terça-feira, 22 de outubro de 2024

OS SERTÕES, Euclides da Cunha - Quarta expedição: VI - Pelas estradas. Os feridos

OS SERTÕES 

Euclides da Cunha

Volume 1

Quarta expedição 

VI - 

Pelas estradas. Os feridos 

     A remoção dos doentes e feridos para Monte Santo era urgente.
     Assim, partiram logo as primeiras turmas protegidas por praças de infantaria até ao extremo sul da zona perigosa, Juá.
     Começou, então, a derivar lastimavelmente pelos caminhos o refluxo da campanha. Golfava-o o morro da Favela. Diariamente, em sucessivas levas, abalaram dali, em inúmeros bandos, todos os desfalecidos e todos os inúteis, em redes de caroá ou jiraus de paus roliços os enfermos mais graves, outros cavalgando penosamente cavalos imprestáveis e regues, ou apinhados em carroças ronceiras. A grande maioria, a pé.
     Saíam quase sem recursos, combalidos, exaustos de provações, afundando, resignados, na região ermada pela guerra.
     Era a entrada do estio. O sertão principiava a mostrar um facies melancólico, de deserto. Sugadas dos sóis as árvores dobravam-se murchas, despindo-se dia a dia das folhas e das flores; e, alastrando-se pelo solo, os restolhos pardo-escuros das gramíneas murchas refletiam já a ação latente do incêndio surdo das secas. A luz crua e viva dos dias claríssimos e cálidos descia, deslumbrante e implacável, dos céus sem nuvens, sem transições apreciáveis, sem auroras e sem crepúsculos, irrompendo, de chofre, nas manhãs doiradas, apagando-se repentinamente na noite, requeimando a terra. Deprimia-se o nível das cacimbas. Esgotavam-se os regatos efêmeros, de leitos lastrados de seixos, onde tênues fios de águas defluíam imperceptíveis como nos oueds africanos; e, na atmosfera adurente, no chão gretado e poento, pressentia-se a invasão periódica do regímen desértico sobre aquelas paragens infelizes.
     O clima extremava-se em variações enormes: os dias repontavam queimosos, as noites sobrevinham frigidíssimas.
     As marchas só podiam realizar-se às primeiras horas da manhã e ao descer das tardes. Mal culminava o sol, era forçoso interrompê-las: todo o seu ardor parecia varar, intacto, o ambiente puríssimo e, refluído pelo solo mal protegido por vegetação rarefeita, aumentar de intensidade. Ao mesmo tempo, dispersos, refletindo em todas as dobras do terreno, os seus raios rebrilhavam, ofuscantes, nos visos das serranias; e pelos ares irrespiráveis e quentes passavam como que fulgurações de queimadas extensas alastrando-se pelos tabuleiros. Assim, a partir das dez horas da manhã, estacionavam as caravanas nos lugares menos impróprios ao descanso, à beira dos cursos d'água ganglionados em poças esparsas, onde a umidade remanente alentava a folhagem das caraíbas e baraúnas altas; junto aos tanques ainda cheios, perto dos sítios em abandono; ou em falta destes, à fímbria das ipueiras rasas salpicando pequenas várzeas sombreadas pelas ramagens virentes dos icozeiros.
     Acampavam.
     Neste mesmo dia, ao entardecer, mal refeitas as forças, reatavam a rota, progredindo, sem ordem, na medida do vigor de cada um. Saindo unidas da Favela, as turmas a pouco e pouco se distendiam pelos caminhos, fragmentando-se em pequenos grupos; esparsas, afinal, em caminhantes solitários.
