Tchaikovsky
Abertura "1812"
Gênio...
História
A Abertura 1812 foi composta para a abertura da Exposição Universal das Artes, realizada em Moscou em 1882. Foi comissionada a Tchaikovsky pelo diretor dos Concertos da Sociedade Imperial Russa, Nicolay Rubinstein.
A abertura da exposição coincidiu com a consagração de uma nova catedral, erigida para comemorar o fracasso da invasão de Napoleão Bonaparte à Rússia, em 1812.
Napoleão era um general temido e o exército francês era considerado imbatível. Em 1812, a França invadiu a Rússia na tentativa de forçar o Czar Alexandre I da Rússia a entrar no delicado sistema de alianças de Napoleão e, mais especificamente, aderir ao Bloqueio Continental. Todavia, a Campanha da Rússia terminou na retirada do exército francês. Complicações da campanha, como por exemplo o alongamento das linhas de suprimento e a presença de um exército imperial russo cada vez maior e melhor preparado, resultaram na destruição do exército, que de 600.000 homens, foi reduzido a 40.000. Alguns russos consideraram que houvera uma ‘intervenção divina' a favor da Rússia.
Embora não gostasse desse tipo de encomenda, Tchaikovsky a aceitou e começou a trabalhar em uma obra que celebrasse simultaneamente os 70 anos da vitória russa sobre Napoleão e o primeiro aniversário da coroação do tsar Alexandre III.
Nesse estágio de sua vida, ele era apoiado por Nadejda von Meck, uma senhora milionária que lhe encomendara algumas músicas em 1876. A senhora von Meck foi um grande apoio para ele, estabelecendo-lhe uma renda anual que permitiu certa tranquilidade no dia a dia, com liberdade de escolha de composições. Ela estabeleceu a condição de que jamais deveriam se encontrar.
Características
Entre outras peças do autor, como a Marcha Eslava, esta é uma obra de caráter fortemente nacionalista, composta no ano de 1880, para a comemoração da vitória russa sobre as tropas Napoleônicas.
A composição baseia-se num antagonismo entre a inicial vitória francesa e a posterior revanche russa. A França é musicalmente representada pelo tema de La Marseillaise, hino da Revolução Francesa. A posterior vitória russa no mês seguinte, é representada por um diminueto do hino czarista Deus Salve o Czar e é seguido pelo sonoro e clássico troar de canhões. Assim, encerra-se a contraposição entre as duas vitórias - de início, a francesa, representada pela La Marseillaise, e no final, pelo triunfo russo, retratado pelo hino czarista.
A obra contrapõe o hino da Rússia e o hino da França, com fragmentos do folclore russo e temas religiosos. A Abertura 1812 começa com um coro inspirado no hino ‘Deus ajude vosso povo’, da Igreja Ortodoxa Russa.
Após a Revolução do sovietes e a consequente extinção do hino czarista, a obra sofreu modificações, sendo o tema original substituído pelo coro final da ópera Ivan Susanin, de Mikhail Glinka, cujo nome original é "A Vida pelo Tsar", modificação também realizada por ordem do regime soviético.
Em sua forma completa, a peça é executada por coro, orquestra sinfônica e banda militar com o auxílio de peças de artilharia e carrilhão. Em execuções em salas fechadas, costuma-se substituir os canhões por tímpanos (tambores), a fim de se obter um efeito semelhante ao do disparo das peças.
A Abertura 1812 é fonte de inspiração para releituras, como no caso de Igor Buketoff, que na segunda metade da década de 1960 (1965-70) fez diversas modificações, tanto no coro inicial, quanto outras alterações instrumentais. Ela é tributada na canção "2112 da Rússia".
Abertura "1812"
Gênio...
A Abertura Solene Para o Ano de 1812 é uma obra orquestral de Pyotr Ilyich Tchaikovsky comemorando o fracasso da invasão francesa à Rússia em 1812 e a subsequente devastação da "Grande Armée" de Napoleão. A obra é também conhecida pela sua sequência de tiros de canhão que é, em alguns concertos ao ar livre, executada com canhões verdadeiros.
