segunda-feira, 30 de outubro de 2023

Marcel Proust - Sodoma e Gomorra (Cap I - Muitas mulheres)

em busca do tempo perdido

volume IV
Sodoma e Gomorra



Capítulo Primeiro
Segunda Parte


continuando...

Muitas mulheres, por meio de quem me parecia possível obter apresentação, estavam no jardim, onde, fingindo uma admiração exaltada não sabiam bem o que fazer. As festas desse tipo são em geral atentas; só têm realidade no dia seguinte, quando ocupam a atenção das pessoas que não foram convidadas. Se um verdadeiro escritor, destituído de amor-próprio de tantos literatos, ao ler o artigo de um crítico que se lhe testemunhou a maior admiração, vê citados os nomes de autores medíocres, mas não o seu, não tem tempo de se deter no que poderia ser ele um motivo de espanto: seus livros o reclamam. Mas uma mulher da sociedade não tem o que fazer e, vendo no fígaro:

"Ontem o príncipe e a princesa de Guermantes deram uma grande reunião noturna, etc.", exclama: Como! Há três dias conversei durante uma hora com Marie-Gilbert sem que ela me dissesse nada! E quebra a cabeça para adivinhar o que pode ter feito contra os Guermantes. É preciso esclarecer que, no que dizia respeito às festas da princesa, o espanto era às vezes tão grande entre os convidados como entre os que não tinham estado presentes. Pois os convites explodiam no momento em que menos os esperavam, e apelavam para pessoas que a Sra. De Guermantes havia esquecido durante anos. E quase todas as pessoas da alta sociedade são tão insignificantes que cada um de seus pares não toma, para avaliá-las, senão a medida de sua amabilidade: convidado, estima-as; excluído, detesta-as. Quanto a estes últimos, se, de fato, a princesa, mesmo se fossem seus amigos, não os convidava, devia-se isto muitas vezes ao temor de descontentar "Palamede", que os havia excomungado. Assim, eu podia ter certeza de que ela não falara de mim ao Sr. de Charlus, sem o que não me encontraria ali. Ele estava agora diante do jardim, ao lado do embaixador da Alemanha, reclinado na rampa da grande escadaria que levava ao palácio, de forma que os convidados, apesar das três ou quatro admiradoras que tinham se agrupado em torno do barão e quase o ocultavam, eram obrigados a vir cumprimentá-lo. Ele retribuía declinando o nome das pessoas. E sucessivamente ouvia-se:

- Boa-noite, Sr. du Hazay; boa-noite, Sra. da La Tour du Pin-Verclause; boa-noite, Sra. de La Tour du Pin-Gouvernet; boa-noite, Philibert; boa-noite, minha cara embaixatriz, etc. -

Isto formava um cacarejo contínuo, interrompido por recomendações benévolas ou perguntas (cujas respostas não ouvia), que o Sr. de Charlus fazia num tom adocicado, artificial, a fim de testemunhar a indiferença, e benigno: 

- Tomem cuidado para que a menina não sinta frio, os jardins são sempre um tanto úmidos. Boa-noite, Sra. de Brantes. Boa-noite, Sra. de Mecklembourg. E a menina veio? Com aquele encantador vestido cor-de-rosa? Boa-noite, Saint-Géran. -

