segunda-feira, 21 de outubro de 2024

OS SERTÕES, Euclides da Cunha - Quarta expedição: V - Baixas

OS SERTÕES 

Euclides da Cunha

Volume 1

Quarta expedição 

V - 

Baixas 

     No entanto, a expedição atravessara violentíssima crise. Tivera cerca de mil homens, 947, entre mortos e feridos, e estes, com os caídos nos recontros anteriores, reduziam-na consideravelmente. Impressionavam-na, ademais, os resultados imediatos do acometimento. Três comandantes de brigadas, Carlos Teles, Serra Martins e Antonino Néri, que viera à tarde com a 7.ª, estavam fora de combate. Numa escala ascendente, avultavam baixas de oficiais menos graduados e praças. Alferes e tenentes haviam, com desassombro incrível, malbaratado a vida em toda a linha. De alguns citavam-se, depois, os arrojados lances: Cunha Lima, estudante da Escola Militar de Porto Alegre, que, ferido em pleno peito numa carga de lanceiros, concentrara os últimos alentos no último arremesso da lança caindo, em cheio, sobre o inimigo, feito um dardo; Wanderley, que, precipitando-se a galope pela encosta aspérrima da última colina, fora abatido ao mesmo tempo que o cavalo no topo da escarpa, rolando por ela abaixo em queda prodigiosa, de titã fulminado; e outros, baqueando todos, valentemente — entre vivas retumbantes à República —, haviam dado à refrega um traço singular de heroicidade antiga, revivendo o desprendimento doentio dos místicos lidadores da média idade. O paralelo é perfeito. Há nas sociedades retrocessos atávicos notáveis; e entre nós os dias revoltos da República tinham imprimido, sobretudo na mocidade militar, um lirismo patriótico que lhe desequilibrara todo o estado emocional, desvairando-a e arrebatando-a em idealizações de iluminados. A luta pela República, e contra os seus imaginários inimigos, era uma cruzada. Os modernos templários, se não envergavam a armadura debaixo do hábito e não levavam a cruz aberta nos copos da espada, combatiam com a mesma fé inamolgável. Os que daquele modo se abatiam à entrada de Canudos tinham todos, sem excetuar um único, colgada ao peito esquerdo em medalhas de bronze, a efígie do marechal Floriano Peixoto e, morrendo, saudavam a sua memória — com o mesmo entusiasmo delirante, com a mesma dedicação incoercível e com a mesma aberração fanática com que os jagunços bradavam pelo Bom Jesus misericordioso e milagroso...
     Ora, esse entusiasmo febril, à parte as precipitações desastrosas decorrentes, no dia 18 de julho foi a salvação...
     Uma tropa exclusivamente robustecida pela disciplina, que se desorganizasse daquela maneira, estaria perdida. Mas os soldados rudes, em cujo ânimo combalido penetravam desalentos e incertezas, imobilizaram-se sob o hipnotismo da coragem pessoal dos chefes, ou dominados pelo prestígio de oficiais que, gravemente feridos, alguns mal sustendo a espada, avançavam em cambaleios para as linhas de fogo — moribundos e desafiando a morte.
     Ficaram de algum modo sitiados entre eles e os jagunços.