     Os mais fortes ou mais bem montados avantajavam-se rápidos cortando escoteiros para Monte Santo, alheios ao companheiros retardatários. Acompanhavam-nos logo, conduzidos em redes aos ombros de soldados possantes, os oficiais feridos. A grande maioria não os encalçava; seguia vagarosamente, dissolvendo-se pelos caminhos. Alguns, quando os demais abalavam dos pousos transitórios, se deixavam ficar, quietos, à sombra dos arbustos murchos, de todo sucumbidos de fadigas — enquanto outros, aguilhoados pela sede, mal extinta nas águas impuras das almácegas sertanejas e impelidos pela fome, torcendo o rumo, batiam afanosamente os desvios multívios das caatingas apelando para os recursos da flora singular transbordante de frutos e de espinhos — e desgarravam, desarraigando tubérculos de umbuzeiros, sugando os cladódios túmidos dos cardos espinescentes, catando os últimos frutos das árvores desfolhadas.
     Deslembravam-se do inimigo. A ferocidade do jagunço era balanceada pela selvatiqueza da terra.
     Ao fim de poucos dias a tortuosa vereda do Rosário encheu-se de foragidos. Ali estava a mesma trilha que um mês antes haviam percorrido, impávidos ante quaisquer recontros com o adversário esquivo, fascinados pelo irradiar de 4 mil baionetas, sacudidas no ritmo febricitante das cargas. Parecia-lhes agora mais áspera e impraticável — coleando em curvas sucessivas, tombando em ladeiras resvalantes, empinando-se em cerros, tornejando encostas, insinuando-se impacta, entre montanhas.
     E reviam-lhe, pasmos, os trechos memoráveis.
     Nas cercanias de Umburanas, o casebre destruído, onde os sertanejos, de tocaia, tinham aferrado de um choque o grande comboio da expedição Artur Oscar; além das Baixas, as margens do caminho debruando-se de ossadas brancas, adrede dispostas numa encenação cruel — recordavam o morticínio de março; numa inflexão antes do Angico, o ponto em que Salomão da Rocha alteara, por minutos, diante da onda rugidora que vinha em cima da coluna Moreira César, a barragem de aço de suas divisões de artilharia; no córrego seco, mais longe, a ribanceira a pique em que tombara do cavalo, pesadamente, morto, o coronel Tamarindo; nas proximidades do Aracati e Juetê, choupanas em ruínas, esteios e traves roídos dos incêndios, cercas arrombadas e invadidas de mato, velhas roças em abandono, estereografando, indelével, o rastro das expedições anteriores...
     Perto do riacho do Vigário, por um requinte de lúgubre ironia, os jagunços cobriram de floração fantástica a flora tolhiça e decídua: dos galhos tortos dos angicos pendiam restos de divisas vermelhas, trapos de dólmans azuis e brancos, molambos de calças carmesins ou negras, e pedaços de mantas rubras —como se a ramaria morta desabotoasse toda em flores sanguinolentas...
     Em torno, sem variantes no aspecto entristecedor, a mesma natureza bárbara. Morros enterroados, formas evanescentes de montanhas roídas pelos aguaceiros fortes e repentinos, tendo às ilhargas, à mostra, a romper, a ossatura íntima da terra repontando em apófises rígidas, ou desarticulando-se em blocos amontoados, em que há traços violentos de cataclismos; plainos desnudos e chatos feitos lhanos desmedidos; e, por toda a parte, mal reagindo à atrofia no fundo das baixadas úmidas, uma vegetação agonizante e raquítica, espalhada num baralhamento de ramos retorcidos — reptantes pelo chão, contorcendo-se nos ares num bracejar de torturas...
     Choupanas paupérrimas, portas abertas para o caminho, surgiam em vários trechos, ainda não descolmadas, mas vazias, porque as deixara o vaqueiro que a guerra espavorira ou o fanático que indireitara para Canudos.
     Eram logo tumultuariamente invadidas, ao tempo que as deixavam outros hóspedes surpreendidos: raposas ariscas e medrosas, saltando das janelas e esvãos da cobertura — olhos em chamas e pelo arrepiado — e atufando-se, aos pinchos, nas macegas; ou centenares de morcegos, esvoaçando desequilibradamente dos cômoros escuros, tontos, rechiantes.
