O Apanhador no Campo de Centeio
J.D. Salinger
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Depois do café, como o meu encontro com a Sally era às duas horas e ainda não havia passado de meio dia, resolvi dar um passeio a pé. Não conseguia parar de pensar nas duas freiras. Não me saía da cabeça aquela bolsa de palha surrada em que elas coletavam dinheiro quando não estavam dando aula. Tentei imaginar minha mãe ou outra pessoa, minha tia ou aquela doida da mãe da Sally Hayes, paradas na porta de uma grande loja, catando dinheiro numa cesta de palha. Era difícil. Minha mãe nem tanto, mas as outras duas... Minha tia é um bocado caridosa. Trabalha muito para a Cruz Vermelha e tudo. Mas ela anda sempre muito elegante, e toda vez que faz alguma caridade está sempre podre de chic, de batom e todos esses troços. Era impossível imaginá-la fazendo caridade sem pintura nem nada e toda vestida de preto. E a mãe da Sally Hayes! Puxa vida. Só via um jeito dela sair recolhendo dinheiro numa cesta: era se todo mundo ainda tivesse que fazer a maior reverência, se dobrar até o chão, cada vez que entregasse um donativo. Só botar o dinheiro na cesta e ir em frente, sem dizer nada, isso não bastava. Ela assim desistia em menos de uma hora. Ia ficar chateada, devolvia a cesta e se mandava para algum lugar elegante para almoçar. Era isso que eu apreciava naquelas freiras. A gente podia jurar que elas nunca tinham comido num lugar bacana. Só de pensar que nunca tinham posto os pés num lugar grã-fino para almoçar me deixou triste. Sabia que isso não tinha nenhuma importância, mas fiquei triste de qualquer maneira.
Comecei a andar na direção da Broadway, só de farra, porque fazia mais de um ano que eu não ia lá.
Além disso, queria achar uma loja de discos aberta. Queria comprar para a Phoebe um disco chamado "Little
Shirley Beans". Era um disco difícil de encontrar. Era a estória de uma menininha que não queria sair de casa
porque dois dentes da frente tinham caído e ela tinha vergonha de sair assim. Foi no Pencey que eu ouvi esse
disco. Quem tinha era um garoto que morava em outro andar. Fiz tudo para comprar dele, porque sabia que a
Phoebe ia vibrar com o troço, mas o garoto não quis vender. O disco tinha sido gravado há uns vinte anos por
uma cantora negra, a Estella Fletcher. Ela canta com muita bossa e num estilo de cabaré, sem nenhum
sentimentalismo barato. Se fosse cantado por uma branca ia sair água com açúcar, mas a Estella Fletcher
sabia o que estava fazendo, e o disco é um dos melhores que eu conheço. Minha ideia era comprá-lo, se
achasse alguma loja aberta, e depois levá-lo para o parque. Era domingo, e quase todo domingo a Phoebe vai
patinar lá. Conheço bem o roteiro dela.
Não estava tão frio quanto na véspera, mas o sol não havia aparecido e o dia não era dos mais agradáveis
para se andar a pé. Mas vi uma coisa boa. Bem na minha frente caminhava uma família que, pelo jeito, estava
vindo da igreja. O pai, a mãe e um garotinho de uns seis anos. Pareciam meio pobres. O pai estava usando
um desses chapéus de feltro cinzento que o pessoal pobre usa quando quer ficar elegante. Ele e a mulher
caminhavam despreocupados, conversando, sem ligar para o garoto. O guri era o máximo. Tinha descido da
calçada e vinha andando pela rua, juntinho ao meio-fio. Fazia de conta que estava andando bem em cima de
uma linha reta, como todos os meninos fazem, e cantarolava o tempo todo. Cheguei perto para ver se escutava
o quê que ele estava cantando. Era aquela música "Se alguém agarra alguém atravessando o campo de
centeio". A vozinha dele até que era afinada. Estava cantando só por cantar, via-se logo. Os carros passavam
por ele zunindo, os freios rangiam em volta, os pais não davam a mínima bola para ele, e o menino continuava
a andar colado ao meio-fio, cantando - "Se alguém agarra alguém atravessando o campo de centeio". Isso me
fez sentir melhor. Deixei de me sentir tão deprimido.
