quinta-feira, 23 de janeiro de 2025

Marcel Proust - No Caminho de Swann (III - um amor de swann, O pianista - r)

em busca do tempo perdido


volume I
No Caminho de Swann

ao senhor gaston calmette
como um testemunho de profundo e afetuoso reconhecimento
— marcel proust

um amor de swann

III(r) 

     O pianista, que tinha de tocar duas peças de Chopin, findo o prelúdio, atacou uma polonaise. Mas depois que a sra. de Gallardon assinalara à prima a presença de Swann, poderia Chopin ressuscitado vir tocar em pessoa todas as suas obras sem que a sra. Des Laumes lhe prestasse atenção. Fazia parte de uma dessas duas metades da humanidade em que a curiosidade que tem a outra metade pelos seres que não conhece é compensada pelo interesse que dedica aos conhecidos. Como acontecia a muitas mulheres do bairro de Saint-Germain, a presença, num lugar onde se achasse, de alguém do seu círculo, a quem aliás nada tinha de particular a dizer, dominava completamente a sua atenção, à custa de tudo o mais. A partir daquele momento, na esperança de que Swann a notasse, a princesa, como uma rata branca aprisionada a quem se estende e retira um torrão de açúcar, não fez mais que voltar o rosto, com mil sinais de conivência sem relação alguma com o sentimento da polonaise de Chopin, na direção em que estava Swann e, se este mudava de lugar, ela deslocava paralelamente seu sorriso imantado.

— Não te incomodes, Oriane — tornou a sra. de Gallardon, que jamais podia deixar de sacrificar suas maiores esperanças sociais de um dia ofuscar os outros ao prazer obscuro, imediato e privado de dizer alguma coisa de desagradável —, há muita gente que acha que esse senhor Swann não é pessoa que se possa receber em casa, não é verdade? 
— Mas… tu bem deves saber que é verdade — respondeu a princesa Des Laumes —, pois já o convidaste cinquenta vezes e ele nunca aceitou. 

     E, deixando a prima mortificada, soltou novo riso que escandalizou as pessoas que ouviam a música, mas atraiu a atenção da sra. de Saint-Euverte, que por delicadeza ficara junto ao piano e só então avistou a princesa. E tanto mais encantada ficou ao ver a sra. Des Laumes, visto que a supunha ainda em Guermantes, a tratar do sogro enfermo.

— Mas como, princesa, estava aí? 
— Sim, eu me meti num cantinho e ouvi coisas muito lindas. 
— Quer dizer que está aqui há muito?! 
— Mas sim, um longo momento que me pareceu muito curto, longo apenas porque não a via.

     A sra. de Saint-Euverte quis oferecer sua poltrona à princesa, que respondeu:

— Absolutamente! Para quê? Eu estou bem em qualquer parte.

     E, escolhendo intencionalmente, para melhor manifestar a sua simplicidade de grande dama, um pequeno assento sem encosto:

— Veja esse pufe, é o que me serve. Fará com que eu fique direita. Oh!, meu Deus!, ainda estou fazendo barulho, vou acabar sendo vaiada.

     E enquanto o pianista redobrava de velocidade, elevando ao auge a emoção musical do auditório, um criado servia refrescos numa bandeja e fazia tilintar as colheres e, como das outras vezes, a sra. de Saint-Euverte lhe fazia sinais para que fosse embora, sem que ele o notasse. Uma recém-casada, a quem haviam ensinado que uma senhora jovem não deve parecer entediada, sorria de prazer e procurava com os olhos a dona da casa para lhe testemunhar assim a gratidão “de ter pensado nela” para um regalo daqueles. Contudo, embora mais calma que a sra. de Franquetot, não era sem inquietação que acompanhava a música; mas a sua inquietação tinha por objeto não o pianista, mas o piano, onde uma vela, estremecendo a cada fortíssimo, arriscava, se não queimar o abajur, ao menos manchar a palissandra. Afinal não se conteve mais e, galgando os dois degraus do estrado onde se achava o piano, precipitou-se para retirar a vela. Mal, porém, ia tocar-lhe, quando, num derradeiro acorde, findou a música e o pianista se ergueu. Mas a ousada iniciativa daquela jovem, a breve promiscuidade que se estabeleceu entre ela e o instrumentista, causaram uma impressão geralmente favorável.

