Ulisses
James Joyce
Parte 2
Parte 2
6
– Venha, Simon.
– Depois do senhor – disse o Sr. Bloom.
O Sr. Dedalus se cobriu rapidamente e subiu, dizendo:
– Sim, sim.– Estamos todos aqui agora? – perguntou Martin Cunningham.
– Venha, Bloom.
O Sr. Bloom entrou e se sentou no lugar vago. Puxou a porta atrás de si e bateu com
ela duas vezes até que ficasse bem fechada. Passou um braço através da correia e olhou
gravemente da janela aberta da carruagem para as persianas abaixadas da avenida. Uma
puxada para o lado: uma mulher idosa espreitando. Nariz branco de tão achatado de encontro
à vidraça. Agradecendo aos céus por ter ficado incólume. Extraordinário o interesse que têm
em um cadáver. Contentes em nos ver partir nós lhes damos tanto trabalho ao chegar. A tarefa
parece lhes convir. Secretamente nos cantos. Patinham nos chineloshlepe com medo que ele
acorde. Então o aprontam. Vestem o defunto. Molly e a Sra. Fleming fazendo a cama. Puxe
mais para o seu lado. Nossa mortalha. Nunca sabemos quem vai tocar em nós quando mortos.
Lavam corpo e cabelo. Creio que aparam as unhas e o cabelo. Guardam um pouco num
envelope. Crescem mesmo assim depois. Trabalho sujo.
Todos esperavam. Nada foi dito. Arrumando as coroas provavelmente. Estou sentado
numa coisa dura. Ah, aquele sabonete: no meu bolso detrás. Melhor mudá-lo dali. Esperar por
uma oportunidade.
Todos esperavam. Então ouviu-se o som de rodas vindo da frente, virando: então mais
próximas: em seguida patas de cavalos. Um sacolejão. A carruagem deles começou a se
mover, rangendo e balançando. Outras patas e rodas rangentes começaram a ser ouvidas atrás.
As persianas da avenida passaram e o número nove com a argola coberta de crepe da porta
entreaberta. Andando a passo.
Eles esperaram imóveis, os joelhos sacudindo, até que viraram e seguiram ao longo
dos trilhos dos bondes. Tritonville Road. Mais rapidamente. As rodas chocalhavam ao rolar
por sobre a estrada de paralelepípedo e os vidros enlouquecidos vibravam chocalhando nos
alizares das portas.
– Por que caminho ele está nos levando? – perguntou o Sr. Power através de ambas as
janelas.
– Irishtown – disse o Sr. Cunningham. – Ringsend. Brunswick Street.
O Sr. Dedalus acenou com a cabeça, olhando para fora.
– Esse é um ótimo costume antigo – disse.
– Estou feliz em ver que não desapareceu.
Todos observaram por algum tempo através das janelas bonés e chapéus erguidos por
passantes. Respeito. Na altura de Watery Lane a carruagem se desviou do trilho do bonde para
tomar uma rua mais suave. O Sr. Bloom à espreita viu um rapaz esbelto, vestido de luto, com
um chapéu de aba larga.
– Lá se foi um amigo seu, Dedalus – disse ele.
– Quem é?
– Seu filho e herdeiro.
– Onde ele está? – disse o Sr. Dedalus, se estirando para a janela oposta.
A carruagem, passando por bueiros abertos e montes de pedras da rua fendida diante
das moradias, deu uma guinada na esquina e, se desviando de volta para o trilho do bonde,
deslizou ruidosamente com rodas trepidantes. O Sr. Dedalus caiu para trás, dizendo:
– Aquele cafajeste do Mulligan estava com ele? Seu fidus Achates!
– Não – disse o Sr. Bloom. – Ele estava sozinho.
– Lá com sua tia Sally, suponho – disse o Sr. Dedalus –, a facção Goulding, o
contadorzinho bêbado e Crissie, o torrãozinho de esterco do papai, a filha sábia que conhece
seu próprio pai.
O Sr. Bloom sorriu tristemente em Ringsend Road. Wallace Bros: o fabricante de
garrafas: ponte Dodder.
Richie Goulding e a sacola legal. Goulding, Collis e Ward ele denomina a firma. Suas
piadas estão ficando um pouco chochas. Uma grande figura ele era. Valsando em Stamer Street
com Ignatius Gallaher num domingo de manhã, com dois chapéus da senhoria pregados em sua
cabeça. Fora na baderna toda a noite. Está começando a denunciá-lo agora: aquela dor nas
costas dele, eu receio. A mulher massageando suas costas. Pensa que vai se curar com pílulas.
Todas migalhas de pão que elas são. Cerca de seiscentos por cento de lucro.