A Broadway estava uma bagunça, de tanta gente. Era domingo, mais ou menos meio-dia, e já estava
entupida de gente. Todo mundo estava indo para o cinema - Paramount, ou Astor, ou Capitol, ou qualquer
droga parecida. Todo mundo estava enfatiotado, só porque era domingo, e isso ainda piorava a coisa. O pior
mesmo de tudo é que a gente via logo que todo mundo queria ir ao cinema. Eu não conseguia nem olhar para
aquela gente. Compreendo que uma pessoa vá ao cinema porque não tem nenhum programa melhor, mas ver
alguém querendo mesmo ir, e até andar mais depressa para chegar logo lá, isso me deprime pra chuchu.
Principalmente se vejo milhões de pessoas em pé numa dessas filas compridas como o diabo, de dar volta no
quarteirão, esperando com a maior paciência sua vez de comprar a entrada e tudo. Puxa, eu só queria sair dali
o mais depressa possível. Tive sorte. Encontrei o disco na primeira loja em que entrei. Pediram cinco
dólares, porque era muito raro, mas não me importei. Puxa, o troço me fez ficar feliz assim de repente. Mal
podia esperar até chegar no parque e ver se a Phoebe estava por lá, para dar o disco a ela.
Quando saí da loja, passei por uma farmácia e resolvi entrar. Estava
pensando em dar um telefonema para a Jane e saber se ela já tinha vindo de
férias. Entrei numa cabine e disquei. O problema é que a mãe dela atendeu
e desliguei depressa. Não estava com nenhuma vontade de me meter numa
conversa comprida com ela. Não me entusiasmo muito com a ideia de ficar
conversando pelo telefone com a mãe de garota nenhuma. Eu devia pelo
menos ter perguntado se a Jane já estava em casa. Isso não ia me arrancar
nenhum pedaço. Só que não estava com vontade. E a gente precisa estar
com disposição para fazer um troço desses.
Ainda não tinha comprado a droga das entradas, por isso fui ver no
jornal as peças em cartaz. Como era domingo e tudo, só três teatros
estavam abertos. O que fiz foi comprar duas poltronas, na plateia, para
"Conheço meu amor". Era um espetáculo de caridade ou coisa que o valha.
Eu não tinha o menor interesse em ver a tal peça, mas conhecia bem a
Sally, a rainha da cretinice, e tinha certeza de que ela ia se babar toda assim
que soubesse onde é que nós íamos, porque os artistas eram os Lunts e
tudo. Sally só gostava das peças consideradas muito sofisticadas e metidas
a besta, com os Lunts e tudo. Eu, não. Para ser franco, não gosto muito de
teatro. Não é tão ruim quanto o cinema, mas não é coisa que me faça
vibrar. Pra começo de conversa, detesto os atores. Nunca se comportam
como gente normal. Só pensam que se comportam. Alguns dos bons
conseguem, mas ligeiramente, e de uma forma que não dá prazer de ver. E,
se um ator é bom mesmo, a gente percebe logo que ele sabe que é bom, e
isso estraga tudo. Sir Lawrence Olivier é um exemplo. Eu o vi trabalhar em
"Hamlet". O D. B. me levou com a Phoebe, no ano passado. Primeiro nos
levou para almoçar e depois fomos ver o filme. O D. B. já tinha visto uma
vez e, pelo jeito que ele falou na hora do almoço, fiquei realmente ansioso
para ver também. Mas não gostei muito. Não consigo descobrir o quê que é
tão fabuloso em Sir Lawrence Olivier, só isso. Tem uma voz infernal e é
um sujeito simpático pra diabo, e muito bom da gente olhar quando está
andando ou duelando ou coisa parecida, mas não era nada parecido com a
descrição que o D. B. tinha feito do Hamlet. Ele mais parecia uma porcaria
dum general do que um camarada meio triste e confuso. A melhor parte do
filme foi quando o irmão da tal Ofélia - aquele que trava um duelo com o
Hamlet no final - estava de partida e o pai dele fica dando uma porção de
conselhos. Enquanto o pai estava dando os maiores conselhos, a Ofélia
estava fazendo uma hora bárbara com o irmão, tirando o punhal da bainha e
implicando com ele, enquanto o cara faz uma força danada para parecer
interessado nos assuntos do velho. Isso foi cem por cento e me divertiu pra
burro. Mas não é o tipo da coisa que a gente vê muito por aí. A Phoebe só gostou de uma coisa, foi quando o Hamlet fez carinho na cabeça dum
cachorrinho. Ela achou o troço engraçado e bonito, e era mesmo. Uma
coisa que eu tenho que fazer é ler essa peça. o problema comigo é que
sempre tenho de ler esses negócios sozinho, por conta própria. Se vejo um
ator representando, mal consigo escutar direito. Fico preocupado, achando
que ele vai fazer um troço cretino e falso a qualquer instante.