Certamente ele sentia orgulho nessa atitude. O Sr. de Charlus sabia que era um Guermantes que ocupava um lugar proeminente naquela festa. Mas não havia só orgulho, e essa mesma palavra festa evocava, para o homem de dotes estéticos, o sentido luxuoso, curioso, que essa reunião pode ter se é dada não na casa de pessoas da alta sociedade, mas num quadro de Carpaccio ou de Veronese. É mesmo mais provável que o príncipe alemão, que o Sr. de Charlus era, devesse antes imaginar a festa que se desenrola em Tannhâuser, e a si mesmo como o Margrave, tendo, à entrada da Warburg, uma boa palavra de condescendência para cada convidado, enquanto a sua passagem pelo castelo ou pelo parque é saudada pela longa frase, cem vezes repetida, da famosa "Marcha". No entanto, precisava decidir-me. Percebia perfeitamente, sob as árvores, mulheres a quem estava mais ou menos ligado, mas elas pareciam transformadas, pois estavam na casa da princesa e não na de sua prima, e eu as via sentadas não diante de um prato de Saxe, mas sob os galhos de um castanheiro. A elegância do ambiente não contava para, mesmo que fosse infinitamente menor que na casa de "Oriane", eu, sentido perturbação igual. Desde que a eletricidade se extinga em salão e devamos substituí-la por lampiões a óleo, tudo nos parece maior. Arrancou-me da minha incerteza a Sra. de Souvré: 

- Boa-noite - disse vindo ao meu encontro. - Faz muito tempo que não vê a duquesa de Guermantes? - Ela primava em dar a esse tipo de frase uma entonação provava que não as dizia por simples tolice, como as pessoas que, não sabendo de que falar, abordam-nos mil vezes citando uma relação frequentemente muito vaga. Ao contrário, teve ela um sutil fio condutor de olhar, que significava: 

"Não creia que o não reconheci. O senhor é o rapaz que vi na casa da duquesa de Guermantes. Lembro-me muito bem. Infelizmente, a proteção que estendia sobre mim aquela frase de aparência estúpida e de intenção delicada era extremamente frágil e desvaneceu logo que pretendi usá-la. A Sra. de Souvré possuía a arte, caso se tratasse de apoiar uma solicitação junto a alguém importante, de parecer ao mesmo tempo, aos olhos do solicitante, que o estava recomendando e, aos olhos da alta personagem, que não o estava recomendando, de modo que os gesto de duplo sentido lhe abria um crédito de reconhecimento quanto a este último, sem lhe criar nenhum débito em relação ao outro. Animada, pelas boas graças desta senhora a lhe pedir que me apresentasse ao Sr. De Guermantes, ela aproveitou um instante em que os olhos do dono da casa não estavam voltados para nós, tomou-me maternalmente pelos ombros e sorrindo à figura virada do príncipe que não podia vê-la, impeliu-me com um movimento pretensamente protetor e voluntariamente ineficaz, que me deixou imóvel quase no meu ponto de partida. Tal é a covardia das pessoas da sociedade. Maior ainda foi a de uma dama que veio me cumprimentar, chamando-me pelo meu nome. Eu procurava achar o seu enquanto lhe falava; lembrava-me muito bem de haver jantado com ela, lembrava-me das palavras que ela dissera. Porém, minha atenção, voltada para a região interior onde existiam essas lembranças dela, não podia descobrir-lhe o nome. Entretanto ele se achava ali. Meu pensamento se empenhara numa espécie de jogo com ele para captar-lhe os contornos, a letra pela qual se principiava, e, por fim, iluminá-lo por completo. Era trabalho perdido. Ela, sentia mais ou menos a sua massa, o seu peso, mas, quanto às suas formas, confrontando-as com o tenebroso cativo agachado na noite interna dizia eu comigo: "Não é isto." Decerto o meu espírito teria podido criar mais difíceis apelativos. Por desgraça, não era caso de criar e sim de produzir. Toda ação do espírito é facilitada se não está submetida ao esquecimento. Ali eu era forçado a me submeter. Por fim, de um golpe, o nome surgiu inteiro:

"Senhora d'Arpajon".

