segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Marcel Proust - No Caminho de Swann (III - um amor de swann, Como Odette não - p)

em busca do tempo perdido


volume I
No Caminho de Swann

ao senhor gaston calmette
como um testemunho de profundo e afetuoso reconhecimento
— marcel proust

um amor de swann

III(p) 

     Como Odette não lhe desse informação sobre aquelas coisas tão importantes que tanto a ocupavam cada dia (embora já tivesse ele vivido bastante para saber que nunca há outras senão os prazeres), não conseguia esforçar-se por muito tempo em imaginá-las, e seu cérebro começava a funcionar no vácuo; passava então o dedo pelas pálpebras fatigadas, como se enxugasse o vidro do lornhão, e parava inteiramente de pensar. Sobrenadavam, entretanto, naquele ignoto, certas ocupações que reapareciam de quando em quando, que Odette vagamente ligava a alguma obrigação para com parentes afastados ou amigos de outrora e que, como eram os únicos que ela a miúdo lhe citava como empecilhos para que se vissem, pareciam a Swann formar o quadro fixo, necessário, da vida de Odette. Devido ao tom com que ela se referia de tempos em tempos “ao dia em que eu vou com minha amiga ao Hipódromo”, se, sentindo-se adoentado e pensando: “Talvez Odette queira passar por minha casa”, se lembrava de súbito que era justamente um desses dias, refletia então: “Ah!, não vale a pena pedir-lhe que venha, eu devia ter pensado nisso antes, é o dia em que ela vai com a amiga ao Hipódromo. Guardemo-nos para o que é possível; escusado cansar-se em propor coisas inaceitáveis e de antemão recusadas”. E aquele dever que cabia a Odette de ir ao Hipódromo e ante o qual ele assim se inclinava, não se lhe afigurava apenas inelutável; mas o caráter de necessidade de que vinha revestido parecia tornar plausível e legítimo a tudo o que de perto ou de longe a ele se relacionasse. Se Odette, na rua, ao receber de um transeunte um cumprimento que despertara o ciúme de Swann, respondia às suas perguntas ligando a existência do desconhecido a um dos dois ou três grandes deveres de que lhe falava, se dizia por exemplo: “É um senhor que estava no camarote da amiga com que vou ao Hipódromo”, essa explicação acalmava as suspeitas de Swann, que efetivamente achava inevitável que a amiga tivesse outros convidados além de Odette no seu camarote do Hipódromo, mas nunca procurara ou conseguira imaginá-los. Ah!, como gostaria de conhecer a amiga que ia ao Hipódromo, e que ela o convidasse com Odette! De bom grado trocaria todas as suas relações por qualquer pessoa que tivesse o hábito de conviver com Odette, ainda que fosse uma manicura ou uma caixeira de loja. Tratá-las-ia melhor do que a rainhas. Pois não forneceriam elas, com o que continham da vida de Odette, o único calmante eficaz para os seus sofrimentos? Com que contentamento correria a passar os dias em casa daquela gente humilde com quem Odette continuava a manter relações, ou por interesse, ou por genuína simplicidade! Com que gosto não teria ido morar para sempre no quinto andar de alguma casa sórdida e invejada aonde Odette não o levaria, a casa onde, se ali morasse com a costureirinha de quem de bom grado passaria por amante, haveria de receber quase diariamente a sua visita. Naqueles bairros quase populares, que existência modesta, abjeta, mas suave, mas alimentada de calma e felicidade, teria ele consentido em viver indefinidamente!
     Também às vezes sucedia que, estando com Odette, se aproximava dela um homem que Swann não conhecia, e então podia notar no seu rosto a mesma tristeza que tinha no dia em que a fora ver quando Forcheville se achava em casa dela. Mas era raro: pois nos dias em que, apesar de tudo o que tinha a fazer e do receio do que pensariam os outros, chegava a avistar-se com Swann, era a segurança que então dominava em sua atitude: contraste, acaso revanche inconsciente ou reação natural da medrosa emoção que sentia a seu lado nos primeiros tempos que o conhecera, ou mesmo longe dele, quando começava uma carta com estas palavras: “Meu amigo, minha mão treme tanto que mal posso escrever” (pelo menos assim o pensava Odette, e parte daquela emoção devia ser sincera para que procurasse exagerá-la). Swann, então, lhe agradava. Só trememos por nós mesmos, por aqueles a quem amamos. Quando a nossa felicidade não está mais em suas mãos, que calma, que desembaraço, que ousadia desfrutamos perto deles! Falando-lhe, escrevendo-lhe, já não tinha ela aquelas palavras com que procurava dar-se a ilusão de que ele lhe pertencia, proporcionando as ocasiões de dizer “meu” quando se tratava dele: “É o meu tesouro, eu guardo o perfume da nossa amizade”, de lhe falar do futuro, até mesmo da morte, como de uma coisa única destinada a ambos. Naquele tempo, a tudo quanto ele dizia, retrucava Odette com admiração: “Você nunca há de ser como todo mundo”; contemplava a sua longa cabeça um pouco calva, a respeito da qual diziam as pessoas que conheciam os sucessos de Swann: “Vá lá que não seja regularmente belo, mas é chique: aquele topete, aquele monóculo, aquele sorriso”, e, mais curiosa talvez de saber o que ele era que desejosa de ser sua amante, ela dizia:

— Se eu pudesse saber o que há por trás dessa cabeça! 

     Agora, a todas as palavras de Swann, respondia num tom às vezes irritado, às vezes indulgente: 

— Ah!, nunca serás como todo mundo? 

     Ela contemplava aquela cabeça a que só as preocupações haviam um pouco envelhecido (mas a respeito da qual todos pensavam agora, em virtude dessa mesma aptidão que permite descobrir as intenções de uma peça sinfônica de que se leu o programa e as parecenças de uma criança quando se lhe conhece a parentela: “Vá lá que não seja positivamente feio, mas é ridículo: aquele monóculo, aquele topete, aquele sorriso!”, estabelecendo na sua imaginação sugestionada a demarcação imaterial que separa, a alguns meses de distância, uma cabeça de amante do coração e uma cabeça de amante enganado) e dizia: 

— Ah!, se eu pudesse mudar, tornar sensato o que há nessa cabeça! 

     E Swann, sempre disposto a acreditar no que desejava, por pouco que a conduta de Odette lhe desse ensejo, lançava-se avidamente sobre essa frase: 

— Tu podes, se quiseres.

     E procurava persuadir Odette de que apaziguá-lo, dirigi-lo, fazê-lo trabalhar, seria uma nobre tarefa a que outras mulheres só pediam para devotar-se, mas entre cujas mãos cumpre acrescentar que a nobre tarefa não lhe pareceria mais que uma indiscreta e insuportável usurpação da sua liberdade. “Se ela não me amasse um pouco”, pensava Swann, “não desejaria transformar-me. Para transformar-me, será preciso que me veja mais seguidamente.” Assim achava Swann, naquela censura que Odette lhe fazia, como que uma prova de interesse, talvez de amor; e, com efeito, dava-lhe agora tão poucas provas de amor que ele era obrigado a considerar como tais as proibições que ela lhe fazia de uma coisa ou outra. Um dia, declarou que não gostava do cocheiro de Swann, que o indispunha talvez contra ela, e que em todo caso não se portava para com seu amo com a correção e a deferência que ela desejaria. Sentia Odette que Swann desejaria ouvir da sua boca: “Não o tragas mais quando vieres visitar-me”, como teria desejado um beijo. E como estivesse de bom humor, assim lhe disse; Swann sentiu-se comovido. À noite, conversando com o sr. de Charlus, com quem tinha o doce prazer de poder falar abertamente de Odette (pois as mínimas frases que dizia, mesmo às pessoas que não a conheciam, se relacionavam de algum modo com ela), assim lhe disse: 

— Creio no entanto que Odette me ama. Ela é tão gentil comigo! Vê-se que nada do que eu faço lhe é indiferente.