— Viu o que ela fez, princesa? — disse o general de Froberville à princesa Des Laumes, a quem fora cumprimentar e que a sra. de Saint-Euverte deixou por um instante. — É curioso. Será acaso uma artista? 
— Não, é uma senhorazinha Cambremer — respondeu estouvadamente a princesa e acrescentou com vivacidade: — Repito-lhe o que ouvi dizer, não tenho a mínima noção de quem seja, disseram aí atrás que eram vizinhos de campo da senhora de SaintEuverte, mas não creio que ninguém os conheça. Deve ser “gente do campo”! De resto, não sei se estará o senhor muito enfronhado na brilhante sociedade que aqui se encontra, mas não tenho nenhuma noção do nome dessas espantosas criaturas. Em que pensa que passam elas a vida, fora das recepções da senhora de Saint-Euverte? Ela as deve ter encomendado, juntamente com os músicos, as cadeiras e os refrescos. Confesse que esses “convidados de Belloir” são magníficos.[1] Será que ela tem mesmo coragem de alugar esses figurantes todas as semanas? Não é possível! 
— Ah! Mas Cambremer é um nome autêntico e antigo — observou o general. 
— Não vejo nenhum mal em que seja antigo — retrucou secamente a princesa —, mas em todo caso não é eufônico — acrescentou, destacando a palavra “eufônico” como se estivesse entre aspas, pequena afetação prosódica que era peculiar ao círculo Guermantes. 
— Acha? Ela é bonita como uma pintura — disse o general, que não perdia de vista a sra. de Cambremer. — Não é a sua opinião, princesa? 
— Ela se coloca muito em evidência; acho que isso não é agradável numa senhora tão jovem, pois não creio que seja minha contemporânea — respondeu a sra. Des Laumes (tal expressão era comum aos Gallardon e aos Guermantes).

     Mas vendo que o sr. de Froberville continuava a olhar para a sra. de Cambremer, acrescentou a princesa, um tanto por maldade para com aquela, outro tanto por amabilidade para com o general:

— Nada agradável… para o marido! Lamento não conhecê-la, visto que lhe interessa tanto, senão eu faria as apresentações — continuou a princesa, que provavelmente nada faria de semelhante, se de fato a conhecesse. — Vou ser obrigada a deixá-lo, pois hoje é dia do aniversário de uma amiga a quem devo ir felicitar — disse ela num tom modesto e verídico, reduzindo a reunião mundana a que iria à simplicidade de uma cerimônia fastidiosa, mas à qual era obrigatório e tocante comparecer. Aliás, devo lá encontrar-me com Basin, que, enquanto eu estava aqui, foi ver uns amigos que o senhor deve conhecer, e que têm um nome de ponte, os Iéna. 
— Foi primeiro um nome de vitória, princesa — disse o general.[2] — Que quer? Para um velho sargentão como eu — acrescentou, tirando o monóculo para esfregá-lo, como se mudasse uma atadura, enquanto a princesa desviava instintivamente os olhos —, essa nobreza do Império é outra coisa, está visto, mas, em si, é coisa belíssima no gênero, pois afinal se bateram como heróis. 
— Mas eu tenho imenso respeito aos heróis — disse a princesa num tom levemente irônico. — Se não vou com Basin à casa dessa princesa de Iéna, não é absolutamente por isso, é simplesmente porque não os conheço. Basin os conhece, e quer muito bem a eles. Oh!, não é o que o senhor pensa, não se trata de um flerte, nada tenho a que me opor! Aliás, de que adiantaria opor-me! — acrescentou num tom melancólico, pois todo mundo sabia que, desde o dia seguinte ao casamento com sua encantadora prima, o príncipe Des Laumes não cessara de enganá-la. — Mas enfim não é o caso, é gente que ele conheceu outrora, ele se regala com isso, acho isso muito bom. Primeiro lhe direi que nada do que ele me disse da sua casa… Imagine que todos os seus móveis são “Império”!
— Mas naturalmente, princesa, é porque é o mobiliário de seus avós. 
— Vá lá, mas nem por isso deixa de ser menos feio. Compreendo muito bem que não se possa ter belas coisas, mas ao menos que não sejam coisas ridículas. Que quer? Não conheço nada de mais presunçoso, de mais burguês do que aquele horrível estilo com aquelas cômodas que têm cabeças de cisne como as banheiras. 
— Mas creio até que eles possuem belas coisas, devem ter a famosa mesa de mosaico em que foi assinado o tratado de… Ah!, que tenham coisas interessantes do ponto de vista histórico, eu não digo nada. Mas isso não pode ser belo… visto que é horrível! Eu também tenho coisas dessas que Basin herdou dos Montesquiou.[3] Só que estão nos sótãos de Guermantes, onde ninguém as vê. Afinal, não é esse o caso, eu correria à casa deles com Basin, iria vê-los até no meio das suas esfinges e dos seus bronzes se os conhecesse, mas… não os conheço. Eu, quando era pequena, sempre me disseram que não era delicado ir a casa de gente a quem não se conhecia — disse ela, tomando um tom pueril. — De modo que faço o que me ensinaram. Imagine aquela gente ao ver entrar uma pessoa que não conhecem! Seriam capazes de me receber muito mal!