– Ele está andando com uma turma sórdida – rosnou o Sr. Dedalus. – Esse Mulligan
segundo todos dizem é um desgraçado desordeiro aferrado e pervertido. Seu nome tem má
fama em toda Dublin. Mas com a ajuda de Deus e de Sua santa mãe eu vou me encarregar de
escrever um desses dias uma carta à mãe dele ou à sua tia ou o que quer que ela seja que vai
abrir seus olhos tão grandes quanto uma cancela. Eu vou comichar o traseiro dele, acredite em
mim.
Ele gritou acima do estrépito das rodas:
– Eu não vou permitir que o bastardo do sobrinho dela destrua meu filho. O filho de
um caixeirinho qualquer. Vendendo cadarço na loja de meu primo, Peter Paul M’Swiney. Não
vou mesmo.
Ele cessou. O Sr. Bloom, sacudindo seriamente a cabeça, lançou um olhar de seu
bigode raivoso para o rosto brando do Sr. Power e para os olhos e barba de Martin
Cunningham. Homem voluntarioso barulhento. Empolgado com seu filho. Ele está certo.
Alguma coisa para transmitir. Se o pequeno Rudy tivesse vivido. Vê-lo crescer. Ouvir sua voz
dentro de casa. Andando ao lado de Molly com uniforme de Eton. Meu filho. Eu em seus
olhos. Sentimento estranho seria. De mim. Apenas uma chance. Deve ter sido naquela manhã
no Raymond Terrace ela estava na janela, observando os dois cachorros fazendo aquilo junto
ao muro do deixar de fazer o mal. E o sargento sorrindo para cima. Ela estava com aquele
vestido creme com o rasgão que ela nunca coseu. Vamos transar, Poldy. Meu Deus, estou
morrendo de vontade. Como a vida começa.
Ficou barriguda então. Teve de recusar o concerto de Greystones. Meu filho dentro
dela. Eu poderia tê-lo ajudado a progredir na vida. Poderia. Torná-lo independente. Aprender
alemão também.
– Estamos atrasados? – perguntou o Sr. Power.
– Dez minutos – disse Martin Cunningham, olhando para o relógio.
Molly. Milly. A mesma coisa atenuada. Suas imprecações de garoto levado. Ó Júpiter
saltador! Ó deuses e peixinhos! Assim mesmo, ela é uma menina amada. Em breve será uma
mulher. Mullingar. Queridíssimo papaizinho. Jovem estudante. Sim, sim: uma mulher também.
Vida, vida.
A carruagem se inclinou pra frente e pra trás, seus quatro troncos balançando.
– Corny podia ter nos fornecido um aparato mais cômodo – disse o Sr. Power.
– Poderia – disse o Sr. Dedalus –, se não tivesse aquela sovinice a perturbá-lo. Vocês
me entendem?
Fechou o olho esquerdo. Martin Cunningham começou a varrer para longe migalhas
de pão de debaixo de suas coxas.
– Em nome de Deus – disse ele –, o que é isso? Migalhas?
– Alguém parece ter feito um piquenique aqui recentemente – disse o Sr. Power.
Todos levantaram suas coxas e olharam com desagrado para o couro mofado e sem
botões dos assentos. O Sr. Dedalus, torcendo o nariz, olhou carrancudo para baixo e disse:
– A menos que eu esteja terrivelmente enganado... O que você acha, Martin?
– Ocorreu-me também – disse Martin Cunningha.
O Sr. Bloom abaixou sua coxa. Contente porque tomei aquele banho. Sinto meus pés
bem limpos. Mas gostaria que a Sra. Fleming tivesse cerzido melhor estas meias.
O Sr. Dedalus suspirou resignadamente.
– Afinal de contas – disse ele – é a coisa mais natural do mundo.
– Tom Kernan apareceu? – perguntou Martin Cunningham, torcendo delicadamente a
ponta de sua barba.
– Sim – disse o Sr. Bloom. – Ele está atrás com Ned Lambert e Hynes.
– E Corny Kelleher ele mesmo? – perguntou o Sr. Power.
– No cemitério – disse Martin Cunningham.
– Eu encontrei M’Coy esta manhã – disse o Sr. Bloom. – Ele disse que tentaria vir.
A carruagem se deteve subitamente.
– O que aconteceu?
– Estamos parados.
– Onde é que estamos?
O Sr. Bloom pôs a cabeça para fora da janela.
– O grande canal – disse.
Gasômetro. Dizem que cura coqueluche. Ainda bem que Milly nunca teve. Pobres
crianças. Dobram o corpo ficam azuis com as convulsões. Uma lástima realmente. Comparada
sofreu pouco de doenças. Só sarampo. Chá de linhaça. Escarlatina, epidemias de gripe.
Angariando votos para a morte. Não perca esta oportunidade. Abrigo dos cachorros lá. Pobre
velho Athos! Seja bom para o Athos, Leopold, é o meu último desejo. Seja feita a tua vontade.
