em busca do tempo perdido
volume I
No Caminho de Swann
ao senhor gaston calmette
como um testemunho de profundo e afetuoso reconhecimento
— marcel proust
um amor de swann
III(s)
Swann queria partir, mas no momento em que ia enfim escapar-se, o general de Froberville lhe pediu para apresentá-lo à sra. de Cambremer, e ele viu-se obrigado a voltar com o outro ao salão, para procurá-la.
ao senhor gaston calmette
como um testemunho de profundo e afetuoso reconhecimento
— marcel proust
um amor de swann
Swann queria partir, mas no momento em que ia enfim escapar-se, o general de Froberville lhe pediu para apresentá-lo à sra. de Cambremer, e ele viu-se obrigado a voltar com o outro ao salão, para procurá-la.
— Olhe, Swann, eu preferia ser marido daquela mulher a ser massacrado pelos
selvagens, que me diz?
Estas palavras, “massacrado pelos selvagens”, vararam dolorosamente o coração de
Swann; logo sentiu necessidade de continuar a conversa com o general.
— Ah! — disse-lhe ele —, houve vidas muito belas que acabaram dessa maneira…
Como sabe… esse navegador de que Dumont d’Urville[1] trouxe as cinzas, La
Pérouse… (E Swann já se sentia feliz como se houvesse falado de Odette.) É um belo
caráter, e que muito me interessa, o de La Pérouse… — acrescentou com um ar
melancólico.
— Ah, perfeitamente, La Pérouse — disse o general. — É um nome conhecido.
Tem uma rua.
— Conhece alguém na rua La Pérouse? — indagou Swann com um ar agitado.
— Só conheço a senhora de Chanlivault, irmã daquele bravo Chaussepierre. Ela nos
deu um lindo sarau de comédia no outro dia. É um pequeno salão que será um dia
muito elegante, há de ver!
— Ah! Ela mora na rua La Pérouse? É simpática: uma rua tão bonita, tão triste.
— Qual! É que não vai lá há algum tempo: já não é triste, começam a construir em
todo aquele bairro.
Quando enfim Swann apresentou o sr. Froberville à jovem sra. de Cambremer,
como era a primeira vez que ela ouvia o nome do general, esboçou o sorriso de alegria e
surpresa que teria se nunca se houvesse pronunciado diante dela outro nome senão
aquele, pois, desconhecendo os amigos de sua nova família, a cada pessoa que lhe
traziam, pensava que era um deles, e julgava então dar mostra de tato, aparentando tê-lo
ouvido citar tantas vezes desde que se casara; então estendia a mão com um ar hesitante,
destinado a provar a reserva adquirida que tinha de vencer e a simpatia espontânea que
triunfava da primeira. De sorte que os seus sogros, que ela ainda julgava as pessoas
mais brilhantes da França, declaravam-na um anjo; tanto mais que preferiam parecer,
casando-a com o filho, ter antes cedido ao atrativo de suas qualidades que ao de sua
grande fortuna.
— Vê-se que a senhora tem alma de musicista — disse o general, aludindo ao
episódio do castiçal.
Mas o concerto recomeçou e Swann compreendeu que não poderia retirar-se antes
do fim daquele novo número do programa. Afligia-o ficar preso no meio daquela gente
cuja tolice e ridículo tanto mais dolorosamente o feriam porque, ignorando o seu amor,
incapazes, se o conhecessem, de por ele interessar-se e de fazer outra coisa senão sorrir
como de uma infantilidade ou deplorá-lo como uma loucura, todos lhe faziam aparecer
sob o aspecto de um estado subjetivo que só existia para ele, Swann, e de que nada de
exterior afirmava a realidade; sofria sobretudo, e a tal ponto que até o som dos
instrumentos lhe dava desejos de gritar, por prolongar seu exílio naquele lugar aonde
Odette jamais viria, onde ninguém, onde nada a conhecia, de onde ela estava de todo
ausente.