     E, por coqueteria, embelezou o sorriso que lhe sugeria essa hipótese, dando ao olhar fixo no general uma expressão sonhadora e suave.

— Ah!, princesa, bem sabe que eles não caberiam em si de contentes… 
— Não diga! Por quê? — perguntou a princesa com extrema vivacidade, ou para não ter o ar de que sabia ser ela uma das primeiras-damas da França, ou para ter o prazer de ouvir o general dizê-lo. — Por quê? Que sabe o senhor? Talvez lhes fosse o que há de mais desagradável. Não sei, mas, a julgar por mim, já tanto me aborrece ver as pessoas a quem conheço, que, se fosse preciso ver as pessoas a quem não conheço, “mesmo heroicas”, creio que ficaria louca. Aliás, vejamos, salvo quando se trata de velhos amigos como o senhor, que a gente conhece sem ser por isso, não sei se o heroísmo seria de um formato muito portátil em sociedade. Já me aborrece muitas vezes oferecer jantares, mas se fosse preciso dar o braço a Spartacus para me dirigir à mesa… Não, nunca seria Vercingétorix que eu chamaria para o décimo quarto lugar. Haveria de reservá-lo para as recepções solenes. E como não as dou… 
— Ah!, não é à toa que é uma Guermantes, princesa. Pois que o tem de sobra o espírito dos Guermantes! 
— Mas dizem sempre o espírito dos Guermantes, eu nunca pude compreender por quê. Conhece acaso outros que o tenham? — acrescentou, num riso esfuziante e alegre, os traços do rosto concentrados, unidos na rede da sua animação, os olhos brilhantes, inflamados num radioso ensolaramento de júbilo que só podiam fazer assim irradiar as palavras que fossem, embora vindas da própria boca da princesa, um louvor ao seu espírito ou a sua formosura. — Olhe ali o Swann, que parece estar cumprimentando a sua Cambremer; ali… ao lado da velha Saint-Euverte, está vendo? Peça-lhe que o apresente. Mas depressa, ele procura retirar-se! 
— Notou que má fisionomia tem ele? — disse o general. 
— Meu querido Charles! Enfim ele vem, eu começava a supor que não queria ver-me.

