sábado, 16 de novembro de 2024

Marcel Proust - No Caminho de Swann (II - Combray, Enquanto eu lia no jardim - i)

em busca do tempo perdido

volume I
No Caminho de Swann


ao senhor gaston calmette
como um testemunho de profundo e afetuoso reconhecimento
— marcel proust



combray


II(i) 

continuando...

     Enquanto eu lia no jardim, coisa que minha tia-avó não compreendia que fizesse senão aos domingos, dias em que é proibido ocupar-se de nada sério e em que ela não costurava (em um dia de semana, diria: “Como! Ainda te divertes a ler, mas não é domingo”, dando ao “te divertes” um sentido de infantilidade e de perda de tempo), minha tia Léonie conversava com Françoise, aguardando a hora de Eulalie. Tia Léonie lhe dizia que acabava de ver passar a sra. Goupil “sem guarda-chuva, com o vestido de seda que mandou fazer em Châteaudun. Se ela tem de ir muito longe antes das Vésperas, é bem capaz de ensopá-lo todo”.

— Talvez, talvez (o que significava talvez não) — retrucava Françoise, para não afastar definitivamente a possibilidade de uma alternativa mais favorável.
— Olhe! — exclamava minha tia, batendo na testa —, isso me faz lembrar que não fiquei sabendo se ela chegou à igreja depois da elevação. Preciso ver se não me esqueço de perguntar a Eulalie…, Françoise, repare naquela nuvem negra atrás da torre, e nesse solzinho sobre as telhas; garanto que o dia não passa sem chover. Não é possível que isso fique assim, fazia muito calor. E quanto mais cedo melhor, pois, enquanto não chover, a minha água de Vichy não desce — acrescentava minha tia, em cujo espírito o desejo de apressar a descida da água d
e Vichy era muito mais forte que o receio de ver a sra. Goupil de vestido estragado. 
— Talvez, talvez.
— É que, quando chove, não há onde a gente se meter na praça. Como! Três horas?! — exclamava de súbito minha tia, empalidecendo. — Mas então as Vésperas já começaram, e eu esqueci a minha pepsina! Compreendo agora por que a água de Vichy estava parada no meu estômago.

     E, precipitando-se sobre um livro de missa encadernado em veludo roxo, com fechos de ouro, e de onde, na pressa, deixava tombar algumas dessas imagens rendadas de papel amarelento que marcam as páginas das festas, minha tia, ao mesmo tempo em que engolia suas gotas, punha-se a ler às carreiras os textos sagrados cuja significação lhe ficava levemente obscurecida com a incerteza de saber se, tomada tanto tempo depois da água de Vichy, a pepsina seria capaz de alcançá-la e fazê-la descer. “Três horas, é incrível como passa o tempo!”
     Uma pequena batida na vidraça, como se qualquer coisa a tivesse atingido, seguida de uma ampla queda leve como grãos de areia que deixassem tombar do alto de uma janela, em cima, e depois a queda estendendo-se, regulando-se, adotando um ritmo, tornando-se fluida, sonora, musical, inumerável, universal: a chuva. 

— E então, Françoise, que é que eu dizia? Como chove! Mas parece que ouvi a sineta do portão do jardim, vá ver quem poderá estar lá fora com um tempo destes.

     Françoise voltava:

— É a senhora Amédée (minha avó), que disse que ia dar uma volta. Mas está chovendo muito. 
— Não me espanta — dizia minha tia, erguendo os olhos para o céu. — Eu sempre disse que ela não tinha a cabeça feita como todo mundo. Enfim, é melhor que seja ela e não eu quem esteja lá fora neste momento. 
— A senhora Amédée é sempre o contrário dos outros — dizia Françoise com brandura, reservando, para o momento em que estivesse a sós com os outros criados, sua opinião de que minha avó era um pouco “tocada”.
— Pronto! Passou o salve! Eulalie não virá mais — suspirava minha tia —, com certeza se assustou com o tempo. 
— Mas, senhora, ainda não são cinco horas, são apenas quatro e meia. 
— Só quatro e meia? E eu que fui obrigada a levantar as cortinas para ter um pouco de claridade! Às quatro e meia! Oito dias antes das Rogações![1] Ah!, minha pobre Françoise, o bom Deus deve estar mesmo muito encolerizado conosco. Também, com o que faz essa gente de hoje! Como dizia o meu pobre Octave, esqueceram demais ao bom Deus e ele se vinga.