     A estância desolada animava-se por algumas horas. Armavam-se redes pelos quartos exíguos, na saleta sem soalho e fora, nos troncos das árvores do terreiro; amarravam-se os muares nas estacas cruzadas do curral deserto; estendiam-se pelas cercas frangalhos de capotes, cobertores e fardas velhas. Grupos erradios circuitavam a vivenda esquadrinhando, curiosos, a horta maltratada, de canteiros invadidos pelas palmatórias de flores rutilantes; e um ressoar quase festivo, de vozes, relembrava, um instante, a quadra feliz em que os matutos ali passavam a vida nas horas aligeiradas pela paz dos sertões. Os mais fortes enveredavam logo para a cacimba pouco distante onde, indiferentes aos retardatários e esquecidos dos que viriam depois e por muitas semanas ou meses ainda fariam a mesma escala obrigatória, se banhavam, lavavam os cavalos suados e poentos e abluíam as chagas no líquido que só se renova de ano em ano, pelas chuvas, passageiras. Volviam com os cantis e marmitas cheios avaramente sobraçados.
     Não raro, alguns bois — rebotalhos de manadas grandes tresmalhadas pelo alvoroto da guerra — ao lobrigarem, de longe, a azáfama que movimentava de novo a paragem a que se haviam aquerencia do, o rancho tranquilo onde tinham sofrido a primeira ferra, para lá abalavam velozmente. Vinham urrando, numa alegria ruidosa e forte. Buscavam o vaqueiro amigo que os campeara outrora e iria, de novo ao som das cantigas conhecidas ou ao toar tristonho do aboiado, levá-lo às soltas prediletas, aos logradouros fartos e às aguadas frescas.
     Irrompiam, troteando, no terreiro...
     E tinham recepção cruel. A turba faminta circulava-os em tumulto numa assonância de gritos discordantes. Estrondavam as espingardas. Avivados todos os corpos combalidos, arremetiam em monteria doida com os animais surpresos e refluindo logo, estonteadamente, embolados, para a trama do matagal bravio. Depois de se afadigarem em correrias exaustivas, irritando nos espinhos as chagas recém-abertas e agravando a febre, matavam afinal um, dois, três bois no máximo, em tiroteios vivos, que lembravam combates. Carneavam. E quedavam-se, após esses incidentes providenciais, fartos, quase felizes pelo contraste da própria penúria, aguardando o amanhecer para reatarem o êxodo...
     Então, naquela quietude breve, salteava-os uma ideia empolgante — um assalto dos jagunços! Viam-se inermes, depauperados, andrajosos e repulsivos quase, lívidos de fome, varridos para o deserto como trambolhos inúteis — e tinham temores infantis. O adversário, que se afoitara com as brigadas aguerridas e levara os assomos cegos ao ponto de ferrar canhões a pulso, trucidá-los-ia em minutos. E a noite descia cheia de ameaças...
     Valentes endurados no regímen bruto das batalhas tinham sobressaltos de pavor ante as coisas mais vulgares e velavam, cautos, a despeito das fadigas, armando os ouvidos aos rumores vagos e longínquos das chapadas.
     Torturavam-nos alucinações cruéis. A deiscência das vagens das catingueiras, abrindo-se com estalidos secos e fortes, soava-lhes feito percussão de gatilhos ou estalos de espoletas, dando a ilusão de súbitas descargas de alguma algara noturna repentina; e as grinaldas fosforescentes das cumanãs irradiavam, ao longe, esbatidas nas sombras, como restos de fogueiras, em torno às quais velassem, em silêncio, espectantes, tocaias inumerosas...