     Swann gostava muito da princesa Des Laumes, e depois ela lhe lembrava Guermantes, terra vizinha de Combray, toda aquela região que amava tanto e aonde não mais voltava para não se afastar de Odette. Usando as formas meio artísticas, meio galantes, com que sabia agradar à princesa e que naturalmente encontrava quando mergulhava um instante no seu antigo meio — e querendo por outro lado expressar a nostalgia que tinha do campo:

— Ah! — disse ele, como em aparte, a fim de ser ouvido ao mesmo tempo pela sra. de Saint-Euverte, a quem falava, e pela sra. Des Laumes, para quem falava —, eis a encantadora princesa! Veja, ela veio expressamente de Guermantes para ouvir o São Francisco de Assis de Liszt e não teve tempo, como uma linda andorinha, senão de colher, para as pôr na cabeça, algumas frutinhas de ameixa e de pilriteiro; ainda tem até algumas gotinhas de orvalho, um pouco da geada que deve arrepiar a duquesa. Muito bonito, minha querida princesa. 
— Como! A princesa veio expressamente de Guermantes? Mas é demais! Eu não sabia, sinto-me confusa — exclamou ingenuamente a sra. de Saint-Euverte, que estava pouco habituada à feição de espírito de Swann. E examinando o penteado da princesa: — Mas é verdade, isso imita… como direi? não as castanhas, não, oh!, é uma ideia encantadora, mas como podia a princesa conhecer meu programa? Nem os músicos me disseram qual era!

     Swann, habituado, quando junto de uma mulher com a qual conservara hábitos galantes de linguagem, a dizer coisas delicadas que muita gente da sociedade não compreendia, não se dignou a explicar à sra. de Saint-Euverte que só havia falado por metáfora. Quanto à princesa, pôs-se a rir às gargalhadas, porque o espírito de Swann era extremamente apreciado em seu círculo e também porque não podia ouvir um cumprimento a ela dirigido sem lhe achar as mais finas graças e um quê irresistível.

— Pois bem! Sinto-me encantada, Charles, se tanto lhe agradam os meus botõezinhos de pilriteiro. Por que cumprimenta essa Cambremer? Será também seu vizinho de campo?

     Vendo que a princesa parecia contente de conversar com Swann, a sra. de Saint-Euverte afastara-se. 

— A senhora é que é sua vizinha, princesa. 
— Eu? Mas então essa gente tem terras por toda parte? Como eu desejaria estar no lugar deles! 
— Não são os Cambremer, eram os parentes dela; ela é uma senhorita Legrandin que ia a Combray. Não sei se a senhora sabe que é condessa de Combray e que o capítulo lhe deve direitos. 
— Não sei o que me deve o capítulo, mas sei que todos os anos o cura me alivia em cem francos, coisa que eu muito bem dispensaria. Enfim, esses Cambremer têm um nome bastante esquisito. Acaba justamente a tempo, mas acaba mal! — disse ela a rir. 
— Não começa melhor — retrucou Swann. 
— Com efeito, essa dupla abreviatura!… 
— É alguém muito raivoso e muito conveniente que não se atreveu a ir até o fim da primeira palavra. 
— Mas já que não poderia deixar de iniciar a segunda, melhor faria se terminasse a primeira, para liquidá-la de uma vez. Estamos a fazer brincadeiras de um gosto delicioso, meu querido Charles. Mas como é aborrecido não vê-lo mais — acrescentou num tom insinuante —, eu gosto tanto de conversar com você! Imagine que não pude fazer esse idiota do Froberville compreender que Cambremer era um nome esquisito. Confesse que a vida é uma coisa horrível. Só quando vejo você é que deixo de aborrecer-me. 

     E certamente não era verdade aquilo. Mas Swann e a princesa possuíam um mesmo modo de julgar as pequenas coisas que tinham por efeito — a menos que não fosse por causa — uma grande analogia na maneira de exprimir-se e até na pronúncia. Tal semelhança não chamava a atenção porque nada era mais diferente que as vozes de cada um. Mas se se conseguia, em pensamento, tirar às palavras de Swann a sonoridade que as envolvia, os bigodes dentre os quais saíam, via-se que eram as mesmas frases, as mesmas inflexões, a feição do círculo Guermantes. Quanto às coisas importantes, Swann e a princesa não tinham as mesmas ideias sobre coisa alguma. Mas desde que Swann se achava tão triste, sentindo sempre essa espécie de frêmito que precede o momento em que se vai chorar, tinha a mesma necessidade de falar de sofrimento que um assassino de falar de seu crime. Ao ouvir da princesa que a vida era uma coisa horrível, sentiu a mesma doçura que se ela lhe tivesse falado de Odette.