Estou errado em dizer que ele veio, pois julgo não me surgiu numa propulsão de si mesmo. Tampouco penso que as ligeiras e numerosas lembranças que se relacionavam com essa dama, e às quais eu não cessava de pedir que me ajudassem (por exortações do tipo desta: "Vamos, esta dama é que é amiga da Sra. de Souvré, que experimenta em relação a Victor Hugo uma admiração tão ingênua, mesclada de tanto pasmo e horror"), não creio que todas essas lembranças, revoando entre mim e seu nome, tenham servido no que quer que fosse para fazê-lo flutuar. Nesse grande "esconde-esconde" que se brinca na memória, quando se deseja encontrar um nome, não existe uma série de aproximações graduadas. Não se vê coisa alguma, e depois, de súbito, aparece o nome exato e bem diferente daquilo que julgávamos adivinhar. Não foi ele que veio até nós. Não, creio antes que, à medida que vivemos, passamos o nosso tempo a nos afastar da zona em que um nome é nítido, e era por um exercício da minha vontade e de minha atenção, que aumentava a acuidade de meu olhar interior, que de chofre eu havia perfurado a semiobscuridade e visto com clareza. Em todo caso, se há transições entre o esquecimento e a lembrança, então essas transições são inconscientes. Pois os nomes de etapas por que passamos, antes de achar o nome verdadeiro, são falsos e em nada nos aproximam dele. Nem chegam a ser propriamente nomes, mas, muitas vezes, simples consoantes, e que não se achariam no nome reencontrado. Aliás, esse trabalho do espírito, passando do nada à realidade, é tão misterioso que é possível que, afinal, essas consoantes falsas sejam degraus prévios, desajeitadamente colocados para ajudar-nos a alcançar o nome correto. "Tudo isto, dirá o leitor, nada me informa acerca da falta de complacência dessa dama; mas, já que vos demorastes tanto tempo, deixai-me, senhor autor, fazer-vos perder mais um minuto para dizer que é lastimável que, jovem como éreis (ou como era o vosso herói caso não seja vós), já tivésseis tão pouca memória a ponto de não poder lembrar-vos do nome de uma dama que conhecíeis tão bem." De fato, é lastimável, senhor leitor. E mais triste do que pensais, quando se sente aí o anúncio da época em que os nomes e as palavras desaparecerão da zona clara do pensamento, e onde será preciso renunciar para sempre a dizer para nós mesmos os nomes daqueles a quem melhor conhecemos. É lastimável, com efeito, que desde a juventude se necessite desse trabalho para reencontrar nomes que se conhecem bem. Mas, se essa deficiência só ocorresse quanto aos nomes mal conhecidos, muito naturalmente olvidados, e de que ninguém se dá ao trabalho de tentar recordar, tal deficiência não deixaria de ter suas vantagens. "E quais são, se me fazeis o favor?" Bem, meu senhor, é que só o mal faz a gente reparar e aprender, permitindo decompor os mecanismos sem isso, não conheceríamos. Um homem que todas as noites tomba uma massa no seu leito e não vive mais até o momento de acordar se erguer, por acaso esse homem pensará alguma vez em fazer, se não descobertas, ao menos pequeninas observações sobre o sono? Mal ele se dorme. Um pouco de insônia não é inútil para dar valor ao projetar alguma luz sobre essa noite. Uma memória sem falhas não é excitante muito poderoso para estudar os fenômenos da memória. "E. a Sra. d'Arpajon vos apresentará ao príncipe?" Não, mas calai-vos e deixe-me retomar minha narrativa. 