Nós obedecemos a eles na sepultura. Um rabisco agonizante. Ele ficou muito abalado,
definhou. Animal sossegado. Os cachorros dos velhos geralmente são.
Uma gota de chuva respingou em seu chapéu. Ele recuou e viu uma chuva momentânea
espalhar pingos sobre as bandeiras cinzentas. À distância. Curioso. Como através de um
coador. Eu achei que ia. Minhas botas rangeram eu me lembro agora.
– O tempo está mudando – disse tranquilamente.
– Uma pena que não se manteve bom – disse Martin Cunningham.
– Necessário para o campo – disse o Sr. Power. – Lá está o sol saindo novamente.
O Sr. Dedalus, espreitando o sol velado através de seus óculos, proferiu uma
maldição muda contra o céu.
– Está tão incerto quanto o bumbum de uma criança – disse.
– Partimos de novo.
A carruagem virou novamente suas rodas emperradas e os troncos deles balançaram
docemente. Martin Cunningham torceu mais rapidamente a ponta de sua barba.
– Tom Kernan esteve ótimo ontem à noite – disse ele. – E Paddy Leonard o imitando
nas suas barbas.
– Ó, dê-nos uma amostra, Martin – disse o Sr. Power animadamente. – Espere até
ouvi-lo, Simon, sobre o canto de Ben Dollard de O Jovem Patriota.
– Ótimo – disse Martin Cunningham pomposamente. – Seu canto daquela balada
simples, Martin, é a mais vigorosa interpretação que eu jamais ouvi em todo o curso de
minha experiência.
– Vigorosa – disse o Sr. Power rindo. – Ele é um bamba nisso. E o arranjo
retrospectivo.
– Você leu o discurso de Dan Dawson? – perguntou Martin Cunningham.
– Eu não li então – disse o Sr. Dedalus. – Onde está?
– No jornal desta manhã.
O Sr. Bloom pegou o jornal de dentro do seu bolso. Aquele livro que preciso trocar
para ela.
– Não, não – disse o Sr. Dedalus rapidamente. – Mais tarde por favor.
O olhar do Sr. Bloom desceu pelo jornal, passando uma vista pelas mortes: Callan,
Coleman, Dignam, Fawcett, Lowry, Naumann, Peake, que Peake é esse? será o camarada que
estava no Crosbie e Alleyne? não, Sexton, Urbright. Letras feitas de tinta sumindo rapidamente
no jornal rasgado que se partia. Graças à Pequena Flor. Perda muito triste. À inexpressável
dor dos seus. Aos 88 anos depois de uma doença longa e cansativa. Lembrança de mês:
Quinlan. De cuja alma o doce Jesus tenha compaixão.
Faz um mês que o caro Henry voouPara sua casa lá em cima no céuEnquanto sua família lamenta sua perdaEsperando encontrá-lo um dia no céu.
Eu rasguei o envelope? Sim. Onde é que eu pus a carta dela depois de lê-la no banho?
Bateu de leve no bolso do colete. Estava ali sim. Querido Henry voou. Antes que minha
paciência fiquem exausta.
Escola nacional. Recinto de Meade. A estação de fiacres. Só dois agora ali.
Sacudindo a cabeça. De barriga cheia como um carrapato. Ossos demais em seus crânios. O
outro trotando com um passageiro. Há uma hora eu passei ali. Os cocheiros tiraram seus
chapéus.
As costas de um agulheiro se impertigaram subitamente de encontro a um pilar da
ferrovia perto da janela do Sr. Bloom. Será que não podiam inventar uma coisa automática de
modo que a própria roda muito mais prático? Bem mas então aquele camarada ia perder o seu
emprego? Ora mas então um outro camarada conseguiria um emprego fabricando a nova
invenção?
Salas de concerto Antient. Nada acontecendo lá. Um homem num terno de camurça
bege com uma braçadeira de crepe. Um desgosto não muito grande ali. Um quarto de luto.
Parente por afinidade talvez.
Eles passaram por Saint Mark com seu púlpito frio, por debaixo da ponte da ferrovia,
e ladearam o teatro Queen: em silêncio. Cartazes: Eugene Stratton, Sra. Bandman Palmer. Será
que eu poderia ir ver Leah hoje à noite, eu me pergunto. Eu disse eu. Ou Lily de Killarney?
Companhia de Ópera Elster Grimes. Mudança grande e poderosa. Cartazes resplandecentes
com tinta fresca para a próxima semana. Diversão em Cartaz. Martin Cunningham podia me
arranjar um bilhete para o Gaiety. Terei de lhe pagar um ou dois drinques. Dá no mesmo.
Ele vem à tarde. As canções dela.
Plasto. Na fonte o busto em memória de sir Philip Crampton. Quem era ele?
– Como vai? – disse Martin Cunningham, erguendo a palma da mão até a testa em
sinal de saudação.
