quarta-feira, 29 de maio de 2019

Stendhal - O Vermelho e o Negro: Diálogo com um Mestre (XXI - 1)

Livro I 

A verdade, a áspera verdade. 
Danton 


Capítulo XXI

DIÁLOGO COM UM MESTRE




Alas, our frailty is the cause, not we: 
For such as we are made of, such we be. 

TWELFTH NIGHT






FOI COM UM PRAZER INFANTIL QUE, durante uma hora, Julien reuniu palavras. Ao sair do quarto, encontrou seus alunos e a mãe deles; ela pegou a carta com uma simplicidade e uma coragem cuja calma o espantou. 

– A cola está bem seca? ela perguntou. 

É esta a mulher que o remorso há pouco enlouquecia?, ele pensou. Quais são seus projetos neste momento? Ele era muito orgulhoso para perguntar-lhe isso; contudo, talvez nunca ela houvesse lhe agradado tanto. 

– Se isto não der certo, ela acrescentou com a mesma tranquilidade, vão tirar-me tudo. Enterre esta reserva num lugar qualquer da montanha; quem sabe um dia será meu único recurso. 

E entregou-lhe um estojo, forrado de marroquim vermelho, cheio de ouro e com alguns diamantes. 

– Agora vá, disse ela. 

Beijou os filhos, o mais novo duas vezes. Julien permanecia imóvel. Ela o deixou com um passo rápido e sem olhar para ele. 
Desde o momento em que abrira a carta anônima, a existência do sr. de Rênal virara um horror. Não estivera tão agitado assim desde um duelo por pouco não ocorrido em 1816, e, para falar a verdade, a perspectiva então de receber um tiro o deixara menos infeliz. Ele examinava a carta em todos os sentidos: Não é uma letra de mulher?, pensava. Nesse caso, que mulher a escreveu? Passava em revista todas as que conhecia em Verrières, sem poder fixar suas suspeitas. Teria um homem ditado essa carta? E que homem seria esse? Aqui a mesma incerteza; ele era invejado e certamente odiado pela maior parte dos que conhecia. É preciso consultar minha mulher, disse a si mesmo por hábito, levantando-se da poltrona onde estava afundado. 
Assim que se levantou – Santo Deus!, pensou, batendo na cabeça, é sobretudo dela que devo desconfiar; ela é minha inimiga neste momento. E, de cólera, lágrimas vieram-lhe aos olhos. 
Por uma justa compensação da secura de coração que faz toda a sabedoria prática da província, os dois homens que neste momento o sr. de Rênal mais temia eram seus dois amigos mais íntimos.
Além desses, tenho talvez outros dez amigos – e passou-os em revista, avaliando com cautela o grau de consolação que poderia obter de cada um. A todos! A todos, exclamava com raiva, minha terrível aventura dará o maior prazer! Por felicidade, acreditava-se muito invejado, não sem motivos. Além da soberba casa na cidade, que o rei de *** acabava de honrar para sempre nela pernoitando, tinha arrumado muito bem seu castelo de Vergy. A fachada fora pintada de branco, e as janelas guarnecidas de belos postigos verdes. Por um instante consolou-se com a ideia dessa magnificência. O fato é que esse castelo era avistado a três ou quatro léguas de distância, em detrimento de todas as casas de campo ou, como eram chamadas, castelos da vizinhança, que conservavam a humilde cor cinzenta deixada pelo tempo. 
O sr. de Rênal podia contar com as lágrimas e a piedade de um de seus amigos, o tesoureiro da paróquia; mas era um imbecil que chorava por qualquer coisa. No entanto, esse homem era seu único recurso. 

– Que infelicidade incomparável a minha!, exclamou com raiva. Que isolamento! 