     Um vivo rubor animava as faces de minha tia: era Eulalie. Infelizmente, apenas acabava ela de ser introduzida quando Françoise voltava e, com um sorriso que tinha por fim colocá-la em diapasão com a alegria que supunha que suas palavras iriam causar a minha tia, e articulando as sílabas para mostrar que, apesar do emprego do estilo indireto, transmitia, como boa criada, as próprias palavras de que se dignara servir-se o visitante.

— O senhor cura ficaria encantado, teria muito prazer se a senhora não estiver repousando e puder recebê-lo. O senhor cura não quer incomodar. O senhor cura está lá embaixo, disse-lhe que entrasse para a sala.

     Na verdade, as visitas do cura não causavam a minha tia um prazer tão grande como o supunha Françoise, e o ar de júbilo que esta julgava devia assumir cada vez que o anunciava não estava muito de acordo com o sentir da enferma. O cura (excelente homem com quem lamento não ter conversado mais seguidamente, pois, se nada entendia de arte, conhecia muitas etimologias), habituado a dar informações sobre a igreja aos visitantes de importância (tinha até intenção de escrever um livro sobre a paróquia de Combray), fatigava-a com explicações infinitas, e aliás sempre as mesmas.[2] Mas quando sua visita coincidia assim com a de Eulalie, tornava-se francamente desagradável a minha tia. Preferia aproveitar bem Eulalie a ter os dois ao mesmo tempo. Mas não se atrevia a deixar de recebê-lo e apenas fazia um sinal a Eulalie para que não se fosse ao mesmo tempo que ele, que ainda a reteria um pouco quando o cura houvesse partido.