     E se, no instante de partir para a casa dela, ao subir no carro com um amigo que devia deixar em caminho, o outro observava: “Como! Não é Lorédan que está na boleia?”, com que melancólica alegria lhe retrucava Swann: “Oh!, pudera! Cá entre nós: não posso levar Lorédan quando vou à rua La Pérouse. Odette não gosta que eu leve Lorédan, não o acha bom para mim; afinal, bem sabes, as mulheres… Eu sei que isso lhe desagradaria muito. Ah!, sim, era só levar Rémi! Mas seria uma outra história”.
     Aquelas novas maneiras, indiferentes, distraídas, irritáveis, que eram agora as de Odette para com Swann, certamente que o magoavam: mas ele não conhecia o seu sofrimento; como Odette fora esfriando progressivamente, dia a dia, em relação a ele, só comparando o que ela era atualmente com o que fora no princípio é que Swann poderia sondar a profundeza da mudança efetuada. Ora, essa mudança era a sua profunda e secreta ferida, que dia e noite lhe pungia, e, logo que sentia que seus pensamentos se aproximavam muito dela, dirigia-os bruscamente para outro rumo, por medo de sofrer demasiado. É verdade que às vezes pensava de um modo abstrato: “Houve um tempo em que Odette me tinha mais amor”, mas nunca figurava esse tempo. Da mesma forma que havia em seu gabinete uma cômoda que ele dava um jeito para não olhar, fazendo um desvio para evitá-la à entrada e à saída, porque numa de suas gavetas estavam guardados o crisântemo que ela lhe dera na primeira noite em que a levara até em casa e as cartas em que lhe dizia: “Que pena não ter esquecido também o seu coração; esse eu não devolveria” e: “A qualquer hora do dia ou da noite em que tiver necessidade de mim, faça-me um sinal e disponha da minha vida”, assim havia no seu íntimo um lugar de onde ele jamais deixava aproximar-se o seu espírito, obrigando-o a dar, quando preciso, a volta de um longo raciocínio para que não tivesse de passar por ali: era o lugar onde vivia a recordação dos dias felizes. 
     Mas tão cautelosa prudência foi burlada uma noite em que fora a uma reunião.
     Era na residência da marquesa de Saint-Euverte, no último dos saraus daquele ano, em que ela dava a conhecer os artistas que serviam depois para os seus concertos de beneficência. Swann, que tencionara sucessivamente ir a todos os anteriores, mas sempre desistia, enquanto se vestia para comparecer àquele último, recebeu a visita do barão de Charlus, que vinha oferecer-se para ir com ele à casa da marquesa, se a sua companhia lhe pudesse servir para aborrecer-se um pouco menos e sentir-se menos triste naquela reunião. Mas Swann lhe respondeu:

— Bem sabe o prazer que eu teria em estar com você. Mas o maior prazer que poderá causar-me é ir ver Odette. Já sabe a excelente influência que exerce sobre ela. Esta noite, creio que Odette só sairá para ir à casa da sua antiga modista, e ela há de ficar contente que você a acompanhe. Em todo caso a encontrará em casa antes. Procure distraí-la e trazê-la ao bom caminho. Veja se pode arranjar alguma coisa para amanhã que seja do agrado de Odette e que possamos fazer juntos nós três. E vejamos se você dispõe as coisas para o verão que vem, se ela não tem algum projeto, algum cruzeiro talvez, que nós três faríamos juntos… Quanto a esta noite, já não conto vê-la, mas se ela o quiser, ou você arranjar um jeito, é só mandar um recado à senhora de Saint-Euverte até à meia-noite, e depois à minha casa. Obrigado por tudo o que tem feito por mim, bem sabe como o estimo. 
   
