quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Honoré de Balzac - A Comédia Humana / Cenas da Vida Privada - Ao "Chat-Qui-Pelote" (6)

 Honoré de Balzac - A Comédia Humana / Vol 1


1
Estudos de Costumes 
- Cenas da Vida Privada



Ao "Chat-Qui-Pelote"
Dedicado a mlle. Marie de Montheau

(Parte 6)





E, desenvolvendo então essa força de vontade, essa energia que todas as mulheres possuem quando amam, a sra. de Sommervieux tentou modificar seu caráter, seus costumes e seus hábitos; mas devorando volumes, aprendendo corajosamente, nada mais conseguiu do que se tornar menos ignorante. A leveza de espírito e a graça na conversação constituem dom da natureza ou fruto de uma educação iniciada no berço. Podia apreciar a música, gozar dela, mas não cantar com gosto. Compreendeu a literatura e as belezas da poesia, mas já era muito tarde para ornar sua memória rebelde. Ouvia com prazer as conversas nas rodas sociais, mas não fornecia nenhuma contribuição brilhante. Suas ideias religiosas e seus preconceitos de infância opunham-se à completa emancipação de sua inteligência. Finalmente insinuara-se contra Augustina, na alma de Teodoro, uma prevenção que ela não pôde vencer. O artista zombava dos que lhe gabavam a esposa, e seus gracejos tinham bastante fundamento: ele se impunha de tal forma àquela jovem e tocante criatura que, em sua presença, ou tête-à-tête, ela tremia. Embaraçada pelo seu excessivo desejo de agradar, sentia seu espírito e seus conhecimentos desvanecerem num sentimento único. A própria fidelidade de Augustina desagradava àquele infiel marido, que parecia induzi-la a cometer faltas, tachando sua virtude de insensibilidade. Debalde, Augustina se esforçou por abdicar de sua razão, por se curvar aos caprichos, às fantasias do marido e dedicar-se ao egoísmo de sua vaidade. Não recolheu os frutos de tal sacrifício. Talvez tivessem os dois deixado passar o momento em que as almas podem compreender-se. Um dia o coração extremamente sensível da jovem esposa recebeu um desses golpes que fazem tão fortemente vergar os laços do sentimento que se pode julgá-los rotos. Ela isolou-se. Mas em breve um pensamento fatal sugeriu-lhe que fosse procurar consolo e conselhos no seio de sua família. 

Em vista disso, uma manhã ela se dirigiu à grotesca fachada da humilde e silenciosa casa onde passara a infância. Suspirou ao rever a janela de onde, um dia, enviara seu primeiro beijo àquele que hoje esparzia sobre sua vida tanto glória como infelicidade. Nada mudara no antro onde, contudo, se rejuvenescia o comércio de fazendas. A irmã de Augustina ocupava, no antigo escritório, o lugar da mãe. A jovem aflita encontrou o cunhado com a caneta atrás da orelha. Este a ouviu mal e mal, de tão sobrecarregado de trabalho que estava. Percebiam-se em torno dele os temíveis sinais de um balanço geral. Por esse motivo deixou-a, escusando-se por assim fazer. Foi recebida friamente pela irmã, que lhe manifestou algum rancor. Com efeito, Augustina brilhante, a descer de uma bela carruagem, nunca fora ver a irmã, a não ser de passagem. A esposa do prudente Lebas imaginou que o dinheiro era a causa primeira da matinal visita e tratou de se manter num tom reservado que fez Augustina sorrir por mais de uma vez. A mulher do pintor observou que, salvo as fitas da touca, sua mãe encontrara em Virgínia uma sucessora que mantinha as antigas tradições do “Chat-qui-pelote”. Ao almoço, viu, no regime da casa, certas modificações que faziam honra ao bom-senso de José Lebas: os caixeiros não se levantaram à sobremesa, consentia-se que falassem, e a abundância na mesa revelava uma abastança sem luxo. A jovem elegante encontrou entradas para a Comédie-Française, onde se lembrou de ter visto a irmã uma vez ou outra. A sra. Lebas trazia nos ombros um xale de cachemira, cuja magnificência testemunhava a generosidade do marido. Enfim, os dois cônjuges marchavam com o seu século. Augustina não tardou em sentir-se enternecida ao verificar, durante os dois terços daquele dia, a felicidade estável, sem exaltação, é verdade, mas também sem tormentas, de que gozavam aqueles dois, evidentemente feitos um para o outro. Ambos haviam aceitado a vida como uma empresa comercial em que se tratava, antes de tudo, de fazer face aos compromissos. A mulher, não tendo encontrado no marido um amor excessivo, aplicara-se em fazê-lo nascer. Levado insensivelmente a estimar, a querer a Virgínia, o tempo empregado pela felicidade para desabrochar foi, para José Lebas e sua mulher, um penhor de duração. Por isso, quando a chorosa Augustina expôs seu doloroso estado, teve de suportar o dilúvio de lugarescomuns que a moral da rue Saint-Denis fornecia à irmã. 