– Ele não nos vê – disse o Sr. Power. – Vê, sim. Como vai?
– Quem? – perguntou o Sr. Dedalus.
– Blazes Boylan – disse o Sr. Power. – Lá está ele arejando seu topete.
Justo naquele momento eu estava pensando.
O Sr. Dedalus se inclinou para o lado oposto para saudar. Da porta do Red Bank o
disco branco de um chapéu de palha lançou uma resposta: figura elegante: passou.
O Sr. Bloom inspecionou as unhas de sua mão esquerda, em seguida as de sua mão
direita. As unhas, sim. Há alguma coisa a mais nele que elas ela vê? Fascinação. Pior homem
em Dublin. Isso o mantém vivo. Elas às vezes sentem o que uma pessoa é. Instinto. Mas um
tipo como esse. Minhas unhas. Eu só estou olhando para elas: bem aparadas. E depois:
pensando sozinho. Corpo ficando um pouco flácido. Eu notaria isso: por me lembrar. O que
causa isso? Suponho que a pele não pode se contrair bastante rapidamente quando a carne
míngua. Mas a forma está ali. A forma ainda está ali. Ombros. Quadris. Roliça. Noite da dança
se vestindo. Camisa presa entre as faces de detrás.
Ele apertou as mãos entre seus joelhos e, satisfeito, lançou um olhar vago sobre os
rostos dos outros.
O Sr. Power perguntou:
– Como é que vai o tour de concertos, Bloom?
– Ó, muito bem – disse o Sr. Bloom. – Tenho tido excelentes informações sobre ele. É
uma boa idéia, sabe...
– Você vai também?
– Bem não – disse o Sr. Bloom. – Na realidade tenho de ir ao condado Clare a
negócios particulares. Você sabe a ideia é fazer o tour das principais cidades. O que se perder
numa pode ser recuperado na outra.
– Certamente – disse Martin Cunningham. – Mary Anderson está por lá agora. Vocês
têm bons artistas?
– Louis Werner é quem está como empresário dela – disse o Sr. Bloom. – Ó, sim, nós
teremos todos artistas de primeira. J. C. Doyle e John MacCormack espero e. De fato, o que
há de melhor.
– E madame – disse sorrindo o Sr. Power. – A última mas nem por isso a menos
importante.
O Sr. Bloom abriu as mãos em um gesto de discreta polidez e as apertou novamente.
Smith O’Brien. Alguém pôs um ramalhete de flores ali. Mulher. Deve ser aniversário de sua
morte. Para que esta data se repita muitas vezes. A carruagem passando pela estátua de Farrell
unia silenciosamente os joelhos passivos deles.
Oota: um homem idoso mal trajado apregoava do meio-fio suas mercadorias, sua
boca se abrindo: oota.
– Quatro cordões de bota por um penny.
Eu me pergunto por que ele foi excluído do foro judicial. Tinha seu escritório em
Hume Street. A mesma casa do xará de Molly, Tweedy, procurador da coroa por Waterford.
Tem aquela cartola desde então. Relíquia do antigo decoro. De luto também. Terrível queda,
pobre infeliz! Chutado à volta como uma pitada de rapé em um velório. O’Callaghan nas
últimas.
E madame. Onze e vinte. De pé. A Sra. Fleming está lá para a limpeza. Penteando seu
cabelo, cantarolando. Voglio e non vorrei. Não. Vorrei e non. Olhando para as pontas de seus
cabelos para ver se estão partidos. Mi trema un poco il. Que beleza a sua voz naquele tre: tom
choroso. Uma toutinegra. Um tordo. Existe uma palavra tordo que expressa isso.
Seus olhos percorreram levemente o rosto bem-apessoado do Sr. Power. Grisalho
sobre as orelhas. Madame: sorrindo. Eu sorri de volta. Um sorriso vai longe. Apenas cortesia
talvez. Homem simpático. Quem sabe se é verdade acerca da mulher que ele mantém? Nada
agradável para a própria mulher. No entanto dizem, quem foi mesmo que me disse, que não há
nada carnal. Poder-se-ia imaginar que eles ficariam exaustos muito rápido. Sim, foi Crofton
que o encontrou uma noite levando um quilo de rabada para ela. O que é que ela era?
Garçonete no Jury. Ou em Moira, não é?
Eles passaram sob a estátua do Libertador com sua enorme capa.
Martin Cunningham cutucou o Sr. Power.
– Da tribo de Reuben – disse ele.
continua na página 89...
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Ulisses - Parte 2 (6a): Martin Cunningham
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Joyce, James
Ulisses [recurso eletrônico] / James Joyce ; tradução Bernardina da Silveira Pinheiro ; [seleção, elaboração e tradução das notas de capítulos Flavia Maria Samuda]. - Rio de Janeiro : Objetiva, 2010. Romance irlandês.
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