Mas de súbito foi como se ela tivesse entrado, e essa aparição foi para ele uma dor
tão dilacerante que teve de levar a mão ao peito. É que o violino subira a notas altas onde
permanecia como para uma espera, uma espera que se prolongava sem que o
instrumento cessasse de as sustentar, na exaltação em que estava de já perceber o objeto
da sua espera que se aproximava, e com um desesperado esforço para durar até sua
chegada, acolhê-lo antes de expirar, manter-lhe ainda um momento com todas as suas
derradeiras forças o caminho aberto para que ele pudesse passar, como se sustenta uma
porta que sem isso se fecharia. E antes que Swann tivesse tempo de compreender e dizer
consigo: “É a pequena frase da sonata de Vinteuil, não escutemos!”, todas as lembranças
do tempo em que Odette estava enamorada dele e que até aquele dia conseguira manter
invisíveis nas profundezas de seu ser, iludidas por aquela brusca revelação do tempo de
amor que lhes parecia ter voltado, despertaram e subiram em revoada para lhe cantar
apaixonadamente, sem piedade para com seu atual infortúnio, os refrões esquecidos da
felicidade.
Em vez das expressões abstratas “tempo em que eu era feliz”, “tempo em que eu era
amado” que tantas vezes pronunciara até então e sem muito sofrer, pois sua inteligência
só encerrara ali algumas pretensas amostras do passado que dele nada conservavam,
Swann reencontrou tudo o que havia fixado para sempre a específica e volátil essência
daquela felicidade perdida; reviu tudo, as pétalas nevadas e crespas do crisântemo que ela
lhe lançara no carro, que ele apertara contra os lábios — o timbre em relevo da Maison
Dorée na carta em que ele tinha lido: “Minha mão treme tanto ao escrever-lhe” —, a
aproximação de suas sobrancelhas quando ela lhe dissera num ar súplice: “Não vai ser
daqui a muito tempo que me fará sinal?”; sentiu o odor do ferro do cabeleireiro que lhe
ajeitava a escovinha, enquanto Lorédan ia buscar a pequena operária, os temporais que
caíram tão seguidamente naquela primavera, o regresso glacial em sua vitória, ao luar,
todas as malhas de hábitos mentais, de impressões de estação, de reações cutâneas, que
haviam estendido sobre uma sequência de semanas uma rede uniforme em que seu
corpo se achava novamente preso. Naquele momento satisfazia ele uma curiosidade
voluptuosa, conhecendo os prazeres das criaturas que vivem pelo amor. Julgara que
poderia agarrar-se àquilo, que não seria obrigado a conhecer-lhe as dores; quão pouco
lhe significava agora o encanto de Odette perto daquele formidável terror que o
prolongava como um halo turvo, aquela imensa angústia de não saber a cada momento o
que ela fazia, de não possuí-la em toda parte e sempre! Lembrou-se do tom com que ela
exclamara: “Mas eu sempre poderei vê-lo, estou sempre livre!”, ela que jamais o estava!
O interesse, a curiosidade que tivera pela vida dele, o apaixonado desejo de que ele lhe
fizesse o favor — temido por ele naquele tempo como uma causa de aborrecidos
transtornos — de deixá-la penetrar em sua vida; como fora obrigada a rogar-lhe para
que se deixasse conduzir à casa dos Verdurin; e, quando a fazia vir à sua casa uma vez
por mês, como fora preciso, antes que ele se deixasse dobrar, que Odette lhe repetisse a
delícia que havia de ser aquele hábito de se verem todos os dias com que ela sonhava e
que a ele apenas parecia um fastidioso incômodo, hábito de que ela depois se desgostara
e definitivamente rompera, ao passo que se tornara para ele uma necessidade tão
invencível e dolorosa. Não saberia dizer o quanto fora verdadeiro quando, na terceira
vez em que a via, como ela lhe repetisse: “Mas por que não me deixa vir mais
seguido?”, respondera-lhe, num galanteio: “Por medo de sofrer”. Ai!, agora, ainda às
vezes acontecia que ela lhe escrevesse de um restaurante ou de um hotel em papel que
trazia impresso o nome do estabelecimento; mas era como se letras de fogo o
queimassem. “Escrito do Hotel Vouillemont?[2] Que terá ido lá fazer? Com quem?