Com as entradas para os Lunts no bolso, tomei um táxi para o parque.
Devia ter apanhado o metrô ou coisa parecida, porque estava começando a
ficar curto de dinheiro, mas queria dar o fora da droga da Broadway o mais
rápido possível.
Estava horrível no parque. O frio até que não era de matar, mas o sol
não tinha saído ainda, e não parecia haver nada no parque a não ser bosta
de cachorro e poças de cuspe e pontas de charutos dos velhos, e todos os
bancos onde a gente ia sentar pareciam molhados. Além de deprimente, de
vez em quando - e sem o menor motivo - a gente ficava todo arrepiado.
Nem parecia que estava tão próximo do Natal. Não parecia que estava
próximo de coisa nenhuma. Continuei a andar na direção da pista de
patinação, que é onde a Phoebe costumava ficar. Ela gosta de patinar perto
do coreto. Engraçado. É o mesmo lugar onde eu também gostava de patinar
quando era garoto.
Mas neca da Phoebe quando cheguei lá. Havia uns meninos patinando e
tudo, e dois deles jogavam bola, mas nada da Phoebe. Vi uma garota mais
ou menos da idade dela, sentada sozinha num banco, apertando o patim.
Pensei que talvez conhecesse a Phoebe e pudesse me dizer onde ela estava
ou qualquer coisa assim, por isso fui me sentar no banco ao lado dela e
perguntei:
- Por acaso você conhece a Phoebe Caulfield?
- Quem?
Ela estava vestida só com uma calça blue-jeans e uns vinte suéteres.
Estava na cara que tinham sido feitos pela mãe dela, porque eram um
bocado mal-ajambrados.
- Você conhece a Phoebe?
- Conheço sim. Sou irmão dela. Sabe onde é que ela está?
- Ela é da classe de Miss Callon, não é? - perguntou.
- Não sei. Acho que é.
- Ela deve estar no museu. Nós fomos lá no sábado passado.
- Qual museu?
Ela sacudiu os ombros.
- Sei lá. O museu.
- Isso eu sei. O que eu estou perguntando é se é o museu que tem os
quadros ou o que tem os índios.
- O que tem os índios.
- Obrigado - falei.
Me levantei e comecei a andar, mas aí me lembrei de repente que era
domingo.
- Hoje é domingo - disse à menina.
Ela levantou os olhos para mim.
- Ah, é. Então ela não está lá.
Ela estava tendo um trabalhão dos diabos para apertar os patins. Não
tinha luvas nem nada, e as mãos dela estavam vermelhas de frio. Dei-lhe
uma ajuda. Puxa, fazia não sei quantos anos que eu não segurava uma
chave de patins. Mas não estranhei nem um pouquinho. Sou capaz de
apostar que, se puserem uma chave de patins na minha mão daqui a uns
cinquenta anos, e na maior escuridão do mundo, ainda sou capaz de dizer o
quê que é. Ela me agradeceu e tudo quando acabei. Era uma garotinha
muito simpática e bem educada. No juro, fico um bocado feliz quando uma
criança sabe ser simpática e educada na hora em que eu acabo de apertar os
patins dela ou coisa parecida. A maioria das crianças é assim. É mesmo.
