Machado de Assis
Conto
PONTO DE VISTA
Capítulo XXI
À MESMA
Juiz de Fora, 24 de março
Nada até hoje! Que é isso, Raquel?
O portador da minha carta anterior mandou-me dizer que lhe havia
entregue em mão própria; não estava doente; por que razão este
esquecimento? Esta é a última; se me não escrever, acreditarei que outra
amiga lhe merece mais, e que você esqueceu a confidente do colégio.
LUÍSA
continua na página 101...
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Leia também:
Histórias da Meia-Noite: Ponto de vista (XXI)
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Advertência
Vão aqui reunidas algumas narrativas, escritas ao correr da pena, sem outra pretensão que não seja a de ocupar alguma sobra do precioso tempo do leitor. Não digo com isto que o gênero seja menos digno da atenção dele, nem que deixe de exigir predicados de observação e de estilo. O que digo é que estas páginas, reunidas por um editor benévolo, são as mais desambiciosas do mundo.
Aproveito a ocasião que se me oferece para agradecer à crítica e ao público a generosidade com que receberam o meu primeiro romance, há tempos dado à luz. Trabalhos de gênero diverso me impediram até agora de concluir outro, que aparecerá a seu tempo.
Aproveito a ocasião que se me oferece para agradecer à crítica e ao público a generosidade com que receberam o meu primeiro romance, há tempos dado à luz. Trabalhos de gênero diverso me impediram até agora de concluir outro, que aparecerá a seu tempo.
10 de novembro de 1873.
M.A.
Texto-fonte:
Obra Completa, de Machado de Assis, vol. II,
Nova Aguilar, Rio de Janeiro, 1994.
Publicado originalmente por Editora Garnier, Rio de Janeiro, 1873
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