Que se passou?”. Recordou os lampiões que se apagavam no bulevar dos Italianos
quando a encontrara, contra todas as esperanças, entre as sombras errantes, naquela noite
que lhe parecera quase sobrenatural e que, com efeito — noite de um tempo em que nem
sequer precisava indagar consigo se não a contrariaria ao procurá-la, ao encontrá-la, tão
certo estava de que ela não tinha maior alegria do que vê-lo e regressar com ele —, bem
pertencia a um mundo misterioso para onde jamais se pode voltar depois que as suas
portas se fecharam. E Swann percebeu, imóvel em face daquela felicidade revivida, um
infeliz que lhe causou piedade porque não o reconheceu logo, tanto que teve de baixar
os olhos para que não vissem que estavam cheios de lágrimas. Era ele próprio.
Quando o compreendeu, sua piedade cessou, mas sentiu ciúmes do outro ele
próprio que ela havia amado, ciúmes daqueles de quem pensara sem muito sofrer: “Ela
decerto os ama”, agora que tinha trocado a ideia vaga de amar, na qual não há amor,
pelas pétalas do crisântemo e o timbre da “Maison d’Or”, estes sim, cheios de amor.
Depois, como o seu sofrimento se tornasse demasiado vivo, passou a mão pela fronte,
deixou tombar o monóculo, enxugou-lhe o vidro. E sem dúvida, se se tivesse visto em
tal momento, acrescentaria à coleção daqueles que estudara, o monóculo que lhe removia
como um pensamento importuno e sobre cuja embaciada face procurava, com um lenço,
apagar cuidados.
Há no violino — quando não se vê o instrumento e não se pode ligar o que se ouve
à sua imagem, coisa que modifica a sonoridade — acentos que lhe são tão comuns com
certas vozes de contralto, que se tem a ilusão de que uma cantora veio juntar-se ao
concerto. Erguemos os olhos e só vemos as caixas dos violinos, preciosas como estojos
chineses, mas, por um momento, ainda nos iludimos com o enganoso apelo da sereia; às
vezes também se julga ouvir um gênio cativo que se debate no fundo da sábia caixa,
enfeitiçada e fremente, como um diabo numa pia d’água benta; ou então é no ar que o
sentimos, como um ser sobrenatural e puro que passasse desenrolando a sua invisível
mensagem.
Como se os instrumentistas estivessem, mais que tocando a frase, executando os
ritos por ela exigidos para aparecer e procedendo aos sortilégios necessários para
conseguir e prolongar por alguns instantes o prodígio da sua evocação. Swann, que
tanto não a podia ver qual se ela pertencesse a um mundo ultravioleta, e que gozava
como que o refrigério de uma metamorfose na momentânea cegueira que o acometia ao
aproximar-se dela, Swann a sentia presente, como uma deusa protetora e confidente do
seu amor e que, para chegar até ele diante da multidão, e levá-lo à parte para lhe falar,
tomava o disfarce daquela aparência sonora. E enquanto passava, leve, apaziguadora e
murmurada como um perfume, dizendo-lhe o que tinha a dizer, e de que ele perscrutava
todas as palavras, lamentando vê-las fugirem tão depressa, Swann fazia sem querer o
gesto de beijar de passagem o corpo harmonioso e fugitivo. Já não se sentia exilado e
só, visto que ela, que se dirigia a ele, lhe falava a meia-voz de Odette. Pois já não tinha,
como outrora, a impressão de que Odette e ele eram desconhecidos da pequena frase.