Será possível?, dizia-se esse homem realmente digno de lamento, será possível que no meu infortúnio não tenha um amigo a quem pedir conselho? Pois sinto que minha razão extravia-se! Ah! Falcoz! ah! Ducros! exclamou com amargura. Eram os nomes de dois amigos da infância que sua arrogância afastara, em 1814. Não eram nobres, e ele quis mudar o tom de igualdade em que vi​viam desde a infância. 
Um deles, Falcoz, homem de espírito e de coragem, comerciante de papel em Verrières, havia comprado uma tipografia na sede do departamento e lançado um jornal. A Congregação resolvera arruiná-lo: seu jornal foi condenado, sua licença de tipógrafo cassada. Nessas tristes circunstâncias, ele tentou escrever ao sr. de Rênal pela primeira vez depois de dez anos. O prefeito de Verrières julgou dever responder com austeridade: “Se o ministro do rei fizesse-me a honra de consultar-me, eu lhe diria: Destrua sem piedade todos os impressores da província e faça da imprensa um monopólio, como o tabaco”. Essa carta a um amigo íntimo, que Verrières inteira admirou no passado, o sr. de Rênal lembrava de seus termos com horror. Quem diria que com minha posição social, minha fortuna, minhas condecorações, eu lamentaria isso um dia? Foi nesses transportes de cólera, ora contra si, ora contra tudo o que o cercava, que ele passou uma noite horrível; mas, por sorte, não teve a ideia de espiar sua mulher. 
Estou acostumado com Louise, pensava, ela conhece todos os meus afazeres; se estivesse livre para casar-me amanhã, não acharia alguém para substituí-la. E assim ele se comprazia na ideia de que sua mulher era inocente; essa maneira de ver dispensava-o da necessidade de ser severo e deixava-o mais tranquilo; quantas mulheres caluniadas não temos visto! 
Mas quê! exclamava de repente, pondo-se a andar com um passo convulsivo, aguentarei como se eu fosse um joão-ninguém, um pé-rapado, que ela zombe de mim com seu amante? Que Verrières inteira faça troça da minha complacência? O que não disseram de Charmier (era um marido notoriamente enganado da região)? Quando o nomeiam, o sorriso não está nos lábios de todos? É um bom advogado, mas quem se refere alguma vez a seu talento oratório? Ah! Charmier!, dizem, o Charmier do Bernard, assim o designam pelo nome do homem que faz seu opróbrio. 
Graças a Deus, dizia o sr. de Rênal em outros momentos, não tenho filha, e a maneira como vou punir a mãe não prejudicará o futuro de meus filhos; posso surpreender esse camponesinho com minha mulher e matar os dois; nesse caso, o trágico da aventura talvez retire seu ridículo. Essa ideia agradou-lhe, seguiu-a em todos os seus detalhes. O Código Penal me favorece e, aconteça o que acontecer, nossa Congregação e meus amigos do júri me salvarão. Examinou sua faca de caça, que era muito afiada, mas a ideia do sangue o amedrontou. 
Posso moer de pancadas esse preceptor insolente e expulsá-lo; mas o que não irão falar em Verrières e mesmo no departamento inteiro! Depois da condenação do jornal de Falcoz, quando seu redator saiu da prisão, contribuí para fazê-lo perder um emprego de seiscentos francos. Dizem que esse escrevinhador ousa mostrar-se outra vez em Besançon, ele pode caluniar-me com habilidade e de modo que seja impossível levá-lo ao tribunal. Levá-lo ao tribunal!... O insolente insinuará de mil maneiras que disse a verdade. Um homem bem-nascido, com a posição social como a minha, é odiado por todos os plebeus. Serei citado nos detestáveis jornais de Paris! Ó meu Deus, que horror! Ver o antigo nome de Rênal mergulhado na lama e no ridículo... Se um dia eu viajar, terei de mudar de nome. Quê! Abandonar esse nome que faz minha glória e minha força. Seria o cúmulo da miséria!
Se eu não matar minha mulher, e se a expulsar com ignomínia, ela tem a tia em Besançon, que lhe passará toda a sua fortuna. Minha mulher irá viver em Paris com Julien; saberão disso em Verrières e serei ainda mais ridicularizado. 
