quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Elizeth Cardoso (a divina)

'' Feitiço da Vila '' + '' Última forma ''





Última Forma

(Baden Powell)

É,
Como eu falei
Não ia durar
Eu bem que avisei
Vai desmoronar
Hoje ou amanhã
Um vai se curvar
E graças a Deus
Não vai ser eu quem vai mudar

Você perdeu
E sabendo com quem eu lidei
Não vou me prejudicar
Nem sofrer
Nem calar
Nem vou voltar atrás

Estou no meu lugar
Não há razão pra se ter paz
Com quem só quis rasgar o meu cartaz

Agora pra mim você não é nada mais
E qualquer um pode se enganar
Você foi comum
Você foi vulgar
E o que é que eu fui fazer
Quando dispus te acompanhar

Porém pra mim você morreu
Você foi castigo que Deus me deu

Não saberei jamais
Se você mereceu perdão
Porque eu não sou capaz
De esquecer uma ingratidão

E você foi um a mais
E qualquer um pode se enganar
Você foi comum
Você foi vulgar
E o que é que eu fui fazer
Quando dispus te acompanhar

Porém pra mim você morreu
Você foi castigo que Deus me deu

E como sempre se faz
Naquele abraço adeus
E até nunca mais


Folha Morta
Ary Barroso


Sei que falam de mim
Sei que zombam de mim
Oh, Deus!
Como eu sou infeliz!
Vivo à margem da vida
Sem amparo ou guarida
Oh, Deus!
Como eu sou infeliz!
Já tive amores
Tive carinhos
Já tive sonhos
Os dissabores
Levaram minh'alma
Por caminhos tristonhos
Hoje sou folha morta
Que a corrente transporta
Oh, Deus!
Como eu sou infeliz!
Infeliz!
Eu queria um minuto apenas
Pra mostrar minhas penas
Oh, Deus!
Como eu sou infeliz!

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