalidades
da Europa Central por um "povo econômico" (Wirtschaftsvolk) unido sob a liderança alemã. Embora seu livro alcançasse
sucesso durante toda a Primeira Guerra Mundial, só chegou a influenciar o Partido Social-Democrata austríaco; ver Karl
Renner, Oester-reichs Emeuerung. Politisch-programmatische Aufsàtze [Renovação da Áustria. Esboço do programa
político], Viena, 1916, pp. 37 ss.
[13] "Pelo menos antes da guerra, o interesse dos grandes partidos pela política estrangeira havia sido completamente
ofuscado pelas questões domésticas. A atitude da Liga Pangermânica é diferente, e isso é sem dúvida uma vantagem propagandistica" (Martin Wenck, Alldeutsche Taktik [Tática
pangermânica], 1917).
[14] Ver Paul Molisch, Geschichte der deutschnazionalen Bewegung in Oesterreich [História do movimento
nacional alemão na Áustria], Jena, 1926, p. 90: é um fato "que o corpo estudantil não refletia apenas a constelação
política geral; pelo contrário, fortes opiniões pangermânicas geralmente originavam-se do corpo estudantil e dali
afluíam à política geral".
[15] Pode-se encontrar informação útil a respeito da composição social dos membros da Liga Pangermânica, suas
autoridades locais e executivas, em Wertheimer, op. cit. Ver também LotharWerner.jDera/WcuíscAe Verband 1890
1918, Historische Studien, vol. 278, Berlim, 1935, e Gottfried Nippold, Der deutsche Chauvinismus, 1913, pp. 179
ss.
[16] Citado de Hans Kohn, "The permanent mission", em The Review of Politics, julho, 1948.
[17] Danilewski, op. cit., incluía num futuro império russo todos os países bálticos, Turquia, Hungria,
Tchecoslováquia, Galícia [então parte oriental do Império Austro-húngaro, depois Polônia oriental, hoje Ucrânia
soviética ocidental], e a Istria com Trieste.
[18] O eslavófilo K. S. Áksakov, escrevendo em meados do século XIX, tomava literalmente a expressão "Rússia
Sagrada", como o fizeram outros pan-eslavos depois dele. Ver T. G. Masaryk, op. cit., pp. 234 ss. Muito típico da
vaga tolice do pangermanismo é Moeller van der Bruck, Ger-many's Third Empire (Nova York, 1934), que proclama:
"Só existe um Ünico Império, como só existe uma Igreja Única. Qualquer outra coisa que se arrogue esse título pode
ser um Estado ou uma comunidade ou uma seita. Só existe o Império" (p. 263).
[19] George Cleinow, Die Zukunft Polens [O futuro da Polônia], Leipzig, 1914, II, pp. 93 ss.
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