História
A Abertura 1812 foi composta para a abertura da Exposição Universal das Artes, realizada em Moscou em 1882. Foi comissionada a Tchaikovsky pelo diretor dos Concertos da Sociedade Imperial Russa, Nicolay Rubinstein.
A abertura da exposição coincidiu com a consagração de uma nova catedral, erigida para comemorar o fracasso da invasão de Napoleão Bonaparte à Rússia, em 1812.
Napoleão era um general temido e o exército francês era considerado imbatível. Em 1812, a França invadiu a Rússia na tentativa de forçar o Czar Alexandre I da Rússia a entrar no delicado sistema de alianças de Napoleão e, mais especificamente, aderir ao Bloqueio Continental. Todavia, a Campanha da Rússia terminou na retirada do exército francês. Complicações da campanha, como por exemplo o alongamento das linhas de suprimento e a presença de um exército imperial russo cada vez maior e melhor preparado, resultaram na destruição do exército, que de 600.000 homens, foi reduzido a 40.000. Alguns russos consideraram que houvera uma ‘intervenção divina' a favor da Rússia.
Embora não gostasse desse tipo de encomenda, Tchaikovsky a aceitou e começou a trabalhar em uma obra que celebrasse simultaneamente os 70 anos da vitória russa sobre Napoleão e o primeiro aniversário da coroação do tsar Alexandre III.
Nesse estágio de sua vida, ele era apoiado por Nadejda von Meck, uma senhora milionária que lhe encomendara algumas músicas em 1876. A senhora von Meck foi um grande apoio para ele, estabelecendo-lhe uma renda anual que permitiu certa tranquilidade no dia a dia, com liberdade de escolha de composições. Ela estabeleceu a condição de que jamais deveriam se encontrar.
No entanto, eles se correspondiam frequentemente, até 1890, quando um mal entendido levou a um rompimento dessa relação.
Entre outras peças do autor, como a Marcha Eslava, esta é uma obra de caráter fortemente nacionalista, composta no ano de 1880, para a comemoração da vitória russa sobre as tropas Napoleônicas.
A composição baseia-se num antagonismo entre a inicial vitória francesa e a posterior revanche russa. A França é musicalmente representada pelo tema de La Marseillaise, hino da Revolução Francesa. A posterior vitória russa no mês seguinte, é representada por um diminueto do hino czarista Deus Salve o Czar e é seguido pelo sonoro e clássico troar de canhões. Assim, encerra-se a contraposição entre as duas vitórias - de início, a francesa, representada pela La Marseillaise, e no final, pelo triunfo russo, retratado pelo hino czarista.
A obra contrapõe o hino da Rússia e o hino da França, com fragmentos do folclore russo e temas religiosos. A Abertura 1812 começa com um coro inspirado no hino ‘Deus ajude vosso povo’, da Igreja Ortodoxa Russa.
Após a Revolução do sovietes e a consequente extinção do hino czarista, a obra sofreu modificações, sendo o tema original substituído pelo coro final da ópera Ivan Susanin, de Mikhail Glinka, cujo nome original é "A Vida pelo Tsar", modificação também realizada por ordem do regime soviético.
Em sua forma completa, a peça é executada por coro, orquestra sinfônica e banda militar com o auxílio de peças de artilharia e carrilhão. Em execuções em salas fechadas, costuma-se substituir os canhões por tímpanos (tambores), a fim de se obter um efeito semelhante ao do disparo das peças.
A Abertura 1812 é fonte de inspiração para releituras, como no caso de Igor Buketoff, que na segunda metade da década de 1960 (1965-70) fez diversas modificações, tanto no coro inicial, quanto outras alterações instrumentais. Ela é tributada na canção "2112 da Rússia".
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