Nos flancos de Canudos

     A noite de 18 de julho, contra a expectativa geral, passou em relativa calma. Os sertanejos, por sua vez, claudicavam. No ânimo do chefe expedicionário pairara o temor de um assalto noturno para o qual não havia reação possível. As frágeis linhas de defesa, ainda quando não fossem rotas por qualquer dos seus pontos, podiam ser envolvidas pelos lados e, postas entre dois fogos e contidas na frente pelo arraial impenetrável, seriam facilmente destruídas. A situação, porém, resolvera-se pela inércia dos adversários. No dia subsequente uma linha de bandeirolas vermelhas, feita de cobertores reúnos, demarcava um segmento de cerco diminutíssimo: um quinto da periferia enorme do arraial. Mal o fechava pelo levante. Nesta banda mesmo estava em claro a extrema direita; do mesmo modo que à esquerda, entre as vertentes da Favela, e os primeiros sulcos do arroio da Providência, onde jazia o corpo policial, se via largo espaço livre. Para se ultimar a circunferência fazia-se mister um traçado que, prolongando-se para a direita em cheio ao norte, inflectindo depois para oeste, ladeando o rio e acompanhando-o na sua curvatura para o sul, galgando as ondulações maiores do solo no primeiro socalco das serras do Calumbi e do Cambaio, volvesse finalmente a leste pelo esporão dos Pelados. Um circuito de seis quilômetros, aproximadamente. Ora, a expedição reduzida a pouco mais de 3 mil homens válidos, centenares dos quais se removiam à guarda da Favela, não poderia ajustar-se a tão ampla cercadura, mesmo que lha permitisse o adversário. A paralisação temporária das operações impunha-se inevitável, resumindo-se na defesa da posição ocupada, até que maiores reforços facultassem novos esforços.


Posição crítica

     O general Artur Oscar avaliou, então, com segurança, o estado das coisas. Pediu um corpo auxiliar de 5 mil homens e curou de dispositivos para garantir a força que triunfara de maneira singular, a pique de uma derrota. Estava, depois de mais um triunfo, na conjuntura torturante de não poder arriscar nem um passo à frente, nem um passo atrás. Oficialmente, as ordens do dia decretavam o começo do sítio. Mas, de fato, como sempre sucedera desde 27 de junho, a expedição é que estava sitiada. Tolhia-a o arraial a oeste. Ao sul os altos da Favela fechavam-se-lhe atravancados de feridos e doentes. Para o norte e o nascente se desenrolava o deserto impenetrável. A área da sua ação aparentemente aumentara. Dois acampamentos distintos pareciam denotar mais larga movimentação, liberta da constrição de trincheiras envolventes. Esta ilusão, porém, extinguiu-se no próprio dia do assalto. Os cerros, varridos a cargas de baionetas poucas horas antes, figuravam-se de novo guarnecidos. As comunicações com a Favela tornaram-se logo dificílimas. Tombavam, novamente baleados, os feridos que para lá se arrastavam; e um médico, o dr. Tolentino, que na tarde do combate dali descera, caíra, gravemente ferido, na ribanceira do rio. A travessia no campo conquistado fez-se problema sério aos conquistadores. Por outro lado os que haviam invadido o breve trecho do arraial copiavam, linha a linha. a reclusão que antes observavam nos jagunços. Como estes, apinhavam-se nos casebres ardentes como fornos, ao reverberar dos meios-dias mormacentos e jaziam horas esquecidas, olhos enfiados pelas rachas das paredes, caindo escandalosamente na mesma guerrilha de tocaias. sondando com as vistas o casario e disparando as espingardas todas á um tempo — cem, duzentos, trezentos tiros ! — contra um vulto, um trapo qualquer, percebido de relance, indistinto e fugitivo, ao longe, no torvelinho dos becos.
     Distribuída a última ração — um litro de farinha para sete praças e um boi para um batalhão — , restos do comboio salvador, era-lhes impossível preparar convenientemente a refeição escassa. Um fio de fumo branqueando no teto de barro da choupana era um chamariz de balas ! À noite um fósforo aceso punha fogo a rastilhos de descargas.
     Os jagunços sabiam que podiam fulminar dentro dos casebres — frágeis anteparos da argila — os moradores intrusos. O coronel Antonino Néri fora ferido, justamente quando, depois de atravessar com a sua brigada a zona perigosa e aberta do combate, se acolhera a um deles. Casamataram-nos, então. Espessaram-lhes as paredes com muros interiores, de pedras, ou revestiram-nas de tábuas. E assim mais garantidos, atravessando grande parte do dia, de bruços, sobre os jiraus, olhares rasantes pelos esvãos do colmo, dedos enclavinhados nos fechos da espingarda — os vitoriosos cheios de sustos tocaiavam os vencidos...
     Sobre o quartel-general, centralizado pela barraca do comandante-em-chefe, na vertente oposta, os projetis passavam inofensivos, repelidos pelo ângulo morto da colina. E aquele teve durante todo o correr da noite, que lhe fechara a jornada trabalhosa, passando-lhe em sibilos ásperos sobre a tenda, os respingos dos tiroteios que se renhiam do outro lado com as linhas avançadas. Os comandantes destas, tenentes-coronéis Tupi Caldas e Dantas Barreto, destemerosos ambos, sentiam-se todavia na iminência de um desastre, compreendendo "que um passo à retaguarda em qualquer ponto da linha central lhes seria a perdição total". Porque esta preocupação de uma catástrofe próxima, iniludível, ninguém a ocultava. Deduziam-se irresistivelmente na sequência de anteriores sucessos. Impunha-se. Durante muitos dias dominou todos os espíritos.

