segunda-feira, 15 de abril de 2024

Marcel Proust - À Sombra das Moças em Flor (Ao Redor da Sra. Swann - h)

em busca do tempo perdido

volume II
À Sombra das Moças em Flor


Ao Redor da Sra. Swann


(h)

continuando...

   As amigas de Gilberte não estavam todas mergulhadas nessa embriaguez onde é impossível tomar uma decisão. Algumas chegavam a não tomar o chá! Então Gilberte dizia, frase muito em voga naquela época: ''- Decidiram que faço sucesso com o meu chá!'' - E, para apagar ainda mais a idéia de cerimônia, desarrumava a ordem das cadeiras ao redor da mesa:''-Parece uma festa meu Deus, como são idiotas os criados...'' 
   Mordiscava, sentada de lado num assento em forma de cruz e ela ficava transversalmente à mesa. E como se fosse possível ter tantos doces à sua disposição embora tendo pedido licença à mãe, até quando a Sra. Swann - cujos dias de recepção em geral coincidiam com os lanches de Gilberte -, depois de ter levado uma visita à porta, um instante após, entrava correndo na sala, às vezes, trajada de veludo azul, quase sempre com um vestido de cetim preto ornado de rendilhas brancas, dizia com ar assombrado:

- Olha, parece bom isto que estão comendo; me dá até fome ver vocês comendo.

- Muito bem, mamãe, está convidada. - respondia Gilberte.

- Não, não, meu tesouro; o que diriam as minhas visitas? Ainda estou com a Sra.Trombert, a Sra. Cottard e a Sra. Bontemps; sabes que a prezada Sra. Bontemps não faz visitas muito rápidas e ela apenas acaba de chegar. Que diria toda essa boa gente se não me visse voltar? Se não vier mais ninguém, voltarei para conversar com vocês (e isso me dará muito mais prazer) logo que elas forem embora. Creio que mereço ter um pouco de sossego, tive quarenta e cinco visitas e, destas, quarenta e duas falaram do quadro de Gérôme! Mas venha qualquer dia destes - dizia-me ela - tomar o seu chá com Gilberte; ela o fará como você gosta, como está acostumado a tomar no seu pequeno studio - acrescentava, deixando-nos pelas suas visitas e como se eu tivesse vindo procurar naquele mundo misterioso algo tão conhecido como meus próprios costumes (como o hábito de tomar chá, que nunca tivera). Quanto a um studio, eu não tinha certeza de que o possuía ou não.

- Quando voltará? Amanhã? Faremos toasts tão bons como os de Colombin. Não? Você é um malandro - dizia, pois desde que começara a ter igualmente um salão, assumia as maneiras da Sra. Verdurin, e seu tom de despotismo afetado. Os toasts, aliás, como me eram tão desconhecidos quanto Colombin, faziam com que esta última promessa não acrescentasse nada à minha tentação. Parecerá mais estranho, visto que o mundo todo fala assim e talvez hoje até em Combray, que eu não tivesse compreendido a que desejava se referir a Sra. Swann quando a ouvi fazer-me o elogio da nossa velha nurse. Eu não sabia inglês, mas compreendi logo que aquele termo designava Françoise. Eu que nos Champs-Élysées temera tanto a penosa impressão que ela deveria produzir, soube pela Sra. Swann que aquilo era tudo o que Gilberte contara a respeito de minha nurse, o que despertara em seus pais a simpatia por mim.

- Sente-se que ela lhe é tão dedicada e tão boa! - Logo aceitei inteiramente da opinião acerca de Françoise. Por outro lado, já não me parecia tão necessário ter uma governanta dotada de impermeável e de pluma.