Perguntei se ela queria tomar um chocolate quente comigo ou outra coisa
qualquer, mas ela disse que não, muito obrigada. Disse que tinha de se
encontrar com uma amiguinha. Criança tem sempre um encontro marcado
com algum amigo. Eu me esbaldo com isso.
Mesmo sendo domingo e já sabendo que a Phoebe não estava no museu - e apesar do tempo estar tão úmido e ruim - atravessei o parque a pé até lá.
Era do Museu de História Natural que a menina tinha falado. Eu conhecia
aquele museu como a palma de minha mão. Eu tinha sido da mesma escola
da Phoebe, quando era garoto, e íamos muito lá. Tínhamos uma professora,
a Miss Aigletinger, que nos levava lá quase todo sábado. Às vezes íamos
ver os animais, outras vezes os troços feitos pelos índios nos tempos
antigos. Cerâmica e cestas de palha e outros troços assim. Fico feliz só de
me lembrar. Até hoje. Me lembro que, depois de olhar as coisas dos índios,
a gente quase sempre ia ver um filme qualquer num auditório enorme.
Colombo. Eles viviam mostrando à gente o Colombo descobrindo a
América, e dando um duro danado para convencer o velho Fernando e a
Isabel a emprestarem a grana para comprar os navios, e depois os motins da tripulação e tudo. Ninguém ligava muito para o pobre do Colombo, mas a
gente sempre levava uma porção de balas e chicletes e outros troços, e o
auditório tinha um cheiro muito gostoso. Sempre cheirava como se
estivesse chovendo lá fora, mesmo quando não estava, e a gente se sentia
como se estivesse no único lugar bonito, seco e gostoso do mundo. Eu
adorava aquela droga daquele museu. Me lembro que a gente tinha que
passar pelo Salão dos Índios para chegar ao auditório. Era um salão muito
comprido e a gente só podia falar aos cochichos. A professora ia na frente,
a turma atrás, formando duas colunas. Cada um de nós tinha um
companheiro e eu quase sempre ficava ao lado de uma menina chamada
Gertrudes Levine. Ela vivia o tempo todo segurando a mão da gente, e a
mão dela era sempre pegajosa ou suada ou sei lá o quê. O chão era todo de
pedra e, se a gente levava umas bolas de gude e deixava cair uma de
repente, a danada saía quicando como o diabo pelo salão, fazendo um
barulho infernal. Aí a professora parava o pessoal e voltava para ver o que
é que estava acontecendo, mas nem por isso ficava zangada. Aí a gente
passava por uma canoa de guerra dos índios, comprida pra chuchu, do
tamanho de uns três cadilaques juntos, com uns vinte índios dentro - uns
remando, outros sem fazer nada, fazendo pose de machão, mas todos com
pintura de guerra. Lá atrás, sentado, tinha um cara estranho, com uma
máscara de meter medo. Era o curandeiro. Ele me deixava arrepiado, mas
eu até que gostava dele. Outra coisa: se a gente punha a mão num dos
remos ou noutro troço qualquer, um dos guardas dizia logo:
- Não peguem em nada, crianças.
Mas sempre com uma voz simpática, não como uma droga dum tira
nem nada.