"Um inimigo habituado à luta regular que soubesse tirar partido de nossas desvantagens táticas não teria certamente deixado passar esse momento em que a vingança e a desforra teriam a consequência da mais requintada selvageria."

     Mas o jagunço não era afeito à luta regular. Fora até demasia de frase caracterizá-lo inimigo, termo extemporâneo, esquisito eufemismo suplantando o "bandido famigerado'' da literatura marcial das ordens do dia. O sertanejo defendia o lar invadido, nada mais. Enquanto os que lhe ameaçavam permaneciam distantes, rodeava-os de ciladas que lhes tolhessem o passo. Mas, quando eles, ao cabo, lhe bateram às portas e as arrombaram a coices de armas, aventou-se-lhe, como único expediente, a resistência a pé firme, afrontando-os face a face, adstrito à preocupação digna da defesa e ao nobre compromisso da desforra. Canudos só seria conquistado casa por casa. Toda a expedição iria despender três meses para a travessia de cem metros, que a separavam da apside da igreja nova. E no último dia de sua resistência inconcebível, como bem poucas idênticas na história, os seus últimos defensores, três ou quatro anônimos, três ou quatro magros titãs famintos e andrajosos, iriam queimar os últimos cartuchos em cima de 6 mil homens!
     Aquela pertinácia formidável começou no dia 18 e não fraqueou mais. Terminara o ataque mas a batalha continuou, interminável, monótona, aterradora, com a mesma intercadência espelhada na Favela: difundida em tiros que sulcavam o espaço de minuto a minuto, ou tiroteios alastrando-se furiosamente por todas as linhas, em arrancos súbitos, repentinos combates de quartos de hora, prestes travados, prestes desfeitos, antes que terminassem as notas emocionantes dos alarmas. Esses assaltos subitâneos, intermeados de longas horas de repouso relativo, traduziam sempre uma inversão de papéis. Os assaltantes eram, por via de regra, os assaltados. O inimigo encantoado é quem lhes marcava o momento angustioso das refregas, e estas surgiam sempre de chofre.
     Noite velha, às vezes quebrando um armistício de minutos, que os soldados da vanguarda aproveitavam para descanso ilusório, cabeceando abraçados às carabinas, um foguetão ascendia rechiando asperamente, feito um rasgão no firmamento escuro. E à sua luz fugaz viam-se as cimalhas das igrejas debruadas de uma orla negra e fervilhante. O combate feria-se na treva, aos fulgores intermitentes das fuzilarias.
     Outras vezes, contra o que era de esperar, era ao romper do dia, em plena manhã esplendorosa e ardente, que os jagunços acometiam desassombradamente, às claras.