     O barão prometeu ir fazer a visita que ele desejava depois que o conduzisse até a porta do palacete Saint-Euverte, onde Swann chegou tranquilizado com o pensamento de que Charlus passaria aquelas horas na rua La Pérouse, mas num estado de melancólica indiferença para com todas as coisas que não se referiam a Odette, e principalmente as coisas mundanas, que lhe apareciam com o encanto que têm as coisas por si mesmas, quando já não são um fim para a nossa vontade. Logo que desceu do carro, no primeiro plano desse fictício resumo da sua vida doméstica que as donas de casa pretendem oferecer a seus convidados nos dias de cerimônia, procurando respeitar a verdade do vestuário e da decoração, Swann sentiu prazer em ver os herdeiros dos “tigres” de Balzac, os grooms encarregados de acompanhar os amos nos passeios e que, de chapéu e botas, permaneciam fora, diante do palácio, na avenida, ou diante das cavalariças, como jardineiros colocados à entrada de seus jardins. O particular pendor que sempre tivera de descobrir analogias entre os seres vivos e os retratos dos museus novamente se exercia de modo mais constante e geral; era toda a vida mundana, agora que Swann se achava desligado dela, que se lhe apresentava como uma série de quadros. No vestíbulo onde, quando era um mundano, entrava envolto na sua capa, para sair de fraque, mas sem saber o que ali se passara, pois se achava, em pensamento, nos poucos instantes em que o atravessava, ou ainda na festa de que vinha, ou já na festa aonde iria, Swann notou pela primeira vez, alertada com a imprevista chegada de um conviva tão tardio, a mantilha esparsa, magnífica e ociosa dos grandes lacaios que cochilavam aqui e ali sobre banquetas e arcas e que, erguendo seus nobres e agudos perfis de lebréus, levantaram-se e, reunidos, formaram círculo em seu redor.
     Um deles, de aspecto particularmente feroz, e assaz semelhante ao executor em certos quadros da Renascença que representam suplícios, avançou para ele com um ar implacável, para lhe apanhar os pertences. Mas a dureza de seu olhar de aço era compensada pela suavidade de suas luvas de algodão, de modo que, ao aproximar-se de Swann, parecia testemunhar desprezo por sua pessoa e consideração para com seu chapéu. Tomou-o com um cuidado a que a exatidão do movimento emprestava algo de meticuloso e uma delicadeza que tornava quase tocante a aparelhagem da sua força. Passou-o depois a um de seus auxiliares, novo e tímido, que expressava o seu terror revirando em todos os sentidos uns olhos selvagens e mostrava a agitação de um animal cativo nas primeiras horas de sua domesticidade.
     A dois passos dali, um rapagão de libré sonhava, imóvel, escultural, inútil, como esse guerreiro puramente decorativo que se vê nos quadros mais tumultuosos de Mantegna, a cismar, apoiado no escudo, enquanto todos se arremessam e trucidam a seu lado; destacado do grupo de seus camaradas, que se apressuravam em torno de Swann, parecia tão decidido a desinteressar-se daquela cena, que vagamente seguia com os seus olhos glaucos e cruéis, como se fosse a matança dos Inocentes ou o martírio de são Tiago. Parecia precisamente pertencer a essa raça extinta — ou que talvez só tenha existido no retábulo de San Zeno e nos afrescos dos Eremitani onde Swann a conhecera e onde ela ainda sonha — oriunda do conúbio de uma estátua antiga com algum modelo paduano do Mestre ou algum saxão de Albert Durer.[1] E as mechas de seus cabelos ruivos naturalmente crespos, mas alisados pela brilhantina, estavam amplamente tratadas como na escultura grega, que estudava incessantemente o pintor de Mântua e que, embora não tome da Criação outro modelo senão o homem, sabe ao menos tirar de suas simples formas riquezas tão variadas e como que colhidas em toda a natureza viva, de sorte que uma cabeleira, no enrolamento de suas mechas lisas e pontiagudas, ou na superposição do tríplice e florido diadema das tranças, parece ao mesmo tempo um amontoado de algas, uma ninhada de pombos, uma grinalda de jacintos e um enroscado de serpentes.