Tantas vezes fora ela testemunha das alegrias de ambos! É verdade que muitas vezes o
advertira da fragilidade daquelas alegrias. E ao passo que naquela época adivinhava
sofrimento no seu sorriso, na sua entonação límpida e desencantada, agora lhe achava
antes a graça de uma resignação quase alegre. Dessas mágoas de que ela outrora lhe
falava e que ele a via arrastar sorrindo em seu curso sinuoso e rápido sem ser por elas
atingido, dessas mágoas que agora se haviam tornado suas sem que tivesse a esperança
de jamais se libertar delas, ela lhe parecia dizer, como o dissera, antes, da sua felicidade:
“Que é isso? Não é nada, isso tudo”. E pela primeira vez o pensamento de Swann se
transportou, num impulso de piedade e ternura, para aquele Vinteuil, para aquele irmão
desconhecido e sublime que tanto deveria ter sofrido também; qual teria sido a sua vida?
Ao fundo de que dores fora ele buscar aquela força de Deus, aquele poder ilimitado de
criar? Quando era a pequena frase que lhe falava da inconsistência de seus sofrimentos,
Swann achava até certa doçura naquela mesma sabedoria que no entanto momentos antes
lhe parecera intolerável quando julgava lê-la no rosto dos indiferentes que consideravam
o seu amor com uma divagação sem importância. É que a pequena frase, pelo contrário,
qualquer que fosse o seu juízo sobre a brevidade desses estados d’alma, via nisso
alguma coisa, não como o fazia toda aquela gente, de menos sério que a vida positiva,
mas, antes, de tão superior a ela, que só isso valia a pena ser expresso. Todos os
encantos de uma tristeza íntima, era a eles que ela tentava imitar e recriar, e até a sua
própria essência, que consiste em serem incomunicáveis e parecerem frívolos a qualquer
outra pessoa que não seja a que os experimenta, a pequena frase a havia captado e
tornado visível. De tal sorte que fazia confessar seu valor e gozar sua divina doçura,
àqueles mesmos ouvintes — desde que tivessem um mínimo de pendor musical — que
em seguida os desconheceriam na vida, em cada amor particular que vissem nascer perto
de si. Por certo a forma sob a qual ela os codificara não podia resolver-se em
raciocínios. Mas fazia mais de um ano que, revelando a si mesmo muitas riquezas da sua
própria alma, lhe nascera, ao menos por algum tempo, o amor à música, e Swann
considerava os motivos musicais como verdadeiras ideias, de um outro mundo, de uma
outra ordem, ideias veladas de trevas, desconhecidas, impenetráveis à inteligência, mas
que nem por isso deixam de ser perfeitamente distintas umas das outras, desiguais de
valor e significado. Ao fazer tocar de novo a pequena frase, após a reunião dos
Verdurin, procurara saber de que modo ela o aliciava e envolvia, como um perfume,
uma carícia, e averiguara que era ao leve afastamento das cinco notas que a compunham
e ao retorno constante de duas dentre elas que se devia aquela impressão de retraída e
trêmula doçura; mas na verdade sabia que assim raciocinava não sobre a própria frase,
mas sobre simples valores que colocara, para comodidade da inteligência, no lugar da
misteriosa entidade que havia vislumbrado, antes de conhecer os Verdurin, naquela
reunião em que ouvira a sonata pela vez primeira. Sabia que até a lembrança do piano
falseava ainda o plano em que via as coisas da música, que o campo aberto ao músico
não é um mesquinho teclado de sete notas, mas um teclado incomensurável, ainda quase
completamente desconhecido, onde apenas aqui e ali, separadas por espessas trevas
inexploradas, algumas dos milhões de teclas de ternura, de paixão, de coragem, de
serenidade que o compõem, cada qual tão diferente das outras como um universo de
outro universo, foram descobertas por alguns grandes artistas que, despertando em nós
o correspondente do tema que encontraram, nos prestam o serviço de mostrar-nos que