     A manhã libertava-os. Deixavam a paragem assombradora. Lá ficavam, porém, às vezes, rigidamente quietos, pelos cantos, os companheiros que a morte libertara. Não os enterravam. Escasseava o tempo. O chão duro, de grés, despedaçaria os alviões, opondo-lhes consistência de pedra. Alguns, depois dos primeiros passos, fraqueavam de vez. Deixavam-se ficar exaustos, pelas curvas do caminho. Ninguém lhes dava pela falta. Desapareciam, eternamente esquecidos, agonizando no absoluto abandono. Morriam. E dias, semanas e meses sucessivos, os viandantes, passando, viam-nos na mesma postura: estendidos à sombra mosqueda de brilhos das ramagens secas, o braço direito arqueando-se à fronte, como se a resguardasse do sol, com a aparência exata de combatentes fatigados, descansando. Não se decompunham. A atmosfera ressequida e ardente conservava-lhes os corpos. Murchavam apenas, refegando a pele, e permaneciam longo tempo à margem dos caminhos — múmias aterradoras revestidas de fardas andrajosas...
     Por fim, não impressionavam. Quem se aventura nos estios quentes à travessia dos sertões do Norte afeiçoa-se a quadros singulares. A terra, despindo-se de toda a umidade — numa intercadência de dias adustivos e noites quase frias — ao derivar para o ciclo das secas parece cair em vida latente, imobilizando apenas, sem o decompor, os seres que sobre elas vivem. Realiza, em alta escala, o fato fisiológico de uma existência virtual, imperceptível e surda — energias encadeadas, adormecidas apenas, prestes a rebentarem todas, de chofre, à volta das condições exteriores favoráveis, originando ressurreições improvisas e surpreendedoras. E como as árvores recrestadas e nuas que, à vinda das primeiras chuvas, se cobrem, exuberando seiva, de flores, sem esperar pelas folhas, transmudando em poucos dias aqueles desertos em prados — as aves que tombam mortas dos ares estagnados, a fauna resistente das caatingas que se aniquila, e o homem que sucumbe à insolação fulminante, parecem, jazendo largo tempo intactos, sem que os vermes lhes alterem os tecidos, esperar também pela volta das quadras benfazejas. Por ali ficam, patenteando, por vezes, singulares aparências de vida: as suçuaranas — que não puderam vingar, demandando outras paragens, o círculo incandescente das secas — contorcidas, garras fincadas no chão, como em saltos paralisados; e — à beira das cacimbas extintas — o pescoço alongado, procurando um líquido que não existe, os magros bois, mortos há três meses ou mais, caídos sobre as pernas ressequidas, agrupando-se em manadas imóveis...
     Os primeiros aguaceiros varrem, de pronto, esses espantalhos sinistros. A decomposição é, então, vertiginosa, como se os devorassem flamas vorazes. É a sucção formidável da terra, arrebatando-lhes, ávida, todos os princípios elementares, para a revivescência triunfal da flora.
     Os foragidos avançavam considerando, de relance, aqueles cenários lúgubres. Empolgara-os de todo o pensamento exclusivo do abandono, no menor tempo possível, do sertão maninho e bruto. O terror e a imagem da própria miséria venciam, por fim, a sobrecarga muscular das caminhadas feitas. Galvanizavam-nos; lançavam-nos desesperadamente pela estrada desmedida em fora...
     Seguiam sem que entre eles se rastreassem breves laivos sequer de organização militar. Tendo, na maior parte, por adaptação, copiado os hábitos do sertanejo, nem os distinguia o uniforme desbotado e em tiras. E calçando alpercatas duras; vestindo camisas de algodão; sem bonés ou barretinas, cobertos de chapéus de couro, figuravam famílias de retirantes demandando em atropelo o litoral, fustigados pela seca.
     Algumas mulheres, amantes de soldados, vivandeiras-bruxas, de rosto escaveirado e envelhecido, completavam a ilusão.
     Oficiais ilustres, o general Savaget, os coronéis Teles e Néri e outros, volvendo feridos ou enfermos, passavam pelo meio desses bandos envoltos numa indiferença doentia. Não recebiam continência. Eram companheiros menos infelizes, nada mais. Passavam, desapareciam céleres, adiante, levantando ondas de pó. E recebiam pelas costas olhares ameaçadores, em que afuzilavam mal sopitados desapontamentos dos que lhes invejavam os cavalos ligeiros.