— Mas que é que me disseram, senhor cura, que um artista instalou o cavalete na sua igreja para copiar um vitral? Garanto-lhe que cheguei a esta idade sem nunca ter ouvido falar em semelhante coisa! Veja só o que quer essa gente de hoje! E logo o que há de pior na igreja!
— Não irei a ponto de dizer que seja o que há de pior, pois, se há em Santo Hilário partes que merecem ser vistas, há outras que são muito velhas, na minha pobre basílica, a única em toda a diocese que nem ao menos restauraram! Meu Deus, o pórtico é sujo e antigo, mas afinal tem um aspecto majestoso; quanto às tapeçarias de Ester — vá lá! Embora eu pessoalmente não dê dois vinténs por elas, os entendidos as colocam logo depois das de Sens.[3] Reconheço aliás que, ao lado de certos detalhes um pouco realistas, apresentam outros que denotam verdadeiro espírito de observação. Mas que não me venham falar nos vitrais! Tem cabimento deixar umas janelas que não dão luz!, e que até enganam a vista com esses reflexos de uma cor que eu nem sei definir, isso numa igreja onde não há duas lajes no mesmo nível e que me recusam substituir sob o pretexto de que são os túmulos dos abades de Combray e dos senhores de Guermantes, os antigos condes de Brabant? Quer dizer, os ascendentes diretos do atual duque de Guermantes e também da duquesa, pois ela é uma Guermantes e o marido é seu primo. (Minha avó, que, à força de se desinteressar das pessoas, acabava confundindo todos os nomes, de cada vez que pronunciavam o da duquesa de Guermantes, achava que devia ser uma parenta da sra. de Villeparisis. Todos se punham a rir; ela tratava de defender-se, alegando certa participação: “Parecia-me ter visto ali esse nome de Guermantes”. E ao menos por essa vez eu ficava do lado dos outros contra ela, pois não podia admitir que houvesse alguma relação entre sua amiga de colégio e a descendente de Geneviève de Brabant.) Veja Roussainville, não passa hoje de uma paróquia de granjeiros, embora antigamente haja tomado grande incremento com a indústria de chapéus de feltro e de pêndulas. Não estou certo da etimologia de Roussainville. De bom grado aceitaria que o nome primitivo fosse Rouville (Radulfi villa) como Châteauroux (Castrum Radulfi), mas eu lhe falarei nisso de outra vez. Pois bem, a igreja tem vitrais soberbos, quase todos modernos, e essa imponente Entrada de Luís Filipe em Combray, que estaria muito melhor aqui mesmo em Combray, e que dizem que não desmerece dos famosos vitrais de Chartres.[4] Ainda ontem falava com o irmão do doutor Percepied que é amador e o considera de um trabalho mais acabado. Mas, como eu dizia a esse artista, que aliás se mostra muito amável e parece um verdadeiro virtuose do pincel: “Que acha o senhor de extraordinário nesse vitral, que é ainda um pouco mais escuro que os outros?”.
— Estou certa de que, se o senhor cura pedisse a Monsenhor — dizia molemente minha tia, que começava a pensar que ia ficar cansada —, ele não lhe recusaria um vitral novo.
— Vá esperando, minha senhora! — retrucava o cura. — Pois se foi justamente Monsenhor quem começou o estardalhaço com esse desgraçado vitral, provando que representa Gilberto, o Mau, senhor de Guermantes, descendente direto de Geneviève de Brabant, que era da casa de Guermantes, ao receber a absolvição de santo Hilário![5] 
— Mas eu nunca vi santo Hilário naquele vitral...
— Viu, sim. Nunca notou, a um canto do vitral, uma dama de amarelo? Pois bem, é santo Hilário, também chamado em certas províncias, como a senhora sabe, Saint-Illiers, Saint Hélier, e até mesmo Saint-Ylie, no Jura. Essas diversas corruptelas de sanctus Hilarius não são aliás das mais curiosas que se efetuaram nos nomes dos bem-aventurados. Assim, minha boa Eulalie, a sua padroeira, sancta Eulalia, sabe o que ela se tornou na Borgonha? Santo Elói, simplesmente: virou santo. Vejamos, Eulalie, quer que depois da sua morte façam de você um homem?
— O senhor cura sempre caçoando.
— O irmão de Gilberto, Carlos, o Tartamudo, príncipe devoto mas que, tendo perdido muito cedo o pai, Pepino, o Insensato, morto em consequência da sua enfermidade mental, exercia o poder supremo com toda a presunção de uma juventude a que faltou disciplina, quando não simpatizava com a cara de algum particular numa cidade, mandava massacrar-lhe até o último habitante.[6] Gilberto, para se vingar de Carlos, mandou incendiar a igreja de Combray, a primitiva igreja então, a que Teodeberto, ao deixar com sua corte a casa de campo que tinha perto daqui em Thiberzy (Theodeberciacus), para ir combater os burgundos, prometera construir em cima do túmulo de santo Hilário, se o bem-aventurado lhe concedesse a vitória. Dela só resta a cripta que Théodore já lhe deve ter mostrado, pois Gilberto incendiou o resto. Em seguida derrotou o infortunado Carlos, com o auxílio de Guilherme, o Conquistador (o cura pronunciava Guilerme), por isso vêm tantos ingleses visitar a igreja.[7] Mas não parece que tenha sabido conciliar as simpatias dos habitantes de Combray, pois estes se atiraram sobre ele à saída da missa e o degolaram. Aliás Théodore oferece um livrinho em que vem explicado tudo isso. Mas o que há incontestavelmente de mais curioso em nossa igreja é o panorama que se avista do campanário e que é uma coisa verdadeiramente grandiosa. Por certo que à senhora, que não é muito forte, eu não aconselharia que subisse os nossos noventa e sete degraus, exatamente a metade dos que há no famoso domo de Milão. Dá para cansar uma pessoa de boa saúde, tanto mais que se sobe dobrado em dois se não se quer quebrar a cabeça, e vai-se recolhendo na roupa tudo que é teia de aranha da escada. Em todo caso, a senhora teria de abrigar-se bem — acrescentava, sem notar a indignação que causava a minha tia a ideia de que ela fosse capaz de subir ao campanário —, pois há uma terrível corrente de ar lá em cima! Certas pessoas afirmam ter sentido ali o frio da morte. Não importa, aos domingos há sempre grupos que vêm até de muito longe para admirar a beleza do panorama e que voltam encantados. Olhe, no domingo próximo, se o tempo se firmar, a senhora poderá encontrar muita gente por lá, pois já estaremos nas Rogações. É preciso confessar que se goza ali de uma vista feérica, com umas escapadas de planície ao longo que têm um encanto todo especial. Quando o dia está claro, pode-se enxergar até Verneuil. O principal é que a gente abrange coisas que, de outro modo, só poderia ver separadamente, como o curso do Vivonne e os fossos de Saint-Assiseles-Combray, de que está separado por uma cortina de grandes árvores, ou ainda como os diversos canais de Jouy-le-Vicomte (Gaudiacus vice comitis, como a senhora sabe). De cada vez que eu ia a Jouy-le-Vicomte, bem que via um trecho do canal, depois, quando dobrava alguma rua, via um outro, mas então já não via o precedente. Por mais que os juntasse em pensamento, isso não me produzia grande efeito. Da torre de Santo Hilário, já é outra coisa: é como uma rede onde a localidade estivesse presa. Somente não se distingue a água; dir-se-iam grandes fendas que quadriculam tão bem a cidade, que ela fica tal qual um brioche já cortado, mas com os pedaços juntos. Para ver bem tudo, seria preciso estar ao mesmo tempo na torre de Santo Hilário e em Jouy-le-Vicomte. 