   Por fim, compreendi, por algumas palavras que a Sra. Swann deixou escapar acerca da Sra. Blatin, cuja benevolência reconhecia, mas de quem temia as visitas, que as relações com essa senhora não me seriam tão úteis quanto havia pensado e não haviam melhorado em nada a minha situação com os Swann.
   Se já principiara a explorar com esses sobressaltos de respeito e de alegria que, contra toda expectativa, me abrira suas avenidas até então proibidas, era apenas, no entanto, como amigo de Gilberte. O reino escolhido era ele próprio contido em um outro ainda mais misterioso, onde Swann e sua mulher levavam sua vida sobrenatural, e para o qual se dirigiam depois de apertado a mão, quando atravessavam a antecâmara ao mesmo tempo, porém em sentido inverso. Em breve, porém, penetrei igualmente no Santuário. Por exemplo, Gilberte não estava em casa, onde só se achavam o Sr. e a Sra. Swann. Tinham perguntado quem tocara e, sabendo que era eu, mandaram-me que ficasse um momento com eles, desejando que usasse em tal ou qual numa coisa ou outra, minha influência sobre a filha. Lembrei-me daquela completa, tão persuasiva, que escrevera fazia algum tempo ao Swann, àquela que sequer se dignara a responder. Admirava a incapacidade do espírito, do coração para realizar a menor conversão, resolver uma só dessas dificuldades que a seguir a vida, sem que ao menos se saiba como o conseguiu, escolhe facilmente. Minha nova situação de amigo de Gilberte, dotado de excelente influência sobre ela, fazia-me agora beneficiário do mesmo favor que, se tivesse pertencido a um colégio, onde estava sempre em primeiro lugar, o filho de um rei, e esse acaso obtivesse entradas no Palácio e audiências na sala do trono; com infinita benevolência e como se não fosse sobrecarregado de ocupar as misteriosas, me fazia entrar em sua biblioteca e aí me deixava, durante uma hora a responder com balbucios, silêncios de timidez cortados de breves impulsos de coragem, perguntas às quais a minha emoção me impedia de compreender uma só palavra; mostrava-me objetos de arte e livros que achava de me interessar e que eu previamente não duvidava ultrapassassem infinita beleza todos os do Louvre e da Biblioteca Nacional, mas que me era impossível contemplar. Nessas ocasiões, o seu mordomo me teria dado grande prazer que lhe desse meu relógio de pulso, o alfinete de gravata, minhas botinas; ou assinasse um documento em que o reconhecesse como meu herdeiro: bela expressão popular da qual, como no caso das mais célebres epopéias, conhece o autor; mas que, como elas e contrariamente à teoria de Wolf, (um desses espíritos inventivos e modestos que se encontram anos, os quais fazem achados tais como "pôr um nome numa cara", mas dão a conhecer o seu próprio), eu não sabia mais o que estava fazendo. Muito, me espantava, ao se prolongar a visita, da nulidade de realização, de conclusão feliz, a que levavam aquelas horas vividas na residência. Porém minha decepção não decorria nem da incapacidade das obras-primas tratadas, nem da impossibilidade de deter sobre elas um olhar distraído. Pois a beleza intrínseca das coisas que fazia, para mim, ser milagroso estar no lar de Swann, era a adesão a essas coisas que podiam ter sido as mais belas do mundo do sentimento particular, triste e voluptuoso que eu localizava a tantos anos e as impregnava ainda; da mesma forma, a multidão de escovas de prata, de oratórios de Santo Antônio de Pádua pintados ou esculpidos pelos maiores artistas, seus amigos, não participavam em nada do sentimento de minha indignidade e de sua benevolência real que me eram inspirados quando a Sra. Swann me recebia por um momento em seu quarto, onde três belas e imponentes criaturas, sua primeira, segunda e terceira camareiras, preparavam sorrindo toaletes maravilhosas, e para o qual, de acordo com a ordem proferida pelo lacaio de calções curtos, de que a senhora desejava me dizer uma palavra, eu me dirigia pelo caminho sinuoso de um corredor todo embalsamado à distância pelas essências preciosas cujos eflúvios odoríferos se exalavam sem cessar do quarto de vestir.
   Depois que a Sra. Swann voltava para junto de suas visitas, nós ainda a ouvíamos falar e rir, pois, mesmo diante de duas pessoas e como se estivesse com todos os "camaradas", ela erguia a voz e dizia frases, conforme ouvira fazer tantas vezes, no pequeno clã, a "patroa", nos momentos em que esta "dirigia a conversa". As expressões que recentemente tomamos emprestadas aos outros são, ao menos por algum tempo, aquelas que mais gostamos de empregar; a Sra. Swann escolhia ora as que aprendera com pessoas distintas que seu marido não pudera evitar de lhe apresentar (foi delas que adquiriu o maneirismo que consiste em suprimir o artigo ou o pronome demonstrativo diante de um adjetivo para qualificar uma pessoa), ora as mais vulgares (por exemplo: "E um nada!", expressão favorita de uma das amigas) e procurava pô-las em todas as histórias que, segundo um hábito adquirido no "pequeno clã", gostava de contar. A seguir, agradava-lhe dizer: "Gosto muito desta história", "ah, confessem que é uma história muito bonita!"; o que vinha, pelo marido, dos Guermantes que ela não conhecia. 
   A Sra. Swann deixara a sala de jantar, mas seu marido, que acabara de chegar, fazia por sua vez uma aparição junto a nós.

- Sabes se tua mãe está sozinha, Gilberte?

- Não, ela ainda tem visitas, papai. 

- Como, ainda? Às sete horas! É espantoso. A pobre mulher deve estar exausta. É odioso. (Em minha casa eu sempre ouvira "odioso" pronunciado com 'o' longo, mas o casal Swann o pronunciava com 'o' breve.) Imaginem, desde as duas da tarde! - continuou, voltando-se para mim. 

- E Camille me dizia que entre quatro e cinco horas tinham vindo bem umas doze pessoas.