A Sra. d'Arpajon foi mais covarde ainda que a Sra. de Souvré, sua covardia tinha mais desculpas. Ela sabia que sempre tivera pouca poder na sociedade. Semelhante poder fora ainda mais debilitado pela ação que tivera com o duque de Guermantes; o abandono deste dera-lhe o golpe de misericórdia. O mau humor que lhe causou o meu pedido de apresentação ao príncipe fê-la manter um silêncio que teve a ingenuidade de acreditar ser um sinal de não ter ouvido o que eu dissera. Nem mesmo percebeu que a cólera a fazia franzir as sobrancelhas. Ou talvez, ao contrário, houvesse percebido e não se preocupasse com a contradição; servindo-se dela para a aula de discrição que podia me dar sem muita graça seria, quero dizer, uma aula muda e que nem por isso era menos elogiosa. Além do mais, a Sra. d'Arpajon estava muito contrariada; muitos olhares se haviam erguido para um balcão renascentista, em cujo ângulo em lugar de estátuas monumentais que se colocavam tanto por essa casa, debruçava-se, não menos escultural do que elas, a magnífica duquesa de Surgis-le-Duc, a que acabava de suceder à Sra. d'Arpajon no coração de Basin de Guermantes. Sob o leve tule branco que a abrigava do frescor da noite, via-se, flexível, o seu corpo sedutor de Vitória. Eu só podia recorrer ao Sr. de Charlus, que voltara para uma peça do andar térreo que dava para o jardim. Tive todo o tempo; já que ele fingia estar absorvido numa simulada de que lhe permitia dar a impressão de não ver as pessoas para admirar a intencional e artística simplicidade de seu fraque; em uns detalhes que só um costureiro teria percebido, tinha o aspecto de uma "Harmonia" em preto e branco de Whistler; ou melhor, preto, branco e vermelho, pois o Sr. de Charlus trazia, suspensa por uma larga fita à camisa, a cruz em esmalte branco, preto e vermelho de cavaleiro da ordem religiosa de Malta. Nesse momento, a partida do barão foi interrompida Sra. de Gallardon, conduzindo seu sobrinho, o visconde de Courvoisier; rapaz de belo rosto e de ar impertinente: 

- Meu primo - disse ela permita-me que lhe apresente meu sobrinho Adalbert. Adalbert, tu sabes, famoso tio Palamede de quem sempre ouves falar.

- Boa-noite, senhora de Gallardon - respondeu o Sr. de Charlus. E acrescentou, sem mesmo olhar para o rapaz:

- Boa-noite, senhor - com ar emburrado e um tom de voz tão violentamente descortês que todo mundo ficou estupefato. Talvez o Sr. de Charlus, sabendo que a Sra. de Gallardon tinha dúvidas sobre seus costumes e não pudera certa vez resistir ao prazer de lhes fazer alusão, fizesse questão de cortar de vez tudo o que ela poderia fantasiar acerca de uma acolhida amável a seu sobrinho, ao mesmo tempo que fazia uma retumbante profissão de indiferença quanto aos jovens; talvez não tivesse achado que o dito Adalbert correspondesse com aspecto suficientemente respeitoso às palavras da tia; talvez, desejoso de mais tarde fazer seus avanços a um primo tão agradável, quisesse obter as vantagens de uma agressão prévia, como os soberanos que, antes de principiar uma ação diplomática, apóiam-na com uma ação militar. 

Não seria tão difícil como eu achava que o Sr. de Charlus concordasse com o meu pedido de apresentação. Por um lado, no decurso dos últimos vinte anos, esse Dom Quixote lutara contra tantos moinhos de vento (muitas vezes parentes que ele pretendia terem se comportado mal com ele), com tanta frequência proibira alguém "como pessoa impossível de ser recebida" em casa de tais ou quais Guermantes, que estes começavam a ter medo de que os indispusesse com todas as pessoas de quem gostavam, que os privasse até a morte da convivência de alguns estreantes que lhes despertavam a curiosidade, para esposar os rancores trovejantes porém inexplicáveis de um cunhado ou primo que desejaria que por ele abandonassem mulher, irmão e filhos. Mais inteligente que os outros Guermantes, o Sr. de Charlus percebia de que só levavam em conta as suas proibições uma vez em duas, e, antecipando o futuro, temendo que um dia fosse dele que se privassem, começara a contemporizar, a baixar seus preços, como se diz. Além do mais, se possuía a faculdade de dar por meses ou anos uma vida idêntica a uma pessoa detestada a esta não teria tolerado que fizessem um convite e seria antes capaz de se bater como um carregador contra uma rainha, dado que para ele não mais contava a qualidade de quem se lhe opunha. Em compensação era possuído de frequentes explosões de cólera para que não fossem muito fragmentárias. 