Notas de um diário

     Um diário minucioso da luta naqueles primeiros dias, lhe patenteia o caráter anormalmente bárbaro. Esbocemo-lo em traços largos até ao dia 24 de julho, apenas para definir uma situação que daquela data em diante não se transmudou.
     Dia 19 — A fuzilaria inimiga principia às cinco horas da manhã. Prossegue durante o dia. Entra pela noite dentro. O comandante da 1.ª coluna, para revigorar a repulsa, determina a vinda de mais dois canhões Krupps, que estavam na retaguarda, a fim de serem assestados à noite. Às doze e meia foi ferido, em seu acampamento, dentro de um casebre onde descansava, numa rede, o comandante da 7.ª Brigada. Às duas horas da tarde, depois de apontar e disparar o canhão da direita para uma das torres da igreja nova, morre trespassado por uma bala o tenente Tomás Braga. À tarde descem com dificuldade da Favela algumas reses para alimento da tropa. A boiada dispersa-se, fustigada a tiros, ao atravessar o Vaza-Barris, sendo a custo reunida, perdendo-se algumas cabeças. Ao toque de recolher os jagunços investem contra as linhas, perdurando o ataque até às nove e meia e continuando, afrouxo, daí por diante. Resultado: um comandante superior ferido; um subalterno morto, dez ou doze praças fora de combate.
     Dia 20 — O acampamento é subitamente atacado quando as cornetas de todos os corpos tocam a alvorada. Tiroteios durante o dia todo. Consegue-se assestar apenas um dos canhões reconduzidos. Há o mesmo número de baixas da véspera: um soldado morto.
     Dia 21— Madrugada tranquila. Poucos ataques durante o dia. Os canhões da Favela bombardeiam até à boca da noite. Dia relativamente calmo. Poucas baixas.
     Dia 22 — Sem aguardar a iniciativa do adversário, a artilharia abre o canhoneio às cinco horas da manhã —provocando revide pronto e virulento de atiradores encobertos nos muros das igrejas. São penosamente conduzidos, do campo da ação para o acampamento da Favela, os últimos feridos. Segue em reconhecimento pelas cercanias o tenente-coronel Siqueira de Meneses. Ao voltar declara estar o inimigo muito forte, e que muito poucas casas de Canudos estão em nosso poder, atenta a comparação com o número das que formam o povoado. Somente à noite se torna possível distribuir parcas rações de gêneros aos soldados da linha de frente, o que foi impossível fazer durante o dia, pela vigilância dos antagonistas. Às nove horas da noite assalto violento pelos dois flancos. Resultado: 25 homens fora de combate.
     Dia 23 — Alvorada tranquila. Repentinamente, uma hora depois, às seis da manhã, os jagunços, depois de um movimento contornante despercebido, caem impetuosamente sobre a retaguarda do campo de batalha. São repelidos pelo 34.° Batalhão e Corpo Policial, deixando quinze mortos, uma cabocla prisioneira e um surrão de farinha. À noite tiroteios cerrados. Os três canhões deram apenas nove disparos por falta de munições.
     Dia 24 — Começou o bombardeio ao levantar do sol. O povoado, contra o costume, suporta-o sem réplica. Os schrapnels da Favela caem lá dentro e estouram, como se batessem numa tapera deserta. Durante largo tempo trucida-o o canhoneio impunemente. Às oito horas, porém, ouvem-se alguns estampidos, raros, à direita; e logo depois são assaltados os canhões daquele flanco. Enreda-se o conflito braço a braço, carabinas esbocadas aos peitos, e generaliza-se num crescendo apavorante. Vibram de ponta a ponta dezenas de cornetas. Toda a tropa forma para a batalha. O ataque visava cortar a retaguarda da linha de frente. Um movimento temerário. Cortando-a cairiam sobre o quartel-general, e poriam os sitiantes entre dois fogos. Era um plano de Pajeú que, tendo deposto os demais cabecilhas, assumira a direção da luta. Esse assalto durou meia hora. Os jagunços repelidos, porém, volveram minutos depois, outra vez sobre a tropa, arremetendo com maior arrojo sobre a direita. A custo repelidos recuam até às primeiras casas não conquistadas de onde reatam o tiroteio, cerrado, contínuo. Tombam o comandante do 33.°, Antônio Nunes Sales, e muitos oficiais e praças. Ao meio-dia cessa a agitação.
     Súbito silêncio desce sobre os dois campos. À uma hora — novo assalto, mais impetuoso ainda. Formam-se todos os batalhões. Era como a oscilação de um aríete. A nova pancada percutiu, insistente, nas linhas do flanco direito. O impetuoso Pajeú baqueia mortalmente ferido. Tombam do nosso lado muitos combatentes entre os quais, morto, o tenente Figueira, de Taubaté; feridos o comandante do 33.º, capitão Joaquim Pereira Lobo e muitos oficiais. A fim de distrair o inimigo, o comandante-em-chefe determina que atirem os corpos do flanco esquerdo, ainda não investidos. A força toda descarrega as armas contra o arraial. Segue em acelerado uma metralhadora para reforçar a direita.
     Atroam no alto todas as baterias da Favela...
     Repele-se ao inimigo. À noite tirotear constante até a madrugada.
     No dia 25... Nesse dia, como nos outros, as mesmas cenas, pouco destoantes, imprimindo na campanha uma monotonia dolorosa. Os entrincheiramentos da linha de cerco faziam-se nesse intermitir de combates; e somente à noite podia ser distribuída a refeição insuficiente aos soldados famintos ou conseguiam estes, ajoujados de cantis e marmitas, arriscar a tentativa heroica de alguns passos até às cacimbas do Vaza-Barris, buscando a água que lhes mitigasse a sede longamente suportada. Iam-se assim os dias...