- Doze? Creio que me disse quatorze. Não, doze; enfim, já nem sei mais. Quando entrei, nem pensava que era o seu dia de recepção e, vendo todos esses carros diante da porta, julguei que houvesse um casamento na casa. E, desde que entrei na biblioteca, os toques de campainha não cessaram; palavra de honra, fiquei com dor de cabeça. E ainda há muita gente com ela? 

- Não, duas visitas apenas.

- E sabes quem são?

- A Sra. Cottard e a Sra. Bontemps.

- Ah, a esposa do Chefe-de-gabinete do ministro das Obras Públicas. 

- Sei que o marido dela é empregado num ministério, mas não sei exatamente o que seja - respondeu Gilberte, ficando a criança. 

- Mas como, bobinha, falas como se tivesses dois anos. Quem é que dizes empregado em um ministério? Ele é simplesmente chefe-de-gabinete, chefe de toda aquela coisa e muito mais... Onde estou com a cabeça? Para alguém distraído como tu, ele não é chefe-de-gabinete, é simplesmente diretor. 

- Não sei nada disso; então é muita coisa ser diretor do gabinete? replicou Gilberte, que não perdia uma ocasião para manifestar sua indiferença àquilo que envaidecia os pais (e talvez pensasse que não fazia mais que uma relação tão brilhante dando a impressão de não lhe atribuir muita importância.

- Quê! Se é muita coisa! - exclamou Swann que preferia a modéstia, que poderia me deixar em dúvida, uma linguagem mais explícita - é simplesmente o primeiro abaixo do ministro! É até mais que o ministro é quem faz tudo. Aliás, parece que se trata de um sujeito capaz, um primeira linha, um indivíduo muito distinto. É oficial da Legião de Honra - homem delicioso, e até um belo rapaz. Aliás, a mulher se casara com ele contra tudo e contra todos por "um encanto". Ele possuía, o que podia bastar para formar um conjunto delicado, uma barba loura e sedosa, belas feições, uma voz nasal e um olho de vidro. - Eu lhe direi. - acrescentou Swann dirigindo-se a mim, que bastante ao ver essa gente no governo atual, porque são os Bontemps, Bontemps-Chenut, o tipo da burguesia reacionária, clerical, de ideias estreitas que seu pobre avô conheceu muito bem, ao menos de reputação e de vista; o velho que só dava um sou de gorjeta aos cocheiros, embora fosse rico para lá do barão Bréau-Chenut. Toda a fortuna deles se desfez no crack da Union você é muito jovem para ter conhecido isso, mas que diabo! Refizeram e puderam. 

- Ele é tio de uma menina que frequentava o meu curso, numa classe inferior à minha, a famosa "Albertine". Ela será com certeza era muito fast, mas agora é muito divertida. 

- Minha filha é assombrosa, conhece todo mundo.

- Não a conheço; apenas a via passar, e gritavam Albertine aqui ou dali. Mas conheço a Sra. Bontemps e ela também não me agrada.

- Enganas-te redondamente, pois ela é encantadora, bonita. Chega a ser espirituosa. Vou cumprimentá-la, perguntar se seu marido sabe se teremos guerra, e se podemos contar com o rei Teodásio. Ele deve saber é mesmo, logo ele que partilha do segredo dos deuses?