— Oh!, sim, a vida é uma coisa horrível. Nós precisamos ver-nos, minha cara amiga. O que há de bom no seu caso é que a senhora não é alegre. Poderíamos passar juntos algum serão. 
— Claro! Por que não vai a Guermantes? Minha sogra ficará louca de alegria. Aquilo passa por muito feio, mas eu lhe direi que a terra não me desagrada, tenho horror das regiões “pitorescas”. 
— Eu que o diga, é admirável — respondeu Swann —, é quase demasiado belo, demasiado vivo para mim, neste momento. E talvez porque eu ali vivi, mas aquilo tudo me fala de tal maneira! Desde que se ergue um sopro de vento e os trigais começam a ondular, parece que vai chegar alguém, que eu vou receber alguma notícia; e aquelas pequenas casas à beira d’água… eu seria muito infeliz! 
— Oh!, meu querido Charles, tome cuidado, olhe a horrenda Rampillon que me avistou, esconda-me, lembre-me o que aconteceu a ela, eu confundo tudo, ela casou a filha ou o amante, não sei mais; talvez os dois… e juntos!… Ah!, não, agora me recordo, ela foi repudiada pelo seu príncipe… Finja que está falando comigo, para que essa Berenice não me venha convidar para jantar. De resto, escapo-me. Escute, meu querido Charles, agora que já o vi, não quer deixar raptar-se e que eu o leve à casa da princesa de Parma, que ficaria tão contente, e Basin também, que lá deve encontrar-me? Se a gente não tivesse notícias suas por Mémé… Pense que nunca mais o tenho visto!

     Swann recusou-se; tendo prevenido o sr. de Charlus de que, ao deixar a sra. de Saint-Euverte, iria diretamente para casa, não queria arriscar, indo à casa da princesa de Parma, perder um bilhete que, durante a reunião, havia esperado que um criado lhe trouxesse e que iria talvez encontrar com seu porteiro. “Esse pobre Swann”, disse naquela noite a sra. Des Laumes ao marido, “sempre gentil, mas tem um ar bem infeliz. Você o verá, pois prometeu vir jantar um dia destes. No fundo acho ridículo que um homem de sua inteligência sofra por uma mulher daquele gênero e que nem ao menos é interessante, pois a dizem idiota”, acrescentou ela, com a sensatez das pessoas não enamoradas que acham que um homem de espírito só deveria desgraçar-se por uma pessoa que valesse a pena; é mais ou menos como espantar-se de que alguém se digne a sofrer de cholera morbus por culpa de um ser tão pequeno como o bacilo vírgula.[4]

continua na página 223...
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Leia também:

Volume 1
No Caminho de Swann (III - um amor de swann, O pianista - r)
Volume 2
Volume 3
Volume 4
Volume 5
Volume 6
Volume 7
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[1] Belloir era casa que alugava cadeiras douradas para grandes recepções, cadeiras estas destinadas aos convidados de menor importância, pois às grandes personalidades se destinavam as poltronas. [n. e.]
[2] A ponte de Iéna foi erguida para comemorar a vitória de Napoleão contra a Prússia, em 1806. [n. e.]
[3] Procedimento tipicamente proustiano: atribuir aos Guermantes, personagens criadas por ele, ancestrais verdadeiros. Oriane refere-se ironicamente a eles, pois os títulos “Montesquiou-Fezensac” só foram criados em 1821 e deviam possuir um mobiliário da época da Restauração. [n. e.]
[4] Descoberto em 1884 por Robert Koch. [n. e.]

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