     Os mais ditosos alcançavam por fim, depois de quatro dias de marcha, na trifurcação das estradas do Rosário, Monte Santo e Calumbi, o sítio de Juá, outra casinha de taipas no recosto de uma lomba, pela qual descai o terreno sombreado de juazeiros altos, tendo na frente os sem-fins das chapadas. Julgavam-se salvos. Mais um dia de jornada levava-os ao Caldeirão Grande, a melhor fazenda daqueles lugares, vivenda quase senhoril, ereta sobre um cerro largo, tendo ao sopé as águas de um riacho represadas em açude farto. Aí num raio de poucos quilômetros a natureza é outra. Transfigura-se, movimentando-se em serranias pequenas orladas de vegetação mais viva, e os caminhantes forravam-se, durante algumas horas, à obsessão acabrunhadora dos plainos estéreis e das serras devastadas.
     Estavam à entrada do que se chamava —" a base de operações" da campanha.
     Ao outro dia prosseguiam para Monte Santo. E, depois de duas horas de caminho, reanimava-os o aspecto da pequena vila, percebida à distancia de uma légua. Repontava ridente no ondear dos tabuleiros amplos — casinhas reunidas derramando-se por um socalco suavemente inclinado às plantas da montanha abrupta, em cujo vértice a capela branca, arremessada na altura, destacando-se nítida, a projetar-se no firmamento azul, parecia enviar-lhes, de longe, um aceno carinhoso e amigo.
     Ao alcançarem-na, porém, volviam as desesperanças. Era ainda o deserto. O vilarejo morto, vazio, desprovido de tudo, mal os abrigava por um dia. Havia-o deixado a população, "caindo na caatinga", consoante o dizer dos matutos, fugindo, amedrontada, por igual do jagunço e do soldado. Uma guarnição exígua tomara conta da praça humílima e lá atravessava, inútil os dias, numa mandria mais insuportável que as marchas e as batalhas. Fantasiara-se em casarão acaçapado e escuro um hospital militar. Mas este era o pavor e a condenação suprema de todos os feridos e doentes. De sorte que o vilarejo, com as suas vielas tortas, condecoradas de nomes sonoros — rua Moreira César ! rua Capitão Salomão ! — era uma agravante na região ingrata; era o deserto metido entre paredes e afogado na trama de alguns becos imundos, cheios de detritos e da farragem repugnante dos batalhões que ali tinham acampado, mais deplorável que o deserto franco purificado pelos sóis e varrido pelos ventos.
     Os caminhantes ao chegarem, fugindo à parceria incômoda dos morcegos nas casas em abandono, acampavam na única praça quadrangular e grande, disputando a sombra do velho tamarineiro, ao lado do barracão da feira. No outro dia, cedo, cada um por sua conta, largava para Queimadas, renovando a travessia. Eram mais dezesseis léguas extenuantes, mais seis ou oito dias de amarguras, sob o cautério dos mormaços crestadores, adstritos a escalas inevitáveis à borda das cacimbas, por Quirinquinquá — duas vivendas tristes, circuitadas de mandacarus silentes, eretas sobre larga bossa de granito exposto; pelo Cansanção, lugarejo minúsculo — uma dúzia de casas cingidas de poeiras —, pela Serra-Branca, lembrando uma rancharia de tropeiros, de aspecto festivo, ensombrada de ouricurizeiros apendoados; pelo Jacurici; por todas as lagoas de águas esverdinhadas e suspeitas...

continua na página 280...
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Os Sertões, de Euclides da Cunha
Fonte: CUNHA, Euclides da. Os Sertões. São Paulo: Três, 1984 (Biblioteca do Estudante).
Texto proveniente de: A Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro A Escola do Futuro da Universidade de São Paulo Permitido o uso apenas para fins educacionais.

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