   Não era assim que Swann falava outrora; mas quem não viu princesas reais muito simples que dez anos depois se deixam raptar por uma ajuda de câmara, buscando o convívio social, percebem que os outros não as visitam e assumem espontaneamente a linguagem de velhas aborrecidas e que falam numa duquesa da moda, não as ouviu dizer: -"Ela estava ontem em casa"? e: "Vivo muito retirada"? Portanto, é inútil observar os costumes; impossível deduzi-los das leis psicológicas.
   Os Swann compartilhavam desse defeito das pessoas a cuja casa pouca gente acorre: a visita, o convite, uma simples palavra amável provinda de pessoas tanto marcantes eram para eles um acontecimento ao qual desejavam dar publicidade. Se a má sorte fazia com que os Verdurin fossem a Londres quando Odette tinha tido um jantar de algum brilho, arrumava-se um jeito para que um amigo comum enviasse um cabograma para além da Mancha com a notícia. E nem as cartas nem os telegramas elogiosos recebidos por Odette os Swann eram capazes de guardar só para si. Falavam deles aos amigos, faziam-nos passar de mão em mão. Assim, o salão dos Swann se assemelhava a esses hotéis de balneários onde se expõem ao público os despachos telegráficos.
   Além disso, as pessoas que não só haviam conhecido o antigo Swann fora da sociedade, como eu, mas na própria sociedade, naquele ambiente dos Guermantes onde, excetuando as altezas e as duquesas, todos eram de uma exigência infinita quanto ao espírito e ao encanto pessoal, de onde eram excluídos os homens eminentes considerados tediosos ou vulgares, tais pessoas se espantariam ao verificar que o antigo Swann deixara de ser não apenas discreto quando falava de suas relações, mas difícil quando se tratava de escolhê-las. Como é que a Sra. Bontemps, tão vulgar e tão maldosa, não o exasperava? Como podia declarar que ela era agradável? Parece que a recordação do ambiente dos Guermantes deveria impedi-lo de tal; na realidade, ajudava-o. Certamente, existia entre os Guermantes, ao contrário do que sucede em três quartos dos meios mundanos, um gosto até mesmo requintado, porém igualmente o esnobismo, de onde a possibilidade de uma interrupção momentânea no exercício do gosto.
   Se se tratasse de alguém que não fosse indispensável àquele grupo, de um ministro das Relações Exteriores, republicano um tanto solene, de um acadêmico tagarela, o gosto se exercia a fundo contra ele, Swann lamentava que a Sra. de Guermantes o tivesse feito jantar na companhia de semelhantes convivas numa embaixada, e mil vezes lhes preferiam um homem elegante, ou seja, um meio do ambiente dos Guermantes, inútil, mas que possuísse o espírito de Guermantes, alguém que pertencesse à mesma capelinha. Apenas, se uma grã-duquesa, uma princesa de sangue real jantava com frequência na casa da Sra. de Guermantes, passava então a também fazer parte dessa capelinha; sem ter nenhum direito a isso, sem possuir em nada o seu espírito. Mas, com a ingenuidade das pessoas mundanas, no momento em que a recebiam, forcejavam para achá-la agradável, por não poderem afirmar que era porque a achavam agradável que a recebiam. Swann vinha em auxílio da Sra. de Guermantes e lhe dizia após uma partida da alteza:

- No fundo é uma boa mulher, chega mesmo a ter um certo senso do cômico. Meu Deus, não creio que tenha se aprofundado em “Crítica da Razão Pura”, mas não é desagradável.

- Sou absolutamente da sua opinião respondia a duquesa. - Ela ainda está intimidada, mas verá como pode ser encantadora. - É bem menos tediosa que a Sra. 'X' (a esposa do acadêmico tagarela, e que era uma mulher de citar vinte volumes. Mas nem há termo de comparação possível. -A dizer estas coisas, de dizê-las sinceramente, Swann a adquirira na casa e a conservara. Utilizava-se dela, agora, em relação às pessoas que conhecia. Esforçava-se por discernir e amar, nessa gente, as qualidades que todo revela se é examinado com predisposição favorável e não como de exigentes; valorizava os méritos da Sra. Bontemps como antigamente os da esposa de Parma, a qual devia ter sido excluída do meio dos Guermantes senão houvesse entrado de favor para certas altezas e se, mesmo quando se tratava dela se considerasse, na verdade, apenas o espírito e um certo encanto. Aliás, via que Swann possuía o gosto (do qual fazia agora um emprego duradouro) de trocar sua posição mundana por uma outra que, em certas circunstâncias, era-lhe mais conveniente. Só as pessoas incapazes de percepção, o que à primeira vista parece indivisível é que creem que forma um só corpo com a pessoa. Uma mesma criatura, vista em momentos sucessivos de sua vida, banha-se em diferentes graus da escala social que não são forçosamente cada vez mais elevados; e cada vez que, no período da existência, estabelecemos ou reatamos laços com um deste meio, que aí nos sentimos cercados de atenções, começamos naturalmente ligar à ele, e a lhe criarmos raízes humanas.

   No que diz respeito à Sra. Bontemps, creio também que Swann com toda essa insistência, não se aborrecia ao pensar que meus pais iam saber que ela ia visitar sua mulher. A falar a verdade, em casa, o nome de que Sra. Swann ia aos poucos conhecendo excitava mais curiosidade do que admiração. Ao nome da Sra. Trombert, minha mãe dizia:

- Ah, eis uma nova recruta, a qual arrastará outras.

   E, como se comparasse a maneira um tanto sumária, rápida e da vida a qual a Sra. Swann conquistava suas relações a uma guerra colonial, acrescentava:

- Agora que os Trombert estão submetidos, às tribos vizinhas começarão a se render. 

   Quando cruzava na rua com a Sra. Swann, dizia-nos ao voltar:

- Vi a Sra. Swann em pé de guerra, devia estar indo para uma proveitosa, na casa dos massechutos, dos cingaleses ou dos Trombert. E, de todas as novas personalidades que lhe dizia ter visto naquele tempo um tanto misturado e artificial, aonde muitas vezes tinham sido levada com muita dificuldade e de mundos bastante diversos, adivinhava de imediato a origem e falava delas como o teria feito de troféus penosamente comprados. -Trazido de uma expedição à casa do Sr. Fulano.  

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