"Imbecil! Idiota! Hão de pô-lo no seu lugar, varrê-lo para o esgoto onde, infelizmente, não será inofensivo para a higiene da cidade!" berrava, mesmo sozinho em casa, à leitura de uma carta que julgava irreverente, ou lembrando-se de uma frase que lhe haviam repetido. Mas uma nova cólera contra um segundo imbecil dissipava a outra, e, por menos que o primeiro se mostrasse diferente, a crise que ele havia ocasionado era esquecida, não tendo duração suficiente para formar uma base de ódio sobre a qual se pudesse construir. Desse modo, talvez eu tivesse, apesar de seu mau humor contrário, obtido sucesso junto a ele, quando lhe pedi que me apresentasse o príncipe, caso não tivesse tido a infeliz ideia de acrescentar por escrúpulo e para que ele não pudesse me atribuir a indelicadeza de ter entrado ao acaso, contando com ele para ficar na festa: 

- O senhor sabe que os conheço muito bem; a princesa foi muito amável comigo. 

- Pois bem; o senhor os conhece, em que precisa de mim para ser apresentado?- respondeu-me em tom cortante; voltando-me as costas, retomou a posição fingido ler um anúncio, do embaixador da Alemanha e um personagem que eu não conhecia.

Então, do fundo daqueles jardins onde outrora o duque criava animais raros, chegou-me, pelas portas escancaradas, o rumor de aspirar que hauria tantas elegâncias e nada queria perder. O ruído se aproximou, caminhei casualmente em sua direção, tanto que a expressão "boa-noite" foi sussurrada ao meu ouvido pelo Sr. de Bréauté, não com som ferroso e embotado de uma faca passada pelo amolador, e menos como o grito do pequeno javali devastador de terras cultivadas, mas, a voz de um possível salvador. Menos potente que a Sra. de Souvré, menos profundamente atingido do que ela de imprestabilidade, muito menos à vontade com o príncipe do que o era a Sra. d'Arpajon, talvez alimentando ilusões quanto à minha situação no meio dos Guermantes, ou talvez a conhecendo melhor que eu. Tive entretanto, nos primeiros segundos, a dificuldade de captar sua atenção, pois, com as narinas dilatadas ele olhava para todos os lados, assestando curiosamente o seu movimento, como se se achasse em presença de quinhentas obras-primas. Mas, escutado o meu pedido, acolheu-o com satisfação, conduziu-me para o príncipe e me apresentou com ar guloso, cerimonioso e vulgar, como lhe passasse, recomendando-os, um prato de sequilhos. Tanto a acolhida do duque de Guermantes era, quando ele o queria, amável, cheia de camaradagem, cordial e familiar, quanto achei o do príncipe comedidor, solene, altivo. Mal me sorriu, pronunciou gravemente:

"Senhor."

Muitas vezes eu ouvira o duque zombar da arrogância do primo. Mas, desde as primeiras palavras que este me disse e que, por sua frieza e seriedade, faziam inteiro contraste com a linguagem de Basin, compreendi de imediato homem fundamentalmente desdenhoso era o duque, que nos falava desde a primeira visita "de igual para igual", e que, dos dois primos, o príncipe, era verdadeiramente simples. Descobri em sua reserva um sentimento não direi de igualdade, o que teria sido inconcebível nele, mas pelo menos da consideração que se pode ter para com um inferior, como acontece em todos os meios fortemente hierarquizados; no Palais por exemplo, numa faculdade, onde um procurador-geral ou um "deão", conscientes de seu alto cargo, escondem talvez muito mais simplicidade real e, quando os conhecemos melhor, mais bondade, simplicidade verdadeira, cordialidade, em sua altivez tradicional, que os outros mais modernos na afetação de uma camaradagem divertida.

- Pretende seguir a carreira do senhor seu pai? - indagou ele com ar distante, porém interessado.

Respondi sumariamente à sua pergunta, compreendendo que só a fizera por delicadeza, e me afastei para deixá-lo acolher os novos visitantes.

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