riqueza, que variedade oculta, sem o sabermos, esconde essa grande noite indevassada e
desalentadora da nossa alma, que nós consideramos como vácuo e nada. Vinteuil fora
um desses músicos. Na sua pequena frase, embora apresentasse à razão uma superfície
obscura, sentia-se um conteúdo tão consistente, tão explícito, ao qual emprestava uma
força tão nova, tão original, que aqueles que a tinham ouvido a conservavam em si no
mesmo plano que as ideias do entendimento. Swann se reportava a ela como uma
concepção da felicidade e do amor e cuja peculiaridade sabia ele imediatamente tão bem
em que consistia, como o sabia quanto à Princesa de Clêves ou a René, quando esses nomes
se lhe apresentavam à memória. Mesmo quando não pensava na pequena frase, ela
existia latente em seu espírito, da mesma forma que algumas outras noções sem
equivalente, como as noções de luz, de som, de relevo, de volúpia física, que são as ricas
posses com que se diversifica e realça o nosso domínio interior. Talvez as percamos,
talvez se extingam, se voltarmos ao nada. Mas, enquanto vivermos, e tal como acontece
no tocante a qualquer objeto real, não podemos fazer como se as não tivéssemos
conhecido, como não podemos, por exemplo, duvidar da luz da lâmpada que se acende
diante dos objetos metamorfoseados de nosso quarto, de onde se escapou até a
lembrança das trevas. Assim, a frase de Vinteuil, como determinado tema de Tristão, por
exemplo, que nos representa também certa aquisição sentimental, havia esposado a nossa
condição mortal e adquirido algo de humano que era assaz comovedor. Sua sorte estava
ligada ao futuro e à realidade da nossa alma, de que ela era um dos ornamentos mais
particulares, mais diferenciados. Talvez o nada é que seja a verdade e todo o nosso
sonho não exista, mas sentimos que então essas frases musicais, essas noções que
existem em função do sonho, não hão de ser nada, tampouco. Pereceremos, mas temos
como reféns essas divinas cativas que seguirão a nossa sorte. E a morte com elas tem
alguma coisa de menos amargo, de menos inglório, de menos provável, talvez.
Swann não se enganava, pois, em crer que a frase da sonata realmente existia.
Humana desse ponto de vista, pertencia no entanto a uma ordem de criaturas
sobrenaturais que nunca vimos mas que apesar disso reconhecemos enlevados quando
algum explorador do invisível chega a captar uma delas, a trazê-la, do mundo divino a
que ele tem acesso, para brilhar alguns instantes acima do nosso. Era o que fizera
Vinteuil com a pequena frase. Sentia Swann que o compositor se contentara, com os seus
instrumentos de música, em desvelá-la, torná-la visível, em lhe seguir e respeitar o
desenho com mão tão sensível, tão prudente, tão delicada e tão segura que o som se
alterava a todo momento, esfumando-se para indicar uma sombra, revivescendo quando
era preciso seguir um contorno mais ousado. E uma prova de que Swann não se
enganava ao acreditar na existência real daquela frase era que qualquer amador um
pouco atilado logo se aperceberia da impostura se Vinteuil, com menos poder para
divisar e transmitir as suas formas, houvesse procurado dissimular as lacunas de sua
vista ou a inabilidade de seus dedos, acrescentando-lhe aqui e ali alguns toques de sua
própria invenção.
continua na página 228...
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Leia também:
Volume 1
No Caminho de Swann (III - um amor de swann, Swann queria partir - s)
Volume 2
Volume 3
Volume 4
Volume 5
Volume 6
Volume 7
[1] Dumont d’Urville (1790-1842) é o navegador francês que deu a volta ao mundo e
encontrou em Vanikoro os restos da expedição do navegador La Pérouse. [n. e.]
[2] Hotel elegante da rua Boissy-d’Anglas. [n. e.]
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