     O cura de tal modo cansara a minha tia que, mal se retirava, ela se via obrigada a despedir Eulalie.

— Tome, minha pobre Eulalie — dizia com voz fraca, tirando uma moeda de uma bolsa que tinha ao alcance da mão —, aqui está, para que não me esqueça nas suas orações.
— Ah!, minha senhora, não sei se deva aceitar, bem sabe que não é por isso que venho aqui! — dizia Eulalie, com a mesma hesitação e embaraço de cada vez, como se fosse a primeira, e com um ar de descontentamento que divertia tia Léonie e não lhe desagradava, pois se um dia Eulalie, ao tomar a moeda, tinha um ar um pouco menos contrariado que de costume, ela comentava:  
— Não sei o que tinha Eulalie; dei-lhe a mesma coisa de sempre e parece que não estava contente.
— Creio que ela não tem afinal do que se queixar — suspirava Françoise, que tinha tendência a considerar como troco miúdo tudo o que lhe dava minha tia para ela ou para seus filhos, e como tesouros loucamente desperdiçados por uma ingrata as moedinhas colocadas cada domingo na mão de Eulalie, mas tão discretamente que Françoise jamais conseguia vê-las. Não que o dinheiro que minha tia dava a Eulalie, Françoise o quisesse para si. Ela gozava suficientemente de todas as posses de tia Léonie, pois sabia que as riquezas da ama ao mesmo tempo elevam e embelezam aos olhos de todos sua criada; e que ela, Françoise, era insigne e glorificada em Combray, Jouy-le-Vicomte e outros lugares, pelas numerosas granjas de minha tia, as visitas frequentes e prolongadas do cura e o número singular de garrafas de água de Vichy consumidas. Só era avarenta com referência a minha tia; se gerisse a fortuna desta, o que seria seu sonho, tê-la-ia preservado das empreitadas alheias com uma ferocidade toda maternal. Não acharia contudo grande mal em que minha tia Léonie, a quem sabia incuravelmente generosa, se dispusesse a dar, mas desde que fosse para os ricos. Pensava talvez que estes, como não tinham necessidade dos presentes de minha tia, não poderiam ser suspeitados de a estimar por causa deles. Oferecidos, aliás, a pessoas de alta posição de fortuna, à sra. Sazerat, ao sr. Swann, ao sr. Legrandin, à sra. Goupil, a pessoas “da mesma condição” que minha tia e que “combinavam bem”, eles se lhe afiguravam como parte integrante dos costumes daquela vida estranha e brilhante das pessoas ricas, que caçam, oferecem bailes, trocam visitas, e que ela admirava a sorrir. Mas o mesmo não acontecia se os beneficiários da generosidade de tia Léonie eram daqueles que Françoise chamava “a gente como eu, gente que não é mais do que eu” e que eram aqueles a quem mais desprezava, a menos que a chamassem de “senhora Françoise” e se considerassem “menos que ela”. E quando viu que, apesar de seus conselhos, tia Léonie só fazia o que bem lhe parecesse e desperdiçava dinheiro — pelo menos Françoise o supunha — com criaturas indignas, começou a achar muito mesquinhos os presentes que minha tia lhe dava, em comparação com as somas imaginárias prodigalizadas a Eulalie. Não havia granja de certa importância nos arredores de Combray que Françoise não supusesse Eulalie em condições de comprar, com tudo o que lhe rendiam suas visitas. É verdade que Eulalie fazia a mesma estimativa das riquezas imensas e ocultas de Françoise. Habitualmente, depois que Eulalie partia, Françoise profetizava sem benevolência a respeito da visitante. Odiava-a, mas ao mesmo tempo a temia e julgava-se obrigada, quando a outra estava presente, a fazer-lhe “boa cara”. Descartava-se após sua partida, é verdade que sem nunca a nomear, mas proferindo oráculos sibilinos ou sentenças de caráter geral como as do Eclesiastes, mas cuja aplicação não podia escapar a minha tia. Depois de espiar por um canto da cortina se Eulalie havia fechado o portão: “Os aduladores sabem chegar na ocasião e apanhar as pepitas, mas paciência, que um dia Deus há de castigá-los”, dizia ela com o olhar lateral e a insinuação de Joás pensando exclusivamente em Atalia quando diz:

Le bonheur des méchants comme un torrent s’écoule.[8]  


continua na página 82...
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Leia também:

Volume 1
No Caminho de Swann (II - Combray, Enquanto eu lia no jardim - i)
Volume 2
Volume 3
Volume 4
Volume 5
Volume 6
Volume 7

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[1] Litanias e procissões dos três dias que antecedem a Ascensão de Cristo, pedindo a bênção aos frutos da terra e aos animais. [n. e.]
[2] Muito depois, o herói terá acesso ao livro com etimologias analisadas pelo cura e, da série de equívocos desse estudo, verá nascer uma nova fase em sua relação com o nome das coisas, a fase da perda do encanto e da secura trazida pela literalidade das explicações etimológicas. [n. e.]
[3] A catedral de Sens conserva uma coleção de tapeçarias e também um retábulo da segunda metade do século XV, que representam o coroamento de Ester por Assuero. [n. e.]
[4] Algumas das explicações etimológicas do cura em Combray vêm do livro de Jules Quicherat, De la formation française des anciens noms de lieu, de 1867. [n. e.]
[5] Gilberto, o Mau, é personagem fictícia criada por Proust a partir de Carlos ii, rei de Navarra e conde de Évreux, que justamente aparece num vitral da catedral dessa cidade. Seu nome aparecia no lugar de Gilberto, o Mau, nos esboços do romance.[n. e.]
[6] Carlos, o Tartamudo, e Pepino, o Insensato, são mais duas personagens fictícias. Entretanto, elas foram inspiradas pela vida do visconde Geoffroy de Châteaudun, descrita em livro pelo cura da cidadezinha de Illiers, cidade que, por sua vez, inspira muito na criação da fictícia Combray. [n. e.]
[7] Trata-se de Guilherme i (1035-87), duque da Normandia e futuro rei da Inglaterra. [n. e.]
[8] “A felicidade dos maus passa como a correnteza.” Citação de um verso do segundo ato, cena VII, da peça de Racine. [n. e.]

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