Esse homem infeliz percebeu então, pela luz esmo​recida de sua lâmpada, que o dia raiava. Saiu em busca de um pouco de ar fresco no jardim. Naquele momento, estava quase decidido a não fazer escândalo, sobretudo porque a ideia de um escândalo encheria de alegria seus bons amigos de Verrières. 
 passeio pelo jardim acalmou-o um pouco. Não, exclamou, não me privarei de minha mulher, ela me é muito útil. Imaginou com horror o que seria sua casa sem sua mulher; a única parenta que ele tinha era a marquesa de R..., velha, imbecil e má. 
Uma ideia muito interessante lhe ocorreu, mas a execução exigia uma força de caráter muito superior à que o pobre homem possuía. Se conservo minha mulher, pensou, conheço-me: num momento em que ela me impacientar, reprovar-lhe-ei sua falta. Ela é orgulhosa, nos desentenderemos, e tudo isso acontecerá antes que ela tenha recebido a herança da tia. Então, como rirão de mim! Minha mulher ama seus filhos, tudo acabará por lhes pertencer. E serei o objeto de troça de Verrières. Vejam, dirão, ele não soube sequer vingar-se da mulher! Não será melhor ater-me às suspeitas e nada verificar? Mas então fico de mãos atadas, nada poderei reprovar-lhe posteriormente. 
Um instante depois, o sr. de Rênal, de novo possuído pela vaidade ferida, lembrava-se laboriosamente de todos os casos citados no bilhar do Cassino ou do Círculo Nobre de Verrières, quando algum bom conversador interrompe as apostas para divertir-se à custa de um marido enganado. Como aqueles gracejos, agora, lhe pareciam cruéis!
Ó Deus! por que minha mulher não está morta? Então eu seria inatacável ao ridículo. Por que não sou viúvo? Passaria seis meses em Paris nas melhores socie​dades. 
Passado esse momento de felicidade produzido pela ideia da viuvez, sua imaginação retornou aos meios de certificar-se da verdade. Ele espalharia à meia-noite, depois que todos tivessem se recolhido, uma leve camada de farelo diante da porta do quarto de Julien: na manhã seguinte veria, à luz, a marca dos passos. 
Mas esse meio não serve, exclamou em seguida, com raiva; aquela tratante da Elisa perceberia e logo saberiam na casa que sou ciumento. 
Num outro caso relatado no Cassino, um marido certificara-se de seu infortúnio prendendo com um pouco de cera um fio de cabelo que lacrava como um selo a porta de sua mulher e a do amante. 
Depois de tantas horas de incertezas, esse meio de esclarecer sua sorte pareceu-lhe decididamente o melhor, e ele pensava em utilizá-lo quando, ao dobrar uma aleia, deparou com a mulher que ele quisera ver morta. 
Ela voltava da aldeia. Fora ouvir a missa na igreja de Vergy. Uma tradição muito incerta aos olhos de um filósofo frio, mas na qual ela punha fé, afirma que a igrejinha a que hoje todos vão era a capela do castelo do senhor de Vergy. Essa ideia obsedou a sra. de Rênal o tempo inteiro que ela esperava passar a rezar na igreja. A todo momento imaginava seu marido matando Julien durante a caçada, como por acidente, para depois, à noite, fazê-la comer seu coração. 
Minha sorte, disse a si mesma, depende do que ele irá pensar ao escutar-me. Depois desse quarto de hora fatal, talvez eu não encontre mais a ocasião de lhe falar. Não é um homem sensato e dirigido pela razão. Com o auxílio de minha fraca razão, posso prever o que ele fará ou dirá. Ele decidirá nossa sorte comum, tem o poder para isso. Mas essa sorte depende de minha habilidade, da arte de dirigir as ideias desse homem imaginoso, que a cólera cega e impede de ver a metade das coisas. Ó Deus! Preciso de talento, de sangue-frio, onde buscá-los? 
Ela recobrou a calma como por encanto ao entrar no jardim e ao ver ao longe o marido. Seus cabelos e suas roupas em desalinho indicavam que ele não dormira. 
Ela entregou-lhe uma carta sem o lacre, mas dobrada. Sem abri-la, ele olhava a mulher com olhos desvairados. 