Triunfos pelo telégrafo

     Estes fatos chegaram às capitais da República e dos Estados inteiramente baralhados.
     Do exposto pode bem inferir-se que era isto inevitável.
     Quando os próprios lidadores mal rastreavam, na discordância dos sucessos, um juízo qualquer sobre a própria situação, é natural que os que atentavam, de longe, para o drama imerso na profundura dos sertões, desandassem em conjeturas, sobre instáveis, falsas. Falou-se a princípio na vitória. A travessia do Cocorobó, anteriormente sabida, pressagiava que o Exército houvesse abatido, de um salto, os rebeldes. Notícias esparsas provindas do campo de ação, ou telegramas incisivos, marcavam além disto, à luta, um desenlace em três dias.
     Volvidos, porém, quinze, patenteou-se a inanidade de esforços dos que haviam entrado do capricho de fantasiar triunfos. Viu-se que os jagunços haviam mais uma vez vingado o círculo cortante das baionetas. De sorte que enquanto a expedição se exauria no ermo da Favela e ia tombar, exaurida por uma sangria profunda , num trecho de Canudos — a opinião nacional, pela imprensa, extravagava, balanceando as mais aventurosas hipóteses que ainda saltaram dos prelos.
     O espantalho da restauração monárquica negrejava, de novo, no horizonte político atroado de tormentas. A despeito das ordens do dia em que se cantava vitória, os sertanejos apareciam como os chouans depois de Fontenay.
     Olhava-se para a História através de urna ocular invertida: o bronco Pajéu emergia com o facies dominador de Chatelineau. João Abade era um Charrete de chapéu de couro.
     Depois do dia 18 a ansiedade geral cresceu. A notícia do acontecimento, como a dos anteriores, principiando num entoar de vitórias, descambava depois, a pouco e pouco, recortando-se de lancinantes dúvidas, até quase à convicção de uma derrota. Chegavam, todavia,. da zona das operações, telegramas paradoxais e deploravelmente extravagantes.
     Calcavam-se numa norma única: — Bandidos encurralados! Vítória certa! I Dentro de dois dias estará em nosso poder a cidadela de Canudos! Fanáticos visivelmente abatidos!
     Mais verídicos, porém, começaram desde o dia 27 de julho a seguir para o litoral, demandando a capital da Bahia — os documentos vivos da catástrofe...
 
continua na página 275...
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Os Sertões, de Euclides da Cunha
Fonte: CUNHA, Euclides da. Os Sertões. São Paulo: Três, 1984 (Biblioteca do Estudante).
Texto proveniente de: A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo Permitido o uso apenas para fins educacionais.

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