Aí a gente passava por um baita dum mostruário, todo de vidro. Lá
dentro, uns índios esfregavam paus para fazer fogo e uma índia tecia um
cobertor. A índia que tecia o cobertor estava meio curvada e dava para a
gente ver os seios dela e tudo. Todos nós dávamos uma olhada caprichada,
até mesmo as meninas, porque elas ainda eram crianças e tinham tanto seio
quanto qualquer um de nós. Aí, quase na porta do auditório, passava-se por
um esquimó. Ele estava sentado perto de um buraco, cortado na superfície
gelada de um lago, e pescava dentro dele. Bem na borda do buraco havia
dois peixes que ele já tinha apanhado. Aquele museu estava cheio de
mostruários de vidro. E tinha mais alguns lá em cima, com veados lá dentro
bebendo água nuns laguinhos pequenos, e os pássaros voando, para o sul
no outono. Os pássaros que ficavam mais perto da gente eram empalhados
e presos por arames, e os outros, mais longe, eram pintados na parede, mas
todos davam mesmo a impressão de estar voando para o sul. E, se a gente
se curvasse e olhasse bem de baixo para cima, parecia que eles estavam
com mais pressa ainda de voar para o sul. Mas a melhor coisa do museu é que nada lá parecia mudar de posição. Ninguém se mexia. A gente podia ir
lá cem mil vezes, e aquele esquimó ia estar sempre acabando de pescar os
dois peixes, os pássaros iam estar ainda a caminho do sul, os veados
matando a sede no laguinho, com suas galhadas e suas pernas finas tão
bonitinhas, e a índia de peito de fora ainda ia estar tecendo o mesmo
cobertor. Ninguém seria diferente. A única coisa diferente seríamos nós.
Não que a gente tivesse envelhecido nem nada. Não era bem isso. A gente
estaria diferente, só isso. Podia estar metido num sobretudo, dessa vez. Ou
o outro garoto, companheiro de fila da visita anterior, não tinha vindo
porque estava com caxumba e a gente teria outro companheiro. Ou então a
substituta de Miss Aigletinger é que estaria levando a turma. Ou então a
gente tinha ouvido o pai e a mãe da gente terem a maior briga no banheiro.
Ou então a gente tinha acabado de passar, na rua, por uma poça d'água com
um arco-íris de gasolina dentro dela. Quer dizer, a gente estaria diferente,
de um jeito qualquer - não sei explicar direito, mas o negócio é assim
mesmo. E, mesmo que eu soubesse, acho que não ia ter muita vontade de
explicar.
Enquanto andava, fui tirando o chapéu de caça do bolso e pus na
cabeça. Tinha certeza que não ia encontrar nenhum conhecido e estava uma
umidade desgraçada. Andei e andei, e continuei pensando na Phoebe, indo
todo sábado ao museu assim como eu ia antigamente. Fiquei pensando que
ela ia ver todos aqueles troços que eu tinha visto antigamente, e que ela
estaria diferente cada vez que fosse lá. Não cheguei a ficar deprimido de
pensar nisso, mas não vou dizer que tenha ficado alegre como o diabo. Há
coisas que deviam ficar do jeito que estão. A gente devia poder enfiá-las
num daqueles mostruários enormes de vidro e deixá-las em paz. Sei que
isso não é possível, mas é uma pena que não seja. De qualquer maneira,
continuei a pensar em tudo isso enquanto ia andando.
Passei por um playground e parei para ver dois garotinhos bem
pequenos numa gangorra. Um deles era meio gorducho, e eu quis dar uma
ajuda ao magricela para ver se equilibrava o peso. Mas estava na cara que
eles não me queriam por ali, por isso deixei os dois sozinhos.
Aí aconteceu uma coisa engraçada. Quando eu cheguei ao museu, de
repente, senti que não entraria lá nem por um milhão de dólares. O museu
simplesmente não me atraía - e ali fiquei eu, depois de ter atravessado toda
a droga do parque, pensando em visitar de novo o museu e tudo. Se a
Phoebe estivesse lá eu provavelmente ainda teria entrado, mas ela não
estava. O que fiz foi tomar um táxi na frente do museu e seguir para o
Biltmore. Já não tinha a mínima vontade de ir. Mas o fato é que tinha
marcado aquela droga daquele encontro com a Sally.
continua na página 96...
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Leia também:
O Apanhador no Campo de Centeio - 16: Depois do café
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