– Eis aqui uma abominação, ela falou, que um sujeito mal-encarado, que afirma conhecê-lo e dever gratidão, entregou-me quando eu passava por trás do jardim do notário. Exijo uma coisa de você: que mande embora, e sem demora, esse sr. Julien. A sra. de Rênal teve pressa de dizer essa frase, talvez um pouco antes da hora, para livrar-se da terrível perspectiva de ter que dizê-la.

Ela ficou feliz ao ver a satisfação que causava no marido. Pela fixidez do olhar com que este a mirava, ela compreendeu que Julien adivinhara com exatidão. Em vez de afligir-se com a infelicidade real, que gênio, ela pensou, que tato perfeito! E isto, num jovem ainda sem nenhuma experiência! Aonde não chegará no futuro? Ai! então seus sucessos farão que me esqueça! 
Esse pequeno ato de admiração pelo homem que ela adorava a refez inteiramente de sua perturbação. Felicitou-se por sua atitude: Não sou indigna de Julien, disse a si mesma com doce e íntima volúpia.
Sem dizer nada, por receio de comprometer-se, o sr. de Rênal examinava a segunda carta anônima composta, como o leitor se lembra, de palavras impressas coladas num papel azulado. Zombam de mim de todas as maneiras, dizia-se o sr. de Rênal, extenuado.




continua...

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ADVERTÊNCIA DO EDITOR

Esta obra estava prestes a ser publicada quando os grandes acontecimentos de julho [de 1830] vieram dar a todos os espíritos uma direção pouco favorável aos jogos da imaginação. Temos motivos para acreditar que as páginas seguintes foram escritas em 1827.


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Henri-Marie Beyle, mais conhecido como Stendhal (Grenoble, 23 de janeiro de 1783 — Paris, 23 de março de 1842) foi um escritor francês reputado pela fineza na análise dos sentimentos de seus personagens e por seu estilo deliberadamente seco.


Órfão de mãe desde 1789, criou-se entre seu pai e sua tia. Rejeitou as virtudes monárquicas e religiosas que lhe inculcaram e expressou cedo a vontade de fugir de sua cidade natal. Abertamente republicano, acolheu com entusiasmo a execução do rei e celebrou inclusive a breve detenção de seu pai. A partir de 1796 foi aluno da Escola central de Grenoble e em 1799 conseguiu o primeiro prêmio de matemática. Viajou a Paris para ingressar na Escola Politécnica, mas adoeceu e não pôde se apresentar à prova de acesso. Graças a Pierre Daru, um parente longínquo que se converteria em seu protetor, começou a trabalhar no ministério de Guerra.

Enviado pelo exército como ajudante do general Michaud, em 1800 descobriu a Itália, país que tomou como sua pátria de escolha. Desenganado da vida militar, abandonou o exército em 1801. Entre os salões e teatros parisienses, sempre apaixonado de uma mulher diferente, começou (sem sucesso) a cultivar ambições literárias. Em precária situação econômica, Daru lhe conseguiu um novo posto como intendente militar em Brunswick, destino em que permaneceu entre 1806 e 1808. Admirador incondicional de Napoleão, exerceu diversos cargos oficiais e participou nas campanhas imperiais. Em 1814, após queda do corso, se exilou na Itália, fixou sua residência em Milão e efetuou várias viagens pela península italiana. Publicou seus primeiros livros de crítica de arte sob o pseudônimo de L. A. C. Bombet, e em 1817 apareceu Roma, Nápoles e Florença, um ensaio mais original, onde mistura a crítica com recordações pessoais, no que utilizou por primeira vez o pseudônimo de Stendhal. O governo austríaco lhe acusou de apoiar o movimento independentista italiano, pelo que abandonou Milão em 1821, passou por Londres e se instalou de novo em Paris, quando terminou a perseguição aos aliados de Napoleão.