     Outros ainda, colossais também, postavam-se nos degraus de uma escadaria monumental a que a sua presença decorativa e imobilidade marmórea poderiam dar o nome, como a do palácio ducal, de “Escadaria dos Gigantes”, e que Swann subiu com o triste pensamento de que Odette jamais a havia pisado.[2] Ah!, com que alegria, pelo contrário, não teria galgado as escadas escuras, malcheirosas e escorregadias da costureirinha, em cujo quinto andar se sentiria feliz em pagar mais caro que um camarote hebdomadário na Ópera o direito de passar o serão quando Odette ali estivesse, e mesmo nos outros dias, para poder falar dela, conviver com as pessoas que ela frequentava na sua ausência e que por isso lhe pareciam guardar, da vida de sua amada, alguma coisa de mais real, de mais inacessível e misterioso. Ao passo que naquela desejada e pestilenta escada da antiga costureira, como não havia outra de serviço, via-se à noite, diante de cada porta, uma vazia e suja vasilha de leite, na magnífica e desprezada escadaria que Swann ia subindo naquele momento, de um lado e de outro, a diferentes alturas, diante de cada anfractuosidade que formava no muro a janela do porteiro ou a porta de uma dependência, representando o serviço interior que dirigiam e prestando homenagem aos convidados, um porteiro, um mordomo, um despenseiro (bons sujeitos que viviam o resto da semana um tanto independentes em seus domínios, ali comiam como modestos lojistas e que amanhã talvez estariam no serviço burguês de um médico ou um industrial), atentos às recomendações que lhes haviam feito antes de envergar a vistosa libré que raramente vestiam e em que não se sentiam muito a gosto, mantinham-se sob a arcada de seu pórtico com um solene aparato, temperado de bonomia popular, como santos no seu nicho; e um “suíço” enorme, vestido como na igreja, batia as lajes com o seu bastão, à passagem de cada convidado. Chegado ao alto da escada, ao longo da qual o seguira um criado de face lívida, com uma trancinha amarrada com uma fita, como um sacristão de Goya ou um tabelião do repertório, Swann passou por um bureau onde lacaios, sentados como notários diante de grandes registros, se ergueram e inscreveram o seu nome. Atravessou então um pequeno vestíbulo que — como certas peças arranjadas pelo proprietário de modo a servirem de abrigo a uma única obra de arte, da qual tomam a denominação, e que nada mais contêm, na sua propositada nudez — exibia à entrada, como uma preciosa efígie de Benvenuto Cellini representando um atalaia, um jovem lacaio com o corpo ligeiramente curvado para diante, a alçar por cima de sua alta gola vermelha um rosto ainda mais vermelho, de onde escapavam torrentes de ardor, de timidez e de zelo, e que, varando com o seu olhar impetuoso, vigilante e frenético as tapeçarias de Aubusson que pendiam à porta do salão de música, parecia espiar, com uma impassibilidade militar ou uma fé sobrenatural — alegoria do alarma, encarnação da expectativa, monumento da prontidão —, anjo ou vigia, de uma torre de fortaleza ou de catedral, a aparição do inimigo ou a hora do Juízo. Não restava mais a Swann senão entrar na sala do concerto, cujas portas lhe abriu um lacaio carregado de correntes, inclinando-se como se lhe entregasse as chaves de uma cidade. Mas Swann pensava na casa onde poderia achar-se naquele mesmo instante, se Odette o tivesse permitido, e a entrevista lembrança de um jarro de leite vazio sobre um capacho apertou-lhe o coração.

continua na página 213...
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Leia também:

Volume 1
No Caminho de Swann (III - um amor de swann, Como Odette não - p)
Volume 2
Volume 3
Volume 4
Volume 5
Volume 6
Volume 7
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[1] O martírio de são Tiago fazia parte dos afrescos de Mantegna na igreja dos Eremitani, na cidade de Pádua. Tais afrescos foram destruídos pelos bombardeios de 1944. Já o retábulo de San Zeno fica em Verona. Nenhum deles contém a mencionada “Matança dos Inocentes”. [n. e.]
[2] Escadaria do palácio dos Doges, em Veneza, com estátuas monumentais de Marte e Netuno, executadas em 1554 por Sansovino. [n. e.]

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