— O mal está feito, querida — disse Lebas. — Devemos procurar dar bons conselhos à nossa irmã. 

Depois, o hábil negociante analisou ponderadamente os recursos que as leis e os costumes podiam oferecer a Augustina para sair daquela crise; numerou, por assim dizer, as considerações, classificou-as, segundo sua força, em categorias diversas, como se se tratasse de mercadorias de várias qualidades; depois levou-as à balança, pesou-as e concluiu por desenvolver a necessidade em que se achava a cunhada de tomar uma resolução violenta, a qual não satisfez absolutamente o amor que ela ainda sentia ao marido. Por isso, esse sentimento despertou em toda a sua pujança quando ela ouviu José Lebas falar de vias judiciárias. Agradeceu aos dois amigos e voltou para casa mais indecisa ainda do que antes de os consultar. Arriscou-se então a ir ao palacete da rue du Colombier, no intuito de confiar suas desditas aos pais. A pobre mulherzinha lembrava esses doentes que, tendo chegado a um estado desesperador, experimentam todos os remédios e vão ao extremo de entregar-se a curandeiras. Os dois velhos receberam-na com uma efusão de sentimento que a comoveu. Aquela visita lhes trazia uma distração que para eles valia um tesouro. Fazia quatro anos que iam pela vida como navegantes sem destino e sem bússola. Por isso, no canto de sua lareira, contavam um ao outro todos os desastres do Maximum, suas antigas compras de fazendas, o modo pelo qual haviam evitado as bancarrotas e, sobretudo, a célebre falência Lecoq, que era a batalha de Marengo do velho Guillaume. Depois de esgotarem os velhos processos, recapitulavam a soma de seus mais remuneradores balanços e comentavam ainda as velhas histórias da rue Saint-Denis. Às duas horas o velho Guillaume ia dar uma olhada no estabelecimento do “Chat-qui-pelote”. Ao voltar fazia escalas em todas as lojas, suas rivais de outros tempos, cujos jovens proprietários esperavam arrastar o velho negociante em alguma operação arriscada que ele, segundo seu hábito, nunca recusava positivamente. Dois possantes cavalos normandos morriam de excesso de gordura na estrebaria do palacete: a sra. Guillaume não os ocupava, a não ser para fazer-se conduzir, aos domingos, à missa solene da paróquia. Três vezes por semana esse respeitável casal oferecia mesa franca. Graças à influência de seu genro Sommervieux, o velho Guillaume fora nomeado membro do conselho consultivo sobre a indumentária da tropa. Desde que seu marido fora assim investido em tão altas funções administrativas, a sra. Guillaume tomara a decisão de manter as aparências. Seu apartamento estava atopetado de tanto enfeite de ouro e prata e de móveis sem gosto, mas de valor certo, que a mais simples peça da casa parecia um oratório. A economia e a prodigalidade pareciam competir em cada um dos acessórios do palacete. Dir-se-ia que o sr. Guillaume tinha tido em vista fazer um emprego de dinheiro até na aquisição de um castiçal. No meio daquele bazar, cuja riqueza revelava a ociosidade do casal, o célebre quadro de Sommervieux obtivera o lugar de honra. Era o consolo do sr. e da sra. Guillaume, que, vinte vezes por dia, dirigiam os olhos equipados de óculos para aquela imagem de sua antiga existência, tão ativa para eles e tão divertida. O aspecto daquele solar e daqueles apartamentos, onde tudo tinha um odor de velhice e de mediocridade, o espetáculo oferecido por aquelas duas criaturas que pareciam ter dado à costa num rochedo de ouro, longe do mundo e das ideias que fazem viver, surpreendeu Augustina. Naquele momento, ela contemplava a segunda parte do quadro cujo começo a impressionara em casa dos Lebas, o de uma vida agitada, conquanto sem movimento, espécie de existência mecânica e instintiva, semelhante à dos castores. Teve então não sei que orgulho de seus pesares, ao pensar que eles se originavam de uma felicidade de dezoito meses que, a seus olhos, valia por mil existências como aquela cujo vazio lhe causava horror. Entretanto, ocultou esse sentimento pouco caridoso e expandiu ante seus velhos pais os novos atrativos de seu espírito, as faceirices que o amor lhe tinha revelado, e os dispôs favoravelmente para ouvirem suas queixas matrimoniais. As pessoas velhas têm um fraco por essa espécie de confidências. A sra. Guillaume quis ser informada das menores particularidades daquela vida estranha, que para eles tinha qualquer coisa de fabuloso. As viagens do barão de La Hontan, que ela sempre começava sem jamais chegar ao fim, não lhe apresentavam nada tão inaudito sobre os selvagens do Canadá. 

— Como é, minha filha, que teu marido se encerra com mulheres nuas e tens a ingenuidade de crer que é para desenhá-las? 

Com essa exclamação, a velha senhora depôs os óculos em cima de uma pequena mesa de trabalho, sacudiu as saias e trançou as mãos sobre os joelhos elevados por estar com os pés em cima de um aquecedor, seu pedestal favorito. 

— Mas, minha mãe, todos os pintores são obrigados a ter modelos. 

— Ele teve o cuidado de não dizer nada disso quando te pediu em casamento. Se eu o tivesse sabido, nunca teria dado minha filha a um homem que exerce semelhante ofício. A religião proíbe esses horrores; não é moral. A que horas disseste que ele volta para casa? 

— À uma ou às duas... 

Os dois esposos olharam-se com profundo espanto. 

— Então ele joga? — disse o sr. Guillaume. — No meu tempo só os jogadores voltavam tão tarde. 

Augustina fez um trejeito que negava essa acusação. 

— Deve fazer-te passar noites bem cruéis, a esperá-lo — comentou a sra. Guillaume. — Mas não, com certeza tu te deitas, não é? E quando perde, o monstro te acorda, não? 

— Não, mamãe, pelo contrário, ele até às vezes fica muito alegre. Até, muitas vezes, quando o tempo está bom, ele me convida para levantar-me e irmos passear ao ar livre. 

— Fora de casa, a tais horas? Quer dizer que o teu apartamento é tão pequeno que não lhe bastam o quarto e as salas, e ele precisa correr assim para... Mas é para te resfriar que esse celerado te propõe esses passeios. Quer ver-se livre de ti. Quando é que se viu um homem estabelecido, que tem uma casa de negócio sossegada, sair por esse mundo afora como um lobisomem? 

— Mas, minha mãe, a senhora não compreende que para desenvolver seu talento ele precisa de exaltação. Ele gosta muito das cenas que... 

— Ah! Cenas é o que lhe vou fazer — exclamou a sra. Guillaume interrompendo a filha. — Como podes ter contemplações com um homem desses? Primeiro que tudo, não me agrada que ele só beba água. Não é bom para a saúde. Por que se mostra ele repugnado quando vê as mulheres comendo? Que mania estranha! Mas é um louco! Tudo isso que nos contaste é impossível. Um homem não pode sair de casa sem nada dizer e só voltar dez dias depois. Ele te disse que esteve em Dieppe para pintar o mar. Quem é que pinta o mar? Ele te impinge patranhas incríveis. 

Augustina abriu a boca para defender o marido, mas a sra. Guillaume impôs-lhe silêncio com um gesto de mão, ao qual, por força do hábito, ela obedeceu, e a velha exclamou num tom seco: 

— Por favor, não me fales nesse homem! Ele nunca pôs os pés numa igreja senão para te ver e casar contigo. Gente sem religião é capaz de tudo. Quando é que Guillaume se teria lembrado de me esconder qualquer coisa, de ficar três dias sem me dizer patavina e em seguida pôr-se a falar como uma gralha louca? 

— Minha querida mãe, a senhora julga com demasiada severidade as pessoas superiores. Se elas tivessem ideias semelhantes às dos outros, não seriam mais criaturas de talento. 

— Pois então que as pessoas de talento fiquem na sua casa e não se casem. Como! Um homem de talento fará uma mulher infeliz, e porque ele tem talento, está certo? Talento, talento! Não vejo tanto talento em dizer, como ele, branco e preto a toda hora, a interromper a gente, a mandar e desmandar em casa, a nos fazer andar num pé só, a obrigar uma mulher a não achar graça enquanto seu senhorio não está alegre, a ficar triste quando ele está triste. 

— Mas, minha mãe, a razão dessas ideias... 

— Que ideias são essas? — retrucou a sra. Guillaume, tornando a interromper a filha. — Frescas ideias, as dele! Que espécie de homem é esse que, sem consultar um médico, mete na cabeça só comer verduras? Ainda se fosse por motivo de religião, essa dieta podia servir-lhe para alguma coisa; mas religião é coisa que ele tem tanta como um huguenote. Onde é que se viu um homem como ele, que gosta mais de cavalos do que do próximo, que manda frisar os cabelos como um pagão, cobrir estátuas com musselina, fechar as janelas de dia para trabalhar à luz de uma lâmpada? Olha, se ele não fosse tão grosseiramente imoral, era o caso de botá-lo no hospício. Consulta o sr. Loraux, o vigário de Saint-Sulpice, pergunta a opinião dele sobre tudo isso, e ele te dirá que teu marido não procede como um cristão... 

— Oh! minha mãe, como pode crer...

— Como não! Creio, sim, senhora! Tu gostaste dele, não vês nenhuma dessas coisas. Mas eu, nos primeiros tempos do teu casamento, lembro-me perfeitamente de o ter encontrado nos Champs-Élysées. Estava a cavalo. Pois bem! Às vezes ele saía galopando a toda a brida, depois parava, e ia passo a passo. Foi quando eu pensei com os meus botões: “Aí está um homem que não regula bem”. 

— Ah! — exclamou o sr. Guillaume, esfregando as mãos. — Como andei acertado em te haver casado com esse original com separação de bens! 

Quando Augustina cometeu a imprudência de referir as verdadeiras queixas que tinha para apresentar contra o marido, os dois velhos ficaram mudos de indignação. Não tardou que a palavra “divórcio” fosse proferida pela sra. Guillaume. A tal palavra, o inativo negociante foi como que despertado. Estimulado pelo amor que tributava à filha, e também pela agitação que um processo ia trazer à sua vida rotineira, o velho Guillaume tomou a palavra. Pôs-se à frente do pedido de divórcio, dirigiu-o, quase o pleiteou; ofereceu-se à filha para fazer todas as despesas, falar com os juízes, os notários, os advogados, remover céu e terra. A sra. de Sommervieux, assustada, recusou os serviços do pai, disse que não queria separarse do marido, mesmo que tivesse de ser dez vezes mais infeliz, e não tocou mais nos seus aborrecimentos. Depois de ter sido cercada pelos pais de todas essas pequenas atenções mudas e consoladoras, pelas quais os dois velhos tentaram compensá-la, mas em vão, dos seus pesares, Augustina retirou-se, sentindo a impossibilidade de fazer que os espíritos fracos julgassem com justiça os homens superiores. Aprendeu então que uma mulher devia ocultar a todos, até a seus pais, as desgraças para as quais tão dificilmente se encontram simpatias. As dores e as tormentas das esferas superiores não podem ser avaliadas senão pelos nobres espíritos que nelas vivem. Em tudo, não podemos ser julgados, a não ser por nossos iguais. 

A pobre Augustina viu-se portanto, novamente, na fria atmosfera de seu lar, entregue ao horror de suas meditações. O estudo nada mais significava para ela, porque não lhe restituíra o coração do marido. Iniciada no segredo dessas almas de fogo, mas não dispondo de seus recursos, participava intensamente dos seus pesares, sem partilhar de seus prazeres. Enojara-se da sociedade, que lhe parecia mesquinha e pequena ante os incidentes das paixões. Enfim, sua vida falhara. Uma tarde ocorreu-lhe um pensamento que veio iluminar seus tenebrosos desgostos como um raio de sol. Essa ideia só podia sorrir a um coração tão puro e tão virtuoso como o seu. Resolveu ir à casa da duquesa de Carigliano, não para lhe pedir que lhe restituísse o coração do marido, mas para aprender os artifícios que lhe haviam roubado; para interessar aquela orgulhosa dama da alta sociedade pela mãe dos filhos de seu amigo; para comovê-la e torná-la cúmplice de sua felicidade futura do mesmo modo que fora o instrumento de sua desdita passada.




(continua...)


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Honoré de Balzac (Tours, 20 de maio de 1799 — Paris, 18 de agosto de 1850) foi um produtivo escritor francês, notável por suas agudas observações psicológicas. É considerado o fundador do Realismo na literatura moderna.[1][2] Sua magnum opus, A Comédia Humana, consiste de 95 romances, novelas e contos que procuram retratar todos os níveis da sociedade francesa da época, em particular a florescente burguesia após a queda de Napoleão Bonaparte em 1815.

Entre seus romances mais famosos destacam-se A Mulher de Trinta Anos (1831-32), Eugènie Grandet (1833), O Pai Goriot (1834), O Lírio do Vale (1835), As Ilusões Perdidas (1839), A Prima Bette (1846) e O Primo Pons (1847). Desde Le Dernier Chouan (1829), que depois se transformaria em Les Chouans (1829, na tradução brasileira A Bretanha), Balzac denunciou ou abordou os problemas do dinheiro, da usura, da hipocrisia familiar, da constituição dos verdadeiros poderes na França liberal burguesa e, ainda que o meio operário não apareça diretamente em suas obras, discorreu sobre fenômenos sociais a partir da pintura dos ambientes rurais, como em Os Camponeses, de 1844.[1] Além de romances, escreveu também "estudos filosóficos" (como A Procura do Absoluto, 1834) e estudos analíticos (como a Fisiologia do Casamento, que causou escândalo ao ser publicado em 1829).

Balzac tinha uma enorme capacidade de trabalho, usada sobretudo para cobrir as dívidas que acumulava.[1] De certo modo, suas despesas foram a razão pela qual, desde 1832 até sua morte, se dedicou incansavelmente à literatura. Sua extensa obra influenciou nomes como Proust, Zola, Dickens, Dostoyevsky, Flaubert, Henry James, Machado de Assis, Castelo Branco e Ítalo Calvino, e é constantemente adaptada para o cinema. Participante da vida mundana parisiense, teve vários relacionamentos, entre eles um célebre caso amoroso, desde 1832, com a polonesa Ewelina Hańska, com quem veio a se casar pouco antes de morrer.


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Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (cip)
(Câmara Brasileira do Livro, sp, Brasil)

Balzac, Honoré de, 1799-1850. 
          A comédia humana: estudos de costumes: cenas da vida privada / Honoré de Balzac;                            orientação, introduções e notas de Paulo Rónai; tradução de Vidal de Oliveira; 3. ed. – São                  Paulo: Globo, 2012. 

          (A comédia humana; v. 1) Título original: La comédie humaine ISBN 978-85-250-5333-1                    0.000 kb; ePUB 

1. Romance francês i. Rónai, Paulo. ii. Título. iii. Série. 

12-13086                                                                               cdd-843 

Índices para catálogo sistemático: 
1. Romances: Literatura francesa 843

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