"Dandy" afamado, frequentava os salões de maneira assídua, enquanto sobrevivia com os rendimentos obtidos com as suas colaborações em algumas revistas literárias inglesas. Em 1822 publicou Sobre o amor, ensaio baseado em boa parte nas suas próprias experiências e no qual exprimia ideias bastante avançadas; destaca a sua teoria da cristalização, processo pelo que o espírito, adaptando a realidade aos seus desejos, cobre de perfeições o objeto do desejo.

Estabeleceu o seu renome de escritor graças à Vida de Rossini e às duas partes de seu Racine e Shakespeare, autêntico manifesto do romantismo. Depois de uma relação sentimental com a atriz Clémentine Curial, que durou até 1826, empreendeu novas viagens ao Reino Unido e Itália e redigiu a sua primeira novela, Armance. Em 1828, sem dinheiro nem sucesso literário, solicitou um posto na Biblioteca Real, que não lhe foi concedido; afundado numa péssima situação económica, a morte do conde de Daru, no ano seguinte, afetou-o particularmente. Superou este período difícil graças aos cargos de cônsul que obteve primeiro em Trieste e mais tarde em Civitavecchia, enquanto se entregava sem reservas à literatura.

Em 1830 aparece sua primeira obra-prima: O Vermelho e o Negro, uma crónica analítica da sociedade francesa na época da Restauração, na qual Stendhal representou as ambições da sua época e as contradições da emergente sociedade de classes, destacando sobretudo a análise psicológica das personagens e o estilo direto e objetivo da narração. Em 1839 publicou A Cartuxa de Parma, muito mais novelesca do que a sua obra anterior, que escreveu em apenas dois meses e que por sua espontaneidade constitui uma confissão poética extraordinariamente sincera, ainda que só tivesse recebido o elogio de Honoré de Balzac.

Ambas são novelas de aprendizagem e partilham rasgos românticos e realistas; nelas aparece um novo tipo de herói, tipicamente moderno, caracterizado pelo seu isolamento da sociedade e o seu confronto com as suas convenções e ideais, no que muito possivelmente se reflete em parte a personalidade do próprio Stendhal.

Outra importante obra de Stendhal é Napoleão, na qual o escritor narra momentos importantes da vida do grande general Bonaparte. Como o próprio Stendhal descreve no início deste livro, havia na época (1837) uma carência de registos referentes ao período da carreira militar de Napoleão, sobretudo a sua atuação nas várias batalhas na Itália. Dessa forma, e também porque Stendhal era um admirador incondicional do corso, a obra prioriza a emergência de Bonaparte no cenário militar, entre os anos de 1796 e 1797 nas batalhas italianas. Declarou, certa vez, que não considerava morrer na rua algo indigno e, curiosamente, faleceu de um ataque de apoplexia, na rua, sem concluir a sua última obra, Lamiel, que foi publicada muito depois da sua morte.

O reconhecimento da obra de Stendhal, como ele mesmo previu, só se iniciou cerca de cinquenta anos após sua morte, ocorrida em 1842, na cidade de Paris.



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Leia também:

Stendhal - O Vermelho e o Negro: O Primeiro Adjunto (XVII)
Stendhal - O Vermelho e o Negro: Um Rei em Verrières (XVIII)
Stendhal - O Vermelho e o Negro: Pensar faz sofrer (XIX)
Stendhal - O Vermelho e o Negro: As Cartas Anônimas (XX)
Stendhal - O Vermelho e o Negro: Diálogo com um Mestre (XXI - 1)
Stendhal - O Vermelho e o Negro: Diálogo com um